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domingo, 9 de outubro de 2022

Análise de Google (Alphabet) - O primeiro ZBCast!

Essa é uma tentativa de fazer um podcast do Zé Batalha, um ZBcast. Então agora você pode escutar lavando a louça, dirigindo ou fazendo a barba, como eu pessoalmente faço ao consumir esse tipo de mídia.

Alguns colegas deram essa ideia. Resolvi encarar. Gostaria de saber o quanto de trabalho isso dá ainda levando em conta que vou tentar fazer da forma mais simples possível. Áudio e algumas imagens apenas.

Como já falei certa vez, acho que tenho uma melhor capacidade de ler e escrever do que falar. Com essa pandemia e meu isolamento acho que isso ainda ficou mais evidente. Quem sabe me ajude a falar melhor.

Vai ser uma nova experiência pra mim e ao mesmo tempo serve pra eu aprender um pouco como funciona essa parada. Como tudo nesse espaço, farei enquanto estiver animado pra isso. Se eu curtir, continuo.

Já tem um bocado de cara de paletó da Faria Lima falando bonito sobre esses assuntos. Vou tentar passar as ideias de um jeito bem mais diferente, de uma forma bem mais informal e até divertida.

E para começar vou explicar porque Google será a maior posição da CZB USA. Segue o ZBCAST: 


Canais que comentei no post:

https://www.youtube.com/c/LearntoInvest

https://www.youtube.com/c/EverythingMoney


sábado, 6 de agosto de 2022

CARTEIRA ZÉ BATALHA - Estava ruim antes mas agora bom demais pra ser verdade: +4,83% em julho e -5,19% no ano

Esse post seria pra falar das realocações da CZB e resultado no primeiro semestre, mas me atrasei e então percebi que o mês de julho foi muito melhor do que eu esperava. Como diria o poeta: "é melhor ser feliz do que ser triste", então vou me aproveitar disso pra divulgar meu resultado.

E enquanto escrevo isso e vejo a valorização já ocorrida na primeira semana de agosto, penso que está bom até demais pra ser verdade... 

Como todo bom peão, Zé Batalha fica logo desconfiado quando vê as coisa melhorando...

Em tempos como esse, realmente é de se animar ver um mês de julho onde a grande maioria dos ativos da CZB-Ações e CZB-USA valorizaram.

Chega a ser até engraçado todo o pessimismo que escrevi no post anterior. Adoro ler esses meus posts onde escrevo o que acho que vai ocorrer... risos... mas o certo é que a história ainda está sendo escrita.

DESEMPENHO DA CZB

Como diria meu amigo gestor da Carteira Damaia: sola muita sola muita em junho, mas quem não levou? CZB rendeu -3,46% no mês de junho e -9,56% no ano de 2022 até então.

Percebi navegando pelos blogs dos outros batalhadores da finansfera que em junho a CZB caiu mais do que a maioria por conta da exposição em USA e criptos que muitos deles não tinham.

Aí chegou julho e tudo ficou mais bonito: +4,83% no mês e -5,19% no ano. Destaque do mês para a CZB-Ações com +7,09%, quase zerando as perdas dela no ano e batendo os +4,69% do IBOV. E aí a exposição em USA e cripto ajudou bastante, pois esta última valorizou 41%!

Me impressiona ver a CZB rendendo -5,19% no ano, menos ruim que muitos desses aí... risos 

BOLETIM MACROECONOMICO BATALHA - ATUALIZAÇÃO

Começando pelo Brasil, tudo indica que chegamos ao fim do ciclo de aperto monetário com o mais recente aumento da Selic para 13,75%. Tudo indica que teremos no máximo mais um aumento de 0,25%. Mas penso que ainda deve demorar bastante pra começar a baixar os juros.

BC britânico adota maior alta dos juros desde 1995, a inflação americana passou de 9% no ano em junho e no último anúncio, o vetera Powell aumentou em 0,75% a taxa de juros e sinalizou que a inflação parece estar chegando num teto... mas será mesmo?

O certo é que o FED (e creio que todos os bancos centrais) sempre tenta passar um tom mais otimista e confiante para não apavorar os mercados. Quando analisamos os índices de inflação americana vemos que ela parece ainda longe de ser controlada.

Uma coisa que ficou clara nos últimos anos é que esses modelos baseados na curva de Philips não conseguem prever nem de perto o que vem a acontecer. 34 de 35 analistas previram inflação de 4% ao ano nos USA ao contrário dos 9% que temos hoje. O modelo é falho pois não consideram o choque de oferta, a impressão desenfeada de dinheiro, etc. 

Não é tão diferente do meu modelo mental falcão que aposta que a Selic vai chegar a 15% ou do meu bet que o São Paulo vai vencer por 3x2 o América-MG. 

O que eu posso dizer é que eu não confio nessa estimativas e não perco meu tempo me aprofundando sobre isso e muito menos me baseando nelas para uma tomada de decisão.

Como tratei no último post sobre economia, quanto mais analiso o cenário macro mas eu acho que a bolsa americana deve cair ainda mais e daí vem a desconfiança do ZB quando vejo tantas altas. 

Boto mais fé no que o vetera Larry Summers falou aí. Não sou tão pessimista quanto ele, mas certamente não estou otimista como o FED. Ainda mais quando vejo o relatório de emprego que acabou de sair bem acima do esperado, o que indica uma chance de maior aumento dos juros na próxima reunião do FED.

E por sinal, recomendo esse excelente post sobre a inflação que vivenciamos hoje, um problema mundial, fato.

DECISÕES TOMADAS EM RELAÇÃO A CZB

A decisão que já havia tomado de aportar mais em RF acaba por ser uma forma de fazer mais caixa, mesmo não sendo a minha intenção principal. Caso role essas quedas que imagino, poderia me aproveitar dele. Caso não role, ele rende cerca de 1% ao mês. Pra mim tá bom.

Há sim um risco de insolvência no Brasil com os gastos atuais na tentativa de reeleição e os possíveis gastos em 2023 dependendo de quem vença as eleições, mas ainda acho bem pequeno, até porque a arrecadação tem aumentado, muito bom pras contas públicas.

O momento mais propício para entrar forte em USA seria quando o FED indicar mudança de postura no aperto monetário, mas como é difícil acertar o timing penso que seria melhor ir aportando com frequência nas quedas que vierem a surgir.

Mesmo que seja assim... risos...

E o que eu deveria aproveitar em RV? Aquelas empresas TOP que caíram demais tanto lá fora como aqui. No próximo post devo detalhar mais a ideia.

Tenho me animado a aumentar alocação em FIIs. Quem já entende um pouco disso sabe que não se deve ter muita expectativa no aumento da cotação deles (normalmente o contrário do que se espera das ações), não precisa se preocupar tanto se tiver escolhido um FII minimamente sólido, mas sim em aportar o máximo que puder para aumentar o recebimento de proventos.

O momento de aumentar a meta de RF para 40% (hoje em 35%) está próximo. E isso não vem muito do cenário mundial, mas sim da minha vida, da realidade. Com o avanço da família, minha idade e dos Batalha pais, torna importante se ter reservas líquidas maiores.

Comprar TD IPCA 2026 em breve fica cada dia mais interessante. 6% + IPCA ao ano garantidos até agosto de 2026 e caso precise vender antes pode ganhar ainda mais quando chegar a virada na curva de juros.

Como citado nesse artigo concordo que o TD-IPCA pode ser uma ótima opção, desde que não seja dos mais longos. Interessante notar que por mais que a taxa de juros esteja aumentando para controlar a inflação, o consumo pode aumentar por conta dos cortes de impostos e pacotes de auxílios, que devem estimular a demanda e com isso puxar a inflação pra cima. 

Ou seja, o BC puxa a corda para um lado tentando controlar a inflação e o governo puxa para o outro lado, injetando dinheiro e estimulando o consumo. Nada impressionante aqui, políticos fazem de tudo para se reeleger. Cada um defende o seu. Segue o jogo.

E AS CRIPTO?

Nos últimos bear markets de bitcoin (2013, 2015 e 2018), ele caiu 80%, parecido com o que vemos agora. Não acho que ele vai se acabar, mas podem sofrer ainda mais com o que vier a ocorrer nos USA. Assim como os BCs, as criptos que foram heroínas antes, são as vilãs do momento.

Esse artigo que o greenBerkie compartilhou mostra muito bem como foram esses bear markets que citei. Recomendo a leitura.

POR FIM, O FAMOSO LONGO PRAZO

São momentos como esse que não podemos esquecer dele. Não vender desesperadamente, não interromper o processo. O maior erro, a meu ver, é não estar exposto aos benefícios do longo prazo. 

domingo, 26 de junho de 2022

Inflação e aumentos nas taxas de juros mundiais - Bolha prestes a estourar? - Até onde tudo vai cair?

Depois de um bom tempo sem postagens, Zé Batalha está de volta.

THE BATTLE OF INFLATION

Um assunto constante e que deve continuar por um bom tempo aqui, mas trazendo para a nossa realidade: a única forma do peão lutar contra essa inflação é tentar compensar do lado da receita (claro se ele tiver essa oportunidade) e é isso o que venho tentando fazer.

Minha cara assim que chego no supermercado. Inflação medonha é essa.

THE BATTLE OF RECLASSIFICATION

Foram 2 meses de muita perseverança para mim e vários colegas de trabalho na luta para passar em um processo de reclassificação aberto pela empresa. Por isso estive mais ausente no blog.

Obtive 8 certificações e fiz um exame de proficiência de inglês nesse período. O que eu podia fazer eu já fiz, resta só aguardar se vai dar certo. 

Zé Batalha x Inflação

AUMENTO DA TAXA DE JUROS AMERICANA - O TAMANHO DO PROBLEMA

Depois de uma certa animação no último post em abril, a dura realidade parece que veio à tona.

Tenho estudado cada vez mais o cenário macroeconômico para entender a situação atual. E quanto mais analiso mas penso que as coisas devem piorar mais. Tentei até ser otimista no início do ano, mas não deu... rs

Podemos estar vendo o desmonte de algo que não começou na pandemia, mas sim em 2008, com essa política de estímulo dos mercados patrocinada pelo FED, massivas quantidades de dinheiro injetadas na economia americana até 2021. 

Agora parece muito óbvio e talvez não houvesse outra escolha, mas lá atrás é de estranhar que no meio de tantos "excelentes" economistas defendendo impressão desenfreada de dinheiro ninguém foi capaz de prever que teríamos uma inflação fora de controle a seguir. 

O coroa Jerome Powell focado na missão de imprimir dinheiro

Tanto o FED como o BCE imprimiram moeda equivalente a 2 gerações e parece que não sabiam que isso traria consequências inflacionárias. No caso do FED, foi um estímulo fiscal da ordem de 40% do PIB!

Agregado monetário USA (2008-2021). Repare no que ocorreu na pandemia.

Todos os banqueiros centrais parecem ter subestimado esse choque inflacionário. É a maior inflação das últimas 4 décadas nos USA e em boa parte dos países europeus. O Walmart teve a pior queda em um dia desde 1987: 17%. Não estão conseguindo repassar essa inflação.

Isso já parecia um problema em 2021 mas os BCs estão começando a agir só agora. ATÉ O JAPÃO tem hoje sua "tão sonhada" inflação.

Há uma pressão política muito forte para combater a inflação e com isso o jeito é aumentar a taxa de juros. O impacto deve ser grande, empresas vão quebrar, bolsas devem seguir em queda, tanto que o S&P já entrou em bear market oficial (tecnicamente, quedas maiores que 20% em relação ao pico do período). 

USA estão em pleno emprego. algo muito bom. mas para combater a inflação o preço a ser pago será o aumento do desemprego (#curvadephilips). A maioria dos modelos diz que ele tem que aumentar MUITO os juros para conter essa inflação.

Talvez só uma recessão é o que venha a trazer a inflação de volta aos eixos. Há quem acredite no "soft landing" (controlar o problema sem recessão) mas acho difícil.

E então esse mundo maluco de juros negativos parece chegar ao fim. Nunca tivemos taxas de juros tão baixas por tanto tempo e trilhões de dólares investidos nelas. 

E agora vemos um FED “hawkish”, que parece reconhecer ter demorado a subir os juros, menos otimista com crescimento e disposto a agir com uma política monetária mais restritiva, combatendo a inflação com tudo que pode, conforme vimos em sua recente alta de 0,75 pontos, a maior desde 1994.

É um duplo aperto monetário: aumento da taxa de juros e venda de títulos, reduzindo a quantidade de dinheiro no sistema.

Uma hora a conta chega, uma hora a festa tinha que acabar. Normal. Assim funcionam os ciclos econômicos, que podem ser bem agressivos, tanto pra cima como pra baixo...

E DAQUI PRA FRENTE - ATÉ ONDE PODE PIORAR?

Quando as coisas complicam, o dólar costuma subir, mais precisamente o dollar index. Mas não necessariamente o real vai desvalorizar na mesma proporção, vai depender do dinheiro que entra aqui.

Uma valorização do dólar causa problemas não só no USA mas no mundo todo, pois praticamente todo o mundo depende dele. Quando o FED aumenta seus juros, acabam levando outros países a fazerem o mesmo.

Com essa alta de juros o custo da dívida das empresas aumenta junto, o que pode ser o estopim para um crash. A guerra/tensões no Leste Europeu e a alta do petróleo pode agravar mais o problema. Sempre que o petróleo subiu demais uma recessão se instaurou. Se você juntar com a inversão da curva de juros fica ainda pior.

O quanto isso vai durar vai depender muito de até onde o FED vai seguir com essa política, o que vai ser ditado pelo crescimento da inflação.

Recomendo essa live que assisti com esse fera, que tem ganhado com a aposta na alta de juros USA. Assim como eu, ele acredita que os juros deverão subir mais do que o mercado precifica, que a inflação parece bem longe de ser controlada. Ele acha que o juro chega a 6%!

O que a Escola Zé Batalha pensa: que o FED deve aumentar juros até quebrar o mercado, e quando quebrar eles voltam a baixar os juros de novo; ou que o limite vai ser quando a taxa de 10 anos chegar a 5%-6%, o que talvez seria o ponto de virada nos ativos em RV. Não podem exagerar tanto no aumento da taxa de juros pois senão vai ficar muito difícil refinanciar a dívida deles, já a 120% do PIB. 

Se esticar demais quebra não só uma parte dos USA como do mundo. Acho que a bolsa cai até o FED mudar o discurso, sinalizar a reversão desse movimento, o que penso que deve demorar ainda. 

Antes o mercado chorava e o FED parava de subir juros, mas agora a inflação está tensa, e ele deixou claro que vai agir, mesmo atrasado.

BCs foram heróis por um tempo, agora serão vilões. A arma que foi usada por tantos anos agora é inútil, tendo em vista que juros baixos e injeção de dinheiro são exatamente a causa do problema atual.

Mas qual será o tamanho da porrada?

ESTIMATIVA DA ESCOLA ZB TENDO POR BASE O ESTOURO DA BOLHA DAS ".COM" 

Penso que não vai ser uma paulada seca, como foi o início da pandemia, com vários circuit breakers. Deve ser gradativo, com altas e baixas, derrubando tudo pouco a pouco...

Para tentar adivinhar o que pode acontecer precisamos entender o que ocorreu em um período similar e por isso trago o estouro da bolha no início dos anos 2000. Mas dê um desconto pra Escola Zé Batalha, pois como toda previsão é puro achismo, só coloco aqui pois o blog é meu e falo o que quiser... rs


Ou seja, uma queda de 75% em relação ao topo. A bolha das ".com" foi também o bear market mais longo da história, mais de 30 meses, superando até o da grande crise de 1929.

Apesar de hoje várias techs terem um negócio bem mais sólido, lucrativo e gerador de caixa (vide Microsoft, Apple e Google), ao contrário daquela época onde se vendia muita ilusão sem nada concreto, há uma questão macroeconômica complexa a resolver.

Então, trazendo para os nossos dias, o índice Nasdaq chegou ao topo de 16050 em 19/11/2021. Se ele perder os mesmos 75% vai para 4000, ou seja, de 11500 de hoje ainda tem muito pra cair. E se considerarmos o mesmo horizonte temporal essas quedas devem perdurar até 2023.

SERÁ???

CLARO que pode ser menos ruim que isso, mas também pode ser pior...

CLARO que estou falando aí só do Nasdaq (setor de TI), que tende a ser o mais afetado, mas ele vai puxar boa parte do S&P junto. 

E NO "BRAZIL"?

Situação fiscal aqui cada vez mais complicada com aumento de gastos característico em ano de eleição presidencial, pois todo governo faz de tudo pra se reeleger. Com isso expectativa de juros e inflação só aumenta.

No momento que escrevo Selic está em 13,25%, já com expectativas de novos aumentos. Seguro meu bet que ela chega a 15%.

Bom lembrar que a alta de juros daqui ainda nem refletiu a dos USA, o que nos obrigaria a aumentar ainda mais a nossa Selic pra acompanhar os constantes aumentos da taxa de juros. Acho também que a inflação, tida como controlada por muitos, pode demorar mais um pouco para ser contida.

Por outro lado, o Brasil já está bem avançado em seu ciclo de aperto monetário, então o real pode sofrer menos em relação a outras moedas de países emergentes nesse contexto, e talvez não precisasse subir tanto os juros como os outros.

Tem muita gente animada com a bolsa brasileira no menor P/L do século, ou seja, bem barata ao menos em teoria.


Mas as eleições estão pra chegar, e aí que o negócio pode ficar ainda mais louco. 

E COMO FICA A CARTEIRA ZÉ BATALHA?

Tema do próximo post, já engatilhado!

domingo, 3 de abril de 2022

IBOV e CZB decolando - Março de 2022: "Contra fluxo não há argumentos"

Nesse cenário de juros em alta a gente dava como certo que renda variável iria cair bastante. Mas todo dia é uma lição para o investidor perseverante. 

Então vem março e vejo IBOV fechando a +6,06% e a Carteira Zé Batalha de Ações a +12,59%! A CZB Geral fechou a +4,15%, quase que zerando as perdas do ano.
 
Parece que realmente contra fluxo não há argumentos pois houve uma entrada pesada de dinheiro estrangeiro pra cá. Esse artigo explica tudo: Em três meses, investimento estrangeiro na B3 tem saldo de R$ 67 bilhões | CNN Brasil

E esse fluxo não foi somente para pegar a Selic a 11,75% mas também pra comprar ações mais baratas que no resto do mundo, ainda mais quando uma das opções de emergentes (Rússia) meio que foi perdida com essa guerra.

Mas o mês de março não foi esse mar de rosas. Renda variável foi do inferno ao céu. Lembro que nos primeiros dias cheguei a ver uma perda de -2% na CZB.

Fechamento em 1º de abril. Os humilhados serão exaltados... rs


DÓLAR DEIXANDO A GENTE SONHAR?

Toda essa entrada de capital estrangeiro faz o real valorizar. O diferencial de juros (carry trade) só melhora com os aumentos da Selic, o Brasil é um dos poucos países com taxa real de juros positiva, balança comercial favorecida pela alta das commodities também ajuda. No momento que escrevo isso o dólar fechou a R$4,66, algo impensável há pouco tempo.



Em resumo, no meio dessa confusão o Brasil virou a melhor opção de investimento entre os emergentes.

Tensão política parece contida no momento, com tantos problemas piores no mundo. Acho que a eleição também não tem impactado tanto os investimentos quanto se pensava pois o centrão deve continuar forte (característico) e ele costuma não deixa passar projetos tão radicais, que assustam as vozes do mercado financeiro.

Além disso, é sabido que o mercado olha com desconfiança candidatos mais voltados à esquerda. Então quando Lula (que vem liderando as pesquisas) coloca um Alckmin (e não um Boulos) como vice, essa turma fica um pouco mais tranquila e com isso as cotações não caem tanto. Além disso, a maioria meio que já sabe o que esperar de Lula quando se considera como foi seu mandato.

MAS SEMPRE É BOM LEMBRAR

Qualquer discurso de não cumprimento do teto de gastos, de irresponsabilidade fiscal, ou seja, aquele populismo padrão em ano de eleição, em algum momento poderá fazer o dólar voltar a subir, então no segundo semestre quando a coisa se acirrar tudo pode ser diferente.

Bom lembrar que ao mesmo tempo que falei que as coisas poderiam melhorar a curva de juros indica que vem recessão por aí conforme falei aqui também.

domingo, 6 de março de 2022

A guerra Russia x Ucrânia e seus impactos na vida dos batalhadores

A gente começava a ter um pouco de esperança da pandemia acabar, de alguma coisa melhorar. Cheguei até a redigir um post sobre a tentativa de ser otimista em 2022.

Há quem tenha imaginado que depois dessa pandemia (que nem acabou ainda) a humanidade sairia melhor. Ledo engano. Aí vem uma guerra desgraçada dessas.

Que década é essa...

Putin se preparou faz muito tempo pra isso. Acumulou reservas em dólares, tem um representante do seu país chefiando o conselho de segurança da ONU e boa parte da Europa a seus pés dependendo do petróleo e gás russo (44% de suas importações vem da Rússia).

Mas a reação contra a Rússia impressiona cada dia mais. A quebradeira deve ser grande por lá pois eles vêm sofrendo um ataque "soviético" (perdoe a piada) de sanções de todo canto que se possa imaginar, até da neutra Suíça!


Bancos russos perderam acesso à centenas de bilhões de dólares dessas citadas reservas, que não poderão ser usados nem pra financiar a guerra, nem pra segurar a cotação do rublo. A exclusão da Rússia do Swift foi muito impactante também.

SITUAÇÃO ATUAL E POSSÍVEIS IMPACTOS

Fluxo (entrada de dólar) muito forte fez o real valorizar nas últimas semanas. O carrego (provocado pelos altos juros brasileiros) finalmente parecia fazer efeito pois o dólar chegou a bater R$5. Além disso, o investidor estrangeiro à procura de bolsas mais baratas acabou atraído pela brasileira.

Então com a guerra o dólar voltou a disparar. O Putin lascou com a Carteira Zé Batalha e todos os mercados mundiais. O conflito traz impactos MUITO fortes.

O agronegócio do Brasil deve ser bem afetado pois importa muitos fertilizantes e insumos agrícolas do Leste europeu, que devem ficar mais caros, assim como trigo, soja e milho (ferrando ainda mais a BRF...)

O petróleo é um caso à parte: o governo ainda está segurando os preços para a população (típico de ano de eleição), mas viajar de avião deve ficar mais caro. Minério de ferro também. E isso é só uma parte do problema.

Enfim, commodities em geral devem ter altas nos preços. O tal do super ciclo tão alardeado pode vir por conta de uma guerra. E o mais louco é que o Brasil pode até se beneficiar disso, por ser um país cuja economia é bem sustetada por esse segmento. Com mais entrada de dólar o real pode se valorizar mais.

Por fim, deve vir ainda mais inflação por aí. Com isso, juros podem subir ainda mais tornando a renda fixa pós fixada mais vantajosa. Segundo os estudos falcônicos da Escola Zé Batalha de Economia uma Selic de 15% é bem factível, o que vai ao encontro do que eu imaginava para esse ano: aportar ainda mais em RF. RV em sua maior parte deve ser penalizada.

inflação infelizmente deve continuar lascando os batalhadores... :(

Mas claro que tudo vai depender de quanto tempo vai durar o conflito. Putin contava com uma operação rápida e tudo está demorando muito mais do que ele esperava. O problema é que ele é do tipo que não quer demonstrar fraqueza, portanto não deve desistir fácil, 

E é isso que me preocupa: a Rússia deve pagar um alto preço na sua economia mas a destruição da Ucrânia deve ser grande. Isso pode acarretar coisas ainda piores no futuro. 

Muitas vidas se perderão de ambos os lados. Essa sim é a questão mais grave no momento. Que Deus ajude que isso acabe o quanto antes.

domingo, 6 de fevereiro de 2022

Meta-Facebook Down - A maior queda diária da história / A aposta no metaverso

No dia 3, a Meta/Facebook levou a maior derrubada diária da historia do mercado financeiro: $230 bilhões, uma queda de 26% das suas ações em apenas um dia. Mas o que isso pode significar?

"Pobre" Zuckeberg... perdeu $30 bi em apenas um dia... rs

REDES SOCIAIS E NEGÓCIOS

Ao comprar Instagram e Whatsapp, o Facebook fez uma jogada de mestre abocanhando alguns dos aplicativos mais utilizados pela população mundial.

Mas é difícil se manter no auge para sempre. O TikTok chegou ganhando uma boa parte desse mercado. Bateram 1 bi de usuários em 2021 com 5 anos de existencia.

THE BATALHA WAY

Tenho 42 anos. Pra minha geração é cada vez mais difícil acompanhar essas novidades pois temos coisas mais importantes pra fazer no mundo real. Então o uso das redes sociais cái bastante. Desligo quase todas as notificações e tento ficar no mínimo de grupos possível de whatsapp. Já falei até sobre minha relação com as redes sociais em um post antigo.

Mas não podemos fazer análise de umbigo e sim entender como a nova geração se comporta. Escutei certa vez de um especialista que há uma espécie de "etiqueta" de rede social que faz os mais jovens não suportarem entrar no facebook e ver os mais velhos postando coisas que "poluem" o feed. Pra eles é como ver alguém almoçando sem usar talheres. Então eles saem dali e vão pra outra rede, aí o Tiktok é a do momento.

Então refleti sobre isso. Quanto tempo será que o facebook se manterá no topo? Será que o whatsapp/insta/face de hoje morrerão como o orkut/msn messenger de ontem?

FACEBOOK NA CZB STOCKS

Essa queda serviu de alerta para repensar a alocação do papel na carteira mas antes disso já tinha essas coisas que citei acima que me deixavam com a pulga atrás da orelha.

Nunca consegui botar a empresa Facebook/Meta no mesmo patamar de Microsoft, Apple e Google. E até mesmo Amazon. 

Acredito que quem sustenta esse valor da empresa hoje é o Instagram (mas até quando?). Até então passaram por vários problemas mas ainda assim não deixou de crescer.

Evolução de usuários ativos

Contudo não dá pra negar a competência dos caras até então. Conseguiram sair de 250M de usuários ativos para 1,93B em 10 anos. Isso realmente é incrível. Mas pela primeira vez esse número apresentou uma redução. E foi aí que o mercado penalizou o papel. 

Some-se a isso o impacto da pressão da Apple que forçou o facebook a repensar toda a questão de privacidade dos seus aplicativos. A redução de informações de usuários disponibilizadas enfraquece o modelo de negócio da empresa.

A APOSTA NO METAVERSO

O facebook percebeu que o caldo ia entornar e então fez uma aposta de tudo ou nada no metaverso. Ao ponto até mesmo de mudar o nome da empresa para META.

Eu não consigo entender como isso pode dar certo, mas pode ser análise de umbigo mais uma vez. Acho que a maior parte da minha geração não tem a menor vontade de viver num avatar e usar um óculos de VR que dá dor de cabeça. MAS existe toda essa juventude que vive imersa nesse mundo e pode comprar essa ideia. Só o tempo vai dizer.

ENTÃO QUER DIZER QUE O FACEBOOK JÁ ERA?

Longe disso. A minha opinião é que eles continuam fortes, mas vai depender muito do investimento no metaverso, se isso der certo, para continuar crescendo como antes.

Não dá pra ignorar uma empresa com tais números. Billions and billions.

E o que vocês acham? É o começo do fim do Facebook ou ele ainda se manterá no auge?






sábado, 29 de janeiro de 2022

Tentando ser otimista em 2022

Estava revendo o meu post anterior, entre outros. Percebi que apesar de eu tentar ser realista ao escrever, falando só de inflação, crises, crashs e outras tretas, acho que dá pra tentar ser mais otimista, algo que na verdade sempre procuro ser.


O FUTURO DO BRASIL

Certa vez escutei algo que guardo até hoje: "A gente deveria olhar o brasil como um filme, não como uma fotografia". Houve muitos avanços nas últimas décadas, mas realmente há muito por fazer ainda. E exatamente por isso há mais espaço para crescer. Nos USA já está quase tudo feito por assim dizer...

Sobre o que vai ser do Brasil, independente de quem vença as eleições, me lembrei do que escutei em um podcast recentemente: "Nem Suíça nem Venezuela, continuaremos sendo Brasil". 

Já houve momentos recentes da nossa história em que o mercado precificou muito mal certos candidatos que depois de eleitos não causaram tanto mal como se esperava, pelo contrário, a maioria das coisas até melhorou, inclusive a bolsa.

Se ocorreu uma vez, PODE vir a ocorrer de novo.

BOLSA AMERICANA CAINDO SEMPRE ARRASTA A BRASILEIRA JUNTO?

Eu já afirmei isso com tanta certeza, por tantas vezes, inclusive no último post. Mas a verdade é que isso não é uma ciência exata.

Basta ver como o ano começou. 

Muitos falaram que o fluxo estrangeiro buscando ativos baratos poderia atrair capital para a nossa bolsa e com isso puxar pra cima ações locais. E isso está acontecendo nesse momento. Até convite da OCDE o Brasil recebeu.

O mercado americano parece sofrer uma correção, já que se valorizou muito mais que o brasileiro nesses últimos anos. Há um fluxo direcionado para mercados emergentes em geral, e com isso a bolsa brasileira vem subindo quase 8% no ano no momento em que escrevo.

Vejam só o mês de janeiro: S&P caindo e IBOV subindo. Para quem está comprado em ativos brasileiros isso pode ser um bom sinal.

Basta o IBOV subir um pouco que a gente fica assim...

Mas até quando dura essa alta? Penso que até o mercado começar a surtar por conta de notícias relacionadas a eleição. Claro que não sabemos como vai ser até o final do ano, mas essa alta já vem chamado a atenção de muita gente.

RENDA VARIÁVEL CONTINUA NA CZB É CLARO

No post passado fal algo que deve ter ficado mal interpretado. Eu não tento perder muito tempo para adivinhar o futuro. Tento sim seguir o meu plano.

O motivo de eu estar priorizando aportes em RF não é por ter desistido da RV. É pelo fato de eu querer bater minha meta de alocação 35% de RF / 65% de RV, pois esse é meu plano atual. Hoje está em 31%/69%. Se a RF subir mais que a RV talvez nem precise aportar tanto. 

O COMEÇO DO FIM DA PANDEMIA?

O avanço da vacinação somado a agressividade no contágio da Omicron no sentido de que pode apressar uma possível imunidade de rebanho PODE representar o começo do fim da pandemia, se não surgirem variantes mais perigosas. 

Isso é bom pra retomada completa da economia mas MUITO melhor para reduzir a mortalidade dessa terrível pandemia.

E independente de como vão ficar os investimentos é o que eu realmente mais desejo é que o fim da pandemia esteja cada dia mais próximo.

sábado, 8 de janeiro de 2022

Batalhanomics - Finanças e Economia - Resultados 2021 (CZB +3,5%) - Expectativa 2022

TRETAS MUNDIAIS

O FED passou um bom tempo declarando que a inflação seria temporária, mas finalmente admitiu que é menos transitória do que se esperava. Os preços continuaram subindo.

O que causou isso: escassez e atrasos de suprimentos relacionada à pandemia e escassez de mão de obra somados à demanda crescente do consumidor. O mundo parou e o processo de reabertura ainda se mostra difícil.

Situação parecida ocorreu na Segunda Guerra Mundial. Mas uma hora as cadeias de suprimentos e a vida voltou a algo mais próximo da normalidade, aí a inflação voltou a ceder a níveis mais “normais”. 

Voltando ao nosso tempo, a Evergrande suscitou incertezas de até quando dura esse modelo econômico chinês, ainda mais quando vemos que lá tem apartamentos vazios suficientes para a população da Alemanha. O setor de construção civil responde por cerca de 25% do PIB chinês. Impacto mundial é enorme pois a China tem puxado o crescimento do mundo. 

EXPECTATIVA 2022

Começando 2022 no Brasil e expectativas

Sobre previsões há um grande filósofo da região que fala exatamente o que penso. Quem quiser conhecer confira o vídeo apenas para ver o que ele diz em 2:48.

Quando seria essa volta da normalidade? Fica mais difícil ainda prever com a ameaça da Omicron. O problema pode se agravar se ocorrer mais uma quebra da cadeia produtiva. Os Bancos Centrais seguirão no desafio de aumentar juros para conter a inflação sem retrair o consumo.

Há quem ache que o câmbio pode estar já bem esticado, que o risco-retorno para o Brasil pode ser mais favorável por conta disso e que a bolsa já caiu demais, mas eu não compro essa ideia. Como já falei nesse post é ano de eleição, então o bicho vai pegar. Volatilidade vai ser braba. 

Penso que declarações populistas de candidatos loucos pra vencer (e serão muitas) farão o cenário fiscal se deteriorar ainda mais e com isso a renda variável deve ir junto. 

Gastos com auxílios subiram de R$36bi pra R$100bi por ano. O que o governo dá com uma mão a alta do dólar provocada pela incerteza fiscal deve tirar com a outra, pois isso faz a inflação subir ainda mais.

O que há de mais certo é o plano do FED. A ata do FOMC veio mais dura e convicta da alta de juros esse ano e o fim do tapering. A redução dos estímulos será bem mais forte e ainda com 3 altas de juros previstas, terminando em 1% no final do ano.

No pior caso as seguidas altas de juros nos USA podem fazer nosso cambio depreciar ainda mais forçando uma alta maior da Selic. 

A bolsa brasileira fechou o ano em queda forte enquanto lá fora o mercado rompia máximas. Avalie o que pode ocorrer aqui se a bolsa lá fora cair, o que pode muito bem ocorrer com essa alta de juros. Qualquer espirro lá fora tende a causar uma pneumonia aqui. 

E A NOSSA SITUAÇÃO COMO FICA

EUA exportam essa inflação para o mundo todo e por isso o Brasil também não escapa. Juros devem seguir aumentando para combater a inflação.

O que mais impressiona é que mesmo com um carrego atual de 9,25% de juros BR (e crescendo) contra 0,25% US o dólar nem assim está baixando. 

No momento juros curtos estão mais altos que os longos. Praticamente todas as escolas de economia que se prezem defendem a teoria que quando isso ocorre é sinal de início de retração da economia. O profissional Kobori explica bem pra caramba isso. Em resumo é uma quebra da hipótese da preferência da liquidez que diz que o normal é que quanto maior o prazo maior o risco.

Por tudo isso acho difícil o país crescer tanto como muitos pregam. Mas se tem uma coisa que essa pandemia mostrou foram as exceções mais loucas possíveis. Só resta aguardar.

E para lascar mais ainda o peão vemos cada vez mais comuns os casos de "reduflação".


CARTEIRA ZÉ BATALHA

Zé Batalha aguentando mais um ano de sola na carteira. Vem tranquilo.

CZB sofreu com um rendimento pífio de +3,5% obtido (não muito diferente de 2020) e isso graças a parte dolarizada da carteira e as cripto. Perdendo feio pra inflação que deve passar dos 10%. O que me consola é que não estou só nessa. Até muitos gestores profissionais levaram uma surra esse ano. 

CZB-Ações: -16,72% (IBOV -11,93%); CZB-FIIs -6,19% (IFIX -2,29%); CZB-Cripto +196,90% (BTC +74,38%); CZB-USA +36,01% (28,7% S&P); CZB-RF +4,5%.

Mas foi um incrível ano de proventos, o melhor da história da carteira.

Os FIIs da CZB tiveram um novembro terrível (-5,76%) mas um dos melhores dezembros da história (+11,07%).

No final do ano passado vendi 20% do que tinha em cripto, algo raro pra mim que não costumo realizar posições. Segui o plano que citei nesse post. Cada real que investi desde 2017 virou R$20. Então embolsei R$4 de forma que já garanto um lucro caso um dia eu perca essas cripto ou ocorra algum crash louco.

Vemos que hoje o bitcoin não tem mais aquela descorrelação antes imaginada com os ativos financeiros tradicionais porque ele já meio que faz parte desse mundo também, ainda mais com os fundos liberados pela SEC no ano passado.

Por fim, batendo papo com o gestor da CPM peguei ideias para otimizar a administração da carteira. Aderi ao StatusInvest e migrei as planilhas relevantes para as nuvens do Google e Microsoft. Perdia tempo demais com isso no fechamento de cada mês.

PLANOS PARA A CZB EM 2022

Aportar ainda mais forte em RF. Acho que pelo menos uns 70% da grana que sobrar pro aporte tem que ir pra ela. TD-IPCA está pagando cerca de 5% ao ano + inflação se levar até 2026, o que daria 15% agora. Em algum momento a inflação deve desacelerar e a expectativa de juros deve começar a cair. Se a situação piorar é só segurar até o vencimento.

O bom da RF é que dá menos trabalho. Em vários casos não precisa saber se está barato ou se preocupar em vender na alta como ocorre na RV. Não é preciso gastar tanto tempo caçando ativos.

Aportes em RV devem continuar na CZB mas serão inferiores aos da RF pelo fato de eu não encontrar opções boas o suficiente. Pretendo continuar aportando em FIIs aproveitando os proventos que vão caindo na conta. 


Numa live recente dos mestres Baroni e Bacci, eles trataram de algo que me fez pensar e reforçar ainda essa ideia. Há vários bons FIIs que no meio da pandemia não obtiveram nem a correção do IGPM nesse período de forma que se ele era R$100 há 3 anos atrás e agora continua R$100 ele deve estar uns 50% mais barato.


FELIZ 2022 A TODOS! MUITA SAÚDE PRINCIPALMENTE!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Os maiores erros da CZB: BRF, VALID, ULTRAPAR - por que desisti | CIELO, COGNA - por que continuo

A grande maioria das pessoas costuma esperar uma história de sucesso de como ficar rico. De como alguém comprou bitcoin por 8K e hoje tem 320K achando que se comprar hoje vai conseguir o mesmo retorno...

Ao invés disso, acho que a gente aprende mais com relatos de erros com o intuito de tentar evitá-los, tais como esse: O que aprendi ao perder 1 milhão de dólares.

Tento sempre registrar o motivo pelo qual investi em um ativo. Lá na frente faço uma análise para entender se errei ou acertei. Se considero que errei, como nos 3 casos que listarei nesse post, vejo qual lição posso tirar.

ERROS COMETIDOS NA ESTRATÉGIA BUY AND HOLD

Muitos dos defensores da estratégia B&H só falam do lado bom e esquecem de mencionar o que fazem quando as coisas não vão tão bem. Até hoje o Canal do Holder não falou mais nada de Cielo desde o último resultado de 2019. Sem desmerecer o seu trabalho, os vídeos dele são ótimos. 

Por ser uma estratégia bem focada no longo prazo, no B&H a gente tenta focar na qualidade dos ativos, para ir compensando os erros, pois uma coisa é certa na vida: vamos fazer besteiras.

Um erro comum a todos os ativos que escolhi: o da pressa, especialmente a pressa em diversificar. Por vezes é a ânsia de aproveitar a "oportunidade de uma vida", como tantos vendem por aí.

Outro erro foi escolher várias empresas com margens de lucro tão baixas. Às vezes é algo inerente ao negócio, que ainda assim pode ser bom se compensar na escala, mas com o tempo vi que não foi o caso dessas 3 empresas.

BRF (BRFS3)

A impressão que tenho é que a BRF nunca conseguiu concluir a fusão Sadia-Perdigão e até hoje sofre com isso. Mesmo sendo uma das maiores empresas do setor de alimentos do mundo, atuando em mais de 140 países.

O mais incrível é que a Sadia era uma ótima empresa que graças a imprudência de gestores que decidiram investir pesado em derivativos foi engolida pela concorrente Perdigão, que não calçava nem a chuteira dela.

A história é contada nessa matéria. Por ser muito longa não li tudo mas destaco esse trecho: "No dia seguinte, às oito e vinte da manhã, o diretor-financeiro Adriano Ferreira entrou chorando na sala de Walter Fontana Filho. A Sadia acabou perdendo 2,5 bilhões de dólares."

Já faz vários anos que só apresenta resultados desanimadores mas eu ainda botava um pouco de fé quando chegou o Pedro Parente pra tentar botar ordem na casa. Foram planos de desinvestimentos desse tipo que ajudaram a tirar a Petrobrás do buraco na época em que ele esteve por lá. 

Mas nem ele resolveu as tretas, então desisti do case. Pode ser uma opção tática para quem quiser ganhar a curto ou médio prazo apostando em uma possível fusão com a Marfrig.

Enfim, quando entrei em BRFS3 em novembro de 2014 eu queria uma empresa do setor de alimentos para a CZB. Poderia ter analisado com mais calma, sem pressa, e optado por M Dias Branco que é bem melhor, algo que fiz anos depois.

VALID

Já faz tempo que perdi a fé nela, apesar do ótimo resultado no último balanço. Em julho de 2015, quando entrei nessa pensei em apostar numa small cap, algo na área de TI. Uma empresa focada em serviços de autenticação que tinha uma percepção que cresceria muito com o tempo.

Em 2015, se esperava uma entrada forte no mercado americano, que sua operação lá seria maior que aqui. Baseando na decisão de migração de cartões magnéticos para chipados desse mercado. Além disso havia: contratos de fornecimento de CNH, SIM cards e por aí vai mundo afora.

Até 2015/2016 dava resultados satisfatórios mas de lá pra cá só piorou e com isso a cotação caiu junto. Em 2015 foram emitidos cerca de 9M de ações a R$44. Se venderam é porque a gestão achou ela bem precificada a esse valor. Diluíram os acionistas existentes. Em 2019 a R$16 houve quem apostasse nela por conta de contrato para impressão de provas do ENEM e pela compra da startup Agrotopus.

A realidade é: PL e receita estacionada faz uns 4 anos; últimos lucros registrados menores que os de 2011; margens caindo ainda mais. Poucas perspectivas. O que explica a cotação beirando os R$7-R$8 para algo que comecei comprando a R$51 em 2015...

Acho que há até algumas empresas mais decentes na área de TI no Brasil para investir, mas nem se comparam com as opções existentes nas bolsas mundo afora.

ULTRAPAR

Quando entrei em setembro de 2016 parecia ser promissora mas parece não ter administrado bem sua diversificação de negócios e então se perdeu no tempo.

Desde a mudança na política de preços da Petrobras em 2017 que ela só apanha. A fim de reduzir as linhas de negócio, vendeu Conectcar e Oxiteno, além de Extrafarma para a sua concorrente Pague Menos. 

Tenta arrumar a casa mantendo apenas Ultracargo, Ultragaz e Ipiranga, procurando focar mais no refino aproveitando o espaço deixado por Petrobrás no segmento.

Dívida líquida aumentando de forma crescente nos últimos 10 anos, EBITDA caindo, lucrando menos. Com a perda de produtividade e essa piora a cotação caiu. 

Eu sinceramente nem lembro porque entrei nessa. Não é uma empresa ruim, acho até superior às outras 2, mas existe melhor.


COMO ELAS FICAM NA CZB?

Batalha Cat pensando na besteira que fez...

Como já falei em posts anteriores, gostaria de enxugar a CZB. Com menos ativos, tentar focar nos de maior qualidade, o que daria até menos trabalho para administrar a carteira.

O que fiz à medida que observei os problemas e vi que não eram negócios tão bons assim com o tempo foi diminuir as alocações até chegar ao ponto de parar de aportar neles.

Agora a ideia é me livrar de todas as 3 em algum momento. Hoje estaria perdendo cerca de 40% do valor aplicado. Gostaria de ao menos recuperar o que investi quando (e se) a cotação bater ou chegar próximo do meu PM, mesmo sabendo que estarei perdendo dinheiro se considerar a inflação, custo de oportunidade e etc mas que se dane. 

Poderia assumir o prejuízo e partir pra outra mas pra investir em que? Pra mim já deu. Faz parte do jogo. E por mais que não sejam empresas tão boas, ainda assim estão longe de falir.

Zé Batalha só esperando a hora de plantar o machado nessas 3


CIELO e COGNA - POR QUE CONTINUO

E ainda continuo em CIELO e COGNA mesmo com perdas até maiores. Por que?

CIELO teve seu modelo de negócio muito afetado com toda a concorrência das maquininhas, chegada do PIX, entre outras coisas. 

Apesar de obviamente ser muito difícil voltar a lucrar os R$4 bi/ano de outrora, ainda é uma empresa que dá lucro, líder de mercado e bem gerida. Não parece ser tão eficiente como Stone mas esta passa pelos mesmos desafios e caiu muito esse ano também.

Não tá fácil pra ninguém, mas tem quem diga que essa que é "a boa"...

Na marcação de mercado as perdas são grandes é claro. Pra você ter uma ideia cheguei a comprar a R$26 algo que vale cerca de R$2,60 hoje... Já fui bem mais otimista como registrado aqui mas ainda continuo nela.

A empresa tinha praticamente um monopólio e então começou a ser afetada por uma forte concorrência. Veio a COVID e então muito menos vendas passando por suas maquininhas. Dívida Líquida / EBITDA aumentando bastante.

Quanto a COGNA a pandemia foi um soco no estômago. Obrigou ela a acelerar de forma emergencial toda o seu projeto de EAD. Ainda assim deu muita sorte em fazer uma emissão bilionária a R$11 pouco tempo antes do início da pandemia.

EBITDA melhorou no 3T21. Dívida Líquida / EBITDA reduziu de 3 em 4T19 para 2 no 3T21. Pra quem acredita eles afirmam que concluíram o turnaround. Tem uma ótima gestão. Ainda boto fé. Há um déficit educacional muito grande ainda no país. 

Mas é óbvio que o momento ainda é péssimo. Sofre muito com a pandemia e evasão. EAD cresce bastante mas tem o ticket mais baixo.


POR FIM

RV é assim: Lembro de ver essas 2 ações batendo R$4 e eu achando que não tinha mais pra onde cair. Pra quem acredita ainda na empresa nessas quedas dá pra acumular muitas ações comprando mais barato.

Mesmo com todas as perdas citadas, a CZB se mantém positiva pois há outras que compensam. Muito do que essas aí me lascaram tenho proventos e uma WEGE que compensa praticamente tudo hoje, e o mais interessante é que este é o ativo de melhor performance na CZB-Ações e nunca foi considerado "barato" pelos analistas...

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

O "terror" da privatização e as incertezas da vida

A maioria dos meus posts levam meses para serem escritos. Não dedico tanto tempo ao blog e também não é todo dia que tenho inspiração, então acabo escrevendo aos poucos, e sempre rola várias revisões até o post chegar no ponto que quero.

Esse mesmo levou vários meses pra sair, até pela dúvida se ainda escreveria sobre o assunto, pois é bem polêmico para quem vive a situação. Mas deu vontade e então pensei: que se dane pois o blog é meu, escrevo o que quiser e ninguém é obrigado a ler se não gostar... rs. Ainda assim sugiro antes ler o o post anterior sobre esse assunto e seu disclaimer no início. 

PRIVATIZAÇÃO OU A "SOMA DE TODOS OS MEDOS"

Admito que, como um funcionário de estatal de TI, no começo das notícias de privatização tive receio do futuro, chegando a avaliar os piores cenários possíveis. Mesmo o cara mais tranquilo tem um mínimo de preocupação quando surge uma notícia que indica algo que possa ameaçar a qualidade/continuidade do seu emprego.

Eu diria que essa é uma classe que no geral tem mais medo disso do que o cão tem da cruz. É uma possibilidade que costuma assustar bastante os funcionários, o que me faz lembrar na hora o nome desse filme aí do subtítulo... rs 

Se eu for falar do que já escutei (nos tempos de presencial, já que evito os grupos de whatsapp) sobre esse assunto, daria um post só pra isso: "vai fechar", "vai ficar só 3 regionais", "vão demitir 70% do quadro", "a empresa X vai comprar esse ano nossa empresa", "vai terceirizar tudo", "vão demitir só os cornos", "vão dar uma surra na gente" e por ai vai...

Nossa cara quando o google manda aquela notificação pro smartphone sobre notícias de privatização

Só que já faz um tempo que decidi que não vou morrer de véspera. Que se dane. Tenho ciência do cenário atual, que há projetos avançando, mas ainda pago pra ver as coisas piorarem do jeito que muitos acreditam onde trabalho. Claro que não aposto 100% nisso. Nem vivo eu sei se vou estar amanhã imagina o resto.

Porque sempre é bom ter um pouco de medo, desde que você faça dele seu aliado. Ele te protege de fazer grandes besteiras, por isso é importante sempre ter uma reserva de emergência para os imprevistos da vida. 

Mas tão importante quanto é não deixar se controlar pelo medo e ter confiança no que você é capaz. Tanto o excesso de medo como o de confiança pode ser bem prejudicial para as nossas vidas.

THE BATALHA WAY - FOCO NO QUE TEMOS CONTROLE

Apesar da minha postura atual, respeito os colegas que estão na mesma situação que eu e não estão tão tranquilos. Quem sou eu pra julgar a condição psicológica ou os motivos de cada um. Essa foi só a minha forma de lidar com a situação.

E por que passei a agir assim? Porque comecei a tentar focar no que tenho controle. Quanto de controle você tem sobre as decisões que serão tomadas em relação a empresa que você trabalha ou o país que vive? Pouco ou nada. E em relação ao trabalho que você faz, as suas atitudes na vida? Muito ou tudo. Só depois vi que isso tem muito a ver com o tal do estoicismo, que passei a conhecer recentemente.
E pergunto sinceramente: quem está pior? A gente com receio de uma privatização, baseado apenas em uma percepção que varia de cada um que as coisas vão piorar, de algo que a gente nem sabe se vai ocorrer? OU o cara da iniciativa privada que foi demitido, teve seu salário reduzido, contrato suspenso? OU o pequeno empresário que passou o tempo fechando seu negócio durante essa pandemia?

AS INCERTEZAS DA VIDA

Estou lendo "A Lógica do Cisne Negro", de Nassim Nicholas Taleb. Essa frase ficou na minha cabeça: "Nossas mentes geralmente são incapazes de aceitar a ideia da imprevisibilidade. Agimos como se fossemos capazes de prever eventos históricos ou ainda pior como se fossemos capazes de mudar o curso da história."

Acrescento mais essa, do livro "O andar do bêbado", de Leonard Mlodinow: "O desenho de nossas vidas, como a chama da vela, é continuamente conduzido em novas direções por diversos eventos aleatórios que, juntamente com nossas reações a eles, determinam nosso destino. Como resultado, a vida é ao mesmo tempo difícil de prever e difícil de interpretar."

Há uma dificuldade muito grande das pessoas lidarem com a incerteza. Faz parte do comportamento humano. Elas querem ter o controle do que vai ocorrer no futuro e isso é impossível. Seja na vida pessoal, profissional, investimentos, etc.

Nos investimentos, querem que você diga qual aquela ação que vai dobrar de valor e te deixar rico em poucos meses. No trabalho, querem saber exatamente quando e se a empresa vai ser privatizada para começar a agir.

Quem me conhece sabe que eu sou um cara super planejado, tenho meus objetivos e metas, mas ainda assim esse grande filósofo abaixo tem um dos maiores ensinamentos que penso que deveríamos guardar para a vida. 

"A vida é dura, filho", como diria um sábio professor da região

Com todo o meu planejamento financeiro veja o que ocorreu em março de 2020 por conta da pandemia. Praticamente todos levaram esse soco, mas o importante é lutar para se manter de pé.

Muitas pessoas fazem concurso pra ter mais sossego em relação essa questão do emprego, como admito que também foi o meu caso. Não temos a garantia de emprego dos estatutários mas ainda assim temos uma estabilidade bem maior que o setor privado.

Dá uma sensação natural de tranquilidade imaginar que você tem um emprego garantido até o final de sua vida. Aí quando surgem esses comentários de privatização é natural que algumas pessoas surtem. Muitas vezes as pessoas passam a vida toda com medo de algo que nunca vai acontecer.

Sobre a minha opinião sobre o assunto falei no post anterior, mas sei que é muito fácil advogar em causa própria. Eu poderia estar aqui gritando contra a privatização mas acho mais válido colocar o dedo na ferida.

Pois eu reconheço que toda essa segurança faz com que algumas pessoas se acomodem (eu mesmo admito que já fui uma dessas pessoas), e daí entendo muitas das críticas da população ao funcionalismo público. Para mim serviu de alerta para tentar me dedicar e perseverar ainda mais. 

E falando de onde trabalho, ao mesmo tempo garanto que existem MUITOS profissionais extremamente qualificados que poderiam trabalhar nas maiores empresas que você imaginar e eles certamente tem feito hoje uma grande diferença para o Brasil funcionar melhor.

POR FIM

É obviamente impossível saber o que vai acontecer no futuro com o mundo, o Brasil, a empresa em que trabalhamos. Quem insistir demais nisso vai enlouquecer.

Como falei, tento não me deixar afetar pelo terrorismo envolvido na questão. A meu ver a odd das coisas piorarem onde trabalho ainda é baixa, mas vai que piora né... rs...

Por isso convém perseverar sempre e mais. Todos nós, independente de onde estivermos, independente do futuro, podemos agir hoje tanto em termos de trabalho, como de capacitação para ser um profissional e uma pessoa mais preparada para o que der e vier.

PERSEVERAR SEMPRE, RENDER-SE JAMAIS

sábado, 9 de outubro de 2021

A teima eterna dos investimentos: Renda Fixa x Renda Variável

Zé Batalha reagindo à teima do dia

Uma teima que sempre costuma ocorrer com frequência nos papos sobre investimento com os considerados é a questão do que é melhor, o que mais vale a pena: Renda Fixa x Renda Variável. Motivado por debates recentes veio a ideia desse post.

Há pessoas que dizem que não faz sentido perder tempo com RV tendo em vista os altos juros (que voltaram com tudo) proporcionados no Brasil pela RF. Há quem ache que vale a pena ter alguma alocação em RV.

Quem quer provar que está certo escolhe um período que se adeque ao que acredita. O "histórico de atleta" do Brasil em RF desde o plano Real em 1994 rebate qualquer argumento ainda mais quando lembramos que a Selic chegou a 45% ao fim da década de 90. Mas no ano passado tivemos juros de 2% e aí a turma da RF se questionou por um tempo. 

Até mesmo eu estou priorizando já faz um bom tempo os aportes em RF, pois penso que a tendência da Selic é de subir ainda mais para conter a inflação que não é hoje apenas um problema local, mas sim mundial.

Voltando ao tema do post, para explicar o que realmente penso mostrarei a rentabilidade da Carteira Zé Batalha em 2, 5 e 7.75 anos pelo StatusInvest. Nos gráficos extraídos de lá comparo o desempenho da CZB com IBOV, IFIX, CDI e IPCA. Dados até setembro de 2021.

2 ANOS: CZB derrota todos! O desgraçado do ZB é um GÊNIO!

5 ANOS: CZB só não bateu o IBOV. Tranquilo, ZB... são poucos que batem o mercado.

7.75 ANOS: esse animal BURRO do ZB só ganhou da inflação e por pouco! Tão fácil ficar só na RF...

Deu pra ver que em um período curto você vai do céu ao inferno. E para quem investe focando no longo prazo como eu 8 anos é pouco ainda. Para mim isso não é uma corrida de 100, 400 ou 1000 metros. É uma maratona.

E o mais louco: o que menos investi, criptomoedas, foi o que me deu disparado o maior retorno: quase 2000%. Olhando pra trás é fácil dizer que deveria ter colocado tudo lá mas não me arrependo de ter colocado apenas 1% do meu patrimônio nisso, pois tenho consciência do altíssimo risco.

Algo que explica meu desempenho mais fraco quando considero o período completo é o fato de que os primeiros anos de investimento foram os que fiz as maiores besteiras: baixa diversificação, quando diversifiquei foi às pressas e de forma errada, entre outras coisas. Perfeitamente normal para quem está começando. 

A gente erra mais no início e adivinha só: ainda vamos errar muito eu e você. Assim é a vida, não só nos investimentos. O segredo é procurar aprender com esses erros.

Até o bom velhinho erra, quem diria pobres mortais como o Zé Batalha

Há quem ache um absurdo minha estratégia. Há pessoas que não aguentam ver cotações caindo. E tudo bem se o cara for assim, porque cada um pensa de uma forma. Uma das coisas mais imprudentes que um investidor pode fazer é querer replicar exatamente a estratégia de outra pessoa, pois no final vai acabar vendendo no prejuízo e perder dinheiro.

E QUEM ESTÁ CERTO ENTÃO? 

Estão certos todos aqueles que investem seguindo o SEU próprio perfil de investidor. O cara que prefere a RF e não gosta muito de RV pode se dar tão bem quanto um que pense completamente diferente. Tem quem gosta de investir somente em imóveis e pode se dar bem da mesma forma. E por aí vai.

O negócio é não fazer grandes besteiras: um all-in numa ação só, baixa diversificação, etc. O mais louco é que até quem age assim pode se dar muito bem num lance de sorte e quando isso ocorre ele ganha as capas dos jornais como se fosse um gênio dos investimentos...

Conheço gente que está 90% alocado em OIBR3 e se sente muito bem fundamentado e tranquilo. Eu NUNCA faria isso, mas o cara trabalha na área e está ciente dos riscos. Quem sou eu pra julgar.

O QUE IMPORTA NO FINAL DAS CONTAS

O que importa é construção de patrimônio. Não adianta ter as melhores rentabilidades se você não aporta constantemente. Quanto maior o aporte mais rápido você chega na sua meta, se não fizer grandes besteiras, é claro.

E como conseguir aportar mais? Ganhando mais, investindo na sua capacitação com um melhor emprego ou melhor negócio, através da PERSEVERANÇA.

Importa mais ainda aportar forte mas sem se privar das coisas que você gosta. Dinheiro é pra gastar (com responsabilidade) e você só tem uma vida.

No meu caso eu peguei gosto por analisar empresas, o que é indispensável para quem quer adotar uma estratégia buy and hold. Mas creio que a enorme maioria das pessoas não quer fazer isso. 

E tudo bem se não quiser. Não perca o tempo da sua vida fazendo algo que não gosta. Procure uma estratégia que se adeque ao que você vai conseguir fazer como investidor ou deixe tudo na renda fixa mesmo e não esquente a cabeça. Faça o que te faz feliz, campeão.

Não há uma estratégia garantida para se dar bem nesse mundo dos investimentos. Se houvesse estariam todos ricos. Todos nós estamos sujeitos às regras desse jogo.