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sábado, 4 de julho de 2020

Carteira e Análises do Zé Batalha - 2º Trimestre de 2020

CENÁRIO ATUAL


Foi um segundo trimestre de recuperação rápida nas bolsas enquanto o mundo se encontra bem distante do fim da pandemia e das crises.

Apostar no curto prazo contra as bolsas hoje é apostar contra um metralhadora de dinheiro dos bancos centrais mundo a fora que tem um pente de balas infinito



O desemprego vai aumentando de forma impressionante. Temos indicativos de queda de PIB da ordem de 6 a 10% no Brasil. 

Já eu creio que a expansão monetária ocorrida junto com as novas rodadas de auxílio emergencial podem dar um alívio para o PIB, mas certamente será um número muito feio.

O certo é que teremos a pior temporada de resultados da história. Os balanços do 2T20 vão ser terríveis mas muito disso parece já estar precificado nas bolsas.

O que temos de bom é muita esperança que a vacina deve estar pronta bem antes do previsto.


VALE APOSTAR NO BRASIL AINDA?

Eu ainda acho que sim.

No longo prazo mesmo com toda essas confusões do país temos trilhões investidos em renda fixa ou em fundos ligados a rentabilidade da Selic.

Tudo isso num cenário de juros baixos que devem continuar assim por um bom tempo pois a inflação vem caindo muito. Com juros tão baixos não há alternativa pra quem quer melhores rendimentos a não ser a renda variável o que deve puxar pra cima a valorização desses ativos.

E por mais que a situação ainda possa piorar (e claro que isso é bem possível), acho bem difícil dado o que expliquei a bolsa voltar aos 60 e poucos mil. 

O Brasil quebrou na década perdida de 80 e várias empresas continuaram funcionando. Várias delas vão continuar agora também. As mais preparadas vão crescer ainda mais absorvendo as que não suportarem. Goste a gente ou não, é assim que funciona.

Ainda há muito a ser feito no Brasil. Temos muito atraso em infraestrutura principalmente, o que também significa que tem muito mais espaço para crescer que países já bem estabelecidos.


CRISES...

As outras crises acabavam (veja como foi em 2008) e o mundo continuava do mesmo jeito. O maior desafio desta é que a gente não sabe quando as coisas voltam ao normal.

A tecnologia vai ser ainda mais exigida. Em momentos como esse gostaria muito de estar posicionado em boas ações desse segmento na bolsa americana. Deve ser um segmento pouco afetado se comparado a outros da economia.


CARTEIRA ZÉ BATALHA - 2T20 (+7,85 % no mês de junho e -5,32% no ano)

Certamente devo rever essa alocação 40% - 60% [RF-RV] da CZB com juros tão baixos.

Agora em relação aos ativos...

Antes mesmos do Corona Crash eu reduzi minha participação em CVC. Logo depois vi o bom velhinho Buffet fugindo das aéreas e quem sou eu pra questionar. Difícil saber quando as pessoas terão a mesma coragem de viajar como antes e quem pode trabalhar de home office dando conta do recado por videoconferência. 

Ainda assim, veja que dia...
Ainda assim, veja que dia...

M Dias Branco virou minha terceira maior posição em ações. Ótima empresa num setor muito resiliente. 

Em junho, a CZB-Ações venceu o IBOV: 11% x 8,76%. No semestre também: -14,01% x -17,80%.

Quanto aos FIIs só reduzi FIGS11 pois este tem apenas 2 shoppings e igualei a alocação dos outros 9 FIIs pois são mais seguros.

Em junho, a CZB-FIIs venceu o IFIX: 7,62% x 5,59%. No semestre também: -3,59% x -12,24%.

A renda fixa deve ficar por um bom tempo somente em Tesouro Selic e um pouco em poupança.

Zerei minhas NTNB sem pensar em fazer mais aportes nela este ano pois vejo que a chance de eu ganhar pouco é menor do que eu perder muito dado o cenário atual.


VIDA PESSOAL - REDES SOCIAIS

Resolvi jogar melhor o jogo das redes sociais.

Comentar, curtir e repostar ainda menos sobre política e mais sobre coisas mais bacanas: tecnologia, desenvolvimento, viagens, games. Com isso minha vida nas redes sociais tem sido bem mais feliz. 

Ainda posto muito sobre economia e finanças é claro, pois realmente é algo que me interesso muito.

sábado, 30 de maio de 2020

O que fiz no corona crash de março 2020


Esse é um gráfico que atualizo mensalmente para acompanhar o desempenho da Carteira Batalha. O trecho acima capta o período de 2013 até o março de 2020. A linha azul é a evolução da minha carteira e a linha vermelha a correção dos meus aportes pelo IPCA.

O objetivo é ver se estou ganhando pelo menos da inflação. Perceba como a linha estava bem descolada e depois do corona crash ocorre o encontro das curvas.


Mais uma vez o clichê "crise e oportunidades"

Em momentos como o que vivemos em março, sentimos na pele os comportamentos que um investidor pode ter:
1) Medo - vender achando que pode perder tudo
2) Ganância - comprar pra aproveitar que está barato e aumentar a posição

Devemos controlar tanto o medo como a ganância. Investir tem muito do fator psicológico. 

Mas é certo que em toda crise as pessoas acham que o mundo vai se acabar e sempre há sim várias oportunidades


O que eu vi naqueles dias loucos em março de 2020:
1) Títulos do Tesouro pré-fixados com chances de perda maior que de ganhos
2) Na renda variável, quedas enormes nos preços dos ativos, em uma dimensão que há 12 anos não ocorria

As taxas de juro ficaram tão baixas que tornaram a chance de ganho nos títulos pré-fixados bem menor frente ao espaço para perdas se vendido antes do seu vencimento. Minhas NTNBs não eram tão longas mas sofreram por um risco maior por conta da situação fiscal de longo prazo.

Essa foi a decisão mais fácil: vendi esses títulos.

Mas aí entra a grande questão...


O que fazer em um momento de tamanha tensão nos mercados?

Em momentos de incerteza, a primeira coisa que fiz foi reforçar meu caixa em renda fixa, ou seja TD Selic/poupança, pois isso sim é reserva de emergência. 

Muita gente investe em títulos pré-fixados sem saber que a marcação a mercado pode causar muitas perdas se ele precisar sacar antes do vencimento eu um momento de alta de juros.


Mas seria hora de apostar em renda variável? The Batalha way:

Um dos sites mais bacanas para quem está começando é aquele do cachorrinho branco, o bastter. E recomendo demais para quem está começando a investir.

E devo a base da minha estratégia ao que aprendi lá: construção de patrimônio gradual. O ideal para nós, investidores pobretas. Como naquela música: "de tijolinho em tijolinho..."

Mas tem uma coisa que sempre me chama atenção quando escuto: "Fulano disse que o CERTO é fazer assim..." Cara eu já sei a opinião de fulano. Você não tem ainda a SUA?

Claro que você sempre tem algo a aprender (principalmente no início) com profissionais tais como Buffet, Barsi, ou mesmo o Bastter. Mas não precisa fazer TUDO igual a eles até porque seu patrimônio é totalmente diferente. 

Depois de muito tempo de estudo tenho as minhas próprias convicções. E prefiro ganhar ou perder por elas. É o que eu mais aconselharia para qualquer um, seja em investimentos ou em qualquer área. Perder é ruim, mas perder baseado na convicção de outros é muito pior.

O Bastter prega que você não deve olhar cotação, que preço não importa, etc. Eu passei um tempo reverberando isso... O que fiz em março vai quase contra tudo o que ele fala, mas que se dane... rs 

Em resumo: Não siga as ideias de ninguém cegamente. E questione sempre até a sua própria carteira, que deve ser recalibrada com frequência.


As "barganhas" de março

Soa estranho um holder como eu falar em "barganhas" pois a minha estratégia tem uma base forte na Hipoótese dos Mercados Eficientes (HME) do Eugene Fama, que pretendo falar num post futuro. 

Em linhas gerais a HME preconiza que um ativo vale o preço que está sendo pedido, simples assim: não há como saber se um ativo está caro ou barato.

MAS aquele era um momento de pânico geral nos mercados. O IBOV chegou a 61 mil pontos no auge do desespero.

Eu invisto para um horizonte de longo prazo, e sei que nessas condições o preço que pago é diluído com o tempo. 

Mas tenho uma oportunidade de comprar bons ativos que valiam R$10 a menos de um mês por R$4. A empresa continua com os mesmos fundamentos. Por que não vou comprar se tiver chance e condições?

Ou seja, com R$1000 eu compraria 100 do ativo X antes e nesse momento eu poderia comprar 250! Como falei, há 12 anos isso não ocorria. Se eu deixasse pra comprar no fim do mês como costumo fazer não conseguiria comprar tantas cotas.

A verdade é que na minha análise a grande maioria das quedas não se justificava. Em uma empresa sólida não ter lucro por um 1 ou 1,5 ano não explica uma ação cair 50, 60, 70 por cento.

E é muito bom ter uma enorme margem de segurança em todos os ativos que você compra. Pois caso você erre o cenário, ou aconteça um cisne negro e no pior caso você tenha que vender, vai perder menos. Afinal o ativo já está bem descontado.

Na época dos juros a 14% ao ano, errar na bolsa custava bem caro, mas neste momento o custo de oportunidade é baixo e deve ficar ainda menor. 

Parte do que vendi do TD eu aportei sim em RV comprando ações e FIIs sem passar do limite de exposição que defini nesses dias de circuit breaker.

Rebalanceei as carteiras e consegui comprar bem mais barato. Em alguns ativos conseguir dobrar a minha posição, tais como os FIIs que eu tinha começado a investir a pouco tempo, melhor que qualquer subscrição que você possa imaginar... rs

E pra te ser sincero dobrar a minha participação em alguns desses papéis me deixou foi mais tranquilo. Já estou tendo retornos melhores em vários exatamente por ter feito essa movimentação.


O longo prazo é lindo, mas...

Sim, eu posso estar muito errado. Nessa crise se só começa pode ser que alguns dos meus ativos caiam ainda mais, até quebrem, claro que é possível, mas estou diversificado pra isso.

A verdade é que o longo prazo é lindo mas não há garantia que ele chegue para todos nós...

Se ele não chegar e eu precisar vender num futuro eu terei baixado meu preço médio... e se o futuro for lindo do jeito que eu sonho terei muito mais participação nos bons ativos que estou investindo.

E se chegar o momento que o aperto seja tão grande que a reserva de emergência não dê conta e seja preciso vender suas ações? Nessas horas é melhor que se tenha o menor preço médio possível para vender no lucro ou ao menos minimizar seu prejuízo.

E são movimentações como essa nos dias de circuit breaker que me proporcionou essa baixa no preço médio ou pensando positivamente um aumento na quantidade de ações de uma empresa de qualidade.

Observação importante: Isso serviu para mim. Talvez não sirva para você. Não há uma receita para todos em nada nesse mundo, inclusive investimentos. E tenho consciência que não dá pra ganhar sempre. 2020 não tenho a menor expectativa de bons retornos...

Chances de rentabilidade positiva
Minhas chances de terminar 2020 com a rentabilidade positiva


Conclusão

Quando tudo isso passar ninguém vai lembrar dos preços que eles estavam, mas eu vou lembrar que comprei alguns ativos pela metade do preço.

“The time to buy is when there’s blood in the streets, even if the blood is your own”
[Baron Rothschild]

sábado, 4 de abril de 2020

Carteira Batalha - Rendimento acumulado - 1º Trimestre de 2020 (-20,49%)

Um mês histórico se encerra, e o que menos importa hoje é o desempenho da Carteira Batalha. A situação do planeta e do país fica cada vez mais preocupante tanto em termos de infectados e mortos, como de desempregados.

Vivemos uma situação de privação de liberdade com o objetivo de se evitar o colapso dos sistemas de saúde. Se criou uma nova polarização no país e no mundo onde as pessoas agora brigam tentando defender se isto é certo ou não.

Como já foi dito parece que caiu um meteoro, uma praga bíblica... e infelizmente as coisas ainda vão piorar muito antes de melhorar...


Resumo do mês de março de 2020

Foram 6 circuitbreaker, somando 7 na minha carreira de investidor.

São horas em que desperta-se o medo em muitos investidores e ganância em outros...
Eu juro que não sinto esse desespero de ver a carteira ruir como tantos, talvez por deixar uma parcela que me deixa confortável na renda fixa.

Consigo ver minhas cotações caindo ou subindo diariamente, algo que a maioria dos holders não recomendam. Houve dias que o que perdi num dia ganhei no outro...

Tanto que cheguei até a registrar algumas coisas por curiosidade:
  • 9/3   -> CZB Ações: -8,94% | IBOV: -12,17% | CZB Geral: -7,76%
  • 18/3 -> CZB-Ações: -9,47% | IBOV: -10,35% | CZB-FIIs: -18,05% | IFIX: -13,23%


Vai ser um exercício interessante relembrar os preços de vários ativos que invisto em um futuro próximo... e eu pretendo fazer isso. Penso em deixar para em um post futuro falar com um maior detalhamento o que fiz esse mês...


Carteira Zé Batalha (-20,49% no trimestre e -15,40% no mês de março)
A carteira encerrou o trimestre menos ruim do que o resultado que postei referente ao dia 18/3, dia do último circuit breaker do mês, quando a carteira fechou em -26,97%.

A carteira conseguiu vencer o IBOV, que teve queda de -29,91% no mês de março e o pior trimestre da história: -36,88%.

Entre os 10 papéis do IBOV com maiores quedas no trimestre que a CZB tem: CVC (-74,66%), Cogna (-65%) e BRF (-57,13%).

CZB-Ações (-33,28% no trimestre e -26,44% no mês de março)

A premissa da CZB é ficar sócio de boas empresas para sempre, e não somente para os próximos dois ou três meses.

Há ações de vários segmentos caindo pela metade que não se justificam dentro da minha avaliação.

Eu apostaria que elétricas e bancos grandes (os top 5) devem sofrer menos com essa crise.
Fiz um rebalanceamento, boa parte dele antes da crise, onde aumentei a participação na carteira de WEGE, ITUB, EGIE (as 3 maiores participações da carteira com folga) , MDIA e VALE; e reduzi um pouco de GRND, ABEV e CVCB.

Destaco o resultado anual de EZTC. Mostra que para empresa ótima não tem esse negócio de ciclo. Eles têm um caixa de 1,3 bi e a dívida reduziu pra 41 mi, isso para uma empresa do segmento imobiliário. Acabei decidindo por aumentar a minha participação.

CZB-FIIs (-13,73% no trimestre e -5,14% no mês de março)

Os FIIs levaram uma porrada grande, principalmente no dia 18/3 como mostrei acima. Cotações de FIIs de shoopings principalmente, mas escritórios também foram bem afetados, FIIs de logística nem tanto...

Rendimentos mensais foram zerados e alguns bem reduzidos, mas o patrimônio fica.
Dos 10 FIIs que possuo 2 ficaram sem pagar rendimentos e 8 mantiveram, sendo que alguns reduziram e isso é normal para quem está no jogo.

CZB-RF (-2,95% no trimestre)

As taxas de juro ficaram tão baixas que tornaram os investimentos nos títulos pré-fixados muito assimétricos: um baixo potencial de ganho frente ao espaço para perdas se vendido antes do seu vencimento.

CZB-Criptomoedas (+17,94% no trimestre)

Renderam -16,82% no mês. Pouco a se falar, somente as piadas que seriam ativos fortes para tempos de crise...



Em horas como essas a gente dá ainda mais Graças a Deus por estar com saúde principalmente, ter um emprego e estar recebendo em dia.

Vivemos tempos muito difíceis, mas vai passar.

Na vida tudo passa. Tanto o que é bom como o que é ruim.

quarta-feira, 25 de março de 2020

Edição Extraordinária - O mundo não será mais o mesmo - CZB anual até 18/3: -26,97%




"De forma simplificada, segundo Taleb, um cisne negro é todo e qualquer evento que não possa ser previsto, mas que possui grande impacto na sociedade, transformando nossa realidade. O termo faz referência a descoberta do cisne negro por parte dos europeus, na região da Austrália no ano de 1697. Até então, ninguém no velho continente sabia da existência de uma espécie de cisne que não fosse branca."

O 11 de Setembro e o surgimento do Google, são ótimos exemplos de cisnes negros do século XXI. Logo, pode ser um imprevisto tanto para o bem como para o mal.
No dia que posto essa publicação, por coincidência, é o meu aniversário. Sou muito grato a Deus por mais um ano de vida, por estar com minha esposa e filha com saúde. Mas ao mesmo tempo lamento esta época difícil que estamos passando...


Como poderão ver em mais detalhes ao final do texto, a Carteira Batalha sofreu uma pancada grande, assim como praticamente tudo pelo mundo. Mas te falo com toda sinceridade, isso é o que menos me preocupa hoje...

Em relação a saúde, veremos o crescimento de infectados a cada dia. Em relação a economia, já estou vendo algumas pessoas próximas fechando seus negócios e outras perdendo seus empregos. E olha que está só começando... :(


Chegou a grande crise

Desde o subprime de 2008, muitos tentaram prever quando ocorreria a próxima grande crise. Pois ela chegou com tudo...

Eu fui um dos que subestimou o Covid-19, e faço questão de deixar registrado o link da postagem em que falei sobre isso. Achei que fosse parecido com os outros surtos que vi até então...
Já foram 6 circuit breaker, igualando a crise de 2008. E não duvido que venham a ocorrer ainda mais.
Em 2008, a crise foi causado por um problema do sistema financeiro, com a quebradeira de bancos. Esta crise vai além do que já vimos na história.

Penso que vamos ter uma retração econômica no Brasil e no mundo que vai fazer 2008 parecer brincadeira. Já há estimativas de quedas de 4,4% do PIB interno.

O problema é que nos USA eles estão no fim de uma expansão econômica. Enquanto aqui nós mal começamos a sair da lama...


Efeitos e dimensão das quarentenas

Sim. A prioridade agora é a saúde da população. Tentar diminuir os danos para que a tragédia seja minimizada.

Para proteger a vida humana será preciso afetar a economia. É inevitável. Mas o quanto se deve parar? Essa é a grande questão.

Os efeitos da quarentena podem ser piores do que uma guerra para economia. Na guerra algumas cadeias produtivas se beneficiam, nessa aqui quase nada.

Devemos ter uma alta enorme do desemprego e já estamos vendo intervenções governamentais nunca antes vistas, numa busca sem fim por liquidez em vários países com seus balanços já bem comprometidos

A expansão da base monetária pode causar um possível aumento de inflação generalizado no médio e longo prazo. São vastas as possibilidades.
Se a economia ficar parada por tempo demais, a fome e o desemprego poderão se tornar problemas que podem ser até maiores que a epidemia.

Só que foram divulgados estudos que apontam que as perdas humanas poderão chegar aos milhões se não forem adotados mecanismos de supressão. É só uma estimativa, mas se eles estiverem certos? É válido arriscar essa quantidade enorme de vidas por conta da economia?


O tamanho da intervenção do Estado

Por mais que a Escola Batalha de Economia não veja com bons olhos intervenções estatais em demasia, são momentos como este que eu confesso que sou Keynes de carteirinha...

O Estado vai precisar intervir de todas formas possíveis para socorrer a população tanto em relação a saúde como a economia.

Vamos precisar de uma espécie de Plano Marshall, que o governo já vem tentando montar.
O Zé Batalha sendo Ministro da Economia venderia até metade das nossas reservas aproveitando o preço do dólar para injetar na economia e tentar diminuir a devastação. Temos hoje US$ 350 bi, o que daria um total de R$ 1,785 tri.

Reconheço que é muito difícil esse dinheiro chegar aos segmentos e pessoas que realmente precisam na proporção correta e ter bom uso tendo em vista que está tudo parado, além da costumeira ineficiência estatal que temos, mas algo precisa ser feito...

Retração econômica e Devastação nas carteiras

Analisando friamente, é mais uma crise pra história do mundo, que uma hora vai passar. A não ser que você ache que o mundo vai se acabar, então deveria até aproveitar melhor seu tempo fazendo coisa melhor do que ler esse post.

Em todas as crises muitos acharam que era o fim do mundo e em todas surgiram ótimas oportunidades de investimento.

Investir na bolsa envolve muito do comportamento, do psicológico. A economia e vários negócios vão apanhar feio, mas uma hora as coisas vão normalizar.


Carteira Zé Batalha - Destruição de -21,83% no mês e 26,97% no ano

Não faz 3 meses que eu estava comemorando um ano histórico na carteira com um rendimento anual de +25%. O mundo dá voltas...

via GIPHY

Obs: os números são até 18/3, dia do último circuit breaker.

CZB-Ações: -32,46% no mês e -38,74% no ano

Com as palavras, o mestre Warren Buffett:
"A menos que você consiga ver seu patrimônio cair -50 por cento sem entrar em pânico, você não deveria estar no mercado de ações."

CZB-FIIs: -33,20% no mês e -39,24% no ano

O anúncio do fechamento dos shoppings e a incerteza quanto ao pagamento dos rendimentos ferrou com os FIIs, ainda assim mesmo nesta crise vimos que eles tem menos volatilidade que as ações.

CZB-Criptomoedas: +3,69% no mês e -2,32% no ano

Foi a piada do momento. Considerado um ativo "anti-crise" caiu vertiginosamente com a busca incessante por liquidez do momento. Até mesmo o ouro caiu por um bom tempo, também por conta das chamadas de margem. Fiquei no positivo no mês aqui pois a alta do dólar rebateu essa queda.

CZB-Renda Fixa

Não registrei os valores no dia 18/3 mas foi o que salvou a CZB de uma queda ainda maior.


Conclusão

O mundo não será mais o mesmo. Talvez nenhum de nós viva o bastante para ver algo tão impactante assim.

Momentos bons e ruins vão e vem, seja na economia ou na vida. Toda crise passa. Essa crise por pior que seja, um dia vai passar.

terça-feira, 3 de março de 2020

Carteira Batalha - Fevereiro 2020 -> Corona Virus Effect: QUEDA DE 5,50%

Não costumo postar fechamentos mensais, só trimestrais. Mas são meses como esse que passou que eu mais aprendo já que consigo olhar as cotações sem me afetar.

Graças à diversificação e proteção da carteira conferida pela alocação em renda fixa houve uma queda de -5,50%, ainda assim a maior para um mês do meu histórico. O Corona Virus derreteu ativos ao redor do mundo.


O resultado poderia ter sido bem pior levando em conta as fortes quedas da parcela da carteira em renda variável.


"Liquidação" para os holders

Investimento é questão de perfil. Cada um tem o seu. Tem os que não gostam de se arriscar; tem os holders, que pensam mais na qualidade dos ativos para o longo prazo, como eu; tem os traders que gostam de realizar logo lucro, enfim.

Como li esses dias o mercado é um "maníaco depressivo". Pra quem é holder essa acaba sendo uma hora que você compra mais barato.

Como disse Warren Buffet os fundamentos das boas empresas para os próximos 10/20 anos não mudaram pelo que aconteceu nas ultimas 24 ou 48 horas.

A única coisa que a gente pode tentar ter controle nessas situações é no nosso comportamento, mas nem todos conseguem conviver com essas oscilações.

Essas pessoas precisam ficar mais na renda fixa mesmo ou em algum tipo de investimento similar e não há nada de errado nisso, pois este é o perfil delas. Não devem investir em renda variável senão vão comprar em topos e vender nos fundos.

Esta semana fiquei impressionado ao ver ordens de venda de ativos a 30% abaixo do seu valor de mercado. Desespero de quem nunca viu uma queda acentuada.



Mas vamos aos números da CZB em fevereiro de 2020:

Ações

IBOV - 8,43%    X    CZB-Ações -9,11%

WEGE com toda destruição ocorrida conseguiu render 9,49% e até a OI rendeu 2% no mês. Todas as outras 14 ações da carteira tiveram rendimentos negativos no mês, sendo que as maiores porradas foram: CVC (-29,82%) e UGPA (-24,47%).

FIIs

IFIX -3,69%      X     CZB-FIIs -4,58%

Ao contrário de dezembro, em que todos tiveram rendimentos positivos, todos tiveram rendimento negativo neste mês. As maiores quedas foram HGRE11 (-10,32%) e HGLG11 ( -7,46%).


Nada muda na carteira para o futuro. Segue o jogo.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Corona vírus, "3ª guerra mundial" e sua vida e investimentos

Batendo um papo esses dias com o meu amigo Zé Ginástica (aquele que faz malabarismos para pagar suas contas) me veio a ideia desse post.

A imprensa bombardeia a gente constantemente. De todas as tretas deste mês de janeiro, destaco o assassinato do Soleimani e agora o Corona Vírus. Mas como diria o mestre Denzel Wahington:




Corona Vírus

Eu sei que a parada é séria. Várias pessoas morreram e muito trabalho é necessário para a coisa não se agravar. A atividade econômica da China no ano vai ser bem afetada e com isso o Brasil e o resto do mundo.

Mas eu aposto contigo que até o final dessa história que não deve demorar muito vai ser 1000x mas fácil você ir pro hospital por conta de uma topada do que por causa desse vírus.



A OMS, China e vários países vem seguindo todos os protocolos para controlar o avanço da contaminação. Basta ver a história: SARS, gripe suína, entre tantas outras, que tinham até letalidade maior.


"3ª Guerra Mundial ou uma Guerra Nuclear iminente"

Essa daí surgiu após a morte do Soleimani, líder da força Quds iraniana. É tão exagerada que vou tentar ilustrar com um exemplo.

Imagine que o Zé Batalha está andando de boa na rua e de repente chega um lutador do UFC e senta uma tapa no seu queixo.

O Zé Batalha para retaliar pode jogar uma pedra na vidraça da casa do cara, furar o pneu do carro dele e depois sair correndo, entre outras formas de retaliação. Mas nunca ele vai chamar para resolver na porrada, pois obviamente tem noção da surra que vai levar...

Agora troque Zé Batalha por Irã e o lutador do UFC por USA. Simples assim. É por isso que não teremos uma guerra...


O que temos em comum nesses casos? Histeria Coletiva

É o que sempre acontece quando desses eventos. No comportamento das pessoas e por consequência nos seus investimentos no curto prazo.

Essa expressão é o que melhor define o que ocorreu no mês de janeiro no mundo. O medo provocou quedas generalizadas e buscas por ativos de (às vezes suposta) proteção.

Na verdade, janeiro foi até menos pior do que eu imaginei diante do que foi exposto:

Carteira Zé Batalha: -0,33%
CZB-Ações: -0,21%
CZB-FIIs: -4,69%
CZB-RF: +0,61%
CZB-Criptomeodas: +38,02%

versus

IBOV: -1,63%
IFIX: -3,76%
Dólar: +6,8%


Na CZB nada mudou. Segue o jogo.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

2019 - Um ano histórico na Carteira de Investimentos do Zé Batalha (+25,78%)

Mais um ano de perseverança se encerra, e após um 2018 com a pífia rentabilidade de -2,05% a Carteira Batalha teve um resultado incrível de 25,78% neste ano de 2019, o segundo maior rendimento anual da série histórica.

Considerando que o IPCA do ano fechou em 4,31%, tivemos um ganho real de 20,57%. Este último mês de dezembro também foi memorável: 7,54% de rendimento.

Revendo os trimestres anteriores percebi um fato curioso: foi 6% no 2T, 12% no 3T e agora no 4T, quase 26%, só dobrando. Ah se todo ano fosse assim... rs

Paparazzis flagram a reação do Zé Batalha ao calcular a valorização obtida em 2019

INVESTIMENTOS - RENDIMENTO GERAL: 25,78% NO ANO

Foi um ano em que 86 % das empresas listadas na bolsa tiveram valorização, sendo que metade subiu mais de 50%. De 800 mil investidores em 2018 para 1,6 milhão no final de 2019.

É difícil não se empolgar mas essa é exatamente a hora em que o fera tem que colocar a cabeça no lugar e saber que tudo que sobe, desce e que uma hora essa onda de juros baixos vai acabar.

E isso me faz lembrar que muita gente começou a aprender sobre bolsa agora e comprou sua primeira ação faz cerca de 1 ou 2 anos apenas. São filhos de um bull market e alguns deles já devem estar se considerando gênios...

Nessas horas o melhor que faço é lembrar dos anos de 2014 e 2015 em que tive um negativo de -8% e - 7%. Isso me faz colocar os pés no chão e continuar focando na minha estratégia: manter os aportes e seguir a meta pré-definida.

E até quando continua essa onda? Acho que estamos ainda no começo, claro se levar em conta que no caminho a gente não tenha uma grande crise mundial. Mas essa é só a p*rra da minha opinião.


RENDA VARIÁVEL - AÇÕES: 34,19%

A CZB-Ações superou os 31,58% do IBOV. No mês de dezembro teve um rendimento excelente de 11,63%. Da carteira só BRF e OI tiveram rendimentos negativos neste último mês.

Destaques positivos da carteira em 2019: EZTEC: +152,80%; WEG: +100,56%; BRF: 60,51%

Destaques negativos da carteira em 2019: OI: -31,20%; CVC: -27,82%; M DIAS BRANCO: -10,86%



RENDA VARIÁVEL - FIIs: 34,98%

A CZB-FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) rendeu 34,98% no ano. O mês de dezembro teve um rendimento incrível de 11.89%.

Impressiona o desempenho dos ativos, pois todos os FIIs da carteira tiveram rendimento positivo no mês passado - algo inédito.

Pelo período ser diferente (comecei em maio) não dá para comparar propriamente mas o IFIX rendeu 36% no ano. Farei um post em breve sobre a CZB-FIIs, que tive a oportunidade de entrar este ano após um bom tempo de estudo.

Esse foi certamente o ano dos FIIs. Já são 600 mil investidores mas acho que ainda tem espaço para crescer.

Acho que ainda há espaço para valorizar mais com os juros baixos, mas caso a inflação venha a subir e surja a necessidade de elevar os juros quem já está posicionado ganhará com os reajustes dos aluguéis.


RENDA FIXA - TESOURO DIRETO: 9,40%

As sucessivas quedas na taxa de juros proporcionaram mais um ano de rendimentos incríveis para quem estava posicionado em títulos pré-fixados. No caso da CZB ainda conseguimos superar com folga os 4,5% do CDI.

Mas neste momento penso que já estamos com pouco espaço para ganhar, claro levando em conta que você não levará estes títulos até o vencimento.

Em 2020 penso em vender as NTNB de longo prazo (35 e 45) e aportar em TD Selic mesmo com o rendimento baixo para ter uma reserva mais líquida em renda fixa e me proteger caso o governo venha a elevar os juros.


CRIPTOMOEDAS: 9,38%

Essa é a classe de ativos mais louca que existe: +726% em 2017, -80% em 2018 e +9,38% agora. Mais louco é quem aposta todo seu dinheiro nisso. Minha alocação geral continua em apenas 1%.

Essas criptomoedas mais alternativas, tipo XLM e ADA, parecem hoje uma grande palhaçada que entrei mas ainda bem que botei muito pouco dinheiro... rs


CENÁRIO NACIONAL E MUNDIAL

Pelos modelos do BC, devemos ter uma Selic chegando a 4,25% ou até 4% em 2020. Este nível baixo tem boas chances de se manter por uns 2 ou 3 anos, algo que nem os mais otimistas imaginavam, o que vai puxar mais ainda os investimentos em ativos de maior risco.

Por falar em risco, o do Brasil já é o menor em 7 anos. Economia finalmente dá sinais mais contundentes de retomada.

Bolsa está longe dos exagerados 144K que eu previ, mas segue batendo recordes. 

Imagina o que pode acontecer se o Brasil recuperar o grau de investimento nas 3 agências (Fitch, S&P e Moods), algo que tem boas chances de ocorrer. Vai abrir uma porta de entrada para vários fundos de investimento no mundo que exigem essa condição e puxar ainda mais pra cima.

Juros Negativos - A nova onda

A Escolha Batalha de Economia se debruçou em alguns estudos sobre essa onda de juros negativos pelo mundo em países desenvolvidos. Creio em 2 possibilidades: uma boa, uma ruim.

A boa: Pode chegar um momento no qual surja uma oportunidade para o Brasil, tendo em vista que a lição de casa do controle dos gastos públicos vem sendo feita, dívida menor que boa parte dos países que tem grau de investimento e uma ótima reserva em dólares. O Brasil pode ser o país no futuro a mostrar forte crescimento, enquanto os outros não seguem o mesmo ritmo, o que puxaria a bolsa pra cima e a valorização do real.

A ruim: A próxima grande crise pode chegar em decorrência dessa "bolha" de renda fixa dos países desenvolvidos. Cerca de 15 trilhões de dólares em títulos do governo negociados pelo mundo com esses juros negativos, quase o triplo se comparado a outubro de 2018. Isso representa 25% de todo o mercado. Como ocorreu no subprime, a economia segue de forma irracional por anos até que uma hora tudo explode.



VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL / RETROSPECTIVA E METAS

Em 2019 consegui concluir uma Pós-Graduação EAD em menos de 1 semestre, conforme planejado. Agora terei mais tempo para me dedicar neste ano ao estudo de novas tecnologias, algo essencial na minha profissão.

Também encerrei projetos que não valiam mais tanto a pena para focar em atividades mais relevantes.

Mas uma das maiores conquistas foi a filtragem de redes sociais:
  • Reduzi muito o tempo em redes sociais, principalmente os "textão" de facebook;
  • Saí de todos os grupos de whatsapp que pude
  • Reduzi bastante o papo sobre política (fora das redes sociais também) evitando a perda de tempo que ocorre na grande maioria das vezes neste tipo de discussão
Em resumo a ideia é manter o foco onde valer a conversa #pas.

Em termos de atividade física, continuo somente com o meu futebol 1 vez por semana e nada de academia (tô vacilando) e ainda não consegui me organizar pra resolver isso...

Já tenho o manto Batalha Nutella para temporada 2020 de futebol

Para 2020 pretendo continuar neste desafio constante de controlar mais a minha fúria. Houve um momento na minha vida em que eu dominava a técnica milenar de fazer a cara de lesado quando alguém me ofendia ou falava algo que não gostava. O segredo é voltar a praticar essa técnica.

Continuarei estudando sobre finanças e economia (até porque curto bastante) mas agora um pouco menos com a minha carteira de investimentos finalmente já melhor estabelecida.


O que mais penso hoje é no futuro da minha Batalhinha filha. Depois que ela nasceu é difícil o Zé Batalha não ficar mais preocupado sobre as decisões e atitudes que preciso tomar.

Cada vez mais eu reflito sobre o quanto essas escolhas se tornaram ainda mais importantes e dentre tantas, o futuro da minha família será muito influenciado pelas decisões de investimentos que eu tomo hoje.

Em 2019 finalmente ocorreu a tão esperada venda do meu antigo apartamento. E com isso tomei uma decisão bastante arrojada para o meu perfil, mas calculada: ao invés de reduzir ainda mais o saldo devedor do financiamento do meu apartamento atual, optei por tirar parte do valor obtido na venda para aportar nos meus investimentos, mais especificamente no tesouro direto e começar em fundos de investimento imobiliário.

Motivo: a tendência forte de queda de juros que havia naquele momento. Era praticamente certo que os ativos em renda variável iriam render mais. Esse movimento fez a minha capacidade de aporte em 2019 aumentar bem acima do que planejei, e ao analisar os resultados do ano vejo que foi um movimento bem acertado, graças a Deus.

A meta de 25% de taxa de poupança (aporte/renda mensal) ano que vem vai ser ainda mais desafiadora por isso os últimos ganhos de austeridade obtidos tem sido tão importantes.


Pra variar será mais um ano de muitas batalhas. Vem tranquilo, 2020...

Um feliz 2020 para todos e ótimos investimentos!

sábado, 5 de outubro de 2019

Carteira Batalha - Setembro (+3,16%) | Acumulado 3T 2019 (+12,05%)

CENÁRIO ATUAL

Afrouxamento monetário segue forte tanto no Brasil como no mundo. Incrível como existem cerca de 13 trilhões de dólares pelo planeta alocados em ativos de rentabilidade zero ou negativa. Selic já tem grandes chances de ficar abaixo de 5% até o final do ano. A economia mundial desaquece e parece que o Brasil mais uma vez vai contra o ciclo...

Reforma da previdência desidratada no senado mas segue para aprovação até o final do mês, gerando uma economia de 800 bi. Dados do CAGED animam. Será que agora vai?

Ataque à refinaria na Arábia Saudita provocou efeitos menos prejudiciais do que o esperado no final das contas. Quanto a guerra comercial não perco mais tempo falando daqueles cornos. Já encheu o saco essa treta Trump x Xi Jinping. A cada rusga deles os ativos desabam por todo o mundo.


VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL

Continuo com academia zero por falta de foco e disciplina nesse aspecto. Mas futebol de 1 a 2x por semana, o que não resolve mas é o que gosto. E creio que tão cedo não devo mudar isso. Essa é minha vida.

No trabalho estamos vivendo momentos de incerteza que irão proporcionar meses (ou anos) intensos e emocionantes... rs. Ótimo momento para que todos revejam suas carteiras e reflitam sobre um plano B, C, D independente do que vier a acontecer.

Cenário micro-econômico Batalha: Próximo ano eu e a Sra Batalha teremos um considerável aumento de despesas pois a Batalha Filha vai começar seus estudos. Não abrimos mão de investir o melhor que pudermos dentro das nossas condições, é claro.

Já comecei a fazer o planejamento financeiro 2020. Austeridade se mantém bem sólida:
  • Ao renegociar a conta da Vivo obtive um ótimo desconto e reduzi mais uma vez a conta mensal, desta vez em R$33
  • Consegui baixar a conta de energia em R$50 (e creio que ainda pode ser mais): peguei a dica da sogrinha e comecei a desligar o gelagua toda noite, o que pra mim é tão simples quanto apagar as luzes. Ninguém acorda de madrugada aqui para beber água gelada. Eu esperava que a eficiência energética desses aparelhos fosse melhor.
  • Já faz um tempo que pensava em renegociar a minha tarifa bancária mensal. Sou cliente Van Gogh Santander, mas mesmo com o bom serviço prestado considero o valor de R$69,90 muito alto (e isso porque tenho um desconto de 50%). Liguei para o teleatendimento e para minha surpresa de pronto já estornaram os últimos 3 meses e isentaram a dos próximos 3. De qualquer forma terei que ir pessoalmente na agência para renegociar em definitivo.
Vamos agora para os resultados, lembrando que nunca menciono valores, somente performance.


RENDIMENTO CARTEIRA BATALHA - ACUMULADO 3º TRIMESTRE: +12,05%

Carteira Batalha brilhou muito neste último mês. Vencemos os índices de referência. O rendimento mensal de setembro ficou em 3,16%. No acumulado do ano até 30/9 obtivemos +12,05%. A correlação negativa da queda de juros com os ativos de renda variável explica em parte essa alta.


CZB chegando cada vez mais próximo da meta de alocação de ativos. 8 FIIs até o momento. Pretendo entrar em mais 2 até o fim do ano e assim fechar a meta de 10. Para chegar na meta de 12 ações devo me desfazer de uns 3 papéis assim que o momento for propício.

Do último trimestre pra cá consegui reduzir em 11% minha alocação em ações, aumentei em 5% a de FIIs e em 9% a de Tesouro Direto. Hoje: 66% em RV e 34% em RF:



TESOURO DIRETO - ACUMULADO 3º TRIMESTRE: +7,34% (início abril-2019)

Foi linda a última queda de juros. Proporcionou um ótimo rendimento nos títulos indexados ao IPCA. Conseguimos em TD 2,88% em setembro.


AÇÕES - ACUMULADO 3º TRIMESTRE: +14,16%

Depois dos -1,98% de agosto, o placar do mês de setembro: CZB-Ações +4,11%  x  +3,57% IBOV


FIIS - ACUMULADO 3º TRIMESTRE: +8,46% (início maio-2019)

É a espécie de ativos que mais tenho estudado neste ano com o objetivo de definir a carteira até o fim deste ano, como já falei. Placar do mês de setembro: CZB-FIIs +3,64%  x  +1,04% IFIX


CRIPTOMOEDAS - ACUMULADO 3º TRIMESTRE: +37,33%

O que eu tinha de estudar desse tipo de ativo foi em 2017. Praticamente nem olho muito mais. Só vai ter aporte quando a estratégia mandar: -7,83% em setembro


quinta-feira, 11 de julho de 2019

Carteira Batalha - Rendimento acumulado no 1º Semestre 2019 (+6,05%)

ANÁLISE DO CENÁRIO ATUAL

Crescimento econômico moderado da zona do Euro e saída do Reino Unido. No Brasil, crescimento negativo no primeiro trimestre, com a crise da Argentina tendo considerável influência. O ambiente teve um maio pessimista que foi melhorando até o final de junho

S&P caiu quase 7% em maio e a nossa bolsa ficou estável com uma alta de 0,7%. Esse é um ponto que considero muito importante. Quedas nas bolsas americanas puxam o mundo todo junto e o IBOV não foi afetado.

O IBOV fechou acima dos 100K pela primeira vez no dia 19/6. Será que minha previsão vai se confirmar...?


O FED já deu por certo não aumentar a sua taxa de juros, mas imagina se ela baixar (e há chances disso ocorrer), o IPCA cada vez mais baixo e com isso uma grande chance de redução da nossa taxa de juros => o IBOV deve decolar.

Claro que toda minha tese depende de inúmeros fatores impossíveis de serem listados aqui, mas obviamente é necessário ter uma proteção na carteira caso o pior aconteça. Como ouvi recentemente, monte algo que: "Se der cara você ganha mas se der coroa você perde pouco".

No Encontro do G-20, finalmente foi fechado o acordo de livre comércio do Mercosul com a União Européia, uma ótima notícia para o Brasil. No mesmo evento, Trump e Xi Jinping parecem estar perto de encerrar essa novela da guerra comercial...


PROJETOS PESSOAIS

Tentei retomar meu negócio de organização de competições de futebol com meu sócio. Era algo que me garantiu uma pequena renda extra durante alguns anos, mas ao tentar voltar este ano vi que havia muitas barreiras de mercado (concorrentes com campos, algo que não tenho e nem pretendo ter). Enfim, não faltou insistência mas o negócio não se mostrou viável.

Como não deu certo, resolvi focar neste momento em trabalhar ainda mais a minha estratégia de investimentos para consolidar a minha carteira com o objetivo de IF no longo prazo. Apesar de ser algo que faço porque gosto no fundo isso dá muito trabalho.

Houve correções no método de cálculo dos rendimentos da carteira. Agora o aporte é feito no último dia do mês e eu considero o IPCA no período certo para evitar a distorção que dava antes.


RENDIMENTO DA CARTEIRA BATALHA - 1º SEMESTRE: +6,05%

Finalmente após quase 1 ano e meio consegui vender meu apartamento antigo, o que proporcionou o a amortização do financiamento imobiliário atual, o tão sonhado momento de redução das despesas mensais em mais de 30% e a retomada dos aportes mais agressivos a partir de então. Os não recorrentes que sobraram foram muito importantes para reequilibrar a Carteira Batalha.

Meta de alocação da carteira RF/RV: 50/50 (me julgue :D), apesar de hoje eu ainda estar muito longe dela (73% em RV e 27% em RF):

Rendimentos no mesmo período:
IBOV: 14,88% 
IFIX: 11,67%
Carteira Batalha: 6,05%
Poupança: 2,24%
Dólar: -0,85%

[colocar gráficos ate então (estilo aportador)?]


TESOURO DIRETO: 4,60%

Retornei neste 2º trimestre os aportes no TD com o objetivo de reforçar a renda fixa da carteira. Se a Selic baixar até o final do ano como muitos estimam, pode rolar um bom ganho nos títulos de Tesouro IPCA da carteira.


AÇÕES: + 4,78%

Depois das várias mudanças nas alocações ocorridas no 1º trimestre, a carteira obteve bons ganhos, inclusive batendo o IBOV neste mês de junho: 4,63% contra 4%.


FIIS: + 2,20%

Depois de vários meses de estudo, finalmente entrei nos Fundos de Investimento Imobiliário. Por enquanto entrei devagar em shoppings, logística e lajes corporativas. Será um tema para um próximo post à medida que for me aprofundando mais no assunto.


CRIPTOMOEDAS: +89,83%

No 1º trimestre, reportei aqui que parecia estar ocorrendo algum turnaround pois o ano tinha começado com uma queda de -22,07% mas fechou o 1º trimestre em -1,05%. Aí me surge essa alta louca que vemos agora. Pelos meus cálculos só o BTC teve uma valorização de 728% até o fim do mês de junho...

Como minha exposição é baixa neste tipo de ativo, não ocorre tanto impacto na carteira.