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terça-feira, 23 de abril de 2019

1º Trimestre 2019 - 40 anos de idade e 10 de educação financeira

A postagem de hoje trata do primeiro trimestre de 2019 do Zé Batalha

ANÁLISE DO CENÁRIO ATUAL

Guerra comercial EUA/China parece começar a se resolver. IBOV oscila de acordo com qualquer espirro que derem relacionado à reforma da previdência. Christine Lagard e FMI acham que o mundo vai crescer menos. Possibilidade de recessão mundial compromete as expectativas internas. Na Europa, incertezas maiores por conta das indefinições do Brexit. Nos EUA, FED sinaliza manutenção de juros.


VIDA PESSOAL

Cheguei aos 4.0 e talvez nunca tenha refletido tanto sobre a idade que graças a Deus atingi. Por ter uma filha passei a me preocupar ainda mais com o meu futuro e a minha capacidade de prover uma vida digna a ela.

Batalha 4.0. Vem tranquilo.
Os desafios que estão por vir. Zé Batalha 4.0: -Vem tranquilo.

Um dia parei pra pensar como cheguei aqui. Então lembrei que só em 2009, com 30 anos, comecei a me organizar financeiramente. Seria ótimo se o fizesse mais cedo, mas nunca é tarde para mudar pra melhor.

Tudo ocorreu logo após uma viagem de férias para Europa em que gastei muito além dos meus padrões, mas que sinceramente não me arrependo, pois foi um divisor de águas na minha vida. Me serviu para abrir mais a minha mente.

De 2009 para cá foram muito erros cometidos e aprendizados. O que mais me faz refletir é o quanto eu aprendi MUITO com o Batalha Pai neste aspecto. A minha mãe teve uma importância fundamental na minha vida, mas em termos de educação financeira foi com ele que mais aprendi.

Lembro do quanto ele insistia em relação ao fato de eu não conseguir guardar dinheiro. Pelo mesmo motivo que tento explicar (quando me pedem) para os colegas hoje em dia: eu sabia o valor do meu salário, mas não tinha noção do quanto gastava por mês e por consequência não tinha noção se sobrava algo para investir.

Ainda longe do ideal, mas me anima ao ver muita gente jovem com esse pensamento hoje em dia no Brasil. Quem sabe a gente tenha no futuro uma geração um pouco mais consciente neste quesito.


RENDIMENTO DA CARTEIRA BATALHA NO 1º TRIMESTRE: +4,51%

IBOV: 8,56%
IFIX: 5,57%
Carteira Batalha: +4,51%
Selic: 1,51%
Poupança: 1,05%
Dólar: 0,57%

Abril é o mês mais importante em termos de definições da CZB (Carteira Zé Batalha) de renda variável. Nessa época são liberados os balanços anuais das empresas. Minhas decisões de alocação mais relevantes são feitas mais nestes momentos e bem menos nos trimestrais.

Após refletir sobre algo que adiantei no último post resolvi fazer uma realocação agressiva da carteira de RV.

Decidi que meu objetivo agora é focar em concentrar mais a carteira (não só de RV) em ativos de ótima qualidade e menos na diversificação, diferente do que fiz no começo. Penso em colocar 90% no mínimo em bons/ótimos ativos.

O restante eu posso arriscar em apostas, cripto, turnaround, etc... O que tenho de "pior" em RV hoje (BRFS3, VLID3 e RAIL3) está ocupando uma meta de 8%. Por sinal essas 3 merecem ser tratadas num post futuro.

lyanna mormont na fúria
Zé Batalha, onde estava com a cabeça quando comprou VLID e BRFS?
Então darei mais peso a ativos top como WEGE e ITUB e reduzirei muito mais os que não vem tendo bons resultados, tais como os supracitados. Tenho cogitado também a possibilidade de me livrar de alguns ativos estagnados pra adquirir algum nível top...

Realocação de carteira:
  • Alocação AUMENTADA:
    • EGIE3: resultados excelentes: aumento de receita e lucro líquido. Houve um aumento na divida/EBITDA, mas ainda sustentável tendo em vista os vários projetos em uma empresa muito bem administrada e que cresce muito. Foi o maior aumento de alocação na carteira.
    • WEGE3: incrivelmente consegue resultados melhores a cada ano. Alcei ela ao topo juntamente com ITUB3 no rol das empresas com maior participação na carteira.
    • ITUB3: Resultados excelentes e pra completar teve uma grande distribuição de dividendos
  • Alocação REDUZIDA:
    • CIEL3: reduzi mas não foi pela queda de cotação. Tem queimado margem. No guidance dela esse lucro vai cair de 3,5 para 2,3BI. Mas está se mexendo, como mencionei nesse post. Pela cotação ter caído muito foi a que mais fiz aportes nos últimos 12 meses
    • UGPA3: caindo lucros e margem e aumentando a divida/EBITDA. Só receita aumentando.
    • BBSE3: resultados piores: caiu muito o PL e lucro liquido. Ótimo payout de 120%. 
    • LEVE3: 7 anos de receita estacionada. Nos 2 últimos anos o lucro melhorou mas não muito.
    • KROT3: aumentou brutalmente a divida para aquisição da Somos e com debentures. Receita e PL estável, lucro caiu 30%.
  • Alocação MANTIDA:
    • VALE3: resultado excelente. Lucro líquido aumentou na casa dos 30%. Colhe frutos da reestruturação de Carajás, o mais moderno projeto de mineração do mundo. Dívida caindo bastante mas as incertezas dos processos judiciais por conta da tragédia de Brumadinho podem causar impacto negativo
    • EZTC3: tanto receita lucro líquido e margem caíram muito, mas ainda assim essa empresa faz milagre nesse segmento imobiliário.

RENDIMENTO DAS AÇÕES NO 1º TRIMESTRE: + 5,12%

O ano começou com um mês de janeiro bem animado com um rendimento de 10,76% na carteira. Mas após sucessivas quedas fechamos o trimestre nesse rendimento de 5,12%.

Destaque negativo para Ultrapar (UGPA3) com -13,91% no trimestre e positivo para Engie (EGIE3) com valorização de 24,77%.


RECOMPONDO A RENDA FIXA

Aproveitando o adiantamento do 13º salário, estou começando a recompor a carteira de títulos do tesouro aos poucos.


RENDIMENTO CRIPTOMOEDAS NO 1º TRIMESTRE: -1,05%

Após mais uma queda feroz de -22,07% no início do ano, parece estar ocorrendo algum tipo de turnaround. No acumulado fechamos em -1,05% e nem estou considerando a alta que vem ocorrendo nos últimos dias.

Destaque positivo para BTC que valorizou 7,20% e ADA que valorizou 64,71% no período (mas minha alocação é só de 2%) e como destaque negativo temos XRP com desvalorização de 15,50%.

A alta no BTC acaba por compensar as quedas de algumas criptomoedas na carteira pois no final o que vale é o que temos em reais lá.