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sábado, 29 de janeiro de 2022

Tentando ser otimista em 2022

Estava revendo o meu post anterior, entre outros. Percebi que apesar de eu tentar ser realista ao escrever, falando só de inflação, crises, crashs e outras tretas, acho que dá pra tentar ser mais otimista, algo que na verdade sempre procuro ser.


O FUTURO DO BRASIL

Certa vez escutei algo que guardo até hoje: "A gente deveria olhar o brasil como um filme, não como uma fotografia". Houve muitos avanços nas últimas décadas, mas realmente há muito por fazer ainda. E exatamente por isso há mais espaço para crescer. Nos USA já está quase tudo feito por assim dizer...

Sobre o que vai ser do Brasil, independente de quem vença as eleições, me lembrei do que escutei em um podcast recentemente: "Nem Suíça nem Venezuela, continuaremos sendo Brasil". 

Já houve momentos recentes da nossa história em que o mercado precificou muito mal certos candidatos que depois de eleitos não causaram tanto mal como se esperava, pelo contrário, a maioria das coisas até melhorou, inclusive a bolsa.

Se ocorreu uma vez, PODE vir a ocorrer de novo.

BOLSA AMERICANA CAINDO SEMPRE ARRASTA A BRASILEIRA JUNTO?

Eu já afirmei isso com tanta certeza, por tantas vezes, inclusive no último post. Mas a verdade é que isso não é uma ciência exata.

Basta ver como o ano começou. 

Muitos falaram que o fluxo estrangeiro buscando ativos baratos poderia atrair capital para a nossa bolsa e com isso puxar pra cima ações locais. E isso está acontecendo nesse momento. Até convite da OCDE o Brasil recebeu.

O mercado americano parece sofrer uma correção, já que se valorizou muito mais que o brasileiro nesses últimos anos. Há um fluxo direcionado para mercados emergentes em geral, e com isso a bolsa brasileira vem subindo quase 8% no ano no momento em que escrevo.

Vejam só o mês de janeiro: S&P caindo e IBOV subindo. Para quem está comprado em ativos brasileiros isso pode ser um bom sinal.

Basta o IBOV subir um pouco que a gente fica assim...

Mas até quando dura essa alta? Penso que até o mercado começar a surtar por conta de notícias relacionadas a eleição. Claro que não sabemos como vai ser até o final do ano, mas essa alta já vem chamado a atenção de muita gente.

RENDA VARIÁVEL CONTINUA NA CZB É CLARO

No post passado fal algo que deve ter ficado mal interpretado. Eu não tento perder muito tempo para adivinhar o futuro. Tento sim seguir o meu plano.

O motivo de eu estar priorizando aportes em RF não é por ter desistido da RV. É pelo fato de eu querer bater minha meta de alocação 35% de RF / 65% de RV, pois esse é meu plano atual. Hoje está em 31%/69%. Se a RF subir mais que a RV talvez nem precise aportar tanto. 

O COMEÇO DO FIM DA PANDEMIA?

O avanço da vacinação somado a agressividade no contágio da Omicron no sentido de que pode apressar uma possível imunidade de rebanho PODE representar o começo do fim da pandemia, se não surgirem variantes mais perigosas. 

Isso é bom pra retomada completa da economia mas MUITO melhor para reduzir a mortalidade dessa terrível pandemia.

E independente de como vão ficar os investimentos é o que eu realmente mais desejo é que o fim da pandemia esteja cada dia mais próximo.

sábado, 8 de janeiro de 2022

Batalhanomics - Finanças e Economia - Resultados 2021 (CZB +3,5%) - Expectativa 2022

TRETAS MUNDIAIS

O FED passou um bom tempo declarando que a inflação seria temporária, mas finalmente admitiu que é menos transitória do que se esperava. Os preços continuaram subindo.

O que causou isso: escassez e atrasos de suprimentos relacionada à pandemia e escassez de mão de obra somados à demanda crescente do consumidor. O mundo parou e o processo de reabertura ainda se mostra difícil.

Situação parecida ocorreu na Segunda Guerra Mundial. Mas uma hora as cadeias de suprimentos e a vida voltou a algo mais próximo da normalidade, aí a inflação voltou a ceder a níveis mais “normais”. 

Voltando ao nosso tempo, a Evergrande suscitou incertezas de até quando dura esse modelo econômico chinês, ainda mais quando vemos que lá tem apartamentos vazios suficientes para a população da Alemanha. O setor de construção civil responde por cerca de 25% do PIB chinês. Impacto mundial é enorme pois a China tem puxado o crescimento do mundo. 

EXPECTATIVA 2022

Começando 2022 no Brasil e expectativas

Sobre previsões há um grande filósofo da região que fala exatamente o que penso. Quem quiser conhecer confira o vídeo apenas para ver o que ele diz em 2:48.

Quando seria essa volta da normalidade? Fica mais difícil ainda prever com a ameaça da Omicron. O problema pode se agravar se ocorrer mais uma quebra da cadeia produtiva. Os Bancos Centrais seguirão no desafio de aumentar juros para conter a inflação sem retrair o consumo.

Há quem ache que o câmbio pode estar já bem esticado, que o risco-retorno para o Brasil pode ser mais favorável por conta disso e que a bolsa já caiu demais, mas eu não compro essa ideia. Como já falei nesse post é ano de eleição, então o bicho vai pegar. Volatilidade vai ser braba. 

Penso que declarações populistas de candidatos loucos pra vencer (e serão muitas) farão o cenário fiscal se deteriorar ainda mais e com isso a renda variável deve ir junto. 

Gastos com auxílios subiram de R$36bi pra R$100bi por ano. O que o governo dá com uma mão a alta do dólar provocada pela incerteza fiscal deve tirar com a outra, pois isso faz a inflação subir ainda mais.

O que há de mais certo é o plano do FED. A ata do FOMC veio mais dura e convicta da alta de juros esse ano e o fim do tapering. A redução dos estímulos será bem mais forte e ainda com 3 altas de juros previstas, terminando em 1% no final do ano.

No pior caso as seguidas altas de juros nos USA podem fazer nosso cambio depreciar ainda mais forçando uma alta maior da Selic. 

A bolsa brasileira fechou o ano em queda forte enquanto lá fora o mercado rompia máximas. Avalie o que pode ocorrer aqui se a bolsa lá fora cair, o que pode muito bem ocorrer com essa alta de juros. Qualquer espirro lá fora tende a causar uma pneumonia aqui. 

E A NOSSA SITUAÇÃO COMO FICA

EUA exportam essa inflação para o mundo todo e por isso o Brasil também não escapa. Juros devem seguir aumentando para combater a inflação.

O que mais impressiona é que mesmo com um carrego atual de 9,25% de juros BR (e crescendo) contra 0,25% US o dólar nem assim está baixando. 

No momento juros curtos estão mais altos que os longos. Praticamente todas as escolas de economia que se prezem defendem a teoria que quando isso ocorre é sinal de início de retração da economia. O profissional Kobori explica bem pra caramba isso. Em resumo é uma quebra da hipótese da preferência da liquidez que diz que o normal é que quanto maior o prazo maior o risco.

Por tudo isso acho difícil o país crescer tanto como muitos pregam. Mas se tem uma coisa que essa pandemia mostrou foram as exceções mais loucas possíveis. Só resta aguardar.

E para lascar mais ainda o peão vemos cada vez mais comuns os casos de "reduflação".


CARTEIRA ZÉ BATALHA

Zé Batalha aguentando mais um ano de sola na carteira. Vem tranquilo.

CZB sofreu com um rendimento pífio de +3,5% obtido (não muito diferente de 2020) e isso graças a parte dolarizada da carteira e as cripto. Perdendo feio pra inflação que deve passar dos 10%. O que me consola é que não estou só nessa. Até muitos gestores profissionais levaram uma surra esse ano. 

CZB-Ações: -16,72% (IBOV -11,93%); CZB-FIIs -6,19% (IFIX -2,29%); CZB-Cripto +196,90% (BTC +74,38%); CZB-USA +36,01% (28,7% S&P); CZB-RF +4,5%.

Mas foi um incrível ano de proventos, o melhor da história da carteira.

Os FIIs da CZB tiveram um novembro terrível (-5,76%) mas um dos melhores dezembros da história (+11,07%).

No final do ano passado vendi 20% do que tinha em cripto, algo raro pra mim que não costumo realizar posições. Segui o plano que citei nesse post. Cada real que investi desde 2017 virou R$20. Então embolsei R$4 de forma que já garanto um lucro caso um dia eu perca essas cripto ou ocorra algum crash louco.

Vemos que hoje o bitcoin não tem mais aquela descorrelação antes imaginada com os ativos financeiros tradicionais porque ele já meio que faz parte desse mundo também, ainda mais com os fundos liberados pela SEC no ano passado.

Por fim, batendo papo com o gestor da CPM peguei ideias para otimizar a administração da carteira. Aderi ao StatusInvest e migrei as planilhas relevantes para as nuvens do Google e Microsoft. Perdia tempo demais com isso no fechamento de cada mês.

PLANOS PARA A CZB EM 2022

Aportar ainda mais forte em RF. Acho que pelo menos uns 70% da grana que sobrar pro aporte tem que ir pra ela. TD-IPCA está pagando cerca de 5% ao ano + inflação se levar até 2026, o que daria 15% agora. Em algum momento a inflação deve desacelerar e a expectativa de juros deve começar a cair. Se a situação piorar é só segurar até o vencimento.

O bom da RF é que dá menos trabalho. Em vários casos não precisa saber se está barato ou se preocupar em vender na alta como ocorre na RV. Não é preciso gastar tanto tempo caçando ativos.

Aportes em RV devem continuar na CZB mas serão inferiores aos da RF pelo fato de eu não encontrar opções boas o suficiente. Pretendo continuar aportando em FIIs aproveitando os proventos que vão caindo na conta. 


Numa live recente dos mestres Baroni e Bacci, eles trataram de algo que me fez pensar e reforçar ainda essa ideia. Há vários bons FIIs que no meio da pandemia não obtiveram nem a correção do IGPM nesse período de forma que se ele era R$100 há 3 anos atrás e agora continua R$100 ele deve estar uns 50% mais barato.


FELIZ 2022 A TODOS! MUITA SAÚDE PRINCIPALMENTE!