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sábado, 12 de setembro de 2020

Carteira Batalha de FIIs - Fundos de Investimento Imobiliários

Esse post estava planejado já faz muito tempo, mas com a devastação ocorrida por conta da pandemia os assuntos foram mudando... Finalmente hoje vou mostrar como cheguei na Carteira Batalha de FIIs e o que aprendi até então. 

Como falei na última postagem do ano passado, 2019 certamente foi o ano dos FIIs. O IFIX teve um rendimento de 36% no ano e o número de investidores chegou na faixa de 600 mil naquela época. Já devemos estar perto ou passando de 1 milhão hoje.
O primeiro passo

Como sempre: estudo. Comecei por esse livro do mestre André Bacci. Comprei o digital por R$25, mas se fosse hoje seria gratuito por ser assinante do Amazon Prime (R$9,90/mês), algo que também recomendo.

Mas o que são FIIs - Fundos de Investimento Imobiliários?

São imóveis ou conjuntos de imóveis divididos em cotas as quais podem ser adquiridas por meio da bolsa de valores de forma similar ao que fazemos quando compramos ações.


Sendo detentor de um cota de FII, você se torna proprietário de parte daquele imóvel e então recebe mensalmente rendimentos proporcionais à quantidade de cotas, o que acaba se configurando como uma ótima forma de recebimento de renda passiva. E até o presente dia é isento de impostos, ao contrário do aluguel de um imóvel físico.

Exemplo simplificado: suponha que 4 pessoas se juntem para comprar um imóvel de R$100.000. Cada um paga uma "cota" de R$25.000. Eles conseguem alugar o imóvel por R$800 mensais. Logo cada um receberá R$200 referente a sua "cota" adquirida.

Você também pode ter um ganho de capital ao vender suas cotas de FIIs num valor acima do que comprou, tal qual as ações. Nesse caso você paga 20% de imposto sobre o ganho obtido. Claro que o valor da cota também pode cair e então caso venda, você terá prejuízo.

Considero os FIIs uma das melhores formas de se entrar no mercado de renda variável, ainda mais nesse momento de taxa de juros tão baixa.

Quando a Selic voltar a subir o valor das cotas de FIIs deve cair, mas os contratos de aluguel tendem a ser reajustados pela inflação, o que vai fazer os rendimentos mensais aumentarem.

É a forma de acesso mais democrática ao mercado imobiliário, pois é bem mais barato comprar a cota de um FII do que obter grana para comprar um imóvel para alugar, como citei acima.

Comprar um imóvel para aluguel envolve despesas de taxas, impostos, escrituras, cartórios, reformas, além da necessidade de ter um capital disponível muito maior. Após comprar você ainda vai ter que se preocupar com pagamento de IPTU, sorte de ter um bom inquilino, possível inadimplência e no pior caso a dificuldade de colocar alguém que não pague pra fora se for um imóvel residencial. Ou contratar uma empresa pra não ter essas dores de cabeça e pagar um percentual do aluguel em troca.

Conheço várias pessoas que se deram muito bem com essa estratégia, algo bem comum no Brasil, mas eu não tenho esse conhecimento nem assessoria, o que seria um risco muito maior. Penso que para nós, investidores pobretas, é muito mais fácil e seguro comprar aos poucos cotas de FIIs do que desembolsar um bolada maior para comprar um imóvel. Mas claro que isso vai do perfil de cada um.


Vantagens dos FIIs:

Uma das maiores vantagens que vejo é que é de mais fácil entendimento do que a compra de uma ação. Todo mundo sabe que que dá pra colocar um imóvel pra alugar e botar um dinheiro no bolso mensalmente. E é bem legal ver aquele dinheirinho entrando todo mês. Além disso:
  • Baixa volatilidade. Em média o valor das cotas oscilam 50% menos do que as ações;
  • Liquidez. Ao vender suas cotas no home broker de sua corretora você recebe o dinheiro em 3 dias. Impossível vender uma fração de um imóvel com a mesma facilidade. Ou você não vende ou vende 100% e ainda assim demora mais tempo pra receber o dinheiro.
  • A lei obriga que 95% do lucro líquido de um FII seja distribuído como rendimento;
  • Você pode estar posicionado em vários pedaços de imóvel alugados pra vários setores da economia, aumentando sua diversificação;
  • Mesmo que o valor da cota venha a cair, todo mês você vai receber os aluguéis;
  • No caso de subscrição (*), caso não queira entrar você pode vender seus direitos que pode dar alguns trocados
(*) Subscrição é um direito de comprar novas cotas da empresa por um preço pré-determinado, geralmente abaixo do preço de mercado para atrair compradores, algo que ocorre de vez em quando. A quantidade a ser adquirida dos novos ativos pode ser uma proporção da quantidade que você possuía do ativo na data de corte (ex)."


Riscos dos FIIs:
  • Vacância: quando imóveis ficam desocupados os rendimentos de aluguéis ficam comprometidos;
  • Encerramento de contrato de inquilino afetando a renda de aluguel;
  • Desvalorização de cotas: não esqueça que é renda variável
Daí a importância de diversificar e dar preferência a FIIs multi-imóveis e multi-inquilinos. Temos casos de FIIs com apenas um imóvel em que de uma hora pra outra o único inquilino encerra o contrato. Ou seja, a receita de aluguel ZERA e com isso seus rendimentos também.


A Estratégia Batalha de investimento em FIIs

Como já falei em minhas postagens o meu maior foco é a solidez dos ativos para o longo prazo. Baseado nisso tento me concentrar na qualidade dos ativos antes de pensar no retorno.

Não costumo escolher um FII focando apenas nos DY (rendimentos mensais). 

Mas a título de informação, no ano passado, quando comecei a escrever esta postagem o DY da Carteira Batalha de FIIs estava em 0,45% a.m. Com a queda no valor das cotas no corona crash o DY chegou 0,74% a.m. e hoje está em 0,32% a.m.


E como ficou a Carteira Batalha de FIIs?

Uma boa regra que aprendi sobre formação de carteiras é saber que é mais fácil tirar os ruins do que tentar adivinhar o melhor...

Ao final escolhi 10 FIIs pertencentes a 4 setores: 4 de shoppings, 3 de logística, 1 de lajes corporativas/escritórios, 2 de papel/FOF. Pensei em ter 2 de escritórios mas não encontrei um outro ativo com a solidez que eu gostaria.

Diferente da carteira de ações em que tenho alocações diferentes para cada ativo, aqui não quis quebrar a cabeça e facilitei as coisas deixando 10% pra cada mesmo.

Esse print eu tirei do clubefii.com.br (site obrigatório e gratuito!)


  • Shoppings: VISC11, HGBS11, FIGS11, XPML11
  • Logística: GGRC11, XPLG11, HGLG11
  • Lajes corporativas/escritórios: HGRE11
  • Papel/FOF (Fundo de fundos): HGCR11, BCFF11

Dentre os 10 FIIs o único que destoa em termos dos meus critérios de solidez é o FIGS11, que tem somente 2 imóveis. Mas ele acaba entrando na carteira como uma "aposta" de ganhos pelo seu potencial futuro de redução de vacância.

Fundos de papel bem geridos e diversificados podem proteger o investidor em momentos de crise quando os de tijolo não irão performar muito bem. É tipo um “ETF de RF lastreados em imóveis”. Tem DYs bons por conta da venda das cotas de alguns FIIs da carteira mas não devem ter tanto crescimento como os de tijolo.

É sempre bom atentar que pode haver conflito de interesse no caso de emissão da administradora que um dos papeis pertença ao FOF, mas claro que esse tipo de risco não existe somente para FIIs.


Sites recomendados

Como introdução para entender melhor, destaco:
https://www.rico.com.vc/fundos-imobiliarios

Para informações sobre os FIIs temos ótimas opções, que dão informações  que recomendo:
https://www.clubefii.com.br/ -> ótimo pra montar sua carteira
https://mundofii.com/

E como fica depois do Covid?

Como a postagem já ficou muito longa vou deixar isso para uma próxima, em breve.

sábado, 5 de setembro de 2020

Home office com o Linux Mint - A melhor distribuição que já usei

Já são quase 6 meses trabalhando de home office e com isso o parque tecnológico residencial da Batalha Corp foi exigido como nunca antes na história desse país. 

Atualmente temos um desktop e um notebook. O notebook é um Samsung que tem a seguinte configuração: i5-5200, 8GB de RAM, HD de 1 TB. É suficiente para trabalhar com as ferramentas que uso para desenvolvimento de sistemas.

Acho que me sinto mais confortável trabalhando no desktop mas ele tem uma configuração beeem mais fraca. Um Dual Core Intel Pentium G3260 (não é nem um i3...), 4GB de RAM e um HD de 500 GB.


Me julguem!

Aí você diz: "Zé Batalha, deixe der canguinha | miseráve | muquirana | mão-fechada | pão-duro" (coloque o adjetivo de sua preferência) rs... você pode comprar uma máquina melhor!

Sim eu posso, graças a Deus. A questão é que pode parecer incrível mas esse desktop vem me atendendo em muita coisa com essa configuração. 

Em termos de custo-benefício creio que estava aceitável. Mas isso porque eu corri atrás de fazer um hardware tão fraco funcionar melhor e aí que entra a motivação dessa postagem.


Windows x Linux

Tenho um dual-boot nas 2 máquinas:
  • Desktop: Linux Mint 19.3 e Windows 7
  • Notebook: Linux Mint 19.1, Windows 10 e até um Kali Linux (foi um tempo que eu queria pagar de hacker igual o Mr. Robot... rs)
Cheguei ao ponto de fazer um downgrade do Windows 10 para o 7 no desktop pra ver se a máquina funcionava melhor e ainda assim o negócio está sofrível...

E pra ser sincero, até no meu notebook, que tem uma configuração muito melhor, o desempenho do Windows 10 está muito fraco e tem vários problemas que só ocorrem nele:
  • Demora acima do normal para inicializar o sistema e para abrir a maioria dos programas
  • Quando logo na VPN da empresa a internet cái com frequência, aí tenho que ficar alterando as configurações de DNS, sem contar os constantes pedidos de reinicialização para atualizar o aplicativo de VPN
  • Por vezes ocorre um bug estranho que deixa as teclas de função sempre acionadas
  • O vídeo também buga às vezes, como se a placa de vídeo estivesse com uma resolução de cores bem mais baixa
Você pode dizer que alguns desses problemas são relacionados ao hardware, mas nada disso ocorre no Linux Mint...


A experiencia Linux Mint

Linux Mint


Instalei o Linux Mint 19.3 Tricia nesse meu desktop falcão sem muitas expectativas. Até por isso escolhi um window manager mais leve, o XFCE. E não fiz mais nenhum ajuste.

Nessa máquina eu consigo hoje: deixar 2 navegadores abertos: Chrome e Brave com 5 abas cada; Audacious tocando mp3; VS Code aberto. Tudo isso com cerca de 80% de memória em uso, funcionando de boa sem engasgos. Não consigo fazer metade disso quando entro pelo Windows 7.

Com essa configuração por várias vezes tudo roda mais fluido que no Windows 10 no notebook que tem um hardware muito melhor.

Nesse desktop, fiz cursos de React, Node, Docker, MongoDb, Go, Solidity sem problemas de performance.

Para não dizer que não ocorrem problemas, quando preciso alternar usuário, a máquina às vezes trava, com mais frequência no notebook, aí tenho que reiniciar.

Sei que existem formas muito mais profissionais de otimizar um Linux, mas aí tem que ser ninja. Não tenho esse profissionalismo todo... rs


A magia do SSD

Muitos dizem que se eu botar um SSD no notebook tudo vai ficar mais rápido e eu boto fé nisso. Sei do quanto um SSD melhora o desempenho de um SO.


Mas aí me diz porque o Linux Mint em uma mesma configuração consegue ter uma performance tão superior? E o olha que eu uso Windows desde que comecei a trabalhar na área de TI (faz 20 anos) e não instalo qualquer coisa nele.

Já fiz de tudo pra melhorar a performance desse Windows 10: desabilitei a Cortana, tento deixar somente os serviços mais essenciais ativados entre outras coisas mas até agora nada disso surtiu efeito. Creio que só o bom e velho formata e instala de novo deve resolver...

Eu sinceramente acho que esse Windows 10 é meio baleado. Houve versões melhores. O 7 e o XP foram as mais estáveis a meu ver.


Atualização do parque tecnológico da Batalha Corp...

A título de informação, o Zé Batalha deve tirar o escorpião do bolso e já tem orçamento aprovado para atualizar o parque tecnológico. 


Pretendo comprar um SSD para o notebook, instalar tudo do zero e assim melhorar a sua performance.

Também penso em comprar um desktop novo mais parrudo pois tenho projetos pessoais que demandam uma máquina melhor e assim também terei mais agilidade.

As ferramentas da Microsoft são muito fáceis de usar e foram meu ganha pão por um bom tempo da minha vida profissional. Pra se ter uma ideia meu apelido é "Windows" desde a faculdade... Tenho postagens de 5 anos atrás sobre o Windows 10.

Mas o Mint foi certamente a melhor experiência que já tive com um Linux, até porque a versão XFCE fez praticamente um milagre no meu desktop.

Como li recentemente: "O Mint definitivamente tem uma grande vantagem quando se trata de velocidade e desempenho. Em uma máquina mais nova, a diferença pode ser quase imperceptível, mas em um hardware mais antigo, ela definitivamente será muito sentida."

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Revendo conceitos - A importância da atuação do estado na economia

Às vezes me pergunto por que ainda mantenho esse blog.

Acho que gosto de deixar registrado o que tenho aprendido para uma consulta futura. Acho interessante como nossa visão de mundo pode se alterar com o tempo. Parece um hobby, quase uma terapia.

Esse post é bem o caso. Não que eu tenha mudado por completo mas repensei muita coisa nessa crise que vivemos.


A Filosofia Zé Batalha

Quem já leu meus posts anteriores tais como esses sabe que eu simplesmente tento entender como o mundo funciona, mas principalmente as contas. Por conta disso sempre fui contra intervenções excessivas do Estado.

Não tenho pretensão de mudar o mundo. Tento me adequar as regras do jogo. 

Mudar a minha vida para melhor e tentar ajudar meus parentes mais próximos já foi uma missão dura o suficiente pra mim. Envolveu muita perseverança não só de mim mas principalmente dos meus pais.

Existem pessoas mais focadas em mudar o mundo e a sociedade. Deixo isso pra elas e desejo boa sorte.


O que me fez refletir nessa crise...

Já escrevi que governos mais atrapalham que ajudam. Que hoje até considero bem exagerado da minha parte.

Pois com a crise eu entendi que essa é a hora que o Estado tem que atuar com tudo que puder.

O auxílio emergencial deve representar um acréscimo de cerca de R$250 bilhões a mais de despesa no ano.

Com isso é a relação Dívida/PIB deve disparar, deve chegar a 100% até o ano que vem, pois a dívida vai aumentar com esses novos gastos e o PIB vai diminuir com a retração da economia. Ou seja, pra cada 1 real que o país produz, 1 real de dívida.

Está tudo muito disfuncional no momento, mas assim que a economia se estabilizar devemos ter uma taxa de juros mais condizente coma nossa realidade: voltando a crescer. 

Quem leu os posts que citei no começo do post sabe que eu sou Austeridade Fiscal Futebol Clube. 

Mas que se dane. Milhões de vida estavam e ainda estão em jogo. Vamos pagar um preço alto no futuro mas não havia outra saída.

Pois esse é o Brasil de verdade...


Quer dizer então que o Zé Batalha virou um keynesiano? E a Escola Austríaca?

Não sou keynesiano! :D Só revi meus conceitos. 

Como mencionei no post Hayek x Keynes há situações que vou de Keynes e essa é exatamente uma delas, pois o que vivemos não é muito diferente de uma guerra. 

Digamos que a minha proporção Hayek/Keynes foi de 80% / 20% para 70% / 30%...

Para tentar entender como as coisas funcionam eu consumo conteúdo das mais variadas escolas de economia mas até um certo limite. 

Marxismo não entra, pois não gostam de fazer muitas contas, algo essencial nessa área, e falam de um mundo imaginário que até hoje não se deram conta que é impossível.

Costumo ler desde o pessimismo da escola austríaca até o otimismo dos analistas das casas de research. A partir daí tomo decisões baseado na minha percepção.

Mas hoje vejo que muitas coisas da escola austríaca são tão utópicas quanto o marxismo que eu sempre critiquei.

Como li no auge dessa pandemia: "Mises se reviraria no tumulo com o que alguns caras da Escola Austríaca tem falado..."

Muitos dizem que a Escola Austríaca vive de prever crises que ainda não aconteceram. Claro que uma hora eles podem acertar, assim como um relógio parado acerta a hora 2 vezes em um dia, mas ela não é só isso. 

Tem coisas bacanas, mas se você seguir tudo que eles pregam ali na essência é como se o mundo fosse a Suíça ou a própria Áustria. E o nosso país e a maior parte do planeta está muito longe disso.

É como se o país não precisasse de assistência social, como se fosse possível viver somente por meio da "mão invisível do mercado". Não deixa de ser um outro mundo imaginário...


A importância da atuação do Estado 

Imagina se o nosso país não tivesse o SUS, mesmo com todos seus defeitos. Onde a população pobre seria atendida nessa pandemia?

A injeção de dinheiro do BC, empréstimos para as empresas (para pequenas e médias empresas houve muitas falhas, mas pra explicar isso aqui precisaria de outro post) e principalmente o auxílio emergencial foram vitais para o país não entrar numa situação ainda pior do que está.


Mas...

Ainda acho que o melhor para um país é encontrar um meio termo entre as escolas de Keynes e Hayek. Entre os desenvolvimentistas e os liberais.

O bom funcionamento dos serviços públicos é vital para um país mas o que faz um país crescer é de verdade é o incentivo a livre iniciativa, empreendedorismo e uma boa dose de liberdade econômica.

Esse ranking mostra bem quem vai mais longe:

Sim, todos nós sonhamos com um país que funcione tão bem como a Alemanha. Os caras deram aula com seus milhares de testes de Covid e sendo a primeira liga de futebol a voltar com toda a segurança. 

Mas ninguém vê que se eles conseguem fazer isso por conta da sua ótima situação fiscal, dos seus 6 anos de superávits seguidos. 

Que tal entender como eles conseguiram isso? Ah e o sistema de aposentadorias da Alemanha, assim como praticamente todos nesse planeta, que precisou ou precisa passar por reformas? 


Conclusão

Não faz mal rever conceitos. Não cai as bolas mudar de opinião ao contrário do que muitos pensam...

O Estado sempre terá uma importância enorme na economia, mas muitas vezes você pode ajudar mais interferindo menos.