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sábado, 4 de julho de 2020

Carteira e Análises do Zé Batalha - 2º Trimestre de 2020

CENÁRIO ATUAL


Foi um segundo trimestre de recuperação rápida nas bolsas enquanto o mundo se encontra bem distante do fim da pandemia e das crises.

Apostar no curto prazo contra as bolsas hoje é apostar contra um metralhadora de dinheiro dos bancos centrais mundo a fora que tem um pente de balas infinito



O desemprego vai aumentando de forma impressionante. Temos indicativos de queda de PIB da ordem de 6 a 10% no Brasil. 

Já eu creio que a expansão monetária ocorrida junto com as novas rodadas de auxílio emergencial podem dar um alívio para o PIB, mas certamente será um número muito feio.

O certo é que teremos a pior temporada de resultados da história. Os balanços do 2T20 vão ser terríveis mas muito disso parece já estar precificado nas bolsas.

O que temos de bom é muita esperança que a vacina deve estar pronta bem antes do previsto.


VALE APOSTAR NO BRASIL AINDA?

Eu ainda acho que sim.

No longo prazo mesmo com toda essas confusões do país temos trilhões investidos em renda fixa ou em fundos ligados a rentabilidade da Selic.

Tudo isso num cenário de juros baixos que devem continuar assim por um bom tempo pois a inflação vem caindo muito. Com juros tão baixos não há alternativa pra quem quer melhores rendimentos a não ser a renda variável o que deve puxar pra cima a valorização desses ativos.

E por mais que a situação ainda possa piorar (e claro que isso é bem possível), acho bem difícil dado o que expliquei a bolsa voltar aos 60 e poucos mil. 

O Brasil quebrou na década perdida de 80 e várias empresas continuaram funcionando. Várias delas vão continuar agora também. As mais preparadas vão crescer ainda mais absorvendo as que não suportarem. Goste a gente ou não, é assim que funciona.

Ainda há muito a ser feito no Brasil. Temos muito atraso em infraestrutura principalmente, o que também significa que tem muito mais espaço para crescer que países já bem estabelecidos.


CRISES...

As outras crises acabavam (veja como foi em 2008) e o mundo continuava do mesmo jeito. O maior desafio desta é que a gente não sabe quando as coisas voltam ao normal.

A tecnologia vai ser ainda mais exigida. Em momentos como esse gostaria muito de estar posicionado em boas ações desse segmento na bolsa americana. Deve ser um segmento pouco afetado se comparado a outros da economia.


CARTEIRA ZÉ BATALHA - 2T20 (+7,85 % no mês de junho e -5,32% no ano)

Certamente devo rever essa alocação 40% - 60% [RF-RV] da CZB com juros tão baixos.

Agora em relação aos ativos...

Antes mesmos do Corona Crash eu reduzi minha participação em CVC. Logo depois vi o bom velhinho Buffet fugindo das aéreas e quem sou eu pra questionar. Difícil saber quando as pessoas terão a mesma coragem de viajar como antes e quem pode trabalhar de home office dando conta do recado por videoconferência. 

Ainda assim, veja que dia...
Ainda assim, veja que dia...

M Dias Branco virou minha terceira maior posição em ações. Ótima empresa num setor muito resiliente. 

Em junho, a CZB-Ações venceu o IBOV: 11% x 8,76%. No semestre também: -14,01% x -17,80%.

Quanto aos FIIs só reduzi FIGS11 pois este tem apenas 2 shoppings e igualei a alocação dos outros 9 FIIs pois são mais seguros.

Em junho, a CZB-FIIs venceu o IFIX: 7,62% x 5,59%. No semestre também: -3,59% x -12,24%.

A renda fixa deve ficar por um bom tempo somente em Tesouro Selic e um pouco em poupança.

Zerei minhas NTNB sem pensar em fazer mais aportes nela este ano pois vejo que a chance de eu ganhar pouco é menor do que eu perder muito dado o cenário atual.


VIDA PESSOAL - REDES SOCIAIS

Resolvi jogar melhor o jogo das redes sociais.

Comentar, curtir e repostar ainda menos sobre política e mais sobre coisas mais bacanas: tecnologia, desenvolvimento, viagens, games. Com isso minha vida nas redes sociais tem sido bem mais feliz. 

Ainda posto muito sobre economia e finanças é claro, pois realmente é algo que me interesso muito.

sábado, 4 de abril de 2020

Carteira Batalha - Rendimento acumulado - 1º Trimestre de 2020 (-20,49%)

Um mês histórico se encerra, e o que menos importa hoje é o desempenho da Carteira Batalha. A situação do planeta e do país fica cada vez mais preocupante tanto em termos de infectados e mortos, como de desempregados.

Vivemos uma situação de privação de liberdade com o objetivo de se evitar o colapso dos sistemas de saúde. Se criou uma nova polarização no país e no mundo onde as pessoas agora brigam tentando defender se isto é certo ou não.

Como já foi dito parece que caiu um meteoro, uma praga bíblica... e infelizmente as coisas ainda vão piorar muito antes de melhorar...


Resumo do mês de março de 2020

Foram 6 circuitbreaker, somando 7 na minha carreira de investidor.

São horas em que desperta-se o medo em muitos investidores e ganância em outros...
Eu juro que não sinto esse desespero de ver a carteira ruir como tantos, talvez por deixar uma parcela que me deixa confortável na renda fixa.

Consigo ver minhas cotações caindo ou subindo diariamente, algo que a maioria dos holders não recomendam. Houve dias que o que perdi num dia ganhei no outro...

Tanto que cheguei até a registrar algumas coisas por curiosidade:
  • 9/3   -> CZB Ações: -8,94% | IBOV: -12,17% | CZB Geral: -7,76%
  • 18/3 -> CZB-Ações: -9,47% | IBOV: -10,35% | CZB-FIIs: -18,05% | IFIX: -13,23%


Vai ser um exercício interessante relembrar os preços de vários ativos que invisto em um futuro próximo... e eu pretendo fazer isso. Penso em deixar para em um post futuro falar com um maior detalhamento o que fiz esse mês...


Carteira Zé Batalha (-20,49% no trimestre e -15,40% no mês de março)
A carteira encerrou o trimestre menos ruim do que o resultado que postei referente ao dia 18/3, dia do último circuit breaker do mês, quando a carteira fechou em -26,97%.

A carteira conseguiu vencer o IBOV, que teve queda de -29,91% no mês de março e o pior trimestre da história: -36,88%.

Entre os 10 papéis do IBOV com maiores quedas no trimestre que a CZB tem: CVC (-74,66%), Cogna (-65%) e BRF (-57,13%).

CZB-Ações (-33,28% no trimestre e -26,44% no mês de março)

A premissa da CZB é ficar sócio de boas empresas para sempre, e não somente para os próximos dois ou três meses.

Há ações de vários segmentos caindo pela metade que não se justificam dentro da minha avaliação.

Eu apostaria que elétricas e bancos grandes (os top 5) devem sofrer menos com essa crise.
Fiz um rebalanceamento, boa parte dele antes da crise, onde aumentei a participação na carteira de WEGE, ITUB, EGIE (as 3 maiores participações da carteira com folga) , MDIA e VALE; e reduzi um pouco de GRND, ABEV e CVCB.

Destaco o resultado anual de EZTC. Mostra que para empresa ótima não tem esse negócio de ciclo. Eles têm um caixa de 1,3 bi e a dívida reduziu pra 41 mi, isso para uma empresa do segmento imobiliário. Acabei decidindo por aumentar a minha participação.

CZB-FIIs (-13,73% no trimestre e -5,14% no mês de março)

Os FIIs levaram uma porrada grande, principalmente no dia 18/3 como mostrei acima. Cotações de FIIs de shoopings principalmente, mas escritórios também foram bem afetados, FIIs de logística nem tanto...

Rendimentos mensais foram zerados e alguns bem reduzidos, mas o patrimônio fica.
Dos 10 FIIs que possuo 2 ficaram sem pagar rendimentos e 8 mantiveram, sendo que alguns reduziram e isso é normal para quem está no jogo.

CZB-RF (-2,95% no trimestre)

As taxas de juro ficaram tão baixas que tornaram os investimentos nos títulos pré-fixados muito assimétricos: um baixo potencial de ganho frente ao espaço para perdas se vendido antes do seu vencimento.

CZB-Criptomoedas (+17,94% no trimestre)

Renderam -16,82% no mês. Pouco a se falar, somente as piadas que seriam ativos fortes para tempos de crise...



Em horas como essas a gente dá ainda mais Graças a Deus por estar com saúde principalmente, ter um emprego e estar recebendo em dia.

Vivemos tempos muito difíceis, mas vai passar.

Na vida tudo passa. Tanto o que é bom como o que é ruim.

quarta-feira, 25 de março de 2020

Edição Extraordinária - O mundo não será mais o mesmo - CZB anual até 18/3: -26,97%




"De forma simplificada, segundo Taleb, um cisne negro é todo e qualquer evento que não possa ser previsto, mas que possui grande impacto na sociedade, transformando nossa realidade. O termo faz referência a descoberta do cisne negro por parte dos europeus, na região da Austrália no ano de 1697. Até então, ninguém no velho continente sabia da existência de uma espécie de cisne que não fosse branca."

O 11 de Setembro e o surgimento do Google, são ótimos exemplos de cisnes negros do século XXI. Logo, pode ser um imprevisto tanto para o bem como para o mal.
No dia que posto essa publicação, por coincidência, é o meu aniversário. Sou muito grato a Deus por mais um ano de vida, por estar com minha esposa e filha com saúde. Mas ao mesmo tempo lamento esta época difícil que estamos passando...


Como poderão ver em mais detalhes ao final do texto, a Carteira Batalha sofreu uma pancada grande, assim como praticamente tudo pelo mundo. Mas te falo com toda sinceridade, isso é o que menos me preocupa hoje...

Em relação a saúde, veremos o crescimento de infectados a cada dia. Em relação a economia, já estou vendo algumas pessoas próximas fechando seus negócios e outras perdendo seus empregos. E olha que está só começando... :(


Chegou a grande crise

Desde o subprime de 2008, muitos tentaram prever quando ocorreria a próxima grande crise. Pois ela chegou com tudo...

Eu fui um dos que subestimou o Covid-19, e faço questão de deixar registrado o link da postagem em que falei sobre isso. Achei que fosse parecido com os outros surtos que vi até então...
Já foram 6 circuit breaker, igualando a crise de 2008. E não duvido que venham a ocorrer ainda mais.
Em 2008, a crise foi causado por um problema do sistema financeiro, com a quebradeira de bancos. Esta crise vai além do que já vimos na história.

Penso que vamos ter uma retração econômica no Brasil e no mundo que vai fazer 2008 parecer brincadeira. Já há estimativas de quedas de 4,4% do PIB interno.

O problema é que nos USA eles estão no fim de uma expansão econômica. Enquanto aqui nós mal começamos a sair da lama...


Efeitos e dimensão das quarentenas

Sim. A prioridade agora é a saúde da população. Tentar diminuir os danos para que a tragédia seja minimizada.

Para proteger a vida humana será preciso afetar a economia. É inevitável. Mas o quanto se deve parar? Essa é a grande questão.

Os efeitos da quarentena podem ser piores do que uma guerra para economia. Na guerra algumas cadeias produtivas se beneficiam, nessa aqui quase nada.

Devemos ter uma alta enorme do desemprego e já estamos vendo intervenções governamentais nunca antes vistas, numa busca sem fim por liquidez em vários países com seus balanços já bem comprometidos

A expansão da base monetária pode causar um possível aumento de inflação generalizado no médio e longo prazo. São vastas as possibilidades.
Se a economia ficar parada por tempo demais, a fome e o desemprego poderão se tornar problemas que podem ser até maiores que a epidemia.

Só que foram divulgados estudos que apontam que as perdas humanas poderão chegar aos milhões se não forem adotados mecanismos de supressão. É só uma estimativa, mas se eles estiverem certos? É válido arriscar essa quantidade enorme de vidas por conta da economia?


O tamanho da intervenção do Estado

Por mais que a Escola Batalha de Economia não veja com bons olhos intervenções estatais em demasia, são momentos como este que eu confesso que sou Keynes de carteirinha...

O Estado vai precisar intervir de todas formas possíveis para socorrer a população tanto em relação a saúde como a economia.

Vamos precisar de uma espécie de Plano Marshall, que o governo já vem tentando montar.
O Zé Batalha sendo Ministro da Economia venderia até metade das nossas reservas aproveitando o preço do dólar para injetar na economia e tentar diminuir a devastação. Temos hoje US$ 350 bi, o que daria um total de R$ 1,785 tri.

Reconheço que é muito difícil esse dinheiro chegar aos segmentos e pessoas que realmente precisam na proporção correta e ter bom uso tendo em vista que está tudo parado, além da costumeira ineficiência estatal que temos, mas algo precisa ser feito...

Retração econômica e Devastação nas carteiras

Analisando friamente, é mais uma crise pra história do mundo, que uma hora vai passar. A não ser que você ache que o mundo vai se acabar, então deveria até aproveitar melhor seu tempo fazendo coisa melhor do que ler esse post.

Em todas as crises muitos acharam que era o fim do mundo e em todas surgiram ótimas oportunidades de investimento.

Investir na bolsa envolve muito do comportamento, do psicológico. A economia e vários negócios vão apanhar feio, mas uma hora as coisas vão normalizar.


Carteira Zé Batalha - Destruição de -21,83% no mês e 26,97% no ano

Não faz 3 meses que eu estava comemorando um ano histórico na carteira com um rendimento anual de +25%. O mundo dá voltas...

via GIPHY

Obs: os números são até 18/3, dia do último circuit breaker.

CZB-Ações: -32,46% no mês e -38,74% no ano

Com as palavras, o mestre Warren Buffett:
"A menos que você consiga ver seu patrimônio cair -50 por cento sem entrar em pânico, você não deveria estar no mercado de ações."

CZB-FIIs: -33,20% no mês e -39,24% no ano

O anúncio do fechamento dos shoppings e a incerteza quanto ao pagamento dos rendimentos ferrou com os FIIs, ainda assim mesmo nesta crise vimos que eles tem menos volatilidade que as ações.

CZB-Criptomoedas: +3,69% no mês e -2,32% no ano

Foi a piada do momento. Considerado um ativo "anti-crise" caiu vertiginosamente com a busca incessante por liquidez do momento. Até mesmo o ouro caiu por um bom tempo, também por conta das chamadas de margem. Fiquei no positivo no mês aqui pois a alta do dólar rebateu essa queda.

CZB-Renda Fixa

Não registrei os valores no dia 18/3 mas foi o que salvou a CZB de uma queda ainda maior.


Conclusão

O mundo não será mais o mesmo. Talvez nenhum de nós viva o bastante para ver algo tão impactante assim.

Momentos bons e ruins vão e vem, seja na economia ou na vida. Toda crise passa. Essa crise por pior que seja, um dia vai passar.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Corona vírus, "3ª guerra mundial" e sua vida e investimentos

Batendo um papo esses dias com o meu amigo Zé Ginástica (aquele que faz malabarismos para pagar suas contas) me veio a ideia desse post.

A imprensa bombardeia a gente constantemente. De todas as tretas deste mês de janeiro, destaco o assassinato do Soleimani e agora o Corona Vírus. Mas como diria o mestre Denzel Wahington:




Corona Vírus

Eu sei que a parada é séria. Várias pessoas morreram e muito trabalho é necessário para a coisa não se agravar. A atividade econômica da China no ano vai ser bem afetada e com isso o Brasil e o resto do mundo.

Mas eu aposto contigo que até o final dessa história que não deve demorar muito vai ser 1000x mas fácil você ir pro hospital por conta de uma topada do que por causa desse vírus.



A OMS, China e vários países vem seguindo todos os protocolos para controlar o avanço da contaminação. Basta ver a história: SARS, gripe suína, entre tantas outras, que tinham até letalidade maior.


"3ª Guerra Mundial ou uma Guerra Nuclear iminente"

Essa daí surgiu após a morte do Soleimani, líder da força Quds iraniana. É tão exagerada que vou tentar ilustrar com um exemplo.

Imagine que o Zé Batalha está andando de boa na rua e de repente chega um lutador do UFC e senta uma tapa no seu queixo.

O Zé Batalha para retaliar pode jogar uma pedra na vidraça da casa do cara, furar o pneu do carro dele e depois sair correndo, entre outras formas de retaliação. Mas nunca ele vai chamar para resolver na porrada, pois obviamente tem noção da surra que vai levar...

Agora troque Zé Batalha por Irã e o lutador do UFC por USA. Simples assim. É por isso que não teremos uma guerra...


O que temos em comum nesses casos? Histeria Coletiva

É o que sempre acontece quando desses eventos. No comportamento das pessoas e por consequência nos seus investimentos no curto prazo.

Essa expressão é o que melhor define o que ocorreu no mês de janeiro no mundo. O medo provocou quedas generalizadas e buscas por ativos de (às vezes suposta) proteção.

Na verdade, janeiro foi até menos pior do que eu imaginei diante do que foi exposto:

Carteira Zé Batalha: -0,33%
CZB-Ações: -0,21%
CZB-FIIs: -4,69%
CZB-RF: +0,61%
CZB-Criptomeodas: +38,02%

versus

IBOV: -1,63%
IFIX: -3,76%
Dólar: +6,8%


Na CZB nada mudou. Segue o jogo.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

2019 - Um ano histórico na Carteira de Investimentos do Zé Batalha (+25,78%)

Mais um ano de perseverança se encerra, e após um 2018 com a pífia rentabilidade de -2,05% a Carteira Batalha teve um resultado incrível de 25,78% neste ano de 2019, o segundo maior rendimento anual da série histórica.

Considerando que o IPCA do ano fechou em 4,31%, tivemos um ganho real de 20,57%. Este último mês de dezembro também foi memorável: 7,54% de rendimento.

Revendo os trimestres anteriores percebi um fato curioso: foi 6% no 2T, 12% no 3T e agora no 4T, quase 26%, só dobrando. Ah se todo ano fosse assim... rs

Paparazzis flagram a reação do Zé Batalha ao calcular a valorização obtida em 2019

INVESTIMENTOS - RENDIMENTO GERAL: 25,78% NO ANO

Foi um ano em que 86 % das empresas listadas na bolsa tiveram valorização, sendo que metade subiu mais de 50%. De 800 mil investidores em 2018 para 1,6 milhão no final de 2019.

É difícil não se empolgar mas essa é exatamente a hora em que o fera tem que colocar a cabeça no lugar e saber que tudo que sobe, desce e que uma hora essa onda de juros baixos vai acabar.

E isso me faz lembrar que muita gente começou a aprender sobre bolsa agora e comprou sua primeira ação faz cerca de 1 ou 2 anos apenas. São filhos de um bull market e alguns deles já devem estar se considerando gênios...

Nessas horas o melhor que faço é lembrar dos anos de 2014 e 2015 em que tive um negativo de -8% e - 7%. Isso me faz colocar os pés no chão e continuar focando na minha estratégia: manter os aportes e seguir a meta pré-definida.

E até quando continua essa onda? Acho que estamos ainda no começo, claro se levar em conta que no caminho a gente não tenha uma grande crise mundial. Mas essa é só a p*rra da minha opinião.


RENDA VARIÁVEL - AÇÕES: 34,19%

A CZB-Ações superou os 31,58% do IBOV. No mês de dezembro teve um rendimento excelente de 11,63%. Da carteira só BRF e OI tiveram rendimentos negativos neste último mês.

Destaques positivos da carteira em 2019: EZTEC: +152,80%; WEG: +100,56%; BRF: 60,51%

Destaques negativos da carteira em 2019: OI: -31,20%; CVC: -27,82%; M DIAS BRANCO: -10,86%



RENDA VARIÁVEL - FIIs: 34,98%

A CZB-FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) rendeu 34,98% no ano. O mês de dezembro teve um rendimento incrível de 11.89%.

Impressiona o desempenho dos ativos, pois todos os FIIs da carteira tiveram rendimento positivo no mês passado - algo inédito.

Pelo período ser diferente (comecei em maio) não dá para comparar propriamente mas o IFIX rendeu 36% no ano. Farei um post em breve sobre a CZB-FIIs, que tive a oportunidade de entrar este ano após um bom tempo de estudo.

Esse foi certamente o ano dos FIIs. Já são 600 mil investidores mas acho que ainda tem espaço para crescer.

Acho que ainda há espaço para valorizar mais com os juros baixos, mas caso a inflação venha a subir e surja a necessidade de elevar os juros quem já está posicionado ganhará com os reajustes dos aluguéis.


RENDA FIXA - TESOURO DIRETO: 9,40%

As sucessivas quedas na taxa de juros proporcionaram mais um ano de rendimentos incríveis para quem estava posicionado em títulos pré-fixados. No caso da CZB ainda conseguimos superar com folga os 4,5% do CDI.

Mas neste momento penso que já estamos com pouco espaço para ganhar, claro levando em conta que você não levará estes títulos até o vencimento.

Em 2020 penso em vender as NTNB de longo prazo (35 e 45) e aportar em TD Selic mesmo com o rendimento baixo para ter uma reserva mais líquida em renda fixa e me proteger caso o governo venha a elevar os juros.


CRIPTOMOEDAS: 9,38%

Essa é a classe de ativos mais louca que existe: +726% em 2017, -80% em 2018 e +9,38% agora. Mais louco é quem aposta todo seu dinheiro nisso. Minha alocação geral continua em apenas 1%.

Essas criptomoedas mais alternativas, tipo XLM e ADA, parecem hoje uma grande palhaçada que entrei mas ainda bem que botei muito pouco dinheiro... rs


CENÁRIO NACIONAL E MUNDIAL

Pelos modelos do BC, devemos ter uma Selic chegando a 4,25% ou até 4% em 2020. Este nível baixo tem boas chances de se manter por uns 2 ou 3 anos, algo que nem os mais otimistas imaginavam, o que vai puxar mais ainda os investimentos em ativos de maior risco.

Por falar em risco, o do Brasil já é o menor em 7 anos. Economia finalmente dá sinais mais contundentes de retomada.

Bolsa está longe dos exagerados 144K que eu previ, mas segue batendo recordes. 

Imagina o que pode acontecer se o Brasil recuperar o grau de investimento nas 3 agências (Fitch, S&P e Moods), algo que tem boas chances de ocorrer. Vai abrir uma porta de entrada para vários fundos de investimento no mundo que exigem essa condição e puxar ainda mais pra cima.

Juros Negativos - A nova onda

A Escolha Batalha de Economia se debruçou em alguns estudos sobre essa onda de juros negativos pelo mundo em países desenvolvidos. Creio em 2 possibilidades: uma boa, uma ruim.

A boa: Pode chegar um momento no qual surja uma oportunidade para o Brasil, tendo em vista que a lição de casa do controle dos gastos públicos vem sendo feita, dívida menor que boa parte dos países que tem grau de investimento e uma ótima reserva em dólares. O Brasil pode ser o país no futuro a mostrar forte crescimento, enquanto os outros não seguem o mesmo ritmo, o que puxaria a bolsa pra cima e a valorização do real.

A ruim: A próxima grande crise pode chegar em decorrência dessa "bolha" de renda fixa dos países desenvolvidos. Cerca de 15 trilhões de dólares em títulos do governo negociados pelo mundo com esses juros negativos, quase o triplo se comparado a outubro de 2018. Isso representa 25% de todo o mercado. Como ocorreu no subprime, a economia segue de forma irracional por anos até que uma hora tudo explode.



VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL / RETROSPECTIVA E METAS

Em 2019 consegui concluir uma Pós-Graduação EAD em menos de 1 semestre, conforme planejado. Agora terei mais tempo para me dedicar neste ano ao estudo de novas tecnologias, algo essencial na minha profissão.

Também encerrei projetos que não valiam mais tanto a pena para focar em atividades mais relevantes.

Mas uma das maiores conquistas foi a filtragem de redes sociais:
  • Reduzi muito o tempo em redes sociais, principalmente os "textão" de facebook;
  • Saí de todos os grupos de whatsapp que pude
  • Reduzi bastante o papo sobre política (fora das redes sociais também) evitando a perda de tempo que ocorre na grande maioria das vezes neste tipo de discussão
Em resumo a ideia é manter o foco onde valer a conversa #pas.

Em termos de atividade física, continuo somente com o meu futebol 1 vez por semana e nada de academia (tô vacilando) e ainda não consegui me organizar pra resolver isso...

Já tenho o manto Batalha Nutella para temporada 2020 de futebol

Para 2020 pretendo continuar neste desafio constante de controlar mais a minha fúria. Houve um momento na minha vida em que eu dominava a técnica milenar de fazer a cara de lesado quando alguém me ofendia ou falava algo que não gostava. O segredo é voltar a praticar essa técnica.

Continuarei estudando sobre finanças e economia (até porque curto bastante) mas agora um pouco menos com a minha carteira de investimentos finalmente já melhor estabelecida.


O que mais penso hoje é no futuro da minha Batalhinha filha. Depois que ela nasceu é difícil o Zé Batalha não ficar mais preocupado sobre as decisões e atitudes que preciso tomar.

Cada vez mais eu reflito sobre o quanto essas escolhas se tornaram ainda mais importantes e dentre tantas, o futuro da minha família será muito influenciado pelas decisões de investimentos que eu tomo hoje.

Em 2019 finalmente ocorreu a tão esperada venda do meu antigo apartamento. E com isso tomei uma decisão bastante arrojada para o meu perfil, mas calculada: ao invés de reduzir ainda mais o saldo devedor do financiamento do meu apartamento atual, optei por tirar parte do valor obtido na venda para aportar nos meus investimentos, mais especificamente no tesouro direto e começar em fundos de investimento imobiliário.

Motivo: a tendência forte de queda de juros que havia naquele momento. Era praticamente certo que os ativos em renda variável iriam render mais. Esse movimento fez a minha capacidade de aporte em 2019 aumentar bem acima do que planejei, e ao analisar os resultados do ano vejo que foi um movimento bem acertado, graças a Deus.

A meta de 25% de taxa de poupança (aporte/renda mensal) ano que vem vai ser ainda mais desafiadora por isso os últimos ganhos de austeridade obtidos tem sido tão importantes.


Pra variar será mais um ano de muitas batalhas. Vem tranquilo, 2020...

Um feliz 2020 para todos e ótimos investimentos!

sábado, 5 de outubro de 2019

Carteira Batalha - Setembro (+3,16%) | Acumulado 3T 2019 (+12,05%)

CENÁRIO ATUAL

Afrouxamento monetário segue forte tanto no Brasil como no mundo. Incrível como existem cerca de 13 trilhões de dólares pelo planeta alocados em ativos de rentabilidade zero ou negativa. Selic já tem grandes chances de ficar abaixo de 5% até o final do ano. A economia mundial desaquece e parece que o Brasil mais uma vez vai contra o ciclo...

Reforma da previdência desidratada no senado mas segue para aprovação até o final do mês, gerando uma economia de 800 bi. Dados do CAGED animam. Será que agora vai?

Ataque à refinaria na Arábia Saudita provocou efeitos menos prejudiciais do que o esperado no final das contas. Quanto a guerra comercial não perco mais tempo falando daqueles cornos. Já encheu o saco essa treta Trump x Xi Jinping. A cada rusga deles os ativos desabam por todo o mundo.


VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL

Continuo com academia zero por falta de foco e disciplina nesse aspecto. Mas futebol de 1 a 2x por semana, o que não resolve mas é o que gosto. E creio que tão cedo não devo mudar isso. Essa é minha vida.

No trabalho estamos vivendo momentos de incerteza que irão proporcionar meses (ou anos) intensos e emocionantes... rs. Ótimo momento para que todos revejam suas carteiras e reflitam sobre um plano B, C, D independente do que vier a acontecer.

Cenário micro-econômico Batalha: Próximo ano eu e a Sra Batalha teremos um considerável aumento de despesas pois a Batalha Filha vai começar seus estudos. Não abrimos mão de investir o melhor que pudermos dentro das nossas condições, é claro.

Já comecei a fazer o planejamento financeiro 2020. Austeridade se mantém bem sólida:
  • Ao renegociar a conta da Vivo obtive um ótimo desconto e reduzi mais uma vez a conta mensal, desta vez em R$33
  • Consegui baixar a conta de energia em R$50 (e creio que ainda pode ser mais): peguei a dica da sogrinha e comecei a desligar o gelagua toda noite, o que pra mim é tão simples quanto apagar as luzes. Ninguém acorda de madrugada aqui para beber água gelada. Eu esperava que a eficiência energética desses aparelhos fosse melhor.
  • Já faz um tempo que pensava em renegociar a minha tarifa bancária mensal. Sou cliente Van Gogh Santander, mas mesmo com o bom serviço prestado considero o valor de R$69,90 muito alto (e isso porque tenho um desconto de 50%). Liguei para o teleatendimento e para minha surpresa de pronto já estornaram os últimos 3 meses e isentaram a dos próximos 3. De qualquer forma terei que ir pessoalmente na agência para renegociar em definitivo.
Vamos agora para os resultados, lembrando que nunca menciono valores, somente performance.


RENDIMENTO CARTEIRA BATALHA - ACUMULADO 3º TRIMESTRE: +12,05%

Carteira Batalha brilhou muito neste último mês. Vencemos os índices de referência. O rendimento mensal de setembro ficou em 3,16%. No acumulado do ano até 30/9 obtivemos +12,05%. A correlação negativa da queda de juros com os ativos de renda variável explica em parte essa alta.


CZB chegando cada vez mais próximo da meta de alocação de ativos. 8 FIIs até o momento. Pretendo entrar em mais 2 até o fim do ano e assim fechar a meta de 10. Para chegar na meta de 12 ações devo me desfazer de uns 3 papéis assim que o momento for propício.

Do último trimestre pra cá consegui reduzir em 11% minha alocação em ações, aumentei em 5% a de FIIs e em 9% a de Tesouro Direto. Hoje: 66% em RV e 34% em RF:



TESOURO DIRETO - ACUMULADO 3º TRIMESTRE: +7,34% (início abril-2019)

Foi linda a última queda de juros. Proporcionou um ótimo rendimento nos títulos indexados ao IPCA. Conseguimos em TD 2,88% em setembro.


AÇÕES - ACUMULADO 3º TRIMESTRE: +14,16%

Depois dos -1,98% de agosto, o placar do mês de setembro: CZB-Ações +4,11%  x  +3,57% IBOV


FIIS - ACUMULADO 3º TRIMESTRE: +8,46% (início maio-2019)

É a espécie de ativos que mais tenho estudado neste ano com o objetivo de definir a carteira até o fim deste ano, como já falei. Placar do mês de setembro: CZB-FIIs +3,64%  x  +1,04% IFIX


CRIPTOMOEDAS - ACUMULADO 3º TRIMESTRE: +37,33%

O que eu tinha de estudar desse tipo de ativo foi em 2017. Praticamente nem olho muito mais. Só vai ter aporte quando a estratégia mandar: -7,83% em setembro


quinta-feira, 11 de julho de 2019

Carteira Batalha - Rendimento acumulado no 1º Semestre 2019 (+6,05%)

ANÁLISE DO CENÁRIO ATUAL

Crescimento econômico moderado da zona do Euro e saída do Reino Unido. No Brasil, crescimento negativo no primeiro trimestre, com a crise da Argentina tendo considerável influência. O ambiente teve um maio pessimista que foi melhorando até o final de junho

S&P caiu quase 7% em maio e a nossa bolsa ficou estável com uma alta de 0,7%. Esse é um ponto que considero muito importante. Quedas nas bolsas americanas puxam o mundo todo junto e o IBOV não foi afetado.

O IBOV fechou acima dos 100K pela primeira vez no dia 19/6. Será que minha previsão vai se confirmar...?


O FED já deu por certo não aumentar a sua taxa de juros, mas imagina se ela baixar (e há chances disso ocorrer), o IPCA cada vez mais baixo e com isso uma grande chance de redução da nossa taxa de juros => o IBOV deve decolar.

Claro que toda minha tese depende de inúmeros fatores impossíveis de serem listados aqui, mas obviamente é necessário ter uma proteção na carteira caso o pior aconteça. Como ouvi recentemente, monte algo que: "Se der cara você ganha mas se der coroa você perde pouco".

No Encontro do G-20, finalmente foi fechado o acordo de livre comércio do Mercosul com a União Européia, uma ótima notícia para o Brasil. No mesmo evento, Trump e Xi Jinping parecem estar perto de encerrar essa novela da guerra comercial...


PROJETOS PESSOAIS

Tentei retomar meu negócio de organização de competições de futebol com meu sócio. Era algo que me garantiu uma pequena renda extra durante alguns anos, mas ao tentar voltar este ano vi que havia muitas barreiras de mercado (concorrentes com campos, algo que não tenho e nem pretendo ter). Enfim, não faltou insistência mas o negócio não se mostrou viável.

Como não deu certo, resolvi focar neste momento em trabalhar ainda mais a minha estratégia de investimentos para consolidar a minha carteira com o objetivo de IF no longo prazo. Apesar de ser algo que faço porque gosto no fundo isso dá muito trabalho.

Houve correções no método de cálculo dos rendimentos da carteira. Agora o aporte é feito no último dia do mês e eu considero o IPCA no período certo para evitar a distorção que dava antes.


RENDIMENTO DA CARTEIRA BATALHA - 1º SEMESTRE: +6,05%

Finalmente após quase 1 ano e meio consegui vender meu apartamento antigo, o que proporcionou o a amortização do financiamento imobiliário atual, o tão sonhado momento de redução das despesas mensais em mais de 30% e a retomada dos aportes mais agressivos a partir de então. Os não recorrentes que sobraram foram muito importantes para reequilibrar a Carteira Batalha.

Meta de alocação da carteira RF/RV: 50/50 (me julgue :D), apesar de hoje eu ainda estar muito longe dela (73% em RV e 27% em RF):

Rendimentos no mesmo período:
IBOV: 14,88% 
IFIX: 11,67%
Carteira Batalha: 6,05%
Poupança: 2,24%
Dólar: -0,85%

[colocar gráficos ate então (estilo aportador)?]


TESOURO DIRETO: 4,60%

Retornei neste 2º trimestre os aportes no TD com o objetivo de reforçar a renda fixa da carteira. Se a Selic baixar até o final do ano como muitos estimam, pode rolar um bom ganho nos títulos de Tesouro IPCA da carteira.


AÇÕES: + 4,78%

Depois das várias mudanças nas alocações ocorridas no 1º trimestre, a carteira obteve bons ganhos, inclusive batendo o IBOV neste mês de junho: 4,63% contra 4%.


FIIS: + 2,20%

Depois de vários meses de estudo, finalmente entrei nos Fundos de Investimento Imobiliário. Por enquanto entrei devagar em shoppings, logística e lajes corporativas. Será um tema para um próximo post à medida que for me aprofundando mais no assunto.


CRIPTOMOEDAS: +89,83%

No 1º trimestre, reportei aqui que parecia estar ocorrendo algum turnaround pois o ano tinha começado com uma queda de -22,07% mas fechou o 1º trimestre em -1,05%. Aí me surge essa alta louca que vemos agora. Pelos meus cálculos só o BTC teve uma valorização de 728% até o fim do mês de junho...

Como minha exposição é baixa neste tipo de ativo, não ocorre tanto impacto na carteira. 



terça-feira, 23 de abril de 2019

1º Trimestre 2019 - 40 anos de idade e 10 de educação financeira

A postagem de hoje trata do primeiro trimestre de 2019 do Zé Batalha

ANÁLISE DO CENÁRIO ATUAL

Guerra comercial EUA/China parece começar a se resolver. IBOV oscila de acordo com qualquer espirro que derem relacionado à reforma da previdência. Christine Lagard e FMI acham que o mundo vai crescer menos. Possibilidade de recessão mundial compromete as expectativas internas. Na Europa, incertezas maiores por conta das indefinições do Brexit. Nos EUA, FED sinaliza manutenção de juros.


VIDA PESSOAL

Cheguei aos 4.0 e talvez nunca tenha refletido tanto sobre a idade que graças a Deus atingi. Por ter uma filha passei a me preocupar ainda mais com o meu futuro e a minha capacidade de prover uma vida digna a ela.

Batalha 4.0. Vem tranquilo.
Os desafios que estão por vir. Zé Batalha 4.0: -Vem tranquilo.

Um dia parei pra pensar como cheguei aqui. Então lembrei que só em 2009, com 30 anos, comecei a me organizar financeiramente. Seria ótimo se o fizesse mais cedo, mas nunca é tarde para mudar pra melhor.

Tudo ocorreu logo após uma viagem de férias para Europa em que gastei muito além dos meus padrões, mas que sinceramente não me arrependo, pois foi um divisor de águas na minha vida. Me serviu para abrir mais a minha mente.

De 2009 para cá foram muito erros cometidos e aprendizados. O que mais me faz refletir é o quanto eu aprendi MUITO com o Batalha Pai neste aspecto. A minha mãe teve uma importância fundamental na minha vida, mas em termos de educação financeira foi com ele que mais aprendi.

Lembro do quanto ele insistia em relação ao fato de eu não conseguir guardar dinheiro. Pelo mesmo motivo que tento explicar (quando me pedem) para os colegas hoje em dia: eu sabia o valor do meu salário, mas não tinha noção do quanto gastava por mês e por consequência não tinha noção se sobrava algo para investir.

Ainda longe do ideal, mas me anima ao ver muita gente jovem com esse pensamento hoje em dia no Brasil. Quem sabe a gente tenha no futuro uma geração um pouco mais consciente neste quesito.


RENDIMENTO DA CARTEIRA BATALHA NO 1º TRIMESTRE: +4,51%

IBOV: 8,56%
IFIX: 5,57%
Carteira Batalha: +4,51%
Selic: 1,51%
Poupança: 1,05%
Dólar: 0,57%

Abril é o mês mais importante em termos de definições da CZB (Carteira Zé Batalha) de renda variável. Nessa época são liberados os balanços anuais das empresas. Minhas decisões de alocação mais relevantes são feitas mais nestes momentos e bem menos nos trimestrais.

Após refletir sobre algo que adiantei no último post resolvi fazer uma realocação agressiva da carteira de RV.

Decidi que meu objetivo agora é focar em concentrar mais a carteira (não só de RV) em ativos de ótima qualidade e menos na diversificação, diferente do que fiz no começo. Penso em colocar 90% no mínimo em bons/ótimos ativos.

O restante eu posso arriscar em apostas, cripto, turnaround, etc... O que tenho de "pior" em RV hoje (BRFS3, VLID3 e RAIL3) está ocupando uma meta de 8%. Por sinal essas 3 merecem ser tratadas num post futuro.

lyanna mormont na fúria
Zé Batalha, onde estava com a cabeça quando comprou VLID e BRFS?
Então darei mais peso a ativos top como WEGE e ITUB e reduzirei muito mais os que não vem tendo bons resultados, tais como os supracitados. Tenho cogitado também a possibilidade de me livrar de alguns ativos estagnados pra adquirir algum nível top...

Realocação de carteira:
  • Alocação AUMENTADA:
    • EGIE3: resultados excelentes: aumento de receita e lucro líquido. Houve um aumento na divida/EBITDA, mas ainda sustentável tendo em vista os vários projetos em uma empresa muito bem administrada e que cresce muito. Foi o maior aumento de alocação na carteira.
    • WEGE3: incrivelmente consegue resultados melhores a cada ano. Alcei ela ao topo juntamente com ITUB3 no rol das empresas com maior participação na carteira.
    • ITUB3: Resultados excelentes e pra completar teve uma grande distribuição de dividendos
  • Alocação REDUZIDA:
    • CIEL3: reduzi mas não foi pela queda de cotação. Tem queimado margem. No guidance dela esse lucro vai cair de 3,5 para 2,3BI. Mas está se mexendo, como mencionei nesse post. Pela cotação ter caído muito foi a que mais fiz aportes nos últimos 12 meses
    • UGPA3: caindo lucros e margem e aumentando a divida/EBITDA. Só receita aumentando.
    • BBSE3: resultados piores: caiu muito o PL e lucro liquido. Ótimo payout de 120%. 
    • LEVE3: 7 anos de receita estacionada. Nos 2 últimos anos o lucro melhorou mas não muito.
    • KROT3: aumentou brutalmente a divida para aquisição da Somos e com debentures. Receita e PL estável, lucro caiu 30%.
  • Alocação MANTIDA:
    • VALE3: resultado excelente. Lucro líquido aumentou na casa dos 30%. Colhe frutos da reestruturação de Carajás, o mais moderno projeto de mineração do mundo. Dívida caindo bastante mas as incertezas dos processos judiciais por conta da tragédia de Brumadinho podem causar impacto negativo
    • EZTC3: tanto receita lucro líquido e margem caíram muito, mas ainda assim essa empresa faz milagre nesse segmento imobiliário.

RENDIMENTO DAS AÇÕES NO 1º TRIMESTRE: + 5,12%

O ano começou com um mês de janeiro bem animado com um rendimento de 10,76% na carteira. Mas após sucessivas quedas fechamos o trimestre nesse rendimento de 5,12%.

Destaque negativo para Ultrapar (UGPA3) com -13,91% no trimestre e positivo para Engie (EGIE3) com valorização de 24,77%.


RECOMPONDO A RENDA FIXA

Aproveitando o adiantamento do 13º salário, estou começando a recompor a carteira de títulos do tesouro aos poucos.


RENDIMENTO CRIPTOMOEDAS NO 1º TRIMESTRE: -1,05%

Após mais uma queda feroz de -22,07% no início do ano, parece estar ocorrendo algum tipo de turnaround. No acumulado fechamos em -1,05% e nem estou considerando a alta que vem ocorrendo nos últimos dias.

Destaque positivo para BTC que valorizou 7,20% e ADA que valorizou 64,71% no período (mas minha alocação é só de 2%) e como destaque negativo temos XRP com desvalorização de 15,50%.

A alta no BTC acaba por compensar as quedas de algumas criptomoedas na carteira pois no final o que vale é o que temos em reais lá.

domingo, 30 de dezembro de 2018

Carteira de Investimentos - Performance 2018 - Balanço do ano

Mais um ano de perseverança se encerra na vida do Zé Batalha. Segue o balanço e a nossa análise.

ANÁLISE DO CENÁRIO ATUAL

De uma forma geral, tenho uma perspectiva otimista sobre a economia brasileira nos próximos anos. Até porque depois de um longo período de recessão e uma recuperação tímida, 2019 parece ser o ano em que as coisas voltam a decolar. Chuto 3% de crescimento nesse ano. Taxa Selic tem grandes chances de se manter em 6,5% a.a. por conta da inflação estar sob controle.

Penso que o que pode comprometer a nossa economia são os riscos vindo do exterior onde ainda deve ocorrer alta dos juros americanos, reduzindo o fluxo de investimentos estrangeiros pra cá. Com a possibilidade de que o nível neutro de juros esteja se aproximando podemos ter o fim desse ciclo de aperto monetário no ano que vem.

No cenário internacional também temos o impasse do Reino Unido em relação ao Brexit e o déficit orçamentário italiano.

O novo governo deve trabalhar no sentido de aprovação de reformas, mas o timing para a execução delas é crucial. Às vezes se começa tentando fazer a coisa certo mas acaba indo tudo por água abaixo por questões externas, assim é a vida.

Como fator positivo a aparente trégua (será?) da guerra comercial entre China e EUA. Que caso não ocorra pode até beneficiar o Brasil em alguns setores, como por exemplo, no agronegócio.


VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL

Profissionalmente, esse ano serviu pra eu recuperar a motivação pela área de tecnologia no qual trabalho. Houve um tempo que eu estava desiludido, tentando até fazer concursos para outras áreas e assim mudar de profissão, mas nesses últimos anos várias coisas boas aconteceram que me fizeram mais feliz no meu trabalho.

O BatalhaMóvel quase me dá um prejuízo grande com um problema que surgiu no motor de partida, mas depois de duas tentativas, consegui gastar bem menos trocando somente as escovas, o que fez evitar uma possível despesa extra elevadíssima que poderia surgir.

Foi um ano de muita luta tanto para mim como para a Sra Batalha. Nossa filha nasceu e com isso tivemos a maior alegria de nossas vidas e ao mesmo tempo muito mais trabalho e despesas do que imaginávamos, mas que valeram demais a pena cada instante. Momentos como esse valem muito mais do que qualquer dica financeira que eu ou qualquer um possa te dar.

Tudo isso tem me feito repensar mais a minha vida, tanto como a pessoa que sou hoje e que preciso melhorar, assim como em relação a questão de poder dar o melhor que eu possa pra garantir um bom futuro, baseado principalmente em uma ótima educação para minha filha. Penso muito também em na ajuda frequente que preciso dar aos meus pais, que com a idade avançando precisam ainda mais de cuidados.

O que me dá ainda mais certeza que as batalhas serão ainda mais intensas e que só me resta intensificar a luta. Os próximos 10 anos serão decisivos para o futuro do Zé Batalha.

As batalhas do Zé estão só começando...

RENDIMENTO GERAL DA CARTEIRA FALCÃO: -2,05% NO ANO

O ano começou com uma performance muito boa mas terminou com um desempenho nominal bem mais baixo e se considerar a inflação, terminou num zero a zero, até porque lá pelo meio do ano vendi os títulos do tesouro para amortizar o financiamento imobiliário. O que ainda sustentou esse resultado foram os bons investimentos nos momentos em que havia uma parte relevante em renda fixa.

Isso deixa ainda a carteira muito desbalanceada com alta exposição em renda variável. Há uma forte necessidade de realocação de portfólio em TDs que só deve ocorrer após a venda do meu antigo imóvel, que é a única coisa que pode propiciar a retomada consistente dos aportes...


RENDIMENTO DA CARTEIRA DE RENDA VARIÁVEL - AÇÕES: -4,72% NO ANO

Os 2 primeiros meses foram muito bons mas depois tivemos um período de quedas de março a julho, assim como ocorreu também com o IBOV, mas meus papéis foram mais afetados o que acabou impactando muito o desempenho da carteira falcão de ações.

Foi um período em que vários papéis da minha carteira tiveram quedas acentuadas como ABEV, EZTC, GRND e alguns acabaram piorando ainda mais no último trimestre do ano como KROT e CIEL.

No final desse ano louco, somente o dinheiro das férias que sobrou foi o que serviu para rebalancear a carteira de ações com pequenas compras de papéis nesses momentos em que as ações estavam bem baratas, mas com fundamentos ainda ótimos.

Destaques positivos da carteira no ano:
1. ENGIE: +30%
2. ITUB: +27,76%
3. VALE: +27,25%

Destaques negativos da carteira no ano:
1. CIELO: -59,14%
2. KROTON: -50,62%
3. BRF: -40,08%


RENDIMENTO DA CARTEIRA DE CRIPTOMOEDAS: -80,42% NO ANO

Esse foi um ano desastroso para as criptomoedas, ou de muitos ajustes, alguns poderiam dizer também...

Como tenho uma meta de alocação de apenas 1% o impacto foi mínimo, mas impressiona quando vejo que os 7% que essas cripto ocupavam na carteira há 1 ano atrás caíram pra menos de 2%. BTC caiu 70%, ETH e XRP cerca de 85%. XLM 60% e ADA 87%, sendo que estas últimas eu entrei em abril com apenas 2% cada dentro da carteira de cripto.

Créditos: guiadobitcoin.com.br


POR FIM...

Carteira Falcão: +3,62%
Dólar: +16,94%
IBOV: +15,03%
Aplicações atreladas ao CDI: +6,37%

O desempenho do ano foi aquém do esperado, isso é fato. Mas para uma carteira com foco no longo prazo a verdade é que terei anos bons, como em 2016 e 2017, quando consegui cerca de 20% no ano, meu sonho, show. Terei também anos razoáveis como esse em que só cobri a inflação praticamente. E haverá anos ruins, como foram 2014 e 2015 em que tive perda. A verdade é que é humanamente impossível ganhar sempre.



Fica a dica do instagram do meu colega Renato que está com um projeto bem bacana de educação financeira: o Fique Rico Comigo.

Um FELIZ 2019 e ótimos investimentos a todos!

sábado, 30 de dezembro de 2017

Carteira de Investimentos Zé Batalha - Performance 2017 - E claro: Bitcoins...

Nessa postagem vou mostrar o desempenho da Carteira Zé Batalha neste ano, comparando com anos anteriores, além de futuras modificações que devem ocorrer na carteira.

RENDIMENTO GERAL DA CZB: 24,83% (NOMINAL) / 21,43% (REAL)

Falcão feliz com seus investimentos em 2017
ZB feliz com seus investimentos em 2017

RENDA VARIÁVEL - AÇÕES: 25,78%

O ano mais lindo da história da carteira do Zé Batalha. Lembrando que como a carteira é de longo prazo, faço questão de mostrar como foram os anos anteriores (que tinha alocações diferentes da atual):

  • 2016: 22,08% 
  • 2015: -14,63% 
  • 2014: -28,09% (Ano de aprendizado: eu ainda tinha uma carteira com elevada exposição em VALE, o que será explicado num post futuro
  • 2013: 7,40% (Comecei em maio deste ano)

Composição atual da carteira de ações: 
  • Alta alocação (7 a 8,5%): ITUB3 (Itaú), GRND3 (Grendene), ABEV3 (Ambev), WEGE3 (WEG), UGPA3 (Ultrapar), EZTC3 (Eztec), CIEL3 (Cielo)
  • Média alocação (5 a 6,5%): EGIE3 (Engie), BBSE3 (BB Seguridade), VALE3 (Vale), CVCB3 (CVC), BRFS3 (BRF)
  • Baixa alocação (4 e 4,5%): VLID3 (Valid), LEVE3 (Metal Leve)
  • Mínima alocação – “Aposta” (2,5%): RAIL3 (Rumo)

CVC terá seu percentual de alocação aumentado. VLID e BRFS terão suas alocações diminuídas, ou quem sabe até substituídas por outras, por estarem com fundamentos sob estado de alerta.
Em breve explicarei num futuro post o porquê de cada uma dessas posições com mais detalhes.


RENDA FIXA - TESOURO DIRETO: 12,41%

Ainda se beneficiando da queda da taxa de juros, obtivemos um ótimo rendimento, principalmente se comparado à inflação, que foi muito baixa este ano.

Anos anteriores:
  • 2016: 16,17%
  • 2015: 4,98%
  • 2014: 11,12% 
Composição atual da carteira de Renda Fixa: 
  • NTNB: 65%
  • Selic: 35%


PARECER DO ZÉ BATALHA SOBRE CRIPTOMOEDAS

Falcão atento com as criptomoedas
ZB atento com as criptomoedas

A CZB tem uma posição atual de 35% em RV e 65% em RF, mas após vários dias de muito estudo resolvi investir em criptomoedas. Seguindo os princípios de prudência, entrei com apenas 1% da carteira, divididos igualmente em Bitcoin (BTC), Etherium (ETH) e Ripple (XRP).

O "problema" é que esse valor que começou com 1% está 6 meses depois ocupando cerca de 7% da carteira! 

Esses são os rendimentos acumulados desde o final de julho até a data que escrevo essa postagem:
  • Bitcoins: 541%
  • Etherium: 243%
  • Ripple: 1168%
Rendimento acumulado total: 625,08%.

O caso do Ripple chega a ser assustador. Até o final do mês passado, ele era das 3 a que menos tinha valorizado. Esse valor multiplicou por 10 em menos de 1 mês!

Nesses mais de 5 anos de perseverança nos investimentos eu nunca passei por algo parecido. Aí fica minha dúvida atual, algo que vai ocupar minha a mente nos próximos dias:
1) Manter e considerar essa distorção da posição na minha carteira
2) Agir como um trader (algo que nunca fui) e realizar logo uma parte do que valorizou para investir na parte mais importante da minha carteira: Títulos do Tesouro e Ações e assim tentar rebalancear. 
3) Desconsiderar essa posição da carteira, comprando mais criptomoedas para apostar num futuro em que há mais bolsas negociando contratos futuros o que poderia levar a uma alta ainda maior.

A única coisa que consigo apostar hoje é que essa bolha vai estourar. E a meu ver, o maior estouro será o do bitcoin. Quanto ao momento que isso vai ocorrer é claro que eu não tenho a menor ideia.

Não posso recomendar compra ou venda. Não tenho menor ideia do que vai ocorrer. Se for entrar nessa entre com muito pouco, é a única coisa que eu poderia aconselhar: algo como 1 a 2% de sua carteira.

E nunca esqueça: A proposta da CZB é uma vitória no longo prazo.

Feliz 2018! Muita paz, saúde e realizações!
E ótimos investimentos também.