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domingo, 30 de dezembro de 2018

Carteira de Investimentos - Performance 2018 - Balanço do ano

Mais um ano de perseverança se encerra na vida do Zé Batalha. Segue o balanço e a nossa análise.

ANÁLISE DO CENÁRIO ATUAL

De uma forma geral, tenho uma perspectiva otimista sobre a economia brasileira nos próximos anos. Até porque depois de um longo período de recessão e uma recuperação tímida, 2019 parece ser o ano em que as coisas voltam a decolar. Chuto 3% de crescimento nesse ano. Taxa Selic tem grandes chances de se manter em 6,5% a.a. por conta da inflação estar sob controle.

Penso que o que pode comprometer a nossa economia são os riscos vindo do exterior onde ainda deve ocorrer alta dos juros americanos, reduzindo o fluxo de investimentos estrangeiros pra cá. Com a possibilidade de que o nível neutro de juros esteja se aproximando podemos ter o fim desse ciclo de aperto monetário no ano que vem.

No cenário internacional também temos o impasse do Reino Unido em relação ao Brexit e o déficit orçamentário italiano.

O novo governo deve trabalhar no sentido de aprovação de reformas, mas o timing para a execução delas é crucial. Às vezes se começa tentando fazer a coisa certo mas acaba indo tudo por água abaixo por questões externas, assim é a vida.

Como fator positivo a aparente trégua (será?) da guerra comercial entre China e EUA. Que caso não ocorra pode até beneficiar o Brasil em alguns setores, como por exemplo, no agronegócio.


VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL

Profissionalmente, esse ano serviu pra eu recuperar a motivação pela área de tecnologia no qual trabalho. Houve um tempo que eu estava desiludido, tentando até fazer concursos para outras áreas e assim mudar de profissão, mas nesses últimos anos várias coisas boas aconteceram que me fizeram mais feliz no meu trabalho.

O BatalhaMóvel quase me dá um prejuízo grande com um problema que surgiu no motor de partida, mas depois de duas tentativas, consegui gastar bem menos trocando somente as escovas, o que fez evitar uma possível despesa extra elevadíssima que poderia surgir.

Foi um ano de muita luta tanto para mim como para a Sra Batalha. Nossa filha nasceu e com isso tivemos a maior alegria de nossas vidas e ao mesmo tempo muito mais trabalho e despesas do que imaginávamos, mas que valeram demais a pena cada instante. Momentos como esse valem muito mais do que qualquer dica financeira que eu ou qualquer um possa te dar.

Tudo isso tem me feito repensar mais a minha vida, tanto como a pessoa que sou hoje e que preciso melhorar, assim como em relação a questão de poder dar o melhor que eu possa pra garantir um bom futuro, baseado principalmente em uma ótima educação para minha filha. Penso muito também em na ajuda frequente que preciso dar aos meus pais, que com a idade avançando precisam ainda mais de cuidados.

O que me dá ainda mais certeza que as batalhas serão ainda mais intensas e que só me resta intensificar a luta. Os próximos 10 anos serão decisivos para o futuro do Zé Batalha.

As batalhas do Zé estão só começando...

RENDIMENTO GERAL DA CARTEIRA FALCÃO: -2,05% NO ANO

O ano começou com uma performance muito boa mas terminou com um desempenho nominal bem mais baixo e se considerar a inflação, terminou num zero a zero, até porque lá pelo meio do ano vendi os títulos do tesouro para amortizar o financiamento imobiliário. O que ainda sustentou esse resultado foram os bons investimentos nos momentos em que havia uma parte relevante em renda fixa.

Isso deixa ainda a carteira muito desbalanceada com alta exposição em renda variável. Há uma forte necessidade de realocação de portfólio em TDs que só deve ocorrer após a venda do meu antigo imóvel, que é a única coisa que pode propiciar a retomada consistente dos aportes...


RENDIMENTO DA CARTEIRA DE RENDA VARIÁVEL - AÇÕES: -4,72% NO ANO

Os 2 primeiros meses foram muito bons mas depois tivemos um período de quedas de março a julho, assim como ocorreu também com o IBOV, mas meus papéis foram mais afetados o que acabou impactando muito o desempenho da carteira falcão de ações.

Foi um período em que vários papéis da minha carteira tiveram quedas acentuadas como ABEV, EZTC, GRND e alguns acabaram piorando ainda mais no último trimestre do ano como KROT e CIEL.

No final desse ano louco, somente o dinheiro das férias que sobrou foi o que serviu para rebalancear a carteira de ações com pequenas compras de papéis nesses momentos em que as ações estavam bem baratas, mas com fundamentos ainda ótimos.

Destaques positivos da carteira no ano:
1. ENGIE: +30%
2. ITUB: +27,76%
3. VALE: +27,25%

Destaques negativos da carteira no ano:
1. CIELO: -59,14%
2. KROTON: -50,62%
3. BRF: -40,08%


RENDIMENTO DA CARTEIRA DE CRIPTOMOEDAS: -80,42% NO ANO

Esse foi um ano desastroso para as criptomoedas, ou de muitos ajustes, alguns poderiam dizer também...

Como tenho uma meta de alocação de apenas 1% o impacto foi mínimo, mas impressiona quando vejo que os 7% que essas cripto ocupavam na carteira há 1 ano atrás caíram pra menos de 2%. BTC caiu 70%, ETH e XRP cerca de 85%. XLM 60% e ADA 87%, sendo que estas últimas eu entrei em abril com apenas 2% cada dentro da carteira de cripto.

Créditos: guiadobitcoin.com.br


POR FIM...

Carteira Falcão: +3,62%
Dólar: +16,94%
IBOV: +15,03%
Aplicações atreladas ao CDI: +6,37%

O desempenho do ano foi aquém do esperado, isso é fato. Mas para uma carteira com foco no longo prazo a verdade é que terei anos bons, como em 2016 e 2017, quando consegui cerca de 20% no ano, meu sonho, show. Terei também anos razoáveis como esse em que só cobri a inflação praticamente. E haverá anos ruins, como foram 2014 e 2015 em que tive perda. A verdade é que é humanamente impossível ganhar sempre.



Fica a dica do instagram do meu colega Renato que está com um projeto bem bacana de educação financeira: o Fique Rico Comigo.

Um FELIZ 2019 e ótimos investimentos a todos!

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

CIELO e a "luz no fim do túnel"


As últimas semanas foram povoadas de notícias ruins sobre a Cielo. Notícias como esta, de 29/11/2018, merecem ser registradas para lembrar num futuro: Cielo: Há uma pequena luz no fim do túnel, dizem analistasAntes disso o Credit Suisse chegou a dizer que não havia luz no túnel para essa empresa. 

Mas olha os fundamentos desta empresa (fonte: https://eduardocavalcanti.com):



Receitas crescentes, Dívida/EBITDA sob controle, apenas uma pequena queda no EBITDA e lucro líquido recente. Eu não vou me admirar se depois de um ano ela tenha recuperado tudo o que perdeu na cotação.


Os motivos de pânico para queda da cotação são conhecidos: concorrência chegando forte, perda de market share, questionamento sobre o futuro das maquininhas, etc.


Eu costumo dizer que o legal de fazer previsões é que uma hora você acerta, mas acho que essa aqui me parece mais uma em que o mercado precifica na ação uma piora muito exagerada. E muitos vão pular fora da Cielo e vender no prejuízo seguindo essas notícias, como é muito comum ocorrer.


Toda vez que vejo essa euforia da sardinhada de pular fora de ações, lembro desses gráficos (créditos: Bastter):


RADL...
VALE...
Isso não quer dizer que eu garanta que a Cielo vai crescer como aconteceu com Raia Drogasil e Vale. Só explica a quantidade de noticias ruins que fazem as pessoas vender no desespero mesmo empresas com ótimos fundamentos, justamente o fato ao qual o investidor holder deve se ater. 

Cielo pode cair ainda mais? Claro. Mas como você evita o pior? Com diversificação. 

Apesar disso pouco importar pra quem foca em fundamento (tanto que o pouco de dinheiro que me sobrou no último mês eu aportei nela), o que explica essa queda na cotação? Vou tentar passar a minha visão.

Análise do momento de CIELO by Zé Batalha

Na Carteira Falcão de ações do Zé Batalha temos a premissa de ser sócio de boas empresas enquanto elas forem boas e tiverem boas perspectivas, não no curto, mas no longo prazo.

Cielo, Redecard e Getnet são as maiores do segmento. Cielo já teve 50% de market share e perdeu um pouco mas ainda assim é líder disparada e tem como baixar suas margens, muito mais do que as suas concorrentes, por sinal.

Muitos falam do risco tecnológico das maquininhas se acabarem mas a empresa está muito bem posicionada.

Há um risco regulatório por conta de estudos do BC em andamento que pretende adotar regulações no setor como por exemplo: operação P2P na modalidade débito. Pagamento em débito com o cartão seria efetivado como um TED ou DOC entre contas correntes, com isso as taxas nas operações bancárias e adquirência seriam zeradas, o que eliminaria essa receita da Cielo.

A Cielo é uma empresa focada em tecnologia que vai precisar se reinventar. A questão é que ela passou sua vida toda fazendo isso e vem testando e se preparando para futuros cenários em que as transações não passem por suas maquininhas.

Eu ainda boto muita fé nessa empresa, não à toa é uma das que tem maior participação na carteira.

sábado, 10 de novembro de 2018

Como reduzi R$100 nas contas mensais de operadoras de Telecom

Como já tratamos em postagens anteriores, o cidadão perseverante e batalhador deve sempre verificar o detalhamento das suas contas mensais, até porque 99% das surpresas que temos na vida são de despesas extras e só 1% de receitas...

Nesse artigo, mostrarei aqui como consegui reduzir em R$100 as despesas mensais somente analisando e renegociando 3 contas, sem perder e às vezes até ganhando benefícios nas mesmas.





VIVO

1) No mês de agosto vi uma franquia na conta da Vivo que eu não precisava pagar pois quase não usamos o telefone fixo. Liguei para mudar o plano e com isso nossa conta baixou de R$164,98 para R$142,98, economizando R$22 mensais.

2) No mês seguinte liguei para questionar uma alteração que percebi na fatura, que depois vi que não procedia mas ainda assim acabei com um desconto que me ofereceram sem eu pedir de R$142,98 para R$124,98 por tempo ilimitado, economizando R$18 mensais. E o mais louco é que acabei recuperando de volta algum tipo de franquia para ligações no telefone fixo, apesar da gente não usar ele nunca. Velocidade mantida nos 50 Mega atuais.

Economia: R$22 + R$18 = R$40, com manutenção de benefícios anteriores


CLARO

A sorte favorece o perseverante e olha o que me ocorre em setembro. A Claro me liga e oferece um aumento de franquia total no plano pós-pago (meu e da esposa) com mais benefícios sem alterar o valor da nossa fatura mensal.
Detalhes do plano:
  • Internet 4,5G
  • Franquia de 12 GB (8 + 4*) -> aumentou pra 21GB (15 + 6*)
  • 15 GB extra para YouTube, Netflix, Net Now Claro e Claro Video
  • Consumo ilimitado de: WhatsApp, Instagram, Facebook, Twitter, Waze, Cabify, 99, Claro Musica
*Franquia extra que vale por 1 ano

Economia: R$0, mas ampliação enorme de benefícios comparado ao plano anterior


SKY

Liguei solicitando cancelamento, usando de estratégia, do grego estrategia. Usando de astúcia eu antes já tinha ligado para Vivo e peguei um orçamento de um plano de TV por assinatura similar (Com os mesmos canais e o PFC) que iria custar R$284,98 + R$40 (aparelho de gravação) = R$324,98 -> menos os R$124,98 que já pago para Vivo => Iria custar R$200, ou seja, R$100 mais barato do que a era pago para Sky até então.

PS: Se dependesse só de mim provavelmente eu cancelaria a Sky, mas ainda mantenho pois meu pai usa bastante e racho com ele, até porque ele usa muito o seu aparelho de gravação. E é a maior diversão do meu coroa, não dá pra abrir mão disso. Gosto muito da Sky, principalmente dos canais de notícias e jogos de futebol, mas não acho que vale hoje o que ela cobra, sabendo de tudo que posso conseguir pela internet, inclusive alguns desses canais que posso assistir logando pela Vivo. 

Sob a característica ameaça de cancelamento, a atendente da Sky fez o que já deveria ter feito: atualização do pacote 2017 para 2018: Conta foi de R$293,50 para R$234,90, economizando R$60 mensais, com mais canais incluídos.

Economia: R$60, com ampliação considerável de benefícios

TOTAL: 40 + 60 = R$100 DE ECONOMIA

Atualização 06/02/2019: um mês depois a conta da Sky já apresentava um aumento novamente com a cobrança de R$261,90. Liguei mais uma vez usando os mesmos argumentos e consegui um bom desconto: 5 meses pagando R$201,90, sendo que o ESPN Extra foi retirado. E em agosto volta a R$236,90, sendo que se mudar de valor por conta da mudança anual de plano, o atendente já adiantou que eu ligasse para renegociar. Fui informado que tenho 11 anos como cliente da Sky, pelo menos isso eu merecia...



UM BREVE HISTÓRICO DE ANOS DE BATALHA CONTRA AS OPERADORAS

Seria muito audacioso da minha parte dizer as boas e as ruins, mas arrisco classificar aqui as melhores e piores baseados na minha experiência como cliente até então, mas deixando claro que já tive problemas com TODAS as que você possa imaginar.

As "boas": Vivo e Claro

Vejo como um ponto muito positivo o fato delas sempre me ligarem para oferecer planos melhores com redução de tarifa, sem precisar que eu tenha que ir atrás.

Ainda assim, houve um ano em que liguei pelo menos 7 vezes para Claro e ao mesmo tempo abrindo chamados para a Anatel para cancelar os serviços que eram habilitados nos celulares pré-pagos dos meus pais sem a autorização deles. Isso parece que melhorou, principalmente depois da multa que algumas dessas operadoras levaram recentemente.

As "ruins": Sky e Oi
  • Sky: nunca ligou pra atualizar planos. Você tem que ligar todo ano pra pedir atualização do seu pacote ou então ameaça cancelar (como mencionei acima) que eles providenciam isso na hora. Já chegamos a passar 2 anos com plano desatualizado, pagando mais caro do que deveria.
  • Oi: consegue ser a pior de todas. Não é à toa que esta "campeã nacional" está quebrada, recuperação judicial, maior dívida do país. Eu teria que fazer uma postagem somente para mostrar tudo de errado mas basta você ler essa minha postagem de 2013 para ter uma ideia da intensidade da fúria que a OI me provocou.

Por fim, concordo que às vezes pode ser bem chato ficar esperando para ser atendido, mas no final vale a pena para obter o seu merecido desconto. Enquanto isso fique passando o tempo fazendo alguma outra coisa.

Com essa economia mensal de R$100, já dá pra pagar Spotify, Netflix e o TIM Controle da minha mãe ;)

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Produtividade, redes sociais e eleições

Com a evolução da internet e smartphones surgiu todo esse vasto leque de serviços para agilizar a nossa vida. Conseguimos resolver muita coisa hoje de forma mais rápida com uma mensagem de whatsapp ou um simples toque em um aplicativo.

Mas ao mesmo tempo, vivemos uma era de dependência desses aparelhos que me impressiona cada vez mais.

Não é à toa que o próprio Google e a Apple estão trabalhando para te informar com detalhes o tempo que você passa no seu aparelho e olha que para eles o objetivo principal sempre foi te prender ao máximo no seu Iphone/Android.

Isso me fez refletir o quanto de tempo passo no meu smartphone e/ou nas redes sociais e outros desses serviços afins.

Que eu lembre, tenho atualmente: 2 contas de e-mail (fora a do trabalho), facebook, twitter, instagram, whatsapp, aqueles que considero os "devoradores de tempo" principais.

Claro que não dá pra dizer que todo tempo usado em redes sociais é inútil. É bacana rever amigos, acompanhar algumas novidades, enfim, tirar o que há de bom delas.

O problema é quando passamos horas e horas ininterruptas, virando praticamente refém desses aparelhos e redes sociais.


Um dos maiores devoradores de produtividade: WhatsApp

Reforço mais uma vez o quanto o Whatsapp quebra nosso galho, aplicativo indispensável em qualquer smartphone. Mas tanto pode ser usado pra ganhar como para destruir o seu tempo, simplesmente por um dos recursos principais dele: os GRUPOS.



Pra começar, um grupo geralmente é criado para um determinado objetivo que nunca é cumprido. Seres humanos costumam gostar de conversar bastante...

Aí você tem: o grupo da família, o do futebol, o do trabalho, o da equipe do trabalho, o da igreja, o da associação. Vai sair pra comprar pão para lanchar? Pode ter certeza que alguém vai criar um grupo pra organizar essa missão.

Pode ser que boa parte do problema de não gostar desses grupos esteja em mim mesmo. Tenho colegas que silenciam seus grupos e simplesmente ignoram aquilo. Já eu parto do princípio que se estou num grupo, mesmo silenciando, é porque ali vai ter mensagens que podem ser importantes.

Quando se está em dezena de grupos é quase impossível acompanhar todas as imagens e videos que são postados. A não ser que você dedique nisso um tempo que muito provavelmente poderia ser usado para coisas muito mais relevantes na sua vida.

Ainda mais naqueles grupos que todo dia tem centenas de mensagens, e dezenas de participantes. E se entra sempre em assunto polêmico, como o das eleições?


Eleições e redes sociais

O que costuma ocorrer muito: nesses grupos de centenas de mensagens, acaba surgindo uma mensagem sobre algo que você queira se pronunciar, ou contestar. Aí você pode ignorar (seria o ideal, já tentei e consegui algumas vezes) ou entrar na polêmica e dependendo da empolgação (meu caso, principalmente se eu tiver tomado umas) pode acabar distribuindo voadoras.



Isso vale não só para o whatsapp, mas para facebook, twitter e qualquer rede social. Faz mais de 5 anos que tenho tentado entender melhor esse meio político, mas vi poucas discussões em que se chegasse a uma conclusão ou algum aprendizado, por isso tenho evitado cada vez mais elas.

Aí quando você dá por si, passou meia hora, 1 hora, 2 horas, discutindo sobre algo que não se chega a lugar algum. Talvez até tomando o seu tempo de trabalho, ou estudo, ou exercício físico. Enfim, qualquer coisa vale mais a pena do que isso.

Por isso hoje minha rede preferida é o instagram. Ele não é orientado a "textão" e lá eu nunca postei e nem quero ver nada sobre política. Só quero ser feliz curtindo fotos de coisas legais... rs

Mas aí você diz: é muito importante debater sobre política, nesse momento crucial que vivemos blá blá blá... Pois vá lá cara, boa sorte. MAS EU NÃO QUERO!


O que fazer então

Se você consegue silenciar o grupo e ignorar mensagens, ótimo, não precisa fazer nada...

Agora se você tem um perfil parecido com o meu e quer fazer valer seu tempo, fica a dica: Saia de todos os grupos que não sejam tão importantes ou que tenham mais mensagens do que você possa acompanhar, inclusive o da família, se tiver mensagens demais distraindo tua atenção.

Vale ressaltar apesar de ser óbvio: Não é porque você saiu do grupo da família que você é menos digno dela. Sua família sempre existiu, antes mesmo do Whatsapp. Vivi a época do ICQ, MSN Messenger, Orkut e todos se acabaram. Um dia pode ser o Whatsapp...

Às vezes parece que ao sair de um grupo, algumas pessoas se ofendem e levam pro lado pessoal. Haja paciência. Há coisas mais importantes para o Zé Batalha se preocupar na vida.

sábado, 6 de outubro de 2018

3º Trimestre 2018 - Atualização da Carteira - Zé Batalha e as eleições


Se você está lendo isso aqui, sendo bem direto, eu acredito que o seu destino é definido na pior das hipóteses: 15% pelos políticos que serão eleitos e na melhor: 5%. O resto são as decisões que você toma na sua vida. Portanto, se o candidato que você tanto quer não vencer a eleição, eu recomendaria que não ache que o seu mundo vai se acabar por conta disso.

Por sinal, recomendo fortemente, algo que li esses dias: "Não confunda as suas preferências políticas com o que é melhor para seu patrimônio. Lembre-se: os políticos sempre vão decepcionar você".



Encerramos o 3º trimestre de 2018, e como o Zé Batalha ainda passa um momento de austeridade fiscal, resolvi contratar uma consultoria com meu amigo Zé Ginástica - aquele que faz malabarismos para pagar as dividas :D. A conversa me fez lembrar de algo muito importante.

Revisão das despesas mensais para possíveis reduções

O cidadão perseverante deve sempre verificar o detalhamento das contas mensais. No mês de agosto vi uma franquia na conta da Vivo que eu não precisava pagar pois quase não usamos o fixo, com isso economizamos R$22 mensais.

A sorte favorece o perseverante e olha o que ocorre no final do mês passado. A Claro liga pra mim e oferece um aumento de franquia total no plano pós-pago (meu e da esposa) de 12GB para 21GB e reduz em R$27 a nossa fatura!

Com essa pequena economia mensal, já dá pra pagar o Spotify ou Netflix. :D


ANÁLISE DO CENÁRIO ATUAL

Muita instabilidade por conta das eleições, mas para o investidor perseverante o resultado não importa. A maior preocupação do Zé Batalha são seus aportes minguados. A carteira segue a estratégia, independente do candidato que vença.


ALTERAÇÕES DE ALOCAÇÕES NA CARTEIRA DE RENDA VARIÁVEL

VALE: um leve aumento na exposição (5% -> 5,5%) por conta dos incentivos do governo chinês ao crescimento da economia e uma alta considerável do dólar que beneficia muito as exportadoras. Além disso ela tem o minério de ferro de melhor qualidade, por isso sai na frente das concorrentes.

AMBEV: resultados como sempre ótimos, mas a redução na alocação (7,5% -> 7%) vai por conta da perda de espaço para a Heineken, que está atuando agressivamente no mercado. Não vai comprometer a liderança da Ambev mas vai impactar nos resultados dela. O diferencial da Ambev é a logística que reduz muito o seu custo, mas a Heineken dará ainda mais trabalho quando conseguir uma operação de distribuição própria, o que parece estar próximo.

ENGIE: aumento considerável (6% -> 7%) pois a empresa consegue se manter crescendo e distribuindo dividendos ao mesmo tempo, algo raro. Continua reportando ótimos resultados, lucros crescentes (20% de aumento de lucro líquido em relação ao trimestre anterior). Maior parte do seu parque é de hidrelétrica, mas tem investido muito em eólica e solar, além de reduzir as termelétricas (mais caras).

VLID: redução pontual (4% -> 3,5%). Teve uma melhora no lucro mas ainda está muito aquém do que já foi e do que se esperava. Tem coisa melhor pra alocar.

CIELO: resultados continuam ótimos, mesmo com concorrência forte. Reduzi (8% -> 7,5%) não por ser ruim mas sim para alocar em outros ativos que considerei que mereciam maior exposição.



DESEMPENHO TRIMESTRAL DA CARTEIRA - ACUMULADO ATÉ O 3T 2018

Obs: Coloco o desempenho da carteira porque acho bacana, mas pela característica de longo prazo nem faz tanto sentido, pois como já falei não foco na cotação e sim nos fundamentos.

Aportes no começo do trimestre foram minguados. O que salvou foi os proventos recebidos das ações, e neste último mês o dinheiro das férias deu pra fazer um aporte um pouco melhor.

Ainda sem renda fixa, que será recomposta no momento em que vender o apartamento, por enquanto arco com essa exposição exagerada em renda variável. Mantidas obviamente a reserva de emergência, carteira de ações e criptomoedas.


RENTABILIDADE ANUAL - AÇÕES: -9,35%

Percebi que estava calculando errado meu rendimento em ações. Faltou retirar do cálculo o que foi recebido na forma de proventos (dividendos e JSCP) e bonificações. Sendo assim o rendimento acumulado até o trimestre anterior corrigido foi de -10,36% e não -13,31%.

Essa instabilidade da bola proporcionou ótimos aportes em papéis de empresas sólidas mas que tiveram quedas elevadas em suas cotações como Cielo, Kroton, Ultrapar e Grendene.


RENTABILIDADE ANUAL - CRIPTOMOEDAS: -24,01%

Como esperado, esse ano não será como 2017, mas ainda assim tenho ganhos na rentabilidade total. Destaque negativo para a queda extremamente acentuada do Etherium:

Ativo Meta Posição
BTC 30% 37,27%
ETH 32% 14,29%
XRP 32% 41,79%
XLM 2,00% 4,78%
ADA 2,00% 1,77%


Lembretes finais do Zé Batalha:

Não existe essa de adivinhar o futuro, de "oportunidades imperdíveis" na Bolsa. O mais correto e seguro é você se dedicar ao seu trabalho, à sua carreira e aportar com frequência. Quem espera o momento certo para compra ações não compra nunca. Nas crises vão pensar que vai quebrar, aí não compra pois a cotação está baixa. Na alta não compra porque essas mesmas ações vão estar caras.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Importância da Renda Passiva na vida do investidor perseverante

É fato consumado que a maior força do investidor perseverante que busca sua independência financeira no futuro está na força do aporte.

Mas como aumentar esse aporte se normalmente só contamos com o nosso salário fixo no final do mês?

Só há uma forma: buscar outras receitas. Qualquer real extra entrando na conta do pobreta ajuda muito. Até porque 99% das nossas surpresas financeiras são despesas, quase nunca receitas.

Pode ser uma renda ativa extra, que pode ser obtida colocando um negócio, se dedicando a algum projeto paralelo, fazendo alguns serviços por fora, etc. Mas tudo tem que ser muito bem administrado dentro do tempo e da saúde que você tem. 

Nem todo mundo tem gás pra passar o dia trabalhando e ainda se dedicar a outras atividades. Já cheguei a topar (e ainda toparia) trabalhos por fora, assim como organização de competições de futebol mas faz 3 anos que estou parado nesse segmento.

Uma forma bem interessante é procurar criar uma forma de obter Renda Passiva. A grande vantagem é que esta é uma renda obtida sem um esforço naquele exato momento, mas sim de algo que foi construído antes. De certa forma, é o melhor dos mundos pois podemos dizer que você faz o dinheiro trabalhar pra você.

Aluguel é uma das formas mais tradicionais de renda passiva. O dinheiro entra todo mês na sua conta. É lindo. Mas obviamente pra isso você precisa ter o imóvel ou construir, ou capital para fazê-lo. Não é o meu caso...

Estratégia atual de Renda Passiva do Zé Batalha:
  • Proventos de ações: Dividendos e Juros sobre Capital Próprio das ações que detenho. Impressiona como mesmo sendo um investidor pobreta, em 5 anos de investimentos mais de 10% do que aportei foi por conta dos proventos reinvestidos, o que só demonstra como essa estratégia de reinvestimento é indispensável. E olha que é uma carteira bem diversificada não focada só em dividendos. Essa é mais uma vantagem de ser um holder.
  • Aluguel de ações: tenho estudado e já comecei a tentar aos poucos. Bom para quem tem uma estratégia buy and hold e não pretende vender, mais uma vantagem da nossa carteira do Falcão Perseverante. Explicarei com detalhes num post futuro
  • Google AdSense: cada clique de vocês nas publicidades dos blogs e sites que tenho garante uma pequenina receita que ajuda ao Zé Batalha aqui. Mas tenho falhado miseravelmente pois são poucos os visitantes...
  • Venda de milhas do cartão de crédito: assim que junta uma quantidade boa e/ou tem uma promoção bacana de conversão eu aproveito. E com o MaxMilhas ficou mais fácil ainda fazê-lo.
Além destas opções citadas, alguns títulos do tesouro IPCA podem te garantir pagamento de cupons semestrais.

No futuro...


O meu sonho é construir um portfólio que garanta no futuro um complemento à renda de aposentadoria, baseada em proventos e rendimentos do que estarei aportando durante esses anos. Vale a pena analisar com frequência quantos porcento da sua receita atual vem de renda passiva. Como sempre falo, é coisa para o longuíssimo prazo. Não vai faltar perseverança ao Zé Batalha para atingir essa meta.



quarta-feira, 18 de julho de 2018

2º Trimestre 2018 - Atualização da Carteira - Black Hawk Down


ANÁLISE DO CENÁRIO ATUAL

Trimestre marcado por uma guerra comercial EUA x China. Além disso altas nas taxas de juros dos EUA.
Reflexos sentidos em todo o mundo e claro na bolsa brasileira também. Em junho o IBOV caiu 5,2%. Resultado negativo no ano acumulado de 4,76%
O dólar teve 17% de alta no ano, mesmo com todas intervenções do Banco Central.
Acredito que os impactos da greve dos caminhoneiros já foram quase que totalmente absorvidos, mas isso comprometeu ainda mais a expectativa de crescimento do PIB e com um governo safadis desse não dá pra esperar muito.

Guerra Comercial China x EUA
Vocês mexeram com o cara errado. Comprometeram a carteira do Zé Batalha
Obs: Como podem ter observado o blog mudou de nome. Zé Batalha tem mais a ver com a premissa principal desse blog atualmente.


Black Hawk Down

Um evento inesperado na caminhada do Ze Batalha rumo a independência financeira. Tudo que eu tinha em Tesouro Direto foi pro espaço.

Motivo: venda de tudo para a quitação de dívidas. Faz alguns meses precisei me mudar e entrar num financiamento imobiliário por questões familiares. A batalha pra conseguir o financiamento foi explicada nesse post. Como ainda não vendi o imóvel antigo para amortizar a dívida está alta.

Fato: Esses percalços são comuns na vida de todos nós que somos investidores pobretas e perseverantes.

Com a venda dos títulos, a queda no patrimônio constituído até então foi de mais de 50%. 5 passos pra trás na caminhada em busca da independência financeira. 1 passo pra frente na quitação da dívida.

Mas não errei nessa transação. Sigo a estratégia buy and hold mas não podemos ficar obcecados em nunca vender os ativos. Pra que juntar dinheiro pro futuro se no presente você está comprometendo o orçamento e o bem estar da sua família com o pagamento de juros pesados?

Errei em não me planejar com antecedência para prever que esse endividamento poderia ocorrer.

Perdemos muito mais dinheiro quando mantemos dívida, ainda mais com os juros praticados pelos bancos.

Parafraseando a filosofia Bastter, a ideia é: "aportar sempre ativos de valor para melhorar a qualidade das pessoas". Mas: "Não se deve associar o processo de juros compostos com o de nunca vender um ativo."



DESEMPENHO TRIMESTRAL DA CARTEIRA - 2T 2018


De renda fixa só tenho agora a minha reserva de emergência, que não considero na carteira. Portanto tratarei do resultado acumulado nesses primeiros 2 trimestres de uma carteira composta hoje somente de renda variável.

Em resumo, o foco agora é: Manter a reserva de emergência, amortizar a dívida sempre que possível, e tentar vender o imóvel antigo por um preço justo, o que será muito importante para amortizar o financiamento e reduzir a dívida.

Prosseguirei com a a carteira de ações, sabendo que os aportes serão comprometidos nesse momento, mas ainda assim tentarei fazê-los quando possível, pois o objetivo dela de longo prazo não pode ser esquecido.



AÇÕES: -13,31%


Até o primeiro trimestre foram 2,04% de rendimento. Os meses seguintes foram de forte queda na bolsa, como já citado na análise do cenário. Com isso, a minha carteira também não passou ilesa.

Não houve mudanças de alocação dos papéis.



CRIPTOMOEDAS: -22,85%


Resultado acumulado positivo até o mês passado, mas no fechamento do trimestre houve uma queda grande. Como minha alocação de criptomoedas é apenas de 1% o impacto foi muito baixo (assim como as altas ocorridas também não são tão grandes).

Em abril decidi vender parte dos bitcoins para fazer um pequeno aporte em Stellar (XLM) e Cardano (ADA).

A meta de alocação agora é:
  • BTC: 30%
  • ETH: 32%
  • XRP: 32%
  • XLM: 2%
  • ADA: 2%
Sugiro que compare o momento atual da carteira com o final do ano passado, a título de aprendizado, conforme falei nessa postagem. De lá pra cá ocorreu uma queda acentuada de mais de 60%.


ANÁLISE GERAL DA CARTEIRA ZÉ BATALHA


Nesse próximo trimestre vou repensar toda a estratégia de alocação da carteira, até porque ficou bem desequilibrado sem mais nada de renda fixa no Tesouro Direto.

Agosto vem aí. Em um ano eleitoral muito indefinido, há uma grande chance da bolsa cair ainda mais. O que pode proporcionar leves aportes se o Zé Batalha tiver condições.

Pretendo começar a alugar alguns papéis da carteira de ações. Será minha primeira experiência que pretendo relatar aqui posteriormente.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

VALE - Minha primeira ação. O início da carreira de investidor do Zé Batalha

Sempre há uma dúvida justificável por parte das pessoas ao pensar em entrar no mercado de ações para nós que somos investidores pobretas. Bolsa tem uma cara de ser coisa só para rico, até hoje, infelizmente. Não é a toa que em tantos anos de história a Bolsa brasileira tem apenas 500 mil pessoas físicas.

Neste post falarei sobre o quanto aprendi investindo em VALE, a minha primeira ação. Geralmente todo artigo sobre carteira de ações fala qual é a sua recomendação campeã. Farei diferente pois tenho certeza que você aprende mais ainda com os erros e os aprendizados tirados deles.

VALE


VALE - O começo de tudo

Há 5 anos, mais precisamente em maio de 2013, comecei a investir em ações, mas somente depois de 1 ano de muito estudo sobre investimentos em geral. Comecei meu aprendizado pelo livro "O Mercado de Ações em 25 Episódios", do Paulo Portinho. um livro muito didático que recomendo bastante.

Meu objetivo era entrar no modo "skin in the game", ou seja, colocar a minha pele no jogo. Por conta da história de exemplo do livro citado, me senti inclinado a entrar investindo em VALE, só que entrei  apenas nela. Daí veio o primeiro erro, que aprendi depois de um tempo, principalmente após muitas leituras no Bastter: Diversificar é preciso.

A maior lição

Tenho certeza que o maior aprendizado que obtive com esse papel foi a questão psicológica.

Ate hoje guardo um e-mail de fevereiro de 2016 de quando eu ainda assinava a Empiricus, Um analista questionava se era o momento de comprar VALE, quando praticamente todos analistas diziam o contrário. Ele mencionava que valeria a aposta no longo prazo por conta do trabalho de redução de custos que a VALE vinha fazendo naquele momento.

Isso em nada mudou a minha estratégia, mas essas análises acabam me informando com mais detalhes do que está ocorrendo na empresa, além dos balanços trimestrais que analiso. Não tenho tempo de ler todo o release nem de ver as conferências de todas as ações que invisto.

Nessa época VALE5 estava valendo R$6,57. Eu teria nesse dia um prejuízo de 78,25% caso realizasse a venda. Como de praxe já tinha muita gente pregando o fim da empresa nessa época, recomendando saída, ainda mais com a tragédia de Samarco que ocorreu em novembro de 2015.

Nesse momento a minha carteira de ações teria um prejuízo de 33,68% caso eu realizasse. Mas não me desesperei. Já estava no processo de diversificação da carteira. E só não aportei em VALE exatamente por esse motivo.

No momento que escrevo isso VALE3 está valendo cerca de R$50, sendo a ação de maior rendimento na Carteira Zé Batalha: cerca de 140%. Se for comparar com alguém que tenha entrado somente nesse dia de fevereiro de 2016 o cara teria hoje um rendimento de cerca de 700%.

A empresa passou por alguns prejuízos nessa época, o que colocaria a ação em alerta até para os meus parâmetros, mas se são poucos trimestres que isso ocorre, cabe a você entender os motivos a fim de decidir se vale a pena continuar ou não.

Nesse período de alta houve um momento em que reposicionei toda minha carteira de VALE5 pra VALE3, ações ordinárias, preceito básico do investidor buy and hold. A transição foi feita sem ganhar nem perder um tostão, e daí redistribui para os outros papeis da carteira conforme minha alocação pré estabelecida.

Sobre o segmento 

O diferencial atual da Vale é que ela tem feito um longo trabalho pra reduzir os seus custos de produção, conforme citado, e hoje colhe os frutos, Mas quem investe nessa empresa precisa ter consciência que é um setor cíclico. Quando o minério de ferro tem uma queda o setor sofre é claro.

Ainda assim é a nossa melhor empresa de commodities pois não tem os problemas de governança e de ingerência política que a Petrobrás tem. O que acaba explicando porque saí de Petrobrás pouco tempo depois de ter entrado. Pra quem faz trade até pode valer, mas pro longo prazo, eu pessoalmente não vejo sentido em ser sócio.

Percentual de alocação

Depois de algum tempo vi que não dá pra ter uma exposição tão alta em commodities. Há ciclos de alta e baixa. Minha meta atual é de 5% a 6% da minha carteira de Renda Variável.

Lições aprendidas

Hoje vejo que estou preparado para movimentos de baixa fortes. Mas nem todos suportariam isso. No geral somos imediatistas. Hoje a gente acha que é pouco pois está tudo bem, mas quero ver se manter no papel com uma perda de quase 80%. Esse teste eu passei. Mas não julgo quem não consegue. Isso vai do perfil de cada um.

O mais incrível é que a VALE que já me deixou quase com 80% de prejuízo hoje é o melhor papel da CZB com 140% de lucro em pouco mais de 2 anos. Isso é o que costumo chamar de buy and hold extreme.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

1º Trimestre 2018 - Atualização da Carteira

O primeiro trimestre foi um mês de muitos ajustes para a CZB.

Os aportes estão bem comprometidos este ano por conta de despesas extras, momento de austeridade decorrente de alguns déficits mensais, mas isso faz parte da caminhada do perseverante.

DESEMPENHO TRIMESTRAL DA CARTEIRA - 1T 2018


Rendimento Nominal: 1,97%

Rendimento Real: 0,81%


RENDA FIXA: 3,10 %

Tesouro Direto sem emoções. Conhecendo nosso país, a carteira segue com a sua meta de exposição forte de 64% em TD: 65% em Tesouro IPCA e 35% em Tesouro Selic.


RENDA VARIÁVEL: 2,04%

Com meta de alocação mantida em 35%, o ano começou até bem com um rendimento de 9,86% no primeiro mês, mas os meses seguintes foram de queda considerável.

Mudanças de alocação na carteira de RV:
WEGE: 8% -> 8,5% | Os fundamentos dessa empresa continuam incríveis. A crise dos últimos 3 anos não fez nem cócegas nela.
CVC: 6% -> 6,5% | Conseguiu lucros crescentes nessa mesma recessão citada acima, imagina agora com a retomada.
BBSE: 5,5% -> 5% | Sabe como é: não gosto de governo interferindo nas empresas que invisto, no caso o Banco do Brasil. A empresa tem ótimos fundamentos, mas prefiro destinar esse valor pra quem merece mais.
RAIL: 2,5% -> 2% | A minha única aposta de turnaround da carteira e curiosamente um dos melhores desempenhos. Mas analisando bem preferi destinar esse percentual a empresas com melhores fundamentos.


CRIPTOMOEDAS: -19,88%

Na última postagem sobre a carteira, mencionamos nossa admiração pelo fato de algo que foi aportado inicialmente pra ser 1% da carteira ter rendido tão bem a ponto de ocupar 7% em menos de 6 meses!
Mas o ZB age de forma racional, não se ilude com essas altas. Focamos na estratégia pré-definida com ajustes pontuais mas não baseados no hype. Ninguém aqui vai tentar ficar rico do dia pra amanhã com aposta em bitcoins, nem recomendar isso.
E veja agora como tivemos uma queda tão negativa neste ano de 2018 a ponto de deixar aqueles 7% ocupando agora apenas 2,39% da carteira.

Minha única dúvida hoje é se devo diversificar mais. Penso em apostar numa moeda barata para não gastar muito e ter um grande rendimento, como quem comprou XRP no início de 2017 e teve 35160%  de ganho até o último dia do ano.
Imagina comprar x e ter 352,6x do que você investiu. Para entender melhor: imagine comprar R$100 em 1/1/2017 e ao conferir se investimento em 31/12/2017 perceber que tem o equivalente a R$35.260!!
Só não me pergunte qual criptomoeda a gente pode (se é que vai ainda) ter um ganho parecido. Ainda estou procurando qual será minha aposta :P

Lembrando sempre que a meta de alocação continua apenas 1%, sendo que 33,3% em cada moeda (BTC, ETH e XRP).

Modelos de Contratos de COMPROMISSO e de PROMESSA de Compra e Venda de Imóvel

Em complemento à última postagem sobre a aquisição de imóveis na modalidade interveniente anuente, vou agora explicar os 2 tipos de contratos mais comuns que podem ser adotados neste momento.

Contrato de Imóvel


Também colocarei os modelos em anexo que eu mesmo elaborei adaptados depois de várias pesquisas sobre esses tipos de contrato, pois precisei entender bem as 2 situações no momento da minha aquisição.

PROMESSA de Compra e Venda de Imóvel

No contrato de PROMESSA há uma importância que é paga a título de sinal/arras (geralmente no valor de 5% do imóvel) como uma espécie de sinal, a fim de segurar o imóvel por um determinado tempo até o comprador resolver suas possíveis pendências de financiamento.

Normalmente, no caso de não prosseguimento do negócio:

  • Caso o comprador desista ou não honre o prazo estipulado: ele perde o sinal que foi pago; 
  • Caso o vendedor desista: ele devolve o sinal acrescido dos custos com documentação e corretagem. Pode também ser aplicada uma penalidade, por exemplo: pode ficar estipulado que ele deve pagar o dobro do sinal nessa situação.

LINK para download do modelo de contrato de PROMESSA (com dados fictícios, só substituir)

COMPROMISSO de Compra e Venda de Imóvel

No contrato de COMPROMISSO já temos uma maior possibilidade da conclusão da transação. Por isso o vendedor já garante a posse precária do imóvel pelo fato do comprador depositar um valor mais considerável na conta do vendedor (geralmente 20%).

A posse precária dá mais direitos e mais deveres (pagamento de condomínio, inclusive) ao comprador. Foi o mais adequado ao meu caso pois já pude entrar pra morar na unidade com mais segurança em relação ao negócio.

No momento da quitação do pagamento ao vendedor a posse definitiva é garantida por parte do comprador.

domingo, 18 de março de 2018

Aquisição de Imóveis na modalidade Interveniente Anuente - Permutante

Hoje falo da experiência que tive na aquisição de um imóvel na modalidade Interveniente Anuente - Permutante: quando a matrícula do imóvel está no nome de uma outra pessoa (normalmente a construtora) que não o vendedor.

Algo muito comum hoje em dia, mas que vem causando vários aborrecimentos, como foi o meu caso. Por isso resolvi escrever esse relato com o intuito de ajudar outros para que não venham a ter a mesma fúria que tive.

Fúria
Tamanha foi a minha fúria que por pouco não chego assim no banco #PAZ
Relato

Em setembro do ano passado fui ao Santander falar com minha gerente para dar entrada no financiamento. Em pouco tempo as coisas foram se resolvendo por conta do meu ótimo relacionamento com o banco: sou Van Gogh, meu imóvel anterior (que agora está à venda) também foi financiado lá e sou cliente há 15 anos. Sou informado que o departamento responsável entraria em contato.

Só depois de 2 semanas recebo a lista de documentos exigidos, mas porque tive que falar com a gerente após uma semana para ela cobrar do departamento, pois até então não tinha recebido nenhum contato. Tempo perdido que eu poderia estar providenciando a documentação.

Cheguei a tentar me informar se essa modalidade era permitida pelo Santander e vários atendentes me disseram que não haveria problema. Fiz a pergunta de antemão, pois já tinha a experiência de um colega que comprou um apartamento no mesmo edifício, teve seu financiamento negado pelo Banco do Brasil e precisou fazer pela Caixa Econômica.

Com essa informação nesse momento inicial eu evitaria: vários e-mails trocados até então, dezenas de ligações e contatos meus com o vendedor para conseguir ao todo cerca de 20 documentos, assinaturas, o que levou mais de 1 mês pois não dependia só de mim, mas também do representante do vendedor com quem eu tinha que cobrar quase que todos os dias, sem contar o meu tempo perdido no trabalho pra tratar desses assuntos.

Em resumo, bastaria me dizer que não era possível pelo Santander que eu já cancelaria o processo e iria atrás de dar entrada no meu financiamento junto à Caixa Econômica, evitando 2 meses de perda de tempo TANTO MINHA COMO DELES.

Aí ficou a minha dúvida: POR QUE, mesmo com essas dezenas de documentos que eu obtive, a Caixa Econômica poderia aceitar esse documento de matrícula e o Santander não? Se a Caixa aceita não há nenhuma ilegalidade nesse tipo de financiamento. POR QUE, mesmo com toda essa boa relação que tenho com o banco, era tão difícil resolver essa questão?

Eu até aceitaria ter uma proposta de financiamento recusada, se informada a tempo. O que não aceitei foi perder 2 meses de tempo da minha vida ainda mais dado as circunstâncias: minha esposa grávida e projetos de móveis já contratados para o novo apartamento.

Tentei tudo que eu pude:
  • Registrei reclamação no SAC e Ouvidoria do Santander
  • Registrei reclamação no site Reclame Aqui
  • Protocolei reclamação junto ao Banco Central
  • Expus o caso em redes sociais
Nunca vou esquecer da frase da gerente quando falei que iria tentar tudo da ouvidoria até o BACEN para resolver meu problema: "É, Sr. Zé Batalha, o não você já tem"


O que aprendi

Banco do Brasil e Santander não trabalham com essa modalidade. Não soube de nenhum caso de sucesso. Melhor nem tentar. Caixa e Bradesco aceitam, mas nem todas agências. Também não é questão de dinheiro. Soube de casos de imóveis que o comprador tinha bala na agulha pra dar uma entrada de mais de 1 milhão de reais e que também foram negados.

No fundo entendo que o banco queira uma segurança, mas depois de ver logo na primeira página a forma simples como a Caixa Econômica resolveu meu contrato acho que alguns dificultam mais do que deviam.

Santander e Bradesco tem seu departamento de financiamento terceirizado (no caso do Santander é uma tal de PR Serviços ou Montreal). Isso compromete muito o andamento do processo e a troca de informações.

A Caixa me salvou

Em termo de banco tenho várias críticas à Caixa. Dos bancos que opero ele é facilmente o que presta o pior serviço. Mas quem diria que seria esse que iria resolver meu problema graças a uma ótima correspondente bancária que recomendo desde já: a Rivania. Ela foi capaz de lembrar de detalhes que nem eu lembrava, tais como o desconto de 50% nas taxas de cartório por ser o primeiro imóvel da minha esposa. Eu achava que só valia se fosse pra mim, por estar no meu nome.

Procedimento da Caixa Econômica:

No momento da aquisição, após o seu crédito estar aprovado, é necessário pagar a cota única do IPTU para então viabilizar o pagamento do ITBI para a transferência do imóvel.

Ao assinar o contrato finalmente entendi o que motiva vários vendedores a fazer essa modalidade. São 2 ITBIs: 1) da construtora para o vendedor e 2) do vendedor para o comprador (eu). Na Anuência, quem paga o ITBI é o vendedor no valor total de 2% (ele não paga os 0,8% que pago em uma parte do valor financiado), mas a transferência no cartório só vai ocorrer em um momento, e é aí que está a vantagem: ele não vai pagar as taxas de cartório para passar pro nome dele, pois passa direto da construtora para o nome do comprador. E como geralmente são investidores que tem muitas unidades isso se torna muito vantajoso.

Com um bom correspondente bancário as coisas ficam muito mais simples ao financiar pela Caixa. Uma outra grande vantagem que tive em relação ao Santander foi a questão burocrática. A lista de documentos exigida pelo Santander era bem maior e mais complicada de se obter.