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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Seguradoras - Banco do Brasil Seguridade (BSSE) ou Porto Seguro (PSSA) ?

O objetivo da postagem de hoje é analisar com alguns detalhes as melhores seguradoras da nossa bolsa.





Quando comecei a diversificar minha carteira em 2014 optei por entrar com alguma posição nessa área. Optei na época por BBSE (Banco do Brasil Seguridade), mas tirei um tempo para analisar melhor a PSSA (Porto Seguro), considerada a melhor desse segmento.

Esse setor tem como característica uma margem muito baixa apesar de ter um potencial enorme de crescimento no paísPor isso pretendo continuar tendo uma participação razoável na minha carteira. 


Houve um tempo em que coloquei como critério escolher as top picks de alguns setores/segmentos. Não lembro por qual motivo à época preteri a PSSA em prol da BBSE. Se fosse hoje talvez fosse diferente.

A PSSA tem como vantagens não ter o controle do governo como a BBSE, algo que vejo como um risco para o acionista, por estar sujeita a ingerência política. A PSSA é mais focada no mercado de seguro automotivo, além de se mostrar mais eficiente quando se analisa seus indicadores de negócio.

BBSE tem um maior diversificação atuando além dos seguros, nas áreas de previdência e capitalização. Tem à disposição uma enorme carteira de clientes do Banco do Brasil, o que vejo como uma grande vantagem. 

Valeria a pena trocar de ação?

Não vejo razão para mudar de ação por tão pouco, pois BBSE é ainda assim um papel com ótimos fundamentos para o longo prazo.

BBSE abriu o capital faz pouco mais de 6 anos, mas sempre apresentou ótimos resultados: PL crescente, lucros e EBITDA estáveis mas que já tiveram anos recentes de bom crescimento. ROEs muito bons e ótimos payouts. Uma das melhores pagadoras de dividendos da carteira falcão do Zé Batalha.

No último resultado (4T18), BBSE apresentou queda no PL e lucro, o que pode acarretar uma pequena redução de participação na minha carteira para aumento de outro papel que esteja com melhores fundamentos.

Se por um lado PSSA é a top pick do setor, o Itaú é controlador dela com 71% das ações hoje, e sendo também acionista dele, de alguma forma já tenho alguma participação nela. 

Como ponto negativo da BBSE temos o fato de não divulgar receita, impossibilitando uma análise mais completa como a da PSSA com seu ótimo histórico de resultados. 

Conclusão:

Digamos que se a PSSA é nota 10, a BBSE seria nota 8,5.

Atualizações recentes na carteira de ações:

Aluguel de ações:
No ano passado , fiz a minha primeira oferta de aluguel de ações. Foi aceita mas em poucos dias encerrada por isso não ganhei quase nada. Pedi 12% a.a. em CIEL3, num contrato que ainda duraria de 5/11 a 30/11 o que me garantiria cerca de 1% no mês.

Pretendo ofertar boa parte da minha carteira este ano e falarei em um post sobre a experiência.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

IBOV em 144.000 pontos até o final de 2019?

Com o IBOV cada vez mais se aproximando dos 100000 pontos, começam a surgir várias projeções de até onde ele pode chegar. Como previsão todos podem fazer vou deixar a minha aqui.

Vou tentar explicar evitando ao máximo qualquer questão política, tentando levar em conta apenas a minha análise e percepção dos fatos no que diz respeito ao Mercado.


Voltando 16 anos no tempo...

Mas pra isso precisamos relembrar o ano de 2002.

Nesse ano a Bolsa de Valores caiu muito (chegou a 8370 pontos) com o temor do Mercado em relação ao Lula. Após a sua vitória nas eleições e os sinais de que ele teria uma boa equipe que demonstrava comprometimento com a economia o índice chegou a bater 11489 pontos no fim do ano.

Chega 2003, e no seu primeiro ano de mandato temos uma agenda bem próxima do que o mercado esperava. Com uma maioria considerável no congresso, aprova uma reforma da previdência: e ali começava um dos maiores ciclos de alta da nossa economia, com o IBOV chegando a 72995 pontos em 2010.


E o que temos hoje em 2019?

Os últimos 3 anos foram de alta o que já poderia colocar em cheque e tornar exagerada a minha tese de que a Bolsa vá bater várias altas até chegar a esse patamar. 

Mas hoje com um governo com uma pegada forte de liberalismo econômico como talvez nunca houve, com o Paulo Guedes querendo privatizar até pensamento, não consigo imaginar outra tendência.

O cerne da minha tese: Com uma Selic de 23% a Bolsa subiu impressionantes 97,3% em 2003 fechando em 22236 pontos. Imagine onde ela pode chegar com um governo mais pró-mercado e Selic no menor valor de sua história: 6,5%.

De 87887 para 144000 pontos, alta de cerca de 64% no ano. Essa é a previsão oficial do Instituto Zé Batalha.

Acrescente o fato que temos um mandato que se inicia com o índice de otimismo do empresariado aumentando e uma reforma da previdência com chances consideráveis de ser aprovada, assim como em 2003.

Ainda segundo a pesquisa abaixo divulgada pela Bloomberg em dezembro do ano passado, o Brasil é o principal alvo dos investidores mundiais esse ano.


Todos os dados e modelos utilizados nos meus estudos falcônicos corroboram com essa ideia e apontam uma grande chance desse ano fazer parte de um ciclo forte de alta da nossa economia. Por tudo isso, acho que estou sendo até comedido nessa minha projeção...

Já que é pra chutar, segue as outras previsões do Zé Batalha para o final de 2019:
- Selic estável em 6,5%
- Desemprego abaixo de 10%
- Crescimento PIB: 3%
- IPCA: 4,5%


E a Carteira de Ações do Zé Batalha como anda?

A carteira começou bem esse primeiro mês de janeiro com um ótimo rendimento de 9,94% (perdendo do IBOV: 11,15%.), se recuperando das porradas do ano passado, com destaque para Cielo e Kroton, com altas de 30,37% e 34,61% respectivamente no ano. Por sinal foram as duas que mais apanharam ano passado: -59,14% e -50,62%

Carteira Falcão do Zé Batalha começa 2019 decolando
Carteira Falcão do Zé Batalha começa 2019 decolando

E aqui vale reforçar algo: Nunca aposte tudo em nenhuma previsão. Nem eu tenho coragem de apostar todo meu dinheiro nessa minha tese. Mas sim, penso em me arriscar um pouco mais em bolsa neste ano, tema para um próximo post...

domingo, 30 de dezembro de 2018

Carteira de Investimentos - Performance 2018 - Balanço do ano

Mais um ano de perseverança se encerra na vida do Zé Batalha. Segue o balanço e a nossa análise.

ANÁLISE DO CENÁRIO ATUAL

De uma forma geral, tenho uma perspectiva otimista sobre a economia brasileira nos próximos anos. Até porque depois de um longo período de recessão e uma recuperação tímida, 2019 parece ser o ano em que as coisas voltam a decolar. Chuto 3% de crescimento nesse ano. Taxa Selic tem grandes chances de se manter em 6,5% a.a. por conta da inflação estar sob controle.

Penso que o que pode comprometer a nossa economia são os riscos vindo do exterior onde ainda deve ocorrer alta dos juros americanos, reduzindo o fluxo de investimentos estrangeiros pra cá. Com a possibilidade de que o nível neutro de juros esteja se aproximando podemos ter o fim desse ciclo de aperto monetário no ano que vem.

No cenário internacional também temos o impasse do Reino Unido em relação ao Brexit e o déficit orçamentário italiano.

O novo governo deve trabalhar no sentido de aprovação de reformas, mas o timing para a execução delas é crucial. Às vezes se começa tentando fazer a coisa certo mas acaba indo tudo por água abaixo por questões externas, assim é a vida.

Como fator positivo a aparente trégua (será?) da guerra comercial entre China e EUA. Que caso não ocorra pode até beneficiar o Brasil em alguns setores, como por exemplo, no agronegócio.


VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL

Profissionalmente, esse ano serviu pra eu recuperar a motivação pela área de tecnologia no qual trabalho. Houve um tempo que eu estava desiludido, tentando até fazer concursos para outras áreas e assim mudar de profissão, mas nesses últimos anos várias coisas boas aconteceram que me fizeram mais feliz no meu trabalho.

O BatalhaMóvel quase me dá um prejuízo grande com um problema que surgiu no motor de partida, mas depois de duas tentativas, consegui gastar bem menos trocando somente as escovas, o que fez evitar uma possível despesa extra elevadíssima que poderia surgir.

Foi um ano de muita luta tanto para mim como para a Sra Batalha. Nossa filha nasceu e com isso tivemos a maior alegria de nossas vidas e ao mesmo tempo muito mais trabalho e despesas do que imaginávamos, mas que valeram demais a pena cada instante. Momentos como esse valem muito mais do que qualquer dica financeira que eu ou qualquer um possa te dar.

Tudo isso tem me feito repensar mais a minha vida, tanto como a pessoa que sou hoje e que preciso melhorar, assim como em relação a questão de poder dar o melhor que eu possa pra garantir um bom futuro, baseado principalmente em uma ótima educação para minha filha. Penso muito também em na ajuda frequente que preciso dar aos meus pais, que com a idade avançando precisam ainda mais de cuidados.

O que me dá ainda mais certeza que as batalhas serão ainda mais intensas e que só me resta intensificar a luta. Os próximos 10 anos serão decisivos para o futuro do Zé Batalha.

As batalhas do Zé estão só começando...

RENDIMENTO GERAL DA CARTEIRA FALCÃO: -2,05% NO ANO

O ano começou com uma performance muito boa mas terminou com um desempenho nominal bem mais baixo e se considerar a inflação, terminou num zero a zero, até porque lá pelo meio do ano vendi os títulos do tesouro para amortizar o financiamento imobiliário. O que ainda sustentou esse resultado foram os bons investimentos nos momentos em que havia uma parte relevante em renda fixa.

Isso deixa ainda a carteira muito desbalanceada com alta exposição em renda variável. Há uma forte necessidade de realocação de portfólio em TDs que só deve ocorrer após a venda do meu antigo imóvel, que é a única coisa que pode propiciar a retomada consistente dos aportes...


RENDIMENTO DA CARTEIRA DE RENDA VARIÁVEL - AÇÕES: -4,72% NO ANO

Os 2 primeiros meses foram muito bons mas depois tivemos um período de quedas de março a julho, assim como ocorreu também com o IBOV, mas meus papéis foram mais afetados o que acabou impactando muito o desempenho da carteira falcão de ações.

Foi um período em que vários papéis da minha carteira tiveram quedas acentuadas como ABEV, EZTC, GRND e alguns acabaram piorando ainda mais no último trimestre do ano como KROT e CIEL.

No final desse ano louco, somente o dinheiro das férias que sobrou foi o que serviu para rebalancear a carteira de ações com pequenas compras de papéis nesses momentos em que as ações estavam bem baratas, mas com fundamentos ainda ótimos.

Destaques positivos da carteira no ano:
1. ENGIE: +30%
2. ITUB: +27,76%
3. VALE: +27,25%

Destaques negativos da carteira no ano:
1. CIELO: -59,14%
2. KROTON: -50,62%
3. BRF: -40,08%


RENDIMENTO DA CARTEIRA DE CRIPTOMOEDAS: -80,42% NO ANO

Esse foi um ano desastroso para as criptomoedas, ou de muitos ajustes, alguns poderiam dizer também...

Como tenho uma meta de alocação de apenas 1% o impacto foi mínimo, mas impressiona quando vejo que os 7% que essas cripto ocupavam na carteira há 1 ano atrás caíram pra menos de 2%. BTC caiu 70%, ETH e XRP cerca de 85%. XLM 60% e ADA 87%, sendo que estas últimas eu entrei em abril com apenas 2% cada dentro da carteira de cripto.

Créditos: guiadobitcoin.com.br


POR FIM...

Carteira Falcão: +3,62%
Dólar: +16,94%
IBOV: +15,03%
Aplicações atreladas ao CDI: +6,37%

O desempenho do ano foi aquém do esperado, isso é fato. Mas para uma carteira com foco no longo prazo a verdade é que terei anos bons, como em 2016 e 2017, quando consegui cerca de 20% no ano, meu sonho, show. Terei também anos razoáveis como esse em que só cobri a inflação praticamente. E haverá anos ruins, como foram 2014 e 2015 em que tive perda. A verdade é que é humanamente impossível ganhar sempre.



Fica a dica do instagram do meu colega Renato que está com um projeto bem bacana de educação financeira: o Fique Rico Comigo.

Um FELIZ 2019 e ótimos investimentos a todos!