Bem, pelo menos eu estava esperando por esse jogo desde o 1°
semestre. Assim como quis muito assistir Brasil x Espanha na final da
última Copa das Confederações, mas os EUA estragaram essa chance na
semi-final. Neste domingo teremos um dos jogos mais esperados do ano: o
melhor Américas contra o melhor da Europa, não só por terem sido
campeões de seus respectivos torneios continentais, mas também pelo time
que possuem hoje.
Será que o Barcelona é mesmo tão imbatível assim?
Você
pode até dizer que eu pago pau demais pra esse time, mas a minha
resposta a essa pergunta é bem simples: Desde que me entendo por gente,
eu nunca vi um time jogar como joga o Barcelona, com tamanha
superioridade e eficiência, seja contra times fracos ou contra times
fortes. Às vezes, parece ser tão fácil o que eles estão fazendo em campo
que dá pra imaginar se o que eles estão jogando já não é um novo
esporte. Vejo comparações com o Santos da época de Pelé, e a seleção
brasileira de 1982, pelo belo futebol que jogavam, mas como não pude
assistir estes, não tenho como dar minha opinião quanto a isso. Me faz
lembrar também da hegemonia do chamado "Dream Team", a seleção
norte-americana de basquete, de vários anos atrás.Desde da época
de ouro de Ronaldinho Gaúcho tenho acompanhado os jogos do Barça com
mais atenção, e venho percebendo a evolução dessa equipe com o tempo. Um
time que preza pelo toque de bola desde a saída da defesa, sem dar
chutão; que muitas vezes não cruza bola na área (como fazem boa parte
dos times) só pra garantir os seus usuais 60% de posse e criar mais
chances com a bola no pé; que consegue jogar praticamente no mesmo nível
sem ter os seus principais titulares. Pra chegar nesse nível somente
com uma geração fantástica de jogadores, como a que possui atualmente, e
um técnico como Pep Guardiola, que elabora um esquema capaz de
aproveitar o máximo dessa equipe.
Em 2009, o Barça ganhou as 6
competições que disputou. E o time de 2009 pra mim ainda era mais fraco
do que esse que vemos de 2010 pra cá. Lembro como se fosse hoje do gol
de Iniesta, na semi-final da Champions League, nos acréscimos. É difícil
ver o Barça passar por esse tipo de sufoco atualmente...
Um
jogo que eu achava que seria uma pedreira grande, mas que acabou se
tornando mais um dos jogos fáceis foi a última final da Champions League
conta o Manchester United. 3 x1 com direito a 66% de posse de bola e
inúmeras chances de gol. Vale lembrar que era um Manchester muito forte,
com atacantes que na minha opinião estavam até em melhor fase que os do
Barça (Chicharito e Rooney x Pedro e Villa). No início desse ano, após
ver alguns tropeços no início da Liga Espanhola e com a crescente
evolução do Real Madrid achei que o clássico do sábado passado seria um
empate suado daqueles. Engano meu, mais um chocolate na casa do
adversário: 3x1. Agora percebo a insistência de 2 anos pra conseguir
acertar a contratação de Cesc Fabregas, além de mais outra ótima
contratação, Alexis Sánchez. Enfim, o Barcelona atual é tão forte quanto
o da temporada passada.
Ritmo de jogo x time mais descansado?
Como
tudo na vida, onde há vantagens, também podemos encontrar desvantagens.
O Barcelona voa em campo, o rítmo de jogo está pleno. Depois de vencer o
Real no sábado, pegaram o avião e já chegaram fazendo um treino de
ataque contra defesa naquele 4x0 da semi-final. Mas, por vir de uma
maratona de jogos mais forte, deve sentir mais cansaço, algo que já foi
atenuado por Guardiola, descansando alguns titulares na última partida,
mas mesmo assim, teve a perda de Villa e Alexis Sánchez é dúvida.
Já
o Santos, vem descansado, reduziu o rítmo no final do Brasileirão pra
jogar somente as partidas que achasse conveniente. O fato de estar mais
descansado pode ajudar, mas é claro, pelo que foi visto na semi-final,
que o time sente falta desse rítmo de jogo. O Santos proporcionou várias
chances à equipe do Kashiwa, que poderia ter complicado a partida. Tais
falhas cometidas poderão ser fatais se repetidas na final.
Apesar
de todos as atenções estarem voltadas para Neymar, o cara que pode e
deve mostrar serviço pra mim é o Ganso. Teve um ano complicado, com
várias contusões, sem poder jogar muitas partidas, por isso acredito que
essa é a hora de mostrar para o mundo o futebol dele e tentar fazer a
diferença num jogo tão importante.
Ah, mas alguém pode dizer: "Não
é tão forte assim pois o Internacional ganhou do Barcelona na final do
mundial de 2006". Haha... 1) Aquele Barcelona não jogava metade do que
esse joga atualmente (não desmerecendo o título do Inter) 2) O melhor
jogador da partida com toda certeza era pra ser o Iarley e não aquele
prêmio de consolação que deram para o Deco.
Messi x Neymar
As comparações são inevitáveis. Messi:
24 anos, 26 títulos só com o time catalão. Melhor jogador do mundo por 2
vezes, e quem sabe uma terceira vez em poucos dias. Tudo que ele
conquistou, ajuda muito o fato de jogar nessa geração de ouro atual do
Barcelona. Neymar: 19 anos, 4 títulos pelo Santos.
Messi
é tão veloz quanto Neymar, tão craque quanto. Só que é bem mais
objetivo, eficiente e útil para a equipe, não só com os seus gols como
também com suas assistências. Joga com a bola colada no pé e seus
dribles não são para dar show, não são firulas destinadas a entreter a
torcida ou "brincar" com seus marcadores adversários. Falando como um
operário da bola, ele usa seu talento de uma forma que obtém muito mais
produtividade do que Neymar. Dribla e avança pra frente tendo como
objetivo o gol adversário seja por meio de chutes ou assistências,
contribuindo ao máximo para a equipe com o futebol que tem.
Só que
Neymar é bem mais jovem. Amadureceu muito nesse ano, no sentido de
jogar mais para a equipe e já não faz mais com tanta frequência aquelas
firulas sem noção, que serviam mais para aparecer e para irritar o
adversário, provocando confusões e cartões, até pra ele próprio
inclusive. Melhorou bastante na questão de cavar faltas, que beirava ao
ridículo. Seu repertório e improvisação quando se trata de dribles é
nitidamente superior a Messi, o que se bem utilizados, como vem sendo
atualmente, pode tornar em poucos anos ele um jogador superior ao que
Messi é hoje.
Mas atualmente, acho que não tem como dizer que
Neymar é melhor que Messi. Sem contar que a comparação ainda se torna
injusta por conta de um já ter 5 anos a mais de bagagem que o outro.
Como vencer o Barça?
Vai
perguntar pra mim? Se até o Muricy deve estar arrancando os cabelos que
resta pra encontrar uma forma, quanto mais eu. Mas, o fato é que o
Santos tem que entrar em campo já sabendo que, com sorte, terá apenas
40% de bola nos pés. E terá que aproveitar ao máximo esse tempo. Como o
próprio Muricy falou: "A posse do Barcelona é a maior em qualquer lugar
do mundo. Ninguém vai conseguir mudar isso, nem eu.". Mas tenho certeza
que ele já tem uma estratégia montada, pelo ótimo técnico que é. Pra
mim, o melhor do Brasil.
O maior problema de se jogar contra o
Barcelona é que você pensa sempre em marcar o jogador mais forte pra
tentar enfraquecê-lo. Aí se você foca numa marcação em Messi, ainda tem
Xavi e Iniesta, que mesmo não sendo tão espetaculares do que ele, são
bem mais regulares, dificilmente jogam mal uma partida. Com um
meio-campo desse nível, fica difícil quem jogar contra ter sossego.
É
difícil ver o Barcelona jogar e não se espantar com tanta qualidade e
não se pegar torcendo por ele. Será muito difícil pro Santos vencer, mas
domingo pode ser o dia do Santos. E por mais que admire o Barça,
estarei torcendo pelo Brasil, pelo Santos.
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quinta-feira, 17 de novembro de 2011
domingo, 13 de novembro de 2011
Sobre Torcedores
Quando criança, e até boa parte da minha adolescência, fui daqueles
torcedores fanáticos. Lembro bem do dia em que o São Paulo perdeu a
final do brasileiro de
19901989 para o Vasco. Chorei pra
caramba. Lembro muito também das finais do mundial interclubes de 1992 e
1993, quando assistia o jogo muito nervoso naquelas madrugadas. Teve um
ano que o São Paulo foi desclassificado na semi-final da Libertadores
para o Once Caldas. Nesse dia nem dormir eu consegui direito por conta
da raiva que tive...
Acho que minhas últimas grandes emoções ao assistir um jogo de futebol foram a conquista do tricampeonato do São Paulo em 2005 (tanto da Libertadores, como do Mundial) e o pentacampeonato da seleção brasileira em 2002. Depois desses, não me lembro mais de grandes alterações do meu estado de nervos ao assistir um jogo. Assitir jogo de futebol é um dos meus hobbies favorito, assisto muito mais hoje em dia do que antigamente (estou ficando cada vez mais parecido com meu pai), seja série A, B, ligas européias, mas dependendo do nível da partida eu dou a atenção devida, ainda mais atualmente pois estão transmitindo até jogo do campeonato russo (e eu cheguei a assistir um jogo...). Jogos que não sejam tão importantes eu fico fazendo outra coisa e acompanhando só de relance.
Apesar de gostar muito de futebol, já faz um tempo que me decidi a não mais me chatear com isso. Quero ter o futebol pra mim somente como uma fonte de diversão. Se meu time ganha, eu comemoro; se perde, eu simplesmente mudo de canal, vou assistir um filme ou fazer qualquer outra coisa, sem crises.
Nunca fui muito de ir pra estádio mas acho interessante e respeito os chamados "ratos de estádio". São pessoas que tem muita dedicação ao seu clube de coração: não perdem uma partida, muitos participam dos programas de sócio-torcedor, às vezes sem nem ter tantas condições financeiras para tanto. Sei da emoção que é torcer para o seu time ao lado de tanta gente que se une naquele momento em prol de um mesmo propósito, mas acho que por nunca ter tido esse costume de ir a estádios, de nunca me envolver até tal ponto, consigo ver o futebol de uma forma, digamos, um pouco mais "fria", atualmente.
Cada um tem o seu jeito de torcer. Uns ficam mais felizes em sacanear com o time do adversário quando perde do que quando o seu time ganha. Outros fazem vistas grossas a qualquer crítica feita ao seu time. Tem torcedor de tudo quando é jeito.
Meu pai é um tipo interessante de torcedor, bem engraçado, um dos mais críticos que já vi. A coisa mais difícil do mundo é ele elogiar os times dele. Aliás, o futebol brasileiro em geral. Pouca coisa presta pra ele no futebol hoje em dia :) Mesmo quando os times que ele torce (Santos, Flamengo, Ceará, Vitória) são campeões de alguma competição ele reclama, dizendo que "não entende como um time tão fraco pode ser campeão".
Desde que me entendo por gente, na faixa dos 5/6 anos de idade que eu optei torcer para o São Paulo. Lembro como se fosse hoje: ganhei um jogo de botão de presente e, acho que como não tinha ninguém que eu conhecesse que torcia São Paulo, acredito que fui o primeiro da turma. E tive sorte, no ano seguinte (1986) o São Paulo, de Careca, foi campeão brasileiro em cima do Guarani, de Evair.
Mesmo
sendo baiano (com muito orgulho também), e ainda hoje morando em
Fortaleza há mais de 14 anos, não vejo problema algum em se torcer para
um time de fora do meu estado, da minha região, afinal antes de tudo eu
sou brasileiro.
O grande problema é que com o tempo, a gente descobre como as coisas vão funcionando e vê outras coisas que realmente são difíceis de aceitar. Muitas vezes o tratamento que é dado por muitos veículos da mídia (e de outras organizações envolvidas com o futebol em geral) às equipes do eixo sul/sudeste é diferente do que é dado aos nordestinos. Se for começar a falar da grande diferença de cotas de TV, aí é que a conversa vai longe mesmo. Entendo que as torcidas dos times dessas regiões são maiores, a estrutura em geral também não tem como comparar, mas acredito que deveria haver mais igualdade na hora de tratar os clubes da mesma forma. Poderia se adotar aqui um esquema parecido com o norte-americano, que privilegia a competitividade entre as equipes, e não o abismo entre as mesmas. "Qual a lógica de privilegiar quem já é privilegiado?"
Acho que o dia que eu cheguei no meu limite foi quando, ao assistir o "Bem Amigos", o Arnaldo César Coelho estava comentando um lance polêmico de um jogo entre Bahia e Vitória, pelo campeonato baiano. Ao explicar a situação de possível impedimento que ocorria no lance, ele falou mais ou menos assim: "O camisa 9 fez o passe mas esse 'moreninho aqui' está na mesma linha desse outro jogador aqui." Pô, o cara não se deu ao mínimo trabalho de saber apenas 3 nomes dos jogadores envolvidos no lance. Se fosse o Flamengo, tenho certeza que ele saberia o apelido, nome completo, filiação e RG do cara e se errasse ainda levaria uma bronca. Na hora parecia mais um cara comentando um racha do que um jogo de futebol de um campeonato profissional. No tele-jornal, muitas vezes mesmo os gols do Ceará, um time que joga na série A do futebol brasileiro, são mostrados em poucos segundos. Agora tem time aí que não precisa fazer muita coisa pra ter uma matéria de 15 minutos de telejornal.
Foi por causa de coisas desse tipo que eu mudei um pouco. Só percebi de uns tempos pra cá a importância de se valorizar o esporte local. Não deixei de torcer São Paulo, nem nunca vou deixar, mas são por esses motivos que hoje em dia também torço muito para os times do Nordeste, em especial os da Bahia e do Ceará. Se quem mora aqui no estado não der apoio, com quem podemos contar então? Pode parecer estranho mas fiquei até feliz quando vi o Bahia ganhando do São Paulo um dia desses, pois é Nordeste, jogou com raça e ganhou merecidamente.
Dentre os times daqui do estado, escolhi torcer mais pelo Ceará, mas por que? Em primeiro lugar, meu pai torce pro vozão -> Se o vozão ganha, ele fica feliz -> Se ele fica feliz, eu também fico feliz. Simples assim :) Alem disso, a maior parte da minha família também torce para o alvinegro. Influência familiar é algo que ajuda bastante no momento de se escolher qual time quer torcer.
Aí você me pergunta: E se o Ceará joga com o São Paulo? Confesso que não tenho uma resposta. Seria incapaz de torcer contra o São Paulo, mas também hoje não consigo torcer contra o Ceará. Por mais estranho que pareça, acredito que vou torcer para o time dependendo da situação em que cada um se encontrar, quem mais estiver precisando naquele exato momento, que tiver merecendo a vitória, sei lá... vai depender das circunstâncias.
A minha maior torcida hoje em dia é pra ver Bahia e Ceará se mantendo na Série A, Icasa se mantendo na Série B, e é sério, torci pro Fortaleza se manter na série C. Algo impensável pra quem se diz torcer pro Ceará, mas o prejuízo para o futebol cearense seria muito grande ter um time como o Fortaleza caindo para Série D.
Como sou um apreciador do bom futebol, de uns anos pra cá, costumo acompanhar os
jogosespetáculos do Barcelona. Em um mundo cheio de times retrancados, como
não torcer para um time que oferece um show de futebol ofensivo como é o
que vemos atualmente? Acredito que pelo fato de eu ter conhecido a
cidade de Barcelona e assistido lá num telão a final da Copa do Rei em
2009, isso tenha contado pontos também.
Ou seja, mais uma forma de torcer, cada um tem seu jeito. Por mais louco e estranho que pareça esse é o meu.
Acho que minhas últimas grandes emoções ao assistir um jogo de futebol foram a conquista do tricampeonato do São Paulo em 2005 (tanto da Libertadores, como do Mundial) e o pentacampeonato da seleção brasileira em 2002. Depois desses, não me lembro mais de grandes alterações do meu estado de nervos ao assistir um jogo. Assitir jogo de futebol é um dos meus hobbies favorito, assisto muito mais hoje em dia do que antigamente (estou ficando cada vez mais parecido com meu pai), seja série A, B, ligas européias, mas dependendo do nível da partida eu dou a atenção devida, ainda mais atualmente pois estão transmitindo até jogo do campeonato russo (e eu cheguei a assistir um jogo...). Jogos que não sejam tão importantes eu fico fazendo outra coisa e acompanhando só de relance.
Apesar de gostar muito de futebol, já faz um tempo que me decidi a não mais me chatear com isso. Quero ter o futebol pra mim somente como uma fonte de diversão. Se meu time ganha, eu comemoro; se perde, eu simplesmente mudo de canal, vou assistir um filme ou fazer qualquer outra coisa, sem crises.
Nunca fui muito de ir pra estádio mas acho interessante e respeito os chamados "ratos de estádio". São pessoas que tem muita dedicação ao seu clube de coração: não perdem uma partida, muitos participam dos programas de sócio-torcedor, às vezes sem nem ter tantas condições financeiras para tanto. Sei da emoção que é torcer para o seu time ao lado de tanta gente que se une naquele momento em prol de um mesmo propósito, mas acho que por nunca ter tido esse costume de ir a estádios, de nunca me envolver até tal ponto, consigo ver o futebol de uma forma, digamos, um pouco mais "fria", atualmente.
Cada um tem o seu jeito de torcer. Uns ficam mais felizes em sacanear com o time do adversário quando perde do que quando o seu time ganha. Outros fazem vistas grossas a qualquer crítica feita ao seu time. Tem torcedor de tudo quando é jeito.
Meu pai é um tipo interessante de torcedor, bem engraçado, um dos mais críticos que já vi. A coisa mais difícil do mundo é ele elogiar os times dele. Aliás, o futebol brasileiro em geral. Pouca coisa presta pra ele no futebol hoje em dia :) Mesmo quando os times que ele torce (Santos, Flamengo, Ceará, Vitória) são campeões de alguma competição ele reclama, dizendo que "não entende como um time tão fraco pode ser campeão".
Regionalismos
Uma das questões mais polêmicas que costumo conversar com amigos é o fato de ser "certo" ou "errado" torcer para um time de outro estado, em especial aqueles que moram no Nordeste que é o nosso caso (com muito orgulho, por sinal).Desde que me entendo por gente, na faixa dos 5/6 anos de idade que eu optei torcer para o São Paulo. Lembro como se fosse hoje: ganhei um jogo de botão de presente e, acho que como não tinha ninguém que eu conhecesse que torcia São Paulo, acredito que fui o primeiro da turma. E tive sorte, no ano seguinte (1986) o São Paulo, de Careca, foi campeão brasileiro em cima do Guarani, de Evair.
Careca erguendo a taça de campeão brasileiro de 1986 |
O grande problema é que com o tempo, a gente descobre como as coisas vão funcionando e vê outras coisas que realmente são difíceis de aceitar. Muitas vezes o tratamento que é dado por muitos veículos da mídia (e de outras organizações envolvidas com o futebol em geral) às equipes do eixo sul/sudeste é diferente do que é dado aos nordestinos. Se for começar a falar da grande diferença de cotas de TV, aí é que a conversa vai longe mesmo. Entendo que as torcidas dos times dessas regiões são maiores, a estrutura em geral também não tem como comparar, mas acredito que deveria haver mais igualdade na hora de tratar os clubes da mesma forma. Poderia se adotar aqui um esquema parecido com o norte-americano, que privilegia a competitividade entre as equipes, e não o abismo entre as mesmas. "Qual a lógica de privilegiar quem já é privilegiado?"
Acho que o dia que eu cheguei no meu limite foi quando, ao assistir o "Bem Amigos", o Arnaldo César Coelho estava comentando um lance polêmico de um jogo entre Bahia e Vitória, pelo campeonato baiano. Ao explicar a situação de possível impedimento que ocorria no lance, ele falou mais ou menos assim: "O camisa 9 fez o passe mas esse 'moreninho aqui' está na mesma linha desse outro jogador aqui." Pô, o cara não se deu ao mínimo trabalho de saber apenas 3 nomes dos jogadores envolvidos no lance. Se fosse o Flamengo, tenho certeza que ele saberia o apelido, nome completo, filiação e RG do cara e se errasse ainda levaria uma bronca. Na hora parecia mais um cara comentando um racha do que um jogo de futebol de um campeonato profissional. No tele-jornal, muitas vezes mesmo os gols do Ceará, um time que joga na série A do futebol brasileiro, são mostrados em poucos segundos. Agora tem time aí que não precisa fazer muita coisa pra ter uma matéria de 15 minutos de telejornal.
Para as cotas de TV!! |
Foi por causa de coisas desse tipo que eu mudei um pouco. Só percebi de uns tempos pra cá a importância de se valorizar o esporte local. Não deixei de torcer São Paulo, nem nunca vou deixar, mas são por esses motivos que hoje em dia também torço muito para os times do Nordeste, em especial os da Bahia e do Ceará. Se quem mora aqui no estado não der apoio, com quem podemos contar então? Pode parecer estranho mas fiquei até feliz quando vi o Bahia ganhando do São Paulo um dia desses, pois é Nordeste, jogou com raça e ganhou merecidamente.
Dentre os times daqui do estado, escolhi torcer mais pelo Ceará, mas por que? Em primeiro lugar, meu pai torce pro vozão -> Se o vozão ganha, ele fica feliz -> Se ele fica feliz, eu também fico feliz. Simples assim :) Alem disso, a maior parte da minha família também torce para o alvinegro. Influência familiar é algo que ajuda bastante no momento de se escolher qual time quer torcer.
Aí você me pergunta: E se o Ceará joga com o São Paulo? Confesso que não tenho uma resposta. Seria incapaz de torcer contra o São Paulo, mas também hoje não consigo torcer contra o Ceará. Por mais estranho que pareça, acredito que vou torcer para o time dependendo da situação em que cada um se encontrar, quem mais estiver precisando naquele exato momento, que tiver merecendo a vitória, sei lá... vai depender das circunstâncias.
A minha maior torcida hoje em dia é pra ver Bahia e Ceará se mantendo na Série A, Icasa se mantendo na Série B, e é sério, torci pro Fortaleza se manter na série C. Algo impensável pra quem se diz torcer pro Ceará, mas o prejuízo para o futebol cearense seria muito grande ter um time como o Fortaleza caindo para Série D.
Como sou um apreciador do bom futebol, de uns anos pra cá, costumo acompanhar os
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Bizu do Escorpião - Episodio I - Troca de Óleo
Inicio aqui uma sessão de posts chamada "Escorpião no Bolso". Aquelas
dicas que muitos de nós precisamos pra controlar e reduzir custos, é
claro, tudo com muita parcimônia...
Assim como a morte e impostos, uma das coisas mais certas da vida é que pra seu carro durar você precisa ter cuidado com a manutenção do mesmo, isso é muito importante. E uma das coisas que mais requer cuidado é a troca de óleo periódica. Tudo depende do tipo de óleo, do motor, da forma de utilização do veículo. Apesar de muitos afirmarem que a troca deve ser feita a cada 10 mil km, isso é muito arriscado, melhor garantir e fazer a cada 5 mil km.
As primeiras trocas eu tinha feito na concessionária até manter o primeiro (e único) ano de garantia. Ainda cheguei a fazer mais uma ou duas após sair da garantia, mas só depois me toquei que havia uma oportunidade interessante de reduzir custos aqui. Sempre ouvi falar de como o oléo de motor era barato no Extra, então fui lá pra dar uma averiguada, mas precisamente no Extra do Iguatemi.
Ao chegar lá, fiquei realmente impressionado com o preço: 1 galão de 4 litros do óleo 15W50 exigido pelo meu carro custando R$55, um Helix da Shell, marca muito boa. Pra completar, ao compra o óleo, percebi que havia um adesivo que dava direito a uma troca gratuita no Trok Service, que fica na Aguanambi. Logo, bastava comprar o filtro de óleo na MontSerrat por R$32.
Dessa forma um serviço que sairia por R$150 (4 litros de óleo Total Quartz + filtro + anel de vedação + serviço) na concessionária ficaria por R$87 com a estratégia do escorpião. Economia de 42%!
O plano elaborado só não deu certo porque os funcionários da Trok Service pareciam não ter as ferramentas (ou a competência) necessária pra retirar o filtro. Passaram 10 minutos tentando e por medo de quebrar, tive que fazer a troca em outro local, onde tive que pagar R$15 pela troca.
No final das contas ficou: Filtro (R$32) + Galão de 4 litros de óleo Helix (R$55) + Serviço de Troca (R$15) = R$102 -> Economia de 32%!
Assim como a morte e impostos, uma das coisas mais certas da vida é que pra seu carro durar você precisa ter cuidado com a manutenção do mesmo, isso é muito importante. E uma das coisas que mais requer cuidado é a troca de óleo periódica. Tudo depende do tipo de óleo, do motor, da forma de utilização do veículo. Apesar de muitos afirmarem que a troca deve ser feita a cada 10 mil km, isso é muito arriscado, melhor garantir e fazer a cada 5 mil km.
As primeiras trocas eu tinha feito na concessionária até manter o primeiro (e único) ano de garantia. Ainda cheguei a fazer mais uma ou duas após sair da garantia, mas só depois me toquei que havia uma oportunidade interessante de reduzir custos aqui. Sempre ouvi falar de como o oléo de motor era barato no Extra, então fui lá pra dar uma averiguada, mas precisamente no Extra do Iguatemi.
Ao chegar lá, fiquei realmente impressionado com o preço: 1 galão de 4 litros do óleo 15W50 exigido pelo meu carro custando R$55, um Helix da Shell, marca muito boa. Pra completar, ao compra o óleo, percebi que havia um adesivo que dava direito a uma troca gratuita no Trok Service, que fica na Aguanambi. Logo, bastava comprar o filtro de óleo na MontSerrat por R$32.
Dessa forma um serviço que sairia por R$150 (4 litros de óleo Total Quartz + filtro + anel de vedação + serviço) na concessionária ficaria por R$87 com a estratégia do escorpião. Economia de 42%!
O plano elaborado só não deu certo porque os funcionários da Trok Service pareciam não ter as ferramentas (ou a competência) necessária pra retirar o filtro. Passaram 10 minutos tentando e por medo de quebrar, tive que fazer a troca em outro local, onde tive que pagar R$15 pela troca.
No final das contas ficou: Filtro (R$32) + Galão de 4 litros de óleo Helix (R$55) + Serviço de Troca (R$15) = R$102 -> Economia de 32%!
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