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sábado, 5 de setembro de 2020

Home office com o Linux Mint - A melhor distribuição que já usei

Já são quase 6 meses trabalhando de home office e com isso o parque tecnológico residencial da Batalha Corp foi exigido como nunca antes na história desse país. 

Atualmente temos um desktop e um notebook. O notebook é um Samsung que tem a seguinte configuração: i5-5200, 8GB de RAM, HD de 1 TB. É suficiente para trabalhar com as ferramentas que uso para desenvolvimento de sistemas.

Acho que me sinto mais confortável trabalhando no desktop mas ele tem uma configuração beeem mais fraca. Um Dual Core Intel Pentium G3260 (não é nem um i3...), 4GB de RAM e um HD de 500 GB.


Me julguem!

Aí você diz: "Zé Batalha, deixe der canguinha | miseráve | muquirana | mão-fechada | pão-duro" (coloque o adjetivo de sua preferência) rs... você pode comprar uma máquina melhor!

Sim eu posso, graças a Deus. A questão é que pode parecer incrível mas esse desktop vem me atendendo em muita coisa com essa configuração. 

Em termos de custo-benefício creio que estava aceitável. Mas isso porque eu corri atrás de fazer um hardware tão fraco funcionar melhor e aí que entra a motivação dessa postagem.


Windows x Linux

Tenho um dual-boot nas 2 máquinas:
  • Desktop: Linux Mint 19.3 e Windows 7
  • Notebook: Linux Mint 19.1, Windows 10 e até um Kali Linux (foi um tempo que eu queria pagar de hacker igual o Mr. Robot... rs)
Cheguei ao ponto de fazer um downgrade do Windows 10 para o 7 no desktop pra ver se a máquina funcionava melhor e ainda assim o negócio está sofrível...

E pra ser sincero, até no meu notebook, que tem uma configuração muito melhor, o desempenho do Windows 10 está muito fraco e tem vários problemas que só ocorrem nele:
  • Demora acima do normal para inicializar o sistema e para abrir a maioria dos programas
  • Quando logo na VPN da empresa a internet cái com frequência, aí tenho que ficar alterando as configurações de DNS, sem contar os constantes pedidos de reinicialização para atualizar o aplicativo de VPN
  • Por vezes ocorre um bug estranho que deixa as teclas de função sempre acionadas
  • O vídeo também buga às vezes, como se a placa de vídeo estivesse com uma resolução de cores bem mais baixa
Você pode dizer que alguns desses problemas são relacionados ao hardware, mas nada disso ocorre no Linux Mint...


A experiencia Linux Mint

Linux Mint


Instalei o Linux Mint 19.3 Tricia nesse meu desktop falcão sem muitas expectativas. Até por isso escolhi um window manager mais leve, o XFCE. E não fiz mais nenhum ajuste.

Nessa máquina eu consigo hoje: deixar 2 navegadores abertos: Chrome e Brave com 5 abas cada; Audacious tocando mp3; VS Code aberto. Tudo isso com cerca de 80% de memória em uso, funcionando de boa sem engasgos. Não consigo fazer metade disso quando entro pelo Windows 7.

Com essa configuração por várias vezes tudo roda mais fluido que no Windows 10 no notebook que tem um hardware muito melhor.

Nesse desktop, fiz cursos de React, Node, Docker, MongoDb, Go, Solidity sem problemas de performance.

Para não dizer que não ocorrem problemas, quando preciso alternar usuário, a máquina às vezes trava, com mais frequência no notebook, aí tenho que reiniciar.

Sei que existem formas muito mais profissionais de otimizar um Linux, mas aí tem que ser ninja. Não tenho esse profissionalismo todo... rs


A magia do SSD

Muitos dizem que se eu botar um SSD no notebook tudo vai ficar mais rápido e eu boto fé nisso. Sei do quanto um SSD melhora o desempenho de um SO.


Mas aí me diz porque o Linux Mint em uma mesma configuração consegue ter uma performance tão superior? E o olha que eu uso Windows desde que comecei a trabalhar na área de TI (faz 20 anos) e não instalo qualquer coisa nele.

Já fiz de tudo pra melhorar a performance desse Windows 10: desabilitei a Cortana, tento deixar somente os serviços mais essenciais ativados entre outras coisas mas até agora nada disso surtiu efeito. Creio que só o bom e velho formata e instala de novo deve resolver...

Eu sinceramente acho que esse Windows 10 é meio baleado. Houve versões melhores. O 7 e o XP foram as mais estáveis a meu ver.


Atualização do parque tecnológico da Batalha Corp...

A título de informação, o Zé Batalha deve tirar o escorpião do bolso e já tem orçamento aprovado para atualizar o parque tecnológico. 


Pretendo comprar um SSD para o notebook, instalar tudo do zero e assim melhorar a sua performance.

Também penso em comprar um desktop novo mais parrudo pois tenho projetos pessoais que demandam uma máquina melhor e assim também terei mais agilidade.

As ferramentas da Microsoft são muito fáceis de usar e foram meu ganha pão por um bom tempo da minha vida profissional. Pra se ter uma ideia meu apelido é "Windows" desde a faculdade... Tenho postagens de 5 anos atrás sobre o Windows 10.

Mas o Mint foi certamente a melhor experiência que já tive com um Linux, até porque a versão XFCE fez praticamente um milagre no meu desktop.

Como li recentemente: "O Mint definitivamente tem uma grande vantagem quando se trata de velocidade e desempenho. Em uma máquina mais nova, a diferença pode ser quase imperceptível, mas em um hardware mais antigo, ela definitivamente será muito sentida."

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Revendo conceitos - A importância da atuação do estado na economia

Às vezes me pergunto por que ainda mantenho esse blog.

Acho que gosto de deixar registrado o que tenho aprendido para uma consulta futura. Acho interessante como nossa visão de mundo pode se alterar com o tempo. Parece um hobby, quase uma terapia.

Esse post é bem o caso. Não que eu tenha mudado por completo mas repensei muita coisa nessa crise que vivemos.


A Filosofia Zé Batalha

Quem já leu meus posts anteriores tais como esses sabe que eu simplesmente tento entender como o mundo funciona, mas principalmente as contas. Por conta disso sempre fui contra intervenções excessivas do Estado.

Não tenho pretensão de mudar o mundo. Tento me adequar as regras do jogo. 

Mudar a minha vida para melhor e tentar ajudar meus parentes mais próximos já foi uma missão dura o suficiente pra mim. Envolveu muita perseverança não só de mim mas principalmente dos meus pais.

Existem pessoas mais focadas em mudar o mundo e a sociedade. Deixo isso pra elas e desejo boa sorte.


O que me fez refletir nessa crise...

Já escrevi que governos mais atrapalham que ajudam. Que hoje até considero bem exagerado da minha parte.

Pois com a crise eu entendi que essa é a hora que o Estado tem que atuar com tudo que puder.

O auxílio emergencial deve representar um acréscimo de cerca de R$250 bilhões a mais de despesa no ano.

Com isso é a relação Dívida/PIB deve disparar, deve chegar a 100% até o ano que vem, pois a dívida vai aumentar com esses novos gastos e o PIB vai diminuir com a retração da economia. Ou seja, pra cada 1 real que o país produz, 1 real de dívida.

Está tudo muito disfuncional no momento, mas assim que a economia se estabilizar devemos ter uma taxa de juros mais condizente coma nossa realidade: voltando a crescer. 

Quem leu os posts que citei no começo do post sabe que eu sou Austeridade Fiscal Futebol Clube. 

Mas que se dane. Milhões de vida estavam e ainda estão em jogo. Vamos pagar um preço alto no futuro mas não havia outra saída.

Pois esse é o Brasil de verdade...


Quer dizer então que o Zé Batalha virou um keynesiano? E a Escola Austríaca?

Não sou keynesiano! :D Só revi meus conceitos. 

Como mencionei no post Hayek x Keynes há situações que vou de Keynes e essa é exatamente uma delas, pois o que vivemos não é muito diferente de uma guerra. 

Digamos que a minha proporção Hayek/Keynes foi de 80% / 20% para 70% / 30%...

Para tentar entender como as coisas funcionam eu consumo conteúdo das mais variadas escolas de economia mas até um certo limite. 

Marxismo não entra, pois não gostam de fazer muitas contas, algo essencial nessa área, e falam de um mundo imaginário que até hoje não se deram conta que é impossível.

Costumo ler desde o pessimismo da escola austríaca até o otimismo dos analistas das casas de research. A partir daí tomo decisões baseado na minha percepção.

Mas hoje vejo que muitas coisas da escola austríaca são tão utópicas quanto o marxismo que eu sempre critiquei.

Como li no auge dessa pandemia: "Mises se reviraria no tumulo com o que alguns caras da Escola Austríaca tem falado..."

Muitos dizem que a Escola Austríaca vive de prever crises que ainda não aconteceram. Claro que uma hora eles podem acertar, assim como um relógio parado acerta a hora 2 vezes em um dia, mas ela não é só isso. 

Tem coisas bacanas, mas se você seguir tudo que eles pregam ali na essência é como se o mundo fosse a Suíça ou a própria Áustria. E o nosso país e a maior parte do planeta está muito longe disso.

É como se o país não precisasse de assistência social, como se fosse possível viver somente por meio da "mão invisível do mercado". Não deixa de ser um outro mundo imaginário...


A importância da atuação do Estado 

Imagina se o nosso país não tivesse o SUS, mesmo com todos seus defeitos. Onde a população pobre seria atendida nessa pandemia?

A injeção de dinheiro do BC, empréstimos para as empresas (para pequenas e médias empresas houve muitas falhas, mas pra explicar isso aqui precisaria de outro post) e principalmente o auxílio emergencial foram vitais para o país não entrar numa situação ainda pior do que está.


Mas...

Ainda acho que o melhor para um país é encontrar um meio termo entre as escolas de Keynes e Hayek. Entre os desenvolvimentistas e os liberais.

O bom funcionamento dos serviços públicos é vital para um país mas o que faz um país crescer é de verdade é o incentivo a livre iniciativa, empreendedorismo e uma boa dose de liberdade econômica.

Esse ranking mostra bem quem vai mais longe:

Sim, todos nós sonhamos com um país que funcione tão bem como a Alemanha. Os caras deram aula com seus milhares de testes de Covid e sendo a primeira liga de futebol a voltar com toda a segurança. 

Mas ninguém vê que se eles conseguem fazer isso por conta da sua ótima situação fiscal, dos seus 6 anos de superávits seguidos. 

Que tal entender como eles conseguiram isso? Ah e o sistema de aposentadorias da Alemanha, assim como praticamente todos nesse planeta, que precisou ou precisa passar por reformas? 


Conclusão

Não faz mal rever conceitos. Não cai as bolas mudar de opinião ao contrário do que muitos pensam...

O Estado sempre terá uma importância enorme na economia, mas muitas vezes você pode ajudar mais interferindo menos.

sábado, 4 de julho de 2020

Carteira e Análises do Zé Batalha - 2º Trimestre de 2020

CENÁRIO ATUAL


Foi um segundo trimestre de recuperação rápida nas bolsas enquanto o mundo se encontra bem distante do fim da pandemia e das crises.

Apostar no curto prazo contra as bolsas hoje é apostar contra um metralhadora de dinheiro dos bancos centrais mundo a fora que tem um pente de balas infinito



O desemprego vai aumentando de forma impressionante. Temos indicativos de queda de PIB da ordem de 6 a 10% no Brasil. 

Já eu creio que a expansão monetária ocorrida junto com as novas rodadas de auxílio emergencial podem dar um alívio para o PIB, mas certamente será um número muito feio.

O certo é que teremos a pior temporada de resultados da história. Os balanços do 2T20 vão ser terríveis mas muito disso parece já estar precificado nas bolsas.

O que temos de bom é muita esperança que a vacina deve estar pronta bem antes do previsto.


VALE APOSTAR NO BRASIL AINDA?

Eu ainda acho que sim.

No longo prazo mesmo com toda essas confusões do país temos trilhões investidos em renda fixa ou em fundos ligados a rentabilidade da Selic.

Tudo isso num cenário de juros baixos que devem continuar assim por um bom tempo pois a inflação vem caindo muito. Com juros tão baixos não há alternativa pra quem quer melhores rendimentos a não ser a renda variável o que deve puxar pra cima a valorização desses ativos.

E por mais que a situação ainda possa piorar (e claro que isso é bem possível), acho bem difícil dado o que expliquei a bolsa voltar aos 60 e poucos mil. 

O Brasil quebrou na década perdida de 80 e várias empresas continuaram funcionando. Várias delas vão continuar agora também. As mais preparadas vão crescer ainda mais absorvendo as que não suportarem. Goste a gente ou não, é assim que funciona.

Ainda há muito a ser feito no Brasil. Temos muito atraso em infraestrutura principalmente, o que também significa que tem muito mais espaço para crescer que países já bem estabelecidos.


CRISES...

As outras crises acabavam (veja como foi em 2008) e o mundo continuava do mesmo jeito. O maior desafio desta é que a gente não sabe quando as coisas voltam ao normal.

A tecnologia vai ser ainda mais exigida. Em momentos como esse gostaria muito de estar posicionado em boas ações desse segmento na bolsa americana. Deve ser um segmento pouco afetado se comparado a outros da economia.


CARTEIRA ZÉ BATALHA - 2T20 (+7,85 % no mês de junho e -5,32% no ano)

Certamente devo rever essa alocação 40% - 60% [RF-RV] da CZB com juros tão baixos.

Agora em relação aos ativos...

Antes mesmos do Corona Crash eu reduzi minha participação em CVC. Logo depois vi o bom velhinho Buffet fugindo das aéreas e quem sou eu pra questionar. Difícil saber quando as pessoas terão a mesma coragem de viajar como antes e quem pode trabalhar de home office dando conta do recado por videoconferência. 

Ainda assim, veja que dia...
Ainda assim, veja que dia...

M Dias Branco virou minha terceira maior posição em ações. Ótima empresa num setor muito resiliente. 

Em junho, a CZB-Ações venceu o IBOV: 11% x 8,76%. No semestre também: -14,01% x -17,80%.

Quanto aos FIIs só reduzi FIGS11 pois este tem apenas 2 shoppings e igualei a alocação dos outros 9 FIIs pois são mais seguros.

Em junho, a CZB-FIIs venceu o IFIX: 7,62% x 5,59%. No semestre também: -3,59% x -12,24%.

A renda fixa deve ficar por um bom tempo somente em Tesouro Selic e um pouco em poupança.

Zerei minhas NTNB sem pensar em fazer mais aportes nela este ano pois vejo que a chance de eu ganhar pouco é menor do que eu perder muito dado o cenário atual.


VIDA PESSOAL - REDES SOCIAIS

Resolvi jogar melhor o jogo das redes sociais.

Comentar, curtir e repostar ainda menos sobre política e mais sobre coisas mais bacanas: tecnologia, desenvolvimento, viagens, games. Com isso minha vida nas redes sociais tem sido bem mais feliz. 

Ainda posto muito sobre economia e finanças é claro, pois realmente é algo que me interesso muito.