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domingo, 31 de dezembro de 2023

CARTEIRA ZÉ BATALHA - Retrospectiva e Fechamento 2023: +18,49% no ano!

O MELHOR DA VIDA

Antes de mais nada, o melhor que me aconteceu neste ano foi o nascimento da minha segunda filha, Graças a Deus com muita saúde e trazendo alegria e ainda mais felicidade para todos nós. 

Para mim, esta é a noticia mais importante do ano e é muito melhor do que qualquer resultado que eu venha a postar aqui. Mas como essa é a proposta do blog, seguimos.

O tempo está cada vez mas escasso para escrever neste espaço. Tanto a produção de conteúdo quanto o acompanhamento dos blogs da finansfera caíram. Costumo fazer posts no fechamento trimestral, mas vou passar a fazer isso agora só no semestral... veremos até quando seguirei aqui... rs 

CZB - RESULTADOS - TRUST THE PROCESS! [18,49% NO ANO]


Desde o início do acompanhamento da CZB em 2013, este é o quarto melhor desempenho da série histórica, muito acima do que imaginei no início do ano e bastante animador quando comparado a performance obtida nos últimos 3 anos.

O mais louco foi que em 15/11, percebi que em cerca de 2 semanas recuperei praticamente tudo que tinha perdido no 3T23. A queda tinha sido braba (cheguei a achar que um crash estava chegando... rs), mas então a CZB em novembro rendeu incríveis +5,18%! Um dos melhores meses ever. Quase tudo foi pra cima. Dezembro ainda fechou com chave de ouro e 3,41% no mês.

Por fim, neste ano eu simplesmente bati todas as metas financeiras que estimei, focando sempre na estratégia definida e na disciplina nos aportes. Todas as classes de ativos fecharam no positivo como podem ver a seguir, onde comparo com o resultado de vários indices.

CZB-RF (+13,12% no ano)

Na renda fixa, a Selic termina o ano em 11,75%, um bom rendimento mensal pra quem não quer esquentar muito a cabeça, apesar do que já temos reduções anunciadas. A CZB-RF tem 80% em TD Selic e uma pequena alocação em TD IPCA 2029, que se beneficiou da queda nos juros futuros.

CZB-Ações (+15,19% no ano)

Perdi para os 22,28% do IBOV, mas foi o melhor desempenho desde os 33,9% de 2019. Entrei em (LREN3) Renner em maio e sigo confiante. Consegui extirpar VLID e UGPA neste ano, priorizando o investimento em empresas de qualidade.

CZB-FIIs (+21,62% no ano)

Venci os 15,50% do IFIX e tive o melhor desempenho desde os 35,02% de 2019. Somente GGRC11 dos meus 10 FIIs não teve rendimento positivo, o que explica o formidável desempenho da carteira. Os fundos de shopping brilharam, tais como XPML, HGBS e VISC rendendo mais de 20% no ano.

CZB-USA (+29,74% no ano, em reais)

Destoando completamente dos -36,12% do ano passado, depois de ter negativado até o rendimento histórico, voltamos para o positivo. A aposta em TLT tem dado muito certo até então. 

O maior destaque na CZB-USA foi META, com seus 183,76% de valorização no ano. E eu que cheguei a pensar que ela estava em declínio em 2022... S&P valorizou 24,73% no ano e Nasdaq 44,52%.

Muitos ainda questionam o investimento em USA, mas eles seguem como uma força constante.

Trecho do livro "Prisioneiros da Geografia", que li ano passado

CZB-CRIPTO (+96,51% no ano em reais)

Destoando completamente dos -67,78% do ano passado. A loucura de sempre. BTC rendeu 136,45% no ano em reais!


ECONOMIA BRASILEIRA E MUNDIAL

Revendo as minhas estimativas ao final do ano passado, este ano foi bem melhor do que pensei. Teremos um PIB de cerca de 3% e a inflação deve fechar na faixa de 4,4%. 

Aos olhos do mercado financeiro, as medidas fiscais são satisfatórias mesmo sendo bem difícil de chegar no sonhado déficit zero. Balança comercial deve fechar o ano em superavit melhor que no ano passado. E por fim, a tão contratada recessão nos USA não chegou.

Depois da queda e da incerteza no 3T23 tivemos um último trimestre incrível. Um rally de natal antecipado. IBOV e Dow Jones atingindo máxima histórica e Nasdaq próximo desse patamar, moedas emergentes com bom desempenho.

O que motivou tudo isso foi o BC americano manter a taxa básica de juros em 5,25%-5,50%, com projeções para pelo menos TRÊS cortes de juros, encerrando 2024 em 4,6%. Será...?


PLANOS PARA 2024:

Tudo beleza neste ano. Só vem 2024!

Uma meta que posterguei do ano passado, mas que agora já tomei providências, é a de aumentar a alocação no fundo de pensão da empresa em que trabalho. Mantive zerado por mais de 5 anos para pagar o financiamento do meu apartamento. 

O salário líquido vai vir ainda mais descontado, contudo considero algo necessário, mesmo ciente que vivo um momento em que as despesas vão aumentar cada vez mais (família cresceu e suporte ao Batalha Pai e Mãe) e com isso os aportes para a CZB ficarão cada vez mais desafiadores.

Arcabouço fiscal do Zé Batalha sob análise constante

No 3T23, quando a renda variável deu uma queda grande, até cheguei na meta 40% RF/60% RV. Mas com a alta que se seguiu (ainda bem) voltamos para 37,5% RF/62,5% RV. Pretendo mudar em breve a meta para 45% RF/55% RV por conta do avanço da idade. Ou seja, aportar ainda mais em Tesouro Direto.


EXPECTATIVA 2024

Ao contrário do ano passado, para 2024 estou mais otimista. Inflação global parece mais controlada, mas é certo que a batalha não está vencida. O maior risco é a piora nos conflitos geopolíticos.

Inflação BR deve seguir na faixa de 4%, expectativa de PIB mais baixo (espero que errem de novo). Com recuo da inflação, cortes da Selic já estão encaminhados. Será que chega a 9% no fim do ano? Se ocorrerem essas quedas isso deve favorecer muito a alta na renda variável em geral.

Com expectativa de redução de taxa de juros USA, isso deve favorecer nosso câmbio. Contudo, a Escola ZB de Economia não acha que serão tantas quedas assim para 2024.


NO PESSOAL E PROFISSIONAL

Minha meta de terminar os cursos pendentes na Udemy foi atingida. Agora, em algum momento, vou focar nos não iniciados. 

Já comecei uma pós-graduação e estou com outra já engatilhada nos preparativos para concorrer a uma reclassificação num processo que deve rolar em breve na empresa. Perseverança na capacitação com cursos e trabalhos seguem fortes.

Os projetos pessoais ainda longe do comprometimento ideal, mas conseguir adiantar muita coisa. Consegui organizar um pouco o meu Github e em 2024 pretendo ter algo bacana para publicar por lá.

A pedido do Damaia, vulgo Zé Ginástica, esse coice para encerrar

FELIZ 2024!!

domingo, 5 de novembro de 2023

ETF TLT - Apostando na queda dos juros futuros norte-americanos

Já faz algum tempo que a Escola ZB de Economia e Investimentos tem analisado os movimentos e perspectivas dos juros norte-americanos.

O patamar outrora definido de 5,25% a 5,50%, e mantido na reunião que rolou esta semana, dá um indicativo que a possibilidade de um novo aumento se torna ainda mais improvável, o que animou bastante os mercados financeiros mundiais.

A dívida pública americana bateu US$ 33 trilhões em setembro. E por mais que seja necessária no momento, o refinanciamento dessa dívida fica cada vez mais impraticável a esta taxa.

Então, o que temos? Uma probabilidade muito maior da taxa de juros baixar, apesar do que acho que isso ainda vai demorar e talvez não seja algo para 2024, pois ainda há riscos inflacionários. MAS, uma hora ela baixa e quando acontecer dá para lucrar com essa movimentação. 

Daí me veio a ideia de uma alocação tática no ETF TLT com objetivo de na marcação a mercado, ou seja, pretendo vender se/quando apurar um bom lucro, não levando este ETF para o longo prazo.

POR QUE O ETF TLT?

Há várias formas de apostar nessa tese. Uma delas é investir direto nos US Bonds, mas há um mínimo exigido para investir, que por mais que algumas corretoras tenham baixado, não é um valor que a minha carteira e meta de alocação permita aportar. 

Portanto decidi pelo jeito mais simples: o bom e velho ETF, que não exige aplicação mínima.

O TLT é o ETF de juros longos americanos, acima de 20 anos. O racional do investimento é o seguinte: Se esses juros futuros começam a caír, o ETF dispara pra cima. Na verdade, essa lógica vale para investimento em juros pré-fixados em qualquer parte do mundo. É matemática financeira na essência apenas.

Podemos observar o quanto ele caiu de maio 2020 pra cá tendo em vista que os juros americanos subiram de 0% pra 5% nesse período:

Veja como na pandemia, com juros zerados, o TLT bateu mais de $170

Da mesma forma, se juros tenderem a cair, a cotação do TLT sobe. Com notícias melhores sobre os juros nesta última semana, ele pulou de $83 para quase $88 em menos de 5 dias.

Fiz alguns aportes nas últimas semanas na faixa de 82-83 dólares, dentro da meta que estabeleci.

Para cada 1% que as taxas de juros venham a cair, o TLT pode valorizar 17%. Num momento de normalização que os juros venham a chegar em 2,5%, o TLT terá valorizado mais de 60%.

POSSÍVEIS CENÁRIOS - O QUE PODE DAR CERTO E ERRADO:

Sempre bom lembrar que você pode ganhar/perder tanto com a valorização do TLT como da cotação do dólar. 

Reforço: acho difícil a taxa de juros americana aumentar muito ainda. Guerra na Ucrânia e em Israel podem puxar barril de petróleo pra cima, e com isso a inflação e logo depois os juros. Mas se aumentar não deve ser tanto, aí eu perderia no curto prazo, mas em algum momento no longo prazo resolveria isso.

SE a cotação do dólar se mantém na faixa dos R$5 não preciso calcular muito; a R$4 eu perderia cerca de 20% do investido considerando uma cotação de TLT inalterada; já a R$3 (algo que acho muito difícil de acontecer, diga-se de passagem), mesmo que o TLT valorize muito, é capaz até de eu perder dinheiro, mas sinceramente, vou adorar "perder" esse dinheiro nesse caso sabendo que o dólar no nosso país está tão baixo assim...

No final das contas, quando esse movimento de queda de juros se confirmar a tendência é que o dólar se desvalorize mundialmente, e se tudo estiver bem por aqui no BR, a cotação do dólar venha a cair também.

OUTRAS OPÇÕES QUE EU DISPENSEI

TFLO: é um ETF para prazos bem mais curtos. Bom pra reserva de emergência, pós fixado. Tem também o BIL, que compra títulos a 3 meses do vencimento e vende a 1 mês só vencimento. Volatilidade mínima. 

Esses 2 dão praticamente o mesmo resultado. Com o começo da alta dos juros em março de 2022 eles começaram a subir. Mas são bem diferentes do TLT. Eles são o que a gente tem de mais parecido com o nosso Tesouro Selic. 

Contudo, eu sinceramente não tenho o menor interesse neles. Para ganhar cerca de 5%, por mais que seja em dólar, eu prefiro ficar na nossa renda fixa BR que paga bem melhor.

Tem alguns de prazo médio que não acho que valha muito a pena. Melhor pegar o de longo prazo, pois a variação é maior.

EXEMPLO DE CENÁRIOS PARA QUEM PENSA EM ENTRAR NA TESE TLT

Para quem pretende entrar nesta tese, ao mesmo tempo filosofando sobre a questão do dólar na compra do mesmo, vejo estes 3 cenários (de curto e médio prazo) mais factíveis:

1) Muitas vezes a cotação do dólar baixa aqui no BR exatamente pelo fato dos juros futuros USA diminuírem. Que foi o que ocorreu semana passada. Nesse caso, pode acontecer de você comprar o dólar bem mais barato, mas aí a cotação do TLT pode já ter disparado
Por exemplo: eu comprei TLT a $83-$84 com dólar acima de R$5. Nesta última semana, ganhei na valorização do TLT para $88, mas perdi na desvalorização do dólar a R$4,90. Aí ficou a conta pela receita praticamente.
2) Se você der sorte, pode pegar um dólar a uma cotação mais baixa por motivos internos (melhora no fiscal, etc) aí esse seria o melhor dos cenários. Pois pegaria o TLT a uma cotação mais baixa, visto que não houve influência dos juros futuros sobre ele
3) Se o cenário piorar nos USA e os juros futuros voltarem a subir, você certamente comprará TLT a uma cotação mais baixa, no entanto, o nosso dólar BR certamente estará mais caro exatamente por conta disso

quarta-feira, 12 de abril de 2023

CZB 1T23: +1,84% - A batalha dos juros - Bolsa barata: oportunidade ou cilada?

A BATALHA DOS JUROS

Esses juros estão ferrando com muitas empresas. É fato. Aí é fácil falar: BAIXEM OS JUROS. Parece bastar isso para resolver o problema, mas aí você pode perder o controle da inflação. Não é tão simples. Ah se fosse.

Basta ver a história:

BRASIL 2014-2016: Nova matriz econômica. Juros são baixados quando a inflação não estava ainda controlada. A inflação dispara meses depois e os juros bateram 14%.

USA década de 70: Arthur Burns segue a pressão de Nixon e baixa os juros na marra. O problema chega na década de 80 num nível que Paul Volker teve que aumentar os juros americanos para incríveis 20%!

Só mais um caso recente...

Conclusão: se não resolver o problema logo no começo, assim como uma doença, o remédio acaba sendo muito mais amargo depois. E quem mais sofre com uma inflação alta é justamente a população mais pobre.

SOBRE O "ARCABOUÇO FISCAL"

Acredito que saiu melhor do que se pensava, partindo do princípio que houve um mínimo de preocupação com o problema fiscal. Foi positivo a base para o cálculo do crescimento da despesa ser a receita passada, e não a projetada. E sim, deve vir aumento de impostos no couro do peão para essa conta fechar.

Acho que pode ser o suficiente pra trajetória de juros começar a baixar. E aí campeão, talvez possa ser essa a hora da virada que todos esperam.

O risco dessa minha premissa: os juros americanos aumentarem muito mais. Contudo, entendo que o espaço pra alta lá não parece ser tão grande. E com alguns desses últimos bancos que quebraram por lá, fica uma ameaça de crise de crédito que pode fazer o FED rever essa perspectiva de alta e empurrar o problema mais pra frente. 

CARTEIRA ZÉ BATALHA 1T23: +1,84% NO ANO

A CZB, comparando com outro investimentos, fechou o primeiro trimestre até melhor do que eu pensava: +1,84% no acumulado. CZB Ações ganhou do IBOV: -3,42% a -7,16%. CZB FIIs venceu o IFX: -2,59% a -3,70%. CZB-USA valorizando +10,72% (em reais), renda fixa (cada vez mais próxima dos 40% de alocação) com +3,3% e a CZB Cripto batendo +53,64%

COTAÇÕES DA BOLSA EM BAIXA: OPORTUNIDADE OU CILADA?

A bolsa brasileira está extremamente barata. E pode cair ainda mais, é claro. Mas vejo o espaço pra subir bem maior que o espaço pra cair. Pra quem é holder, esse pode ser um grande ano pra comprar alguns ativos nas baixas. A bolsa brasileira só costuma andar com queda de juros e ela parece mais perto do que longe.

Da série "vi por aí". Muito característico... rs

Mas o que comprar, o que aproveitar nessas mínimas? Essa é a grande questão. Vou passar a minha visão de 3 casos, do mais pessimista ao mais otimista. Todos presentes na CZB: OIBR, CVCB e MDIA.

OIBR: o que já não prestava muito ficou ainda pior após mais uma RJ. Essa eu já dei como perdida. Quem quiser apostar na mínima aqui tem que ter muita fé. O mais complicado é que a salvação da OI, com o intuito de quitar suas enormes dívidas, parece ser a venda de sua participação na Vtal, o filé mignon, o que ela tem de melhor. Não vou esquecer nunca de um cara no twitter que colocou 90% do patrimônio dele nisso aqui... Onde andará esse jovem... 

CVCB: parece começar a resolver o problema de sua dívida, mesmo sabendo que deverá fazer mais emissões. Turismo foi o segmento mais afetado na pandemia e é um negócio complicado. Dólar influencia muito. Mas ela é praticamente um monopólio no setor. Dificilmente vai quebrar. Acho que vale a pena arriscar comprar nas mínimas históricas a R$2,80 algo que já valeu R$60. E foi o que fiz, salientando que ela tem uma alocação modesta na CZB Ações.

MDIA: uma queda absurda de 22% como aquela no dia 20/3 é para mim uma ótima oportunidade de entrada. Eu aproveitei pra fazer mais um aporte. O mercado penalizou demais a empresa pelo resultado, comprometido devido a alta no preço do trigo. Mas é uma ótima empresa, que sempre deu lucro, até numa situação como essa. E o mais interessante é que o preço do trigo vem baixando, o que já poderá se refletir positivamente no seu próximo resultado.

ABRIL UPDATE

Escrevi isso ao final do mês passado. Pelo que se viu na última semana, a perspectiva de controle da inflação aqui e lá fora ficou mais otimista. O mercado parece ter gostado do que viu, expectativas de juros vem caindo e a bolsa teve a melhor semana do ano.

As coisas podem estar melhorando? Quem sabe? Tem muita coisa que ainda pode dar errado nesse cenário. Só resta aguardar os próximos capítulos...


sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Retrospectiva 2022 / Fechamento CZB: -2,72% no ano / Expectativa 2023 / O fim de uma era

RETROSPECTIVA

A Carteira Zé Batalha obteve um rendimento de -2,72% no ano. Chegou a bater quase -10% em junho, já em outubro reverteu para +1,6%, mas aí de novembro pra cá foi só lenhada e deu nisso aí. #saudade dos 26% obtidos em 2019...

Um ano de muitas tensões, como tem sido de uns tempos pra cá, infelizmente. Se a pandemia deu uma amaciada, tivemos guerra na Ucrânia e as já previstas tretas eleitorais no Brasil.

CARTEIRA ZÉ BATALHA 

Após a leitura do livro "The Warren Buffet Way" e várias reflexões, resolvi acionar um plano de realocação, conforme tratei no post anterior.

Como podemos ver nessa lista o Tesouro Selic foi o melhor investimento do ano, indo em linha com meu plano de aportar mais na RF. A queda forte nas ações BR foi depois das eleições, diferente do que muitos pensavam.

O mais interessante é que ao comparar com o fechamento de 2021 vejo que praticamente tudo que brilhou em 2021 apanhou em 2022.

CZB-RF (+12,91% no ano)

Selic se mantendo em seus +13,75% e o momento de redução da taxa de juros cada vez mais incerto. Em 2021 a CZB-RF rendeu apenas +4,5%.

Estarei focado na meta de chegar a 40% de RF neste ano. Devemos ser o país da renda fixa ainda por um bom tempo...

Se você não quer esquentar muito a cabeça com investimentos, é uma boa pedida. Dá pra obter fácil pelo menos 1% ao mês neste momento sem muito esforço. Cada vez mais lembro dos papos com o colega gestor da CMT, que não abre mão de uma alta alocação em renda fixa no Brasil.

CZB-Ações (+6,75% no ano)

Em 2022, venci o IBOV com seus +4,69%. Em 2021 a CZB-Ações rendeu -16,72%. 

Os alugueis de ações estão ficando cada vez mais interessantes na medida que o patrimônio vai crescendo, uma das vantagens do buy and hold.

Uma das maiores vitórias aqui foi a performance de CIEL3, segunda ação que mais subiu no ano com +142,09%! O Zé Batalha sempre acreditou. De 2020 para cá foram muitos aportes abaixo de R$4!

Mas tenho também 2 entre as 20 ações que mais caíram no ano: CVCB3 (-66,54%) e OIBR3 (-77,63%). Apostas...
Minha cara quando olho as cotações de OIBR3...

CZB-FIIs (+6,25% no ano)

Em 2022, venci o IFIX com seus +2,22%. Em 2021 a CZB-FIIs rendeu -6,19%. 

Houve bons momentos de alta nas cotações dos FIIs, mas na medida que foi surgindo insegurança sobre o cenário fiscal as inevitáveis quedas ocorreram.

Dos 10 ativos da carteira, somente GGRC11 (+1,98%) e VISC11 (+4,08%) tiveram rendimento positivo no ano. Os que tiveram rendimento mais negativo: FIGS11 (-8,68%) e HGRE11 (-8,15%). Aí você pode se perguntar: por que ainda rendeu tão positivo? Resposta: muitos proventos! 

CZB-USA (-36,12%) (Rendimento convertido em reais)

Para se ter uma ideia do impacto da alta de juros americana, a CZB USA já chegou a estar mais de 40% positiva em 2021, quando rendeu +36,01%! Mas a pancada de 2022 foi tão braba que ela negativou!

Dos 14 ativos, somente KO (Coca-Cola) ficou positivo no ano: +7,43%. A que mais caiu foi META, -64,22%, num ano em que o antigo Facebook apanhou mais do que mala velha conforme tratei nesse post.

CZB-CRIPTO (-67,78% no ano)

Praticamente empatado com o ativo de referência, o BTC, que levou uns -66%. Carteira de cripto é isso aí. Está impressionado com essa queda? Em 2018 levei -80,42% nos peito. Já em 2017 deu +726,35%, em 2020 +359,59%, 2021: +196,90%. Só a loucura de sempre. Tudo normal aqui...



Reflexão sobre os resultados da CZB até hoje

Esperava sim resultados melhores, mas não estou desanimado nem arrependido. Todas as decisões que tomei até hoje me serviram de aprendizado. Até outubro do ano passado eu estaria ganhando da Selic e hoje eu ainda ganho da inflação e da poupança. Sigo na perseverança.

Este ano penso em fazer uma maior alocação ao fundo de pensão da empresa onde trabalho. Meu objetivo principal é acumulação de patrimônio para a aposentadoria e é lá onde tenho a melhor performance (e onde estou aportando menos...), apesar de não contabilizar nos meus cálculos aqui da CZB. A questão é só torcer para não roubarem mais esse fundo como fizeram há alguns anos atrás, algo normal no Brasil infelizmente...

Na CZB decidi que quem entrou, entrou. Só a porta de saída está aberta a partir de agora. Não quero mais fazer estudos tão detalhados como os do post passado. Já deu esse negócio de estudar novos ativos. Manterei o que tenho de bom e extirparei o que não presta. Essa é a meta.

EXPECTATIVAS PARA 2023

Dado a consciência que tenho da inutilidade de esquentar a cabeça com previsão de cenários, reitero que o que escrevo aqui são apenas minhas opiniões.

A questão fiscal, como sempre, é crucial. Surgiram sim muitas sinalizações de que não seria devidamente tratada, mas a grande verdade que a gente só vai saber mesmo no decorrer do ano. Só observo, tento ser racional, focando no que tenho controle.

O que realmente espero é que algo tenha sido aprendido com os erros cometidos na década passada. Que não se arrisquem em experimentos como "a nova matriz econômica", que nos levaram à grave crise de 2015-2016, o que causou 7% de derretimento do PIB em apenas 2 anos. 


Notícias mais recentes dão a entender que não há um sentimento de gasto desenfreado, mas sim uma considerável preocupação com essa questão. Resta saber o quanto disso será exequivel, o que só saberemos com o tempo.

Independente do que ocorra eu sempre torço pro Brasil dar certo.

Em relação às ações se tem algo que pode animar é o valuation (pra quem acredita) ainda baixo, mas fica sempre a dúvida do quanto ainda pode cair em meio a tantas notícias que jogam contra.



MUNDO - O FIM DE UMA ERA DE JUROS BAIXOS

2022 marcou o fim de cerca de uma década de juros em zero ou negativos. Uma situação que criou um cenário muito irracional de captação de dinheiro que ocasionou um bull market em diversos mercados, como ações e criptomedas.

O mundo deve seguir em cenário contracionista de elevação de juros. Portanto, devemos ter mais um ano bem desafiador para os investidores.

Nos USA, juros podem até estacionar este ano mas eles ainda estão com 1,7 vagas pra cada trabalhador, desemprego em 3,5% e ainda caindo (pleno emprego extreme) e altos salários! Mesmo que os juros não se elevem tanto, a recessão deve forçar esse movimento, desacelerando os lucros, então ações devem cair ainda mais. Os ciclos da economia são inevitáveis.

Por isso penso que não é necessário ter muita pressa para alocar em USA nesse momento. A frase padrão hoje lá é: "não sabemos qual a intensidade dessa possível recessão e o que está ou não já incorporado nos preços dos ativos".

A reabertura da China neste ano pode ser uma ótima notícia para o Brasil e o mundo em geral.

"TANTO NO PESSOAL COMO NO PROFISSIONAL..."

Um ano muito bom, graças a Deus!

Pude fazer viagens que planejava fazer há muito tempo e não fiz devido a pandemia. Viagens com minha esposa e filha além de levar minha mãe para Aparecida e Canção Nova (seu sonho). Espero em 2023 contiunar viajando sempre que possível.

No profissional, a meta é terminar meus cursos pendentes na Udemy e pretendo me dedicar mais aos projetos pessoais de programação.



Um ano de muito reconhecimento (daquele que o peão mais gosta) pelo meu trabalho, mais até do que eu esperava. É muito bom ver quando a sua perseverança surte efeito. Muito feliz por isso.


FELIZ 2023 A TODOS!

domingo, 25 de dezembro de 2022

Realocação da carteira de Renda Variável - Repensando a CZB

Este ano de 2022 foi marcado por uma realocação forte na carteira Zé Batalha. Finalmente falarei sobre esse tão adiado post.

Passando a faca na carteira

REPENSANDO A RENDA VARIÁVEL NA CZB

Era algo que já vinha refletindo faz um bom tempo. Ao ler neste ano "The Warren Buffet Way", acabei filosofando ainda mais sobre a questão, vendo como os mestres compõem suas carteiras. 

Uma das coisas mais importantes que percebi é a necessidade de ter um pouco mais de convicção. É fato que a diversificação nos protege e já até falei dos perigos que vejo de se ter uma convicção absoluta, mas um mínimo dela é necessário ao investir para se ter maiores ganhos. Claro que esse aprendizado a gente adquire com o tempo.

A carteira da Berkshire de Warren Buffet com cerca de 40 ativos tem somente 80% da alocação em 10 deles. Peter Lynch tinha 1000 ações mas ficava concentrado em poucas, Charlie Munger tinha apenas 10. Todos foram muito bem sucedidos. Sei que é bem difícil para nós, meros mortais, se comparar com esses gênios, mas acho que há sim um aprendizado aqui.

A pala do Lionel Messi do mercado financeiro

Então, repensei por completo a CZB, mantendo a diversificação mas também tentando evitar a pulverização, ao notar ativos com menos de 1% de alocação geral. A meta é passar a faca no que não vale o meu tempo, como essas carniças que citei nesse post.

Spoiler do que não presta na minha carteira

Decidi que poucas ações são para o longo prazo e são nessas que vou me concentrar! O estudo que faço nos balanços trimestrais dá mais confiança nos aportes e ao reduzir a quantidade de investimentos reduzo também a distração com o que não vale meu tempo.

REALOCAÇÃO NA CZB-RV

Inicialmente, separei os ativos de alta qualidade presentes. Aumentei metas de alocação destes e diminui ainda mais os que não se enquadravam. Ao final, a CZB Geral ficou com 87% dos ativos nesta categoria (contando também a RF, tal como Tesouro Selic e IPCA+ 2026). Os 13% restantes não são tão bons e/ou são as poucas apostas que restam.

A pergunta que fiz ao definir quem entra nesse grupo seleto: quem aguenta a pancada ou até se aproveita dela. No caso de ações, tentar ao máximo olhar a empresa da porta pra dentro. O que temos menos controle é o cenário macroeconômico.

Em momentos de bear market, quando o negócio vai ficando mais feio, com ameaças fortes de recessão (como agora), se torna ainda mais importante analisar o caixa líquido das empresas investidas. Nessas horas, as grandes sobrevivem e podem até ficar maiores.

Costumam ser empresas de alta qualidade com cotações mais baixas que o normal, tais como Microsoft, Apple, Google, Coca-Cola (USA) ou WEG, Itaú, Engie, M Dias Branco (Brasil). Elas também sofrem, mas tem tudo para continuar sendo excelentes. São nestas que quero estar fortemente investido.

Muitas delas tem vários bilhões em caixa, são lucrativas e tem dívidas sobre controle, não precisam levantar tanto capital e por isso uma alta taxa de juros afeta menos que a maioria. O mesmo não pode ser dito de empresas super endividadas que ainda operam no prejuízo.

Ou seja: quando o negócio é bom, quando é bem gerido, ele dá lucro a todo momento, com ou sem recessão. Por isso nunca vendo uma empresa boa, que se enquadra nesses critérios. Na verdade pode ser uma boa hora até para comprar estas, ou mesmo empresas não tão boas mas que estejam com problemas temporários.

EM DETALHES, O QUE FIZ ESTE ANO NA PRÁTICA EM TERMOS DE REALOCAÇÃO

Pra começar vendi RAIL3, ainda no lucro, após ter entrado em 2016. Analisei que o ano seria tão ruim ou pior por conta da alta dos juros, ela ter muita dívida e o negócio não ser tão bom como avaliei. Saiu da carteira mas como poderão ver tenho coisa muito pior ainda. Como a ideia é de reduzir ativos ela foi uma das escolhidas até porque ainda saí com algum lucro. 

Da venda, comprei EZTC3, MDIA3, VALE3, CVCB3 e até OIBR3. Destaquei em negrito aqui as que considero de alta qualidade. Vou analisar esses e outros ativos presentes na CZB em seguida.

EZTC3: cíclica, mas super bem gerida, penalizada pelos juros altos. 

VALE3: gera muito caixa e distribui muitos dividendos na alta do ciclo. Nunca vamos viver sem minério de ferro. Buffet diz que commodities só são vantajosas se for uma low cost provider, e VALE está cada vez mais nesse caminho. 

Dei sorte em ter feito aportes agressivos em MDIA3 com ela na faixa de R$20 a R$21 e logo depois ela chegou a passar de R$40.

Houve programas de recompra durante o ano que beneficiaram VALE3 e MDIA3.

ABEV3 tem sido afetada pela alta dos insumos, margens caíram, cotações pouco se mexem (faz décadas) mas como não tem muito pra onde crescer há chances de ser melhor pagadora (já é boa) de dividendos no futuro. Não repassou todo o preço abrindo mão de margem para recuperar mercado. Conseguiu crescer mesmo em um cenário de pandemia.


COGN3 teve alguns resultados muito bons no ano mas já estou posicionado o suficiente, lucros chegaram a melhorar mesmo com a alta da Selic, Blackrock voltou a entrar pesado. 

Mantive a aposta em CVCB3 para quando viagens voltarem com tudo e aportei mais nas fortes quedas oorridas. Apesar dos fundamentos longes do ideal, ela tem uma fatia enorme desse mercado de turismo.

Na bolsa americana, sempre que percebi quedas maiores, aportei aos poucos (nunca saberemos o melhor momento) nos ativos de alta qualidade da carteira.

BONUS: Sobre a minha aposta em OIBR3 - Um tópico à parte

Agora falando dos meu vacilos e do que não presta, mas ainda mantenho. Acabei apostando mais em OIBR3, mas é incrível. Eu nunca pensei que essa desgraça fosse cair tanto. 


Segue o que considero mais relevante:

-Vi que estava resolvendo a questão da VTAL, que ia investir R$30 bi na rede neutra em 5 anos, mas depois não ficou tão bom como se previa
-A situação da empresa era muito mais incerta quando estava a R$2 do que agora a R$0,20: tinha um plano com dezenas de itens muito difíceis que hoje já foram todos praticamente resolvidos, até mesmo a Recuperação Judicial
-Sobre falência, apesar de nada indicar isso até o momento: o negocio é tão louco que muita gente acha que a empresa está falindo apenas por ver a cotação chegando perto do zero. Sendo assim quando ocorrer o grupamento, 1000 ações a R$0,20 vai se tornar 10 ações a R$20 e então fica tudo resolvido... #RISOS
-Ainda assim se o pior ocorrer eu perco o equivalente a apenas 0,5% do meu patrimônio. Diversificação e exposição prudente a cases de turnaround é isso: estou tranquilo, de boa.
-Ainda acho que pode dar alguma alegria, mas seria coisa pra daqui a muito tempo...

OBS: Comecei a escrever esse post antes do resultado das eleições. Praticamente todas ações derreteram de lá pra cá e por isso o texto envelheceu mal. 

CONCLUSÃO

Dito isso, dá a impressão de eu estar empolgado com a RV, mas não... Comecei a entrar no TD IPCA 2026 e estou focado agora pra chegar na minha meta de 40% RF (antes era 35%). Falarei em maiores detalhes sobre isso e os eventos recentes no próximo post, de retrospectiva do ano.

domingo, 23 de outubro de 2022

CARTEIRA ZÉ BATALHA 3T22 - A recuperação inesperada: -0,59% no ano

Depois dos vários desabafos nos posts anteriores (risos), vamos voltar agora ao que realmente importa nesse blog.

É sempre interessante rever o que escrev antes sobre o que imagino que vai ocorrer. Ao final de junho achei que a gente em breve ia ter um grande crashCom o resultado de julho eu já demonstrava algum otimismo, chegando a pensar que as coisas não eram tão ruins assim.

Apesar do ótimo desempenho da CZB nesse 3º trimeste como mostrarei abaixo, eu não me animo com o que deve vir por aí. Os sinais de perigo são muitos. Ou seja, penso que essa melhorazinha aí nada mais é que o famoso dead cat bounce:

Você vê o bixane dando esse pulo mas foi só cadáver dele que quicou no chão ... :(

JUROS AMERICANOS E CENÁRIO GLOBAL

Como disse o Márcio Fontes, eu também penso que no futuro um dos maiores erros da história será a afirmação do FED de Jerome Powell indicar que a inflação era transitória e não ter cuidado do problema o quanto antes. O preço deve ser alto não só para o USA, mas também para o mundo.

Quanto mais analiso a situação, mas acho que o problema está longe de ser resolvido. Dados de inflação a cada divulgação se mostram mais preocupantes.

Começamos o ano com projeções de 0,5% na taxa de juros norte americana e nesse momento essa projeção já está em 4,5%. E mesmo com esses sucessivos aumentos a inflação não está sendo contida. Desemprego ainda baixando e o core da inflação que continua aumentando, em 6% agora. 

Cito com minhas palavras o que o comentou o Pedro Cerize nesse episódio do Stock Pickers:

Imagine as empresas com dívida no balanço captada a 0% + spread do passado. Quando essas dívidas vencerem e eles forem rolar com juros a 5% + o novo spread que também aumentou, vamos estar vendo uma situação em que elas estariam deixando de pagar um juro de 3% e passar a pagar de 7 a 8%! Se não ganhou dinheiro até ali, ela quebra agora. Do outro lado o credor emitia dívida a 3% achando que ele ia pagar. Mas a 7% ele não empresta mais pra esse cara pois percebe que ele já está quebrando. É nesse momento que a quebradeira deve começar.

Essa molezinha de dinheiro fácil acabou

E o FED não parece ter outra alternativa. Vai precisar dessa quebradeira pra poder controlar a inflação por mais doloroso que possa parecer.

Na Europa, além dos juros altos tem a crise energética. O aumento nas contas de luz e gás está cada vez mais tenso. Recessão deve vir mais forte ainda por lá.

Para complicar ainda mais, temos a situação geopolítica mundial: Russia x Ucrânia, a treta China-Taiwan-USA, que proibiu exportação de chips de última geração pra China, entre tantas outras que decorrem delas. No pior caso podemos ter um problema muito pior do que algo inerente a economia.  Não consigo lembrar em minha vida de um cenário tão tenso como o atual. Que Deus nos proteja.

BRASIL

Ao contrário da década de 80 não temos uma dívida externa para tornar o problema da alta de juros norte-americana pior aqui. Naquela época a treta foi muito grande para todos os países que estavam nessa situação. Hoje pelo contrário, temos boas reservas.

Contudo, apesar de o Brasil estar mais avançado no processo e se falar já em queda de juros no futuro, não podemos nem de longe garantir isso. Uma alta desenfreada nos juros americanos pode provocar o mesmo movimento no nosso lado também.

CARTEIRA ZÉ BATALHA

Um trimestre bem surpreendente. Após os 4,83% em julho, 4,15% em agosto e 0,67% em setembro, a CZB vem zerando as perdas, ficando quase que flat no ano, com -0,59% de performance. Patrimônio vem crescendo só pelos aportes mesmo.

O interessante da CZB é que a porrada em USA e Criptos (mesmo a alocação sendo baixa) é o que tá puxando o rendimento geral pra baixo 📉. RF, Ações e FIIs estão 📈

2022 até o fim de setembro:

CZB-Ações [Aloc: 33%]: 11,14% x 4,97% IBOV

CZB-FIIs [Aloc: 20%]: 12,47% x 6,63% IFIX

CZB-USA [Aloc: 11,5%]: -33,54% (em reais)

CZB-Cripto [Aloc: 2,5%]: -61,15%

CZB-RF [Aloc: 33%]: 9,29% x 9,51% TD-Selic 2027


ONDE APORTAR NESSES MOMENTOS?

Ainda parafraseando o Cerize:

"Baseado na alta imprevisibilidade atual que vivemos, se você tiver um pouco de ações de commoditties (tem algumas pagando cerca de 20% de dividendos), alguns titulos de inflação mais longa (pagando 6% + IPCA), e um pouco de CDI (quase 14% a.a.) você deve se dar bem em um cenario de dolar a R$4,30 ou R$6,00."

Na CZB tenho quase tudo isso. Só não o TD IPCA longo, mas devo voltar a aportar no mais curto de 2026 mesmo, sujeito a menor volatilidade e com um resgate mais próximo.

Natural eu querer comprar nesses momentos de baixa em USA quando se vê essa classe tão longe da meta de alocação que eu defini. Cheguei até a aportar um pouco nos últimos meses lá, mas tenho me controlado e procurado fazer mais caixa na RF por tudo que já citei.

Cada vez mais duro pro ZB saber onde aportar

A regra é clara: Lucros caindo (o que deve ocorrer com a recessão que vem chegando) e juro subindo causa tendência de baixa na bolsa. E então pode propiciar preços melhores para aporte no futuro.

E como falou também o Márcio Fontes: "Basta pensar que: se todas as altas na bolsa americana que tivemos nos últimos anos foram por conta da baixa de juros e QE/injeção de dinheiro então deve ser muito óbvio que à medida que isso for acabando realmente haverá algum impacto."

Até quando dura? Essa é a pergunta que o mundo todo se faz neste momento.

Em breve, antes do fim do ano, o tão adiado post sobre a realocação da CZB que deve detalhar mais a estratégia a ser seguida a partir de agora.

sábado, 6 de agosto de 2022

CARTEIRA ZÉ BATALHA - Estava ruim antes mas agora bom demais pra ser verdade: +4,83% em julho e -5,19% no ano

Esse post seria pra falar das realocações da CZB e resultado no primeiro semestre, mas me atrasei e então percebi que o mês de julho foi muito melhor do que eu esperava. Como diria o poeta: "é melhor ser feliz do que ser triste", então vou me aproveitar disso pra divulgar meu resultado.

E enquanto escrevo isso e vejo a valorização já ocorrida na primeira semana de agosto, penso que está bom até demais pra ser verdade... 

Como todo bom peão, Zé Batalha fica logo desconfiado quando vê as coisa melhorando...

Em tempos como esse, realmente é de se animar ver um mês de julho onde a grande maioria dos ativos da CZB-Ações e CZB-USA valorizaram.

Chega a ser até engraçado todo o pessimismo que escrevi no post anterior. Adoro ler esses meus posts onde escrevo o que acho que vai ocorrer... risos... mas o certo é que a história ainda está sendo escrita.

DESEMPENHO DA CZB

Como diria meu amigo gestor da Carteira Damaia: sola muita sola muita em junho, mas quem não levou? CZB rendeu -3,46% no mês de junho e -9,56% no ano de 2022 até então.

Percebi navegando pelos blogs dos outros batalhadores da finansfera que em junho a CZB caiu mais do que a maioria por conta da exposição em USA e criptos que muitos deles não tinham.

Aí chegou julho e tudo ficou mais bonito: +4,83% no mês e -5,19% no ano. Destaque do mês para a CZB-Ações com +7,09%, quase zerando as perdas dela no ano e batendo os +4,69% do IBOV. E aí a exposição em USA e cripto ajudou bastante, pois esta última valorizou 41%!

Me impressiona ver a CZB rendendo -5,19% no ano, menos ruim que muitos desses aí... risos 

BOLETIM MACROECONOMICO BATALHA - ATUALIZAÇÃO

Começando pelo Brasil, tudo indica que chegamos ao fim do ciclo de aperto monetário com o mais recente aumento da Selic para 13,75%. Tudo indica que teremos no máximo mais um aumento de 0,25%. Mas penso que ainda deve demorar bastante pra começar a baixar os juros.

BC britânico adota maior alta dos juros desde 1995, a inflação americana passou de 9% no ano em junho e no último anúncio, o vetera Powell aumentou em 0,75% a taxa de juros e sinalizou que a inflação parece estar chegando num teto... mas será mesmo?

O certo é que o FED (e creio que todos os bancos centrais) sempre tenta passar um tom mais otimista e confiante para não apavorar os mercados. Quando analisamos os índices de inflação americana vemos que ela parece ainda longe de ser controlada.

Uma coisa que ficou clara nos últimos anos é que esses modelos baseados na curva de Philips não conseguem prever nem de perto o que vem a acontecer. 34 de 35 analistas previram inflação de 4% ao ano nos USA ao contrário dos 9% que temos hoje. O modelo é falho pois não consideram o choque de oferta, a impressão desenfeada de dinheiro, etc. 

Não é tão diferente do meu modelo mental falcão que aposta que a Selic vai chegar a 15% ou do meu bet que o São Paulo vai vencer por 3x2 o América-MG. 

O que eu posso dizer é que eu não confio nessa estimativas e não perco meu tempo me aprofundando sobre isso e muito menos me baseando nelas para uma tomada de decisão.

Como tratei no último post sobre economia, quanto mais analiso o cenário macro mas eu acho que a bolsa americana deve cair ainda mais e daí vem a desconfiança do ZB quando vejo tantas altas. 

Boto mais fé no que o vetera Larry Summers falou aí. Não sou tão pessimista quanto ele, mas certamente não estou otimista como o FED. Ainda mais quando vejo o relatório de emprego que acabou de sair bem acima do esperado, o que indica uma chance de maior aumento dos juros na próxima reunião do FED.

E por sinal, recomendo esse excelente post sobre a inflação que vivenciamos hoje, um problema mundial, fato.

DECISÕES TOMADAS EM RELAÇÃO A CZB

A decisão que já havia tomado de aportar mais em RF acaba por ser uma forma de fazer mais caixa, mesmo não sendo a minha intenção principal. Caso role essas quedas que imagino, poderia me aproveitar dele. Caso não role, ele rende cerca de 1% ao mês. Pra mim tá bom.

Há sim um risco de insolvência no Brasil com os gastos atuais na tentativa de reeleição e os possíveis gastos em 2023 dependendo de quem vença as eleições, mas ainda acho bem pequeno, até porque a arrecadação tem aumentado, muito bom pras contas públicas.

O momento mais propício para entrar forte em USA seria quando o FED indicar mudança de postura no aperto monetário, mas como é difícil acertar o timing penso que seria melhor ir aportando com frequência nas quedas que vierem a surgir.

Mesmo que seja assim... risos...

E o que eu deveria aproveitar em RV? Aquelas empresas TOP que caíram demais tanto lá fora como aqui. No próximo post devo detalhar mais a ideia.

Tenho me animado a aumentar alocação em FIIs. Quem já entende um pouco disso sabe que não se deve ter muita expectativa no aumento da cotação deles (normalmente o contrário do que se espera das ações), não precisa se preocupar tanto se tiver escolhido um FII minimamente sólido, mas sim em aportar o máximo que puder para aumentar o recebimento de proventos.

O momento de aumentar a meta de RF para 40% (hoje em 35%) está próximo. E isso não vem muito do cenário mundial, mas sim da minha vida, da realidade. Com o avanço da família, minha idade e dos Batalha pais, torna importante se ter reservas líquidas maiores.

Comprar TD IPCA 2026 em breve fica cada dia mais interessante. 6% + IPCA ao ano garantidos até agosto de 2026 e caso precise vender antes pode ganhar ainda mais quando chegar a virada na curva de juros.

Como citado nesse artigo concordo que o TD-IPCA pode ser uma ótima opção, desde que não seja dos mais longos. Interessante notar que por mais que a taxa de juros esteja aumentando para controlar a inflação, o consumo pode aumentar por conta dos cortes de impostos e pacotes de auxílios, que devem estimular a demanda e com isso puxar a inflação pra cima. 

Ou seja, o BC puxa a corda para um lado tentando controlar a inflação e o governo puxa para o outro lado, injetando dinheiro e estimulando o consumo. Nada impressionante aqui, políticos fazem de tudo para se reeleger. Cada um defende o seu. Segue o jogo.

E AS CRIPTO?

Nos últimos bear markets de bitcoin (2013, 2015 e 2018), ele caiu 80%, parecido com o que vemos agora. Não acho que ele vai se acabar, mas podem sofrer ainda mais com o que vier a ocorrer nos USA. Assim como os BCs, as criptos que foram heroínas antes, são as vilãs do momento.

Esse artigo que o greenBerkie compartilhou mostra muito bem como foram esses bear markets que citei. Recomendo a leitura.

POR FIM, O FAMOSO LONGO PRAZO

São momentos como esse que não podemos esquecer dele. Não vender desesperadamente, não interromper o processo. O maior erro, a meu ver, é não estar exposto aos benefícios do longo prazo. 

domingo, 26 de junho de 2022

Inflação e aumentos nas taxas de juros mundiais - Bolha prestes a estourar? - Até onde tudo vai cair?

Depois de um bom tempo sem postagens, Zé Batalha está de volta.

THE BATTLE OF INFLATION

Um assunto constante e que deve continuar por um bom tempo aqui, mas trazendo para a nossa realidade: a única forma do peão lutar contra essa inflação é tentar compensar do lado da receita (claro se ele tiver essa oportunidade) e é isso o que venho tentando fazer.

Minha cara assim que chego no supermercado. Inflação medonha é essa.

THE BATTLE OF RECLASSIFICATION

Foram 2 meses de muita perseverança para mim e vários colegas de trabalho na luta para passar em um processo de reclassificação aberto pela empresa. Por isso estive mais ausente no blog.

Obtive 8 certificações e fiz um exame de proficiência de inglês nesse período. O que eu podia fazer eu já fiz, resta só aguardar se vai dar certo. 

Zé Batalha x Inflação

AUMENTO DA TAXA DE JUROS AMERICANA - O TAMANHO DO PROBLEMA

Depois de uma certa animação no último post em abril, a dura realidade parece que veio à tona.

Tenho estudado cada vez mais o cenário macroeconômico para entender a situação atual. E quanto mais analiso mas penso que as coisas devem piorar mais. Tentei até ser otimista no início do ano, mas não deu... rs

Podemos estar vendo o desmonte de algo que não começou na pandemia, mas sim em 2008, com essa política de estímulo dos mercados patrocinada pelo FED, massivas quantidades de dinheiro injetadas na economia americana até 2021. 

Agora parece muito óbvio e talvez não houvesse outra escolha, mas lá atrás é de estranhar que no meio de tantos "excelentes" economistas defendendo impressão desenfreada de dinheiro ninguém foi capaz de prever que teríamos uma inflação fora de controle a seguir. 

O coroa Jerome Powell focado na missão de imprimir dinheiro

Tanto o FED como o BCE imprimiram moeda equivalente a 2 gerações e parece que não sabiam que isso traria consequências inflacionárias. No caso do FED, foi um estímulo fiscal da ordem de 40% do PIB!

Agregado monetário USA (2008-2021). Repare no que ocorreu na pandemia.

Todos os banqueiros centrais parecem ter subestimado esse choque inflacionário. É a maior inflação das últimas 4 décadas nos USA e em boa parte dos países europeus. O Walmart teve a pior queda em um dia desde 1987: 17%. Não estão conseguindo repassar essa inflação.

Isso já parecia um problema em 2021 mas os BCs estão começando a agir só agora. ATÉ O JAPÃO tem hoje sua "tão sonhada" inflação.

Há uma pressão política muito forte para combater a inflação e com isso o jeito é aumentar a taxa de juros. O impacto deve ser grande, empresas vão quebrar, bolsas devem seguir em queda, tanto que o S&P já entrou em bear market oficial (tecnicamente, quedas maiores que 20% em relação ao pico do período). 

USA estão em pleno emprego. algo muito bom. mas para combater a inflação o preço a ser pago será o aumento do desemprego (#curvadephilips). A maioria dos modelos diz que ele tem que aumentar MUITO os juros para conter essa inflação.

Talvez só uma recessão é o que venha a trazer a inflação de volta aos eixos. Há quem acredite no "soft landing" (controlar o problema sem recessão) mas acho difícil.

E então esse mundo maluco de juros negativos parece chegar ao fim. Nunca tivemos taxas de juros tão baixas por tanto tempo e trilhões de dólares investidos nelas. 

E agora vemos um FED “hawkish”, que parece reconhecer ter demorado a subir os juros, menos otimista com crescimento e disposto a agir com uma política monetária mais restritiva, combatendo a inflação com tudo que pode, conforme vimos em sua recente alta de 0,75 pontos, a maior desde 1994.

É um duplo aperto monetário: aumento da taxa de juros e venda de títulos, reduzindo a quantidade de dinheiro no sistema.

Uma hora a conta chega, uma hora a festa tinha que acabar. Normal. Assim funcionam os ciclos econômicos, que podem ser bem agressivos, tanto pra cima como pra baixo...

E DAQUI PRA FRENTE - ATÉ ONDE PODE PIORAR?

Quando as coisas complicam, o dólar costuma subir, mais precisamente o dollar index. Mas não necessariamente o real vai desvalorizar na mesma proporção, vai depender do dinheiro que entra aqui.

Uma valorização do dólar causa problemas não só no USA mas no mundo todo, pois praticamente todo o mundo depende dele. Quando o FED aumenta seus juros, acabam levando outros países a fazerem o mesmo.

Com essa alta de juros o custo da dívida das empresas aumenta junto, o que pode ser o estopim para um crash. A guerra/tensões no Leste Europeu e a alta do petróleo pode agravar mais o problema. Sempre que o petróleo subiu demais uma recessão se instaurou. Se você juntar com a inversão da curva de juros fica ainda pior.

O quanto isso vai durar vai depender muito de até onde o FED vai seguir com essa política, o que vai ser ditado pelo crescimento da inflação.

Recomendo essa live que assisti com esse fera, que tem ganhado com a aposta na alta de juros USA. Assim como eu, ele acredita que os juros deverão subir mais do que o mercado precifica, que a inflação parece bem longe de ser controlada. Ele acha que o juro chega a 6%!

O que a Escola Zé Batalha pensa: que o FED deve aumentar juros até quebrar o mercado, e quando quebrar eles voltam a baixar os juros de novo; ou que o limite vai ser quando a taxa de 10 anos chegar a 5%-6%, o que talvez seria o ponto de virada nos ativos em RV. Não podem exagerar tanto no aumento da taxa de juros pois senão vai ficar muito difícil refinanciar a dívida deles, já a 120% do PIB. 

Se esticar demais quebra não só uma parte dos USA como do mundo. Acho que a bolsa cai até o FED mudar o discurso, sinalizar a reversão desse movimento, o que penso que deve demorar ainda. 

Antes o mercado chorava e o FED parava de subir juros, mas agora a inflação está tensa, e ele deixou claro que vai agir, mesmo atrasado.

BCs foram heróis por um tempo, agora serão vilões. A arma que foi usada por tantos anos agora é inútil, tendo em vista que juros baixos e injeção de dinheiro são exatamente a causa do problema atual.

Mas qual será o tamanho da porrada?

ESTIMATIVA DA ESCOLA ZB TENDO POR BASE O ESTOURO DA BOLHA DAS ".COM" 

Penso que não vai ser uma paulada seca, como foi o início da pandemia, com vários circuit breakers. Deve ser gradativo, com altas e baixas, derrubando tudo pouco a pouco...

Para tentar adivinhar o que pode acontecer precisamos entender o que ocorreu em um período similar e por isso trago o estouro da bolha no início dos anos 2000. Mas dê um desconto pra Escola Zé Batalha, pois como toda previsão é puro achismo, só coloco aqui pois o blog é meu e falo o que quiser... rs


Ou seja, uma queda de 75% em relação ao topo. A bolha das ".com" foi também o bear market mais longo da história, mais de 30 meses, superando até o da grande crise de 1929.

Apesar de hoje várias techs terem um negócio bem mais sólido, lucrativo e gerador de caixa (vide Microsoft, Apple e Google), ao contrário daquela época onde se vendia muita ilusão sem nada concreto, há uma questão macroeconômica complexa a resolver.

Então, trazendo para os nossos dias, o índice Nasdaq chegou ao topo de 16050 em 19/11/2021. Se ele perder os mesmos 75% vai para 4000, ou seja, de 11500 de hoje ainda tem muito pra cair. E se considerarmos o mesmo horizonte temporal essas quedas devem perdurar até 2023.

SERÁ???

CLARO que pode ser menos ruim que isso, mas também pode ser pior...

CLARO que estou falando aí só do Nasdaq (setor de TI), que tende a ser o mais afetado, mas ele vai puxar boa parte do S&P junto. 

E NO "BRAZIL"?

Situação fiscal aqui cada vez mais complicada com aumento de gastos característico em ano de eleição presidencial, pois todo governo faz de tudo pra se reeleger. Com isso expectativa de juros e inflação só aumenta.

No momento que escrevo Selic está em 13,25%, já com expectativas de novos aumentos. Seguro meu bet que ela chega a 15%.

Bom lembrar que a alta de juros daqui ainda nem refletiu a dos USA, o que nos obrigaria a aumentar ainda mais a nossa Selic pra acompanhar os constantes aumentos da taxa de juros. Acho também que a inflação, tida como controlada por muitos, pode demorar mais um pouco para ser contida.

Por outro lado, o Brasil já está bem avançado em seu ciclo de aperto monetário, então o real pode sofrer menos em relação a outras moedas de países emergentes nesse contexto, e talvez não precisasse subir tanto os juros como os outros.

Tem muita gente animada com a bolsa brasileira no menor P/L do século, ou seja, bem barata ao menos em teoria.


Mas as eleições estão pra chegar, e aí que o negócio pode ficar ainda mais louco. 

E COMO FICA A CARTEIRA ZÉ BATALHA?

Tema do próximo post, já engatilhado!

domingo, 3 de abril de 2022

IBOV e CZB decolando - Março de 2022: "Contra fluxo não há argumentos"

Nesse cenário de juros em alta a gente dava como certo que renda variável iria cair bastante. Mas todo dia é uma lição para o investidor perseverante. 

Então vem março e vejo IBOV fechando a +6,06% e a Carteira Zé Batalha de Ações a +12,59%! A CZB Geral fechou a +4,15%, quase que zerando as perdas do ano.
 
Parece que realmente contra fluxo não há argumentos pois houve uma entrada pesada de dinheiro estrangeiro pra cá. Esse artigo explica tudo: Em três meses, investimento estrangeiro na B3 tem saldo de R$ 67 bilhões | CNN Brasil

E esse fluxo não foi somente para pegar a Selic a 11,75% mas também pra comprar ações mais baratas que no resto do mundo, ainda mais quando uma das opções de emergentes (Rússia) meio que foi perdida com essa guerra.

Mas o mês de março não foi esse mar de rosas. Renda variável foi do inferno ao céu. Lembro que nos primeiros dias cheguei a ver uma perda de -2% na CZB.

Fechamento em 1º de abril. Os humilhados serão exaltados... rs


DÓLAR DEIXANDO A GENTE SONHAR?

Toda essa entrada de capital estrangeiro faz o real valorizar. O diferencial de juros (carry trade) só melhora com os aumentos da Selic, o Brasil é um dos poucos países com taxa real de juros positiva, balança comercial favorecida pela alta das commodities também ajuda. No momento que escrevo isso o dólar fechou a R$4,66, algo impensável há pouco tempo.



Em resumo, no meio dessa confusão o Brasil virou a melhor opção de investimento entre os emergentes.

Tensão política parece contida no momento, com tantos problemas piores no mundo. Acho que a eleição também não tem impactado tanto os investimentos quanto se pensava pois o centrão deve continuar forte (característico) e ele costuma não deixa passar projetos tão radicais, que assustam as vozes do mercado financeiro.

Além disso, é sabido que o mercado olha com desconfiança candidatos mais voltados à esquerda. Então quando Lula (que vem liderando as pesquisas) coloca um Alckmin (e não um Boulos) como vice, essa turma fica um pouco mais tranquila e com isso as cotações não caem tanto. Além disso, a maioria meio que já sabe o que esperar de Lula quando se considera como foi seu mandato.

MAS SEMPRE É BOM LEMBRAR

Qualquer discurso de não cumprimento do teto de gastos, de irresponsabilidade fiscal, ou seja, aquele populismo padrão em ano de eleição, em algum momento poderá fazer o dólar voltar a subir, então no segundo semestre quando a coisa se acirrar tudo pode ser diferente.

Bom lembrar que ao mesmo tempo que falei que as coisas poderiam melhorar a curva de juros indica que vem recessão por aí conforme falei aqui também.