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sábado, 5 de outubro de 2019

Carteira Batalha - Setembro (+3,16%) | Acumulado 3T 2019 (+12,05%)

CENÁRIO ATUAL

Afrouxamento monetário segue forte tanto no Brasil como no mundo. Incrível como existem cerca de 13 trilhões de dólares pelo planeta alocados em ativos de rentabilidade zero ou negativa. Selic já tem grandes chances de ficar abaixo de 5% até o final do ano. A economia mundial desaquece e parece que o Brasil mais uma vez vai contra o ciclo...

Reforma da previdência desidratada no senado mas segue para aprovação até o final do mês, gerando uma economia de 800 bi. Dados do CAGED animam. Será que agora vai?

Ataque à refinaria na Arábia Saudita provocou efeitos menos prejudiciais do que o esperado no final das contas. Quanto a guerra comercial não perco mais tempo falando daqueles cornos. Já encheu o saco essa treta Trump x Xi Jinping. A cada rusga deles os ativos desabam por todo o mundo.


VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL

Continuo com academia zero por falta de foco e disciplina nesse aspecto. Mas futebol de 1 a 2x por semana, o que não resolve mas é o que gosto. E creio que tão cedo não devo mudar isso. Essa é minha vida.

No trabalho estamos vivendo momentos de incerteza que irão proporcionar meses (ou anos) intensos e emocionantes... rs. Ótimo momento para que todos revejam suas carteiras e reflitam sobre um plano B, C, D independente do que vier a acontecer.

Cenário micro-econômico Batalha: Próximo ano eu e a Sra Batalha teremos um considerável aumento de despesas pois a Batalha Filha vai começar seus estudos. Não abrimos mão de investir o melhor que pudermos dentro das nossas condições, é claro.

Já comecei a fazer o planejamento financeiro 2020. Austeridade se mantém bem sólida:
  • Ao renegociar a conta da Vivo obtive um ótimo desconto e reduzi mais uma vez a conta mensal, desta vez em R$33
  • Consegui baixar a conta de energia em R$50 (e creio que ainda pode ser mais): peguei a dica da sogrinha e comecei a desligar o gelagua toda noite, o que pra mim é tão simples quanto apagar as luzes. Ninguém acorda de madrugada aqui para beber água gelada. Eu esperava que a eficiência energética desses aparelhos fosse melhor.
  • Já faz um tempo que pensava em renegociar a minha tarifa bancária mensal. Sou cliente Van Gogh Santander, mas mesmo com o bom serviço prestado considero o valor de R$69,90 muito alto (e isso porque tenho um desconto de 50%). Liguei para o teleatendimento e para minha surpresa de pronto já estornaram os últimos 3 meses e isentaram a dos próximos 3. De qualquer forma terei que ir pessoalmente na agência para renegociar em definitivo.
Vamos agora para os resultados, lembrando que nunca menciono valores, somente performance.


RENDIMENTO CARTEIRA BATALHA - ACUMULADO 3º TRIMESTRE: +12,05%

Carteira Batalha brilhou muito neste último mês. Vencemos os índices de referência. O rendimento mensal de setembro ficou em 3,16%. No acumulado do ano até 30/9 obtivemos +12,05%. A correlação negativa da queda de juros com os ativos de renda variável explica em parte essa alta.


CZB chegando cada vez mais próximo da meta de alocação de ativos. 8 FIIs até o momento. Pretendo entrar em mais 2 até o fim do ano e assim fechar a meta de 10. Para chegar na meta de 12 ações devo me desfazer de uns 3 papéis assim que o momento for propício.

Do último trimestre pra cá consegui reduzir em 11% minha alocação em ações, aumentei em 5% a de FIIs e em 9% a de Tesouro Direto. Hoje: 66% em RV e 34% em RF:



TESOURO DIRETO - ACUMULADO 3º TRIMESTRE: +7,34% (início abril-2019)

Foi linda a última queda de juros. Proporcionou um ótimo rendimento nos títulos indexados ao IPCA. Conseguimos em TD 2,88% em setembro.


AÇÕES - ACUMULADO 3º TRIMESTRE: +14,16%

Depois dos -1,98% de agosto, o placar do mês de setembro: CZB-Ações +4,11%  x  +3,57% IBOV


FIIS - ACUMULADO 3º TRIMESTRE: +8,46% (início maio-2019)

É a espécie de ativos que mais tenho estudado neste ano com o objetivo de definir a carteira até o fim deste ano, como já falei. Placar do mês de setembro: CZB-FIIs +3,64%  x  +1,04% IFIX


CRIPTOMOEDAS - ACUMULADO 3º TRIMESTRE: +37,33%

O que eu tinha de estudar desse tipo de ativo foi em 2017. Praticamente nem olho muito mais. Só vai ter aporte quando a estratégia mandar: -7,83% em setembro


sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Apostas de turnaround da Carteira Batalha - Rumo (RAIL3) e OI (OIBR3)

O sonho de grande parte das pessoas que investem na bolsa de valores é acertar aquela "grande tacada". Comprar uma ação nas mínimas e levar ela ao topo. Algo como o maior caso de turnaround recente da nossa bolsa: Magazine Luiza (MGLU) -> uma ação que vale hoje cerca de R$35, chegou a valer R$0,12 em 14 de dezembro de 2015. Quase 300x de valorização!

Iphone x MGLU3

Será que vale a pena arriscar para tentar achar a próxima MGLU?

Esse tipo de investimento vai quase que contra tudo o que acredito, mas acho que pode valer a pena desde que não seja comprometido uma parcela muito grande do seu patrimônio nisso e que você estude muito bem o case antes de tomar qualquer atitude.

Investimentos de risco elevado só podem ser feitos num nível em que você possa tolerar as perdas, ou seja, colocar aquele dinheiro que se você perder o seu mundo não vai acabar.

Eu costumava colocar no máximo 5% do meu portfólio em "apostas", mas hoje em dia reduzi para 3% (criptomoedas também estão nessa classificação). Além disso, considero uma boa colocar entre 0,5% e 1% em cada ativo, conforme recomenda esse ótimo vídeo do Canal do Holder.

Se a aposta der certo, vem depois a decisão de continuar e se beneficiar do fato de ter virado um bom ativo, entrando assim na carteira de buy and hold, caso atenda aos critérios.


Rumo (RAIL3): Por que entrei nessa

De todos os papéis que tive até hoje, foi minha primeira aposta desse tipo. Admito que foi dica daquele barbudinho chato da Empiricus, durante o ano em que cheguei a assinar. Na verdade foi um amigo que me deu a dica. Li o relatório e comprei a ideia.

Eram mais de 20 páginas onde ele detalhava muito bem todo o case. Resumindo: somos muito dependentes da malha rodoviária para escoamento da produção agrícola. Sentimos isso na pele no impacto causado pela greve dos caminhoneiros em 2018.

Para crescer mais o Brasil precisa de uma melhor infraestrutura logística. 65% do transporte de mercadorias é feito pelo modal rodoviário, 26% ferroviário e 9% hidroviário. Há uma demanda não atendida e com isso uma enorme perspectiva de expansão.

Na época, setembro de 2016, o relatório prometia um ganho de 400% no melhor cenário e 90% no pior. 2 anos e 4 meses depois estou com um ganho de 225%. Na Carteira Batalha de ações ela só perde para Eztec, que está com um rendimento louco de 270% hoje.

Decola, tremzinho!

Um outro motivo pelo qual entrei: A empresa tem uma relação com o setor agrícola, que cresceu até mesmo durante esse tempo de crise. Eu gostaria de ter alguma exposição nesse setor, nem que fosse indiretamente.

Entrei em RAIL3 com cuidado colocando por meta na época apenas 2,5% da minha carteira de ações, mas diante da evolução da empresa, já estou projetando um bom aumento de participação na carteira.

Tem dado certo até então. Conseguiu seu primeiro trimestre de lucro desde 2012. Me impressiona também a quase unanimidade de gestores de fundos que acompanho que também estão comprados em Rumo.


OI (OIBR3): Por que entrar em algo tão ruim?

Antes de mais nada, gostaria de adiantar que essa é uma das piores empresas que eu já analisei em toda a minha vida. Procure no Google a história dela e você vai entender. Tudo de ruim que você possa imaginar ela já passou...

A ação já chegou a valer R$360 e a pouco tempo bateu cerca de R$0,70. Ah e não esqueça que está em recuperação judicial...

Entrei nela a R$0,80 (com um mínimo de capital, claro) pois ela já estão tão no fundo que mesmo que se acabe perderei algo que posso suportar. Mas por que ela entrou na CZB? Após várias pesquisas reuni algumas informações que me fizeram entrar nessa.



O ruim

Na verdade, o péssimo: a situação atual. Entra R$4,5 bi de caixa operacional/ano com saídas de R$7 bi. Prejuízo acumulado: R$11 bi.

O bom

Somente as perspectivas e possibilidades, que são várias:
  • Venda de participação na angolana Unitel = R$4 bi
  • Venda de torres + data center = R$650 mi
  • Venda de rede de fibra ótica = R$1 bi
  • Venda de imóveis = R$1 bi
  • Venda da Unitel = R$4 bi
  • Créditos ligados a PIS/Cofins = R$2 bi (com expectativa de mais R$1 bi)
  • Dedução de IR pode chegar a até R$ 3,7 bi
  • Aprovação do PLC 79 é o fator mais recente que pode ajudar a cotação a subir
Claro que muita coisa pode acontecer, inclusive nada… Há muita boataria que pode ser vendida pra TIM, alguma chinesa, até AT&T entrou na história...


E atenção - Disclaimer:

Mais do que nunca eu reforço que nada disso é recomendação de compra. É só a p*rra da minha opinião...


E fechando o mês de agosto...

A CZB teve um rendimento de -1,22% perdendo para o IBOV e seus -0,67%. No acumulado do ano temos um ganho de 8,62%. A CZB-Ações rendeu -1,98% e o acumulado do ano 9,66%.

domingo, 18 de agosto de 2019

Recessão global? Próxima grande crise?

Esta última semana foi de muita tensão nos mercados como há muito não se via: China e Alemanha (o motor da Europa) em desaceleração, seguindo o caminho de outras economias relevantes do velho continente, como Itália e Reino Unido; Estados Unidos com curva de juros indicando recessão; e com tudo isso o IBOV voltou pra menos de 100K...



Uma das coisas mais bacanas que li na blogosfera financeira ultimamente foi:

"Estude crashes passados: Com sua carteira atual, tente simular o que teria acontecido no pior momento da economia nos últimos tempos. Simule qual o valor da sua carteira no pior momento e o que isto teria significado para você."

Seguindo o conselho vou tentar simular uma crise como a de 2008 -> a bolsa no Brasil caiu 50% em 6 meses e demorou 16 meses para voltar ao patamar, mas depois ainda caiu 50% até 2015.

Na minha simulação a Carteira Batalha de Ações perde metade do seu valor também. A queda na carteira como um todo seria hoje de 27,40%. A diversificação em outros ativos acaba protegendo a carteira de uma queda maior. Penso que haveria uma grande alta nas criptomoedas em um cenário desses, o que reduziria minhas perdas, mas considerei um cenário menos otimista.

O rendimento é calculado com a marcação a mercado, mas eu não venderia nada, ao contrário: eu compraria barato. Isso faz reduzir meu preço médio nos papéis e aumentar os ganhos no longo prazo.

Essa é a grande vantagem dessa estratégia. Não fico esquentando a cabeça tentando achar os melhores momentos de entrada e de saída de um papel colado num home broker. Análise técnica está aí pra isso, mas não é para todos. Conhecendo meu perfil vejo que também não é para mim... 

Quando eu venderia? Num cenário de desastre na minha vida em que eu precisasse de muito dinheiro e as minhas reservas em renda fixa ou possíveis empréstimos não fossem suficientes. Que Deus me livre que isso ocorra pois aí sim eu estaria relegado à sorte de um bom momento do mercado.


Qual o impacto até o momento?

Neste mês de agosto até esta última sexta 16/8 a CZB-Ações caiu 3,08% e o IBOV caiu 2,27%.

Nessas horas penso que deveria colocar um disclaimer sobre os resultados percentuais da Carteira Batalha, pois na verdade essa medição de rentabilidade de período não serve de muita coisa. Eu não sou gestor de carteiras pra precisar ter um bom track record...

É divertido, acho legal registrar pra comparar com outros índices. Há uma utilidade de ver como a carteira se comporta, mas no final o que vai fazer mesmo a diferença é o aporte e uma carteira bem diversificada com bons ativos no longo prazo.