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sexta-feira, 29 de junho de 2018

VALE - Minha primeira ação. O início da carreira de investidor do Zé Batalha

Sempre há uma dúvida justificável por parte das pessoas ao pensar em entrar no mercado de ações para nós que somos investidores pobretas. Bolsa tem uma cara de ser coisa só para rico, até hoje, infelizmente. Não é a toa que em tantos anos de história a Bolsa brasileira tem apenas 500 mil pessoas físicas.

Neste post falarei sobre o quanto aprendi investindo em VALE, a minha primeira ação. Geralmente todo artigo sobre carteira de ações fala qual é a sua recomendação campeã. Farei diferente pois tenho certeza que você aprende mais ainda com os erros e os aprendizados tirados deles.

VALE


VALE - O começo de tudo

Há 5 anos, mais precisamente em maio de 2013, comecei a investir em ações, mas somente depois de 1 ano de muito estudo sobre investimentos em geral. Comecei meu aprendizado pelo livro "O Mercado de Ações em 25 Episódios", do Paulo Portinho. um livro muito didático que recomendo bastante.

Meu objetivo era entrar no modo "skin in the game", ou seja, colocar a minha pele no jogo. Por conta da história de exemplo do livro citado, me senti inclinado a entrar investindo em VALE, só que entrei  apenas nela. Daí veio o primeiro erro, que aprendi depois de um tempo, principalmente após muitas leituras no Bastter: Diversificar é preciso.

A maior lição

Tenho certeza que o maior aprendizado que obtive com esse papel foi a questão psicológica.

Ate hoje guardo um e-mail de fevereiro de 2016 de quando eu ainda assinava a Empiricus, Um analista questionava se era o momento de comprar VALE, quando praticamente todos analistas diziam o contrário. Ele mencionava que valeria a aposta no longo prazo por conta do trabalho de redução de custos que a VALE vinha fazendo naquele momento.

Isso em nada mudou a minha estratégia, mas essas análises acabam me informando com mais detalhes do que está ocorrendo na empresa, além dos balanços trimestrais que analiso. Não tenho tempo de ler todo o release nem de ver as conferências de todas as ações que invisto.

Nessa época VALE5 estava valendo R$6,57. Eu teria nesse dia um prejuízo de 78,25% caso realizasse a venda. Como de praxe já tinha muita gente pregando o fim da empresa nessa época, recomendando saída, ainda mais com a tragédia de Samarco que ocorreu em novembro de 2015.

Nesse momento a minha carteira de ações teria um prejuízo de 33,68% caso eu realizasse. Mas não me desesperei. Já estava no processo de diversificação da carteira. E só não aportei em VALE exatamente por esse motivo.

No momento que escrevo isso VALE3 está valendo cerca de R$50, sendo a ação de maior rendimento na Carteira Zé Batalha: cerca de 140%. Se for comparar com alguém que tenha entrado somente nesse dia de fevereiro de 2016 o cara teria hoje um rendimento de cerca de 700%.

A empresa passou por alguns prejuízos nessa época, o que colocaria a ação em alerta até para os meus parâmetros, mas se são poucos trimestres que isso ocorre, cabe a você entender os motivos a fim de decidir se vale a pena continuar ou não.

Nesse período de alta houve um momento em que reposicionei toda minha carteira de VALE5 pra VALE3, ações ordinárias, preceito básico do investidor buy and hold. A transição foi feita sem ganhar nem perder um tostão, e daí redistribui para os outros papeis da carteira conforme minha alocação pré estabelecida.

Sobre o segmento 

O diferencial atual da Vale é que ela tem feito um longo trabalho pra reduzir os seus custos de produção, conforme citado, e hoje colhe os frutos, Mas quem investe nessa empresa precisa ter consciência que é um setor cíclico. Quando o minério de ferro tem uma queda o setor sofre é claro.

Ainda assim é a nossa melhor empresa de commodities pois não tem os problemas de governança e de ingerência política que a Petrobrás tem. O que acaba explicando porque saí de Petrobrás pouco tempo depois de ter entrado. Pra quem faz trade até pode valer, mas pro longo prazo, eu pessoalmente não vejo sentido em ser sócio.

Percentual de alocação

Depois de algum tempo vi que não dá pra ter uma exposição tão alta em commodities. Há ciclos de alta e baixa. Minha meta atual é de 5% a 6% da minha carteira de Renda Variável.

Lições aprendidas

Hoje vejo que estou preparado para movimentos de baixa fortes. Mas nem todos suportariam isso. No geral somos imediatistas. Hoje a gente acha que é pouco pois está tudo bem, mas quero ver se manter no papel com uma perda de quase 80%. Esse teste eu passei. Mas não julgo quem não consegue. Isso vai do perfil de cada um.

O mais incrível é que a VALE que já me deixou quase com 80% de prejuízo hoje é o melhor papel da CZB com 140% de lucro em pouco mais de 2 anos. Isso é o que costumo chamar de buy and hold extreme.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

1º Trimestre 2018 - Atualização da Carteira

O primeiro trimestre foi um mês de muitos ajustes para a CZB.

Os aportes estão bem comprometidos este ano por conta de despesas extras, momento de austeridade decorrente de alguns déficits mensais, mas isso faz parte da caminhada do perseverante.

DESEMPENHO TRIMESTRAL DA CARTEIRA - 1T 2018


Rendimento Nominal: 1,97%

Rendimento Real: 0,81%


RENDA FIXA: 3,10 %

Tesouro Direto sem emoções. Conhecendo nosso país, a carteira segue com a sua meta de exposição forte de 64% em TD: 65% em Tesouro IPCA e 35% em Tesouro Selic.


RENDA VARIÁVEL: 2,04%

Com meta de alocação mantida em 35%, o ano começou até bem com um rendimento de 9,86% no primeiro mês, mas os meses seguintes foram de queda considerável.

Mudanças de alocação na carteira de RV:
WEGE: 8% -> 8,5% | Os fundamentos dessa empresa continuam incríveis. A crise dos últimos 3 anos não fez nem cócegas nela.
CVC: 6% -> 6,5% | Conseguiu lucros crescentes nessa mesma recessão citada acima, imagina agora com a retomada.
BBSE: 5,5% -> 5% | Sabe como é: não gosto de governo interferindo nas empresas que invisto, no caso o Banco do Brasil. A empresa tem ótimos fundamentos, mas prefiro destinar esse valor pra quem merece mais.
RAIL: 2,5% -> 2% | A minha única aposta de turnaround da carteira e curiosamente um dos melhores desempenhos. Mas analisando bem preferi destinar esse percentual a empresas com melhores fundamentos.


CRIPTOMOEDAS: -19,88%

Na última postagem sobre a carteira, mencionamos nossa admiração pelo fato de algo que foi aportado inicialmente pra ser 1% da carteira ter rendido tão bem a ponto de ocupar 7% em menos de 6 meses!
Mas o ZB age de forma racional, não se ilude com essas altas. Focamos na estratégia pré-definida com ajustes pontuais mas não baseados no hype. Ninguém aqui vai tentar ficar rico do dia pra amanhã com aposta em bitcoins, nem recomendar isso.
E veja agora como tivemos uma queda tão negativa neste ano de 2018 a ponto de deixar aqueles 7% ocupando agora apenas 2,39% da carteira.

Minha única dúvida hoje é se devo diversificar mais. Penso em apostar numa moeda barata para não gastar muito e ter um grande rendimento, como quem comprou XRP no início de 2017 e teve 35160%  de ganho até o último dia do ano.
Imagina comprar x e ter 352,6x do que você investiu. Para entender melhor: imagine comprar R$100 em 1/1/2017 e ao conferir se investimento em 31/12/2017 perceber que tem o equivalente a R$35.260!!
Só não me pergunte qual criptomoeda a gente pode (se é que vai ainda) ter um ganho parecido. Ainda estou procurando qual será minha aposta :P

Lembrando sempre que a meta de alocação continua apenas 1%, sendo que 33,3% em cada moeda (BTC, ETH e XRP).

Modelos de Contratos de COMPROMISSO e de PROMESSA de Compra e Venda de Imóvel

Em complemento à última postagem sobre a aquisição de imóveis na modalidade interveniente anuente, vou agora explicar os 2 tipos de contratos mais comuns que podem ser adotados neste momento.

Contrato de Imóvel


Também colocarei os modelos em anexo que eu mesmo elaborei adaptados depois de várias pesquisas sobre esses tipos de contrato, pois precisei entender bem as 2 situações no momento da minha aquisição.

PROMESSA de Compra e Venda de Imóvel

No contrato de PROMESSA há uma importância que é paga a título de sinal/arras (geralmente no valor de 5% do imóvel) como uma espécie de sinal, a fim de segurar o imóvel por um determinado tempo até o comprador resolver suas possíveis pendências de financiamento.

Normalmente, no caso de não prosseguimento do negócio:

  • Caso o comprador desista ou não honre o prazo estipulado: ele perde o sinal que foi pago; 
  • Caso o vendedor desista: ele devolve o sinal acrescido dos custos com documentação e corretagem. Pode também ser aplicada uma penalidade, por exemplo: pode ficar estipulado que ele deve pagar o dobro do sinal nessa situação.

LINK para download do modelo de contrato de PROMESSA (com dados fictícios, só substituir)

COMPROMISSO de Compra e Venda de Imóvel

No contrato de COMPROMISSO já temos uma maior possibilidade da conclusão da transação. Por isso o vendedor já garante a posse precária do imóvel pelo fato do comprador depositar um valor mais considerável na conta do vendedor (geralmente 20%).

A posse precária dá mais direitos e mais deveres (pagamento de condomínio, inclusive) ao comprador. Foi o mais adequado ao meu caso pois já pude entrar pra morar na unidade com mais segurança em relação ao negócio.

No momento da quitação do pagamento ao vendedor a posse definitiva é garantida por parte do comprador.