Neste post traremos os resultados da Carteira Zé Batalha neste primeiro semestre de 2025 e as tradicionais análises do cenário conforme a Escola ZB de Economia.
BRASIL
A questão fiscal segue como algo difícil a se resolver. Selic parece estar num fim de ciclo, em um nível altíssimo de 15% que tem mais espaço para cair do que para subir. Bolsa BR atingindo topos históricos, mas faz um bom tempo que é considerada barata. Se juros tendem a cair, ações e FIIs sobem.
Dito isso, acho que estamos num momento raro em que tanto RF como RV estão convidativos para aporte.
Um dos maiores riscos segue sendo o geopolítico. O mundo segue repleto de conflitos, além de alguma loucura que venha do Trump.
Escrevi isso antes dos 50% que ele tacou nos peitos do Brasil, algo que se realmente for confirmado, pode aumentar a inflação por um lado e fazer a economia desacelerar por outro. Analisando o histórico de Trump, no final essas tarifas altíssimas nunca se confirmam, mas tem grandes chances de ficarem maiores do que eram antes.
USA
Nota de crédito sendo rebaixada. Expectativas de piora da situação fiscal com a big beautiful bill fazem o dólar desvalorizar em relação ao mundo por conta do esperado aumento da dívida. Ainda assim, não dá pra ficar sem parte da carteira dolarizada. Pretendo falar mais sobre isso em um próximo post.
RESULTADO CZB - 1º semestre 2025: +5,23%
Resultados no período: CZB-Ações venceu IBOV: +19,65% vs +15,44% | CZB-FIIs venceu IFIX: +12,82% vs +11,79% | CZB USA (em R$): -8,08% | Criptomoedas: -10,94% | RF: +3,46% (menos que o esperado por conta do imposto aplicado no resgate de vários TD Selic em março)
Muita satisfação de ver 3 ações da CZB no TOP 10 do primeiro semestre no IBOV: (1º) Cogna (COGN3): +164,78%; (4º) CVC (CVCB3): +73,91%; (6º) Lojas Renner (LREN3): +64,82%. Insisti por um bom tempo nessas 2 primeiras e agora parece ser finalmente a hora da virada. Só resta aguardar.
Com as recentes valorizações nos ativos de RV, estou com um "problema" interessante de ter dificuldade de chegar na meta atual de 45% de RF. Esta chegou perto de 42% em março, mas voltamos agora pra faixa dos 40%.
MOVIMENTAÇÕES NA CZB
GOOGLE volta a ser a maior meta de alocação da CZB USA
Venho aumentado minha posição em GOOGL nos últimos meses. A companhia superou tudo no 1T25: receita, lucro, margem, EPS, etc. Lidera e tem tudo pra vencer a corrida das IAs. Além de iniciar o aumento de 5% anual nos dividendos, autorizou recompra de $70 BI. O último aporte que tinha feito nela foi em 09/2022.
A Microsoft é um player forte (que também temos na CZB), mas em termos de IA: tem um Copilot estagnado; suas melhores IAs em maioria são terceirizadas (só tem o Phy próprio); Open AI com divórcio em andamento.
Enquanto isso o Google segue cada dia mais dominante, aproveitando bastante os vários serviços que seus usuários já usam. Ainda pesa a favor que GOOGL está um pouco mais distante da máxima historica do que a as outras big techs e negocia a melhores múltiplos.
Semanas atrás percebi também que Microsoft, TSM e Meta ou bateram ou encostaram nas máximas históricas. Que bom ter comprado lá atrás no preço + gostoso. Disney, KO e Amazon também num momento parecido.
Adeus OI
Finalmente me livrei dessa desgraça. O call de turnaround nesta ação era a modinha na época. Entrei em alguns que deu certo (RAIL3, por exemplo), mas OIBR3 foi terrível.
Vendi o papel por R$0,64, com um PM de R$33,25. Ou seja, uma perda de -98,08%. Não sofro tanto pois perdi apenas 0,3% do meu patrimônio. Não se aposta mais do que isso nesse tipo de coisa e eu tinha essa consciência do risco quando entrei.
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| "Admiro" quem deu all in nisso aqui... |
Contudo, fico pensando em vários que chegaram a colocar 90% do patrimônio nisso... loucura.
Vale lembrar como entrei nessa em 2019, chegando a achar que poderia ser a próxima Magalu (risos e risos)
Outras movimentações
Segui comprando FIIs abaixo do VP. Iniciei alocação tática em ARGT (a ser explicado em um outro post). Neste período também tivemos a entrada em TSM com venda de VGK e IEMG, já falada neste post.
Quase que a totalidade dos aportes provenientes de recursos próprios foram em RF. Quanto aos proventos recebidos sigo aportando em RV.
Breve Análise: Indústria Bélica e Cibersegurança
Membros da OTAN terão que aumentar pra 5% do PIB seus gastos com defesa, incluindo cibersegurança. "O novo objetivo inclui 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para defesa central e 1,5% para investimentos relacionados, como infraestrutura e cibersegurança”
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| Cara de quem vai ter que coçar os bolsos |
Com isso, creio que companhias ligadas a indústria bélica e cibersegurança (e este último independente disso) só tendem a valorizar ainda mais.
Não estou com saco de estudar novos cases, mas se eu fosse fazer seria nessas áreas. A maioria desses países não gasta nem 2% do PIB. Vão mais que dobrar o gasto. Fica a dica pra quem quiser correr atrás.
POR FIM...
Para a próxima metade do ano, sigo otimista, com fé que que a CZB atinja metas importantes. Da minha parte vou fazendo os aportes que dá.
Os aportes desse ano foram reduzidos, pois priorizei viagens com a família já realizadas e/ou planejadas até o fim do ano, momentos que ficam pra vida toda, que a minha condição graças a Deus tem permitido e que eu não pretendo abrir mão. Só se vive uma vez.
