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domingo, 18 de março de 2018

Aquisição de Imóveis na modalidade Interveniente Anuente - Permutante

Hoje falo da experiência que tive na aquisição de um imóvel na modalidade Interveniente Anuente - Permutante: quando a matrícula do imóvel está no nome de uma outra pessoa (normalmente a construtora) que não o vendedor.

Algo muito comum hoje em dia, mas que vem causando vários aborrecimentos, como foi o meu caso. Por isso resolvi escrever esse relato com o intuito de ajudar outros para que não venham a ter a mesma fúria que tive.

Fúria
Tamanha foi a minha fúria que por pouco não chego assim no banco #PAZ
Relato

Em setembro do ano passado fui ao Santander falar com minha gerente para dar entrada no financiamento. Em pouco tempo as coisas foram se resolvendo por conta do meu ótimo relacionamento com o banco: sou Van Gogh, meu imóvel anterior (que agora está à venda) também foi financiado lá e sou cliente há 15 anos. Sou informado que o departamento responsável entraria em contato.

Só depois de 2 semanas recebo a lista de documentos exigidos, mas porque tive que falar com a gerente após uma semana para ela cobrar do departamento, pois até então não tinha recebido nenhum contato. Tempo perdido que eu poderia estar providenciando a documentação.

Cheguei a tentar me informar se essa modalidade era permitida pelo Santander e vários atendentes me disseram que não haveria problema. Fiz a pergunta de antemão, pois já tinha a experiência de um colega que comprou um apartamento no mesmo edifício, teve seu financiamento negado pelo Banco do Brasil e precisou fazer pela Caixa Econômica.

Com essa informação nesse momento inicial eu evitaria: vários e-mails trocados até então, dezenas de ligações e contatos meus com o vendedor para conseguir ao todo cerca de 20 documentos, assinaturas, o que levou mais de 1 mês pois não dependia só de mim, mas também do representante do vendedor com quem eu tinha que cobrar quase que todos os dias, sem contar o meu tempo perdido no trabalho pra tratar desses assuntos.

Em resumo, bastaria me dizer que não era possível pelo Santander que eu já cancelaria o processo e iria atrás de dar entrada no meu financiamento junto à Caixa Econômica, evitando 2 meses de perda de tempo TANTO MINHA COMO DELES.

Aí ficou a minha dúvida: POR QUE, mesmo com essas dezenas de documentos que eu obtive, a Caixa Econômica poderia aceitar esse documento de matrícula e o Santander não? Se a Caixa aceita não há nenhuma ilegalidade nesse tipo de financiamento. POR QUE, mesmo com toda essa boa relação que tenho com o banco, era tão difícil resolver essa questão?

Eu até aceitaria ter uma proposta de financiamento recusada, se informada a tempo. O que não aceitei foi perder 2 meses de tempo da minha vida ainda mais dado as circunstâncias: minha esposa grávida e projetos de móveis já contratados para o novo apartamento.

Tentei tudo que eu pude:
  • Registrei reclamação no SAC e Ouvidoria do Santander
  • Registrei reclamação no site Reclame Aqui
  • Protocolei reclamação junto ao Banco Central
  • Expus o caso em redes sociais
Nunca vou esquecer da frase da gerente quando falei que iria tentar tudo da ouvidoria até o BACEN para resolver meu problema: "É, Sr. Zé Batalha, o não você já tem"


O que aprendi

Banco do Brasil e Santander não trabalham com essa modalidade. Não soube de nenhum caso de sucesso. Melhor nem tentar. Caixa e Bradesco aceitam, mas nem todas agências. Também não é questão de dinheiro. Soube de casos de imóveis que o comprador tinha bala na agulha pra dar uma entrada de mais de 1 milhão de reais e que também foram negados.

No fundo entendo que o banco queira uma segurança, mas depois de ver logo na primeira página a forma simples como a Caixa Econômica resolveu meu contrato acho que alguns dificultam mais do que deviam.

Santander e Bradesco tem seu departamento de financiamento terceirizado (no caso do Santander é uma tal de PR Serviços ou Montreal). Isso compromete muito o andamento do processo e a troca de informações.

A Caixa me salvou

Em termo de banco tenho várias críticas à Caixa. Dos bancos que opero ele é facilmente o que presta o pior serviço. Mas quem diria que seria esse que iria resolver meu problema graças a uma ótima correspondente bancária que recomendo desde já: a Rivania. Ela foi capaz de lembrar de detalhes que nem eu lembrava, tais como o desconto de 50% nas taxas de cartório por ser o primeiro imóvel da minha esposa. Eu achava que só valia se fosse pra mim, por estar no meu nome.

Procedimento da Caixa Econômica:

No momento da aquisição, após o seu crédito estar aprovado, é necessário pagar a cota única do IPTU para então viabilizar o pagamento do ITBI para a transferência do imóvel.

Ao assinar o contrato finalmente entendi o que motiva vários vendedores a fazer essa modalidade. São 2 ITBIs: 1) da construtora para o vendedor e 2) do vendedor para o comprador (eu). Na Anuência, quem paga o ITBI é o vendedor no valor total de 2% (ele não paga os 0,8% que pago em uma parte do valor financiado), mas a transferência no cartório só vai ocorrer em um momento, e é aí que está a vantagem: ele não vai pagar as taxas de cartório para passar pro nome dele, pois passa direto da construtora para o nome do comprador. E como geralmente são investidores que tem muitas unidades isso se torna muito vantajoso.

Com um bom correspondente bancário as coisas ficam muito mais simples ao financiar pela Caixa. Uma outra grande vantagem que tive em relação ao Santander foi a questão burocrática. A lista de documentos exigida pelo Santander era bem maior e mais complicada de se obter.

sábado, 30 de dezembro de 2017

Carteira de Investimentos Zé Batalha - Performance 2017 - E claro: Bitcoins...

Nessa postagem vou mostrar o desempenho da Carteira Zé Batalha neste ano, comparando com anos anteriores, além de futuras modificações que devem ocorrer na carteira.

RENDIMENTO GERAL DA CZB: 24,83% (NOMINAL) / 21,43% (REAL)

Falcão feliz com seus investimentos em 2017
ZB feliz com seus investimentos em 2017

RENDA VARIÁVEL - AÇÕES: 25,78%

O ano mais lindo da história da carteira do Zé Batalha. Lembrando que como a carteira é de longo prazo, faço questão de mostrar como foram os anos anteriores (que tinha alocações diferentes da atual):

  • 2016: 22,08% 
  • 2015: -14,63% 
  • 2014: -28,09% (Ano de aprendizado: eu ainda tinha uma carteira com elevada exposição em VALE, o que será explicado num post futuro
  • 2013: 7,40% (Comecei em maio deste ano)

Composição atual da carteira de ações: 
  • Alta alocação (7 a 8,5%): ITUB3 (Itaú), GRND3 (Grendene), ABEV3 (Ambev), WEGE3 (WEG), UGPA3 (Ultrapar), EZTC3 (Eztec), CIEL3 (Cielo)
  • Média alocação (5 a 6,5%): EGIE3 (Engie), BBSE3 (BB Seguridade), VALE3 (Vale), CVCB3 (CVC), BRFS3 (BRF)
  • Baixa alocação (4 e 4,5%): VLID3 (Valid), LEVE3 (Metal Leve)
  • Mínima alocação – “Aposta” (2,5%): RAIL3 (Rumo)

CVC terá seu percentual de alocação aumentado. VLID e BRFS terão suas alocações diminuídas, ou quem sabe até substituídas por outras, por estarem com fundamentos sob estado de alerta.
Em breve explicarei num futuro post o porquê de cada uma dessas posições com mais detalhes.


RENDA FIXA - TESOURO DIRETO: 12,41%

Ainda se beneficiando da queda da taxa de juros, obtivemos um ótimo rendimento, principalmente se comparado à inflação, que foi muito baixa este ano.

Anos anteriores:
  • 2016: 16,17%
  • 2015: 4,98%
  • 2014: 11,12% 
Composição atual da carteira de Renda Fixa: 
  • NTNB: 65%
  • Selic: 35%


PARECER DO ZÉ BATALHA SOBRE CRIPTOMOEDAS

Falcão atento com as criptomoedas
ZB atento com as criptomoedas

A CZB tem uma posição atual de 35% em RV e 65% em RF, mas após vários dias de muito estudo resolvi investir em criptomoedas. Seguindo os princípios de prudência, entrei com apenas 1% da carteira, divididos igualmente em Bitcoin (BTC), Etherium (ETH) e Ripple (XRP).

O "problema" é que esse valor que começou com 1% está 6 meses depois ocupando cerca de 7% da carteira! 

Esses são os rendimentos acumulados desde o final de julho até a data que escrevo essa postagem:
  • Bitcoins: 541%
  • Etherium: 243%
  • Ripple: 1168%
Rendimento acumulado total: 625,08%.

O caso do Ripple chega a ser assustador. Até o final do mês passado, ele era das 3 a que menos tinha valorizado. Esse valor multiplicou por 10 em menos de 1 mês!

Nesses mais de 5 anos de perseverança nos investimentos eu nunca passei por algo parecido. Aí fica minha dúvida atual, algo que vai ocupar minha a mente nos próximos dias:
1) Manter e considerar essa distorção da posição na minha carteira
2) Agir como um trader (algo que nunca fui) e realizar logo uma parte do que valorizou para investir na parte mais importante da minha carteira: Títulos do Tesouro e Ações e assim tentar rebalancear. 
3) Desconsiderar essa posição da carteira, comprando mais criptomoedas para apostar num futuro em que há mais bolsas negociando contratos futuros o que poderia levar a uma alta ainda maior.

A única coisa que consigo apostar hoje é que essa bolha vai estourar. E a meu ver, o maior estouro será o do bitcoin. Quanto ao momento que isso vai ocorrer é claro que eu não tenho a menor ideia.

Não posso recomendar compra ou venda. Não tenho menor ideia do que vai ocorrer. Se for entrar nessa entre com muito pouco, é a única coisa que eu poderia aconselhar: algo como 1 a 2% de sua carteira.

E nunca esqueça: A proposta da CZB é uma vitória no longo prazo.

Feliz 2018! Muita paz, saúde e realizações!
E ótimos investimentos também.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Carteira de Ações do Zé Batalha - Parte I

Esse post é um complemento aos posts anteriores que tratam da minha sugestão para uma carteira de investimentos bem equilibrada:


Hoje vamos tratar da parte mais complexa, a alocação em renda variável, no nosso caso: AÇÕES.

Nesse momento de queda da taxa de juros, a Bolsa de Valores volta aos holofotes dos investidores. Não é preciso esperar o IBOV estar alto para pegar o melhor momento de entrada, até porque o que muitas vezes ocorre é essa mesma pessoa vender tudo no desespero ao menor sinal de baixa.

Por isso é preciso muito cuidado pra quem quer entrar agora. Procure estudar e entender melhor como isso funciona e defina os seus objetivos antes de tomar qualquer decisão.

Inicialmente, é importante relembrar as premissas da Carteira de Ações do Zé Batalha, conforme já foi tratado nos posts anteriores:
  • É uma carteira para o longo (eu diria longuíssimo) prazo, coisa de 20 a 30 anos, buy and hold extreme, com o objeto de aposentadoria. Ou seja, se quiser fazer trade e ficar milionário em poucos anos pode parar a leitura por aqui. E se esse é realmente seu objetivo desejo muito boa sorte nessa empreitada...
  • Por conta disso não dá pra esperar resultados SEMPRE positivos mês a mês, ano a ano. Buffet fala que não dá para prever o que vai ocorrer no mercado no próximo mês. Você tem que tentar pensar o que vai ocorrer em 5 ou 10 anos.
“No curto prazo o mercado é uma competição de popularidade. No longo prazo é uma balança.” (Warren Buffet)

Não esqueça do mais importante: JAMAIS invista em ações com um dinheiro do qual você pode precisar no curto prazo, ou pior, em uma emergência. Entre nela sem prazo para retirar pois isso evita o risco de vender por necessidade. É muito importante ter disciplina e paciência.

Esse método tem por base mais de 5 anos de muito estudo sobre economia, finanças e investimentos em geral. Aqui procuro passar tudo que aprendi nesse tempo, com a certeza que preciso e vou aprender ainda mais. 

Ainda assim o método sempre está em constante estudo e adaptação. Com uma realidade atual (e quem sabe uma tendência futura) de juros mais baixos já me faz repensar a alocação Renda Fixa/Renda Variável que propus no post anterior.

A maior parte do que aprendi foi com o Bastter (que é o que mais recomendo se for iniciante e quiser andar com suas próprias pernas), além de vários livros e artigos. 

Essas empresas de consultorias do momento (tipo Empiricus/Inversa) tem ensinamentos interessantes. Cheguei a assinar e reconheço que dá pra aprender muito com eles também, só não gosto da ideia de transferir essas decisões para outra pessoa ou instituição. 

Eu particularmente prefiro aprender para tomar as minhas próprias decisões: que a responsabilidade do acerto ou do erro seja minha, mas claro que isso vai de cada um. Só nunca conte com fórmulas mágicas para ganhar dinheiro, são muito perigosas, mais parecidas com jogar seu dinheiro todo em loterias.

Estratégia da Carteira

A estratégia básica é comprar ações de boas empresas pro longo prazo sem ligar muito pra cotação, mas sim nos resultados, balanços, fundamentos.

keep calm and buy and hold


A cotação é o que menos importa nesse tipo de estratégia pois a base de tudo se resume na seguinte frase, princípio de uma abordagem fundamentalista: "No longo prazo as cotações acompanham os lucros". Claro que há um risco que você precisa estar disposto a correr, e é por isso que convém não colocar um percentual muito elevado do seu capital.

Cotação seguindo os lucros
Cotação seguindo os lucros

A principal vantagem desse método pra mim é não precisa ficar feito louco com um terminal de homebroker na frente 8 horas/dia, olhando cotação e acompanhando o mercado minuto a minuto. Isso pra mim não é vida, mas tem quem goste... Mais uma vez: é IMPOSSÍVEL acertar o timing de entrada sempre.

Com o método que uso basta você olhar 1 vez por mês, mas se quiser olhar antes pra ver como as coisas estão tudo bem, sem nunca esquecer de não se desviar da sua estratégia

Há uma frase do mestre Warren Buffet que ilustra bem um dos benefícios dessa estratégia escolhida para a CZB: "Você deve ser ganancioso quando os outros estão com medo e ter medo quando os outros estão gananciosos" (Warren Buffet).

Buffet na pala
Buffet na pala

Na verdade, nesta frase ele explica que algumas das oportunidades reais de multiplicação de capital somente as grandes crises oferecem.

Quantos tiveram coragem de comprar ações nos anos em que a "imprensa especializada" recomendava distância? Agora que o Ibovespa está voltando às máximas, fica muito mais fácil pra seguir "as nuticia" e a imprensa recomendar entrada...

CONCLUSÃO: Pense em ficar sócio das empresas. Pense em investir e não especular. Você não compra uma ação, compra uma parte de um negocio. Analise a possibilidade de ir até o fim com elas.

E a grande pergunta: Como escolher essas empresas? Quais você tem? Em que situações devo sair de uma ação? No próximo post tratarei disso.