AdSenseV

quarta-feira, 18 de julho de 2018

2º Trimestre 2018 - Atualização da Carteira - Black Hawk Down


ANÁLISE DO CENÁRIO ATUAL

Trimestre marcado por uma guerra comercial EUA x China. Além disso altas nas taxas de juros dos EUA.
Reflexos sentidos em todo o mundo e claro na bolsa brasileira também. Em junho o IBOV caiu 5,2%. Resultado negativo no ano acumulado de 4,76%
O dólar teve 17% de alta no ano, mesmo com todas intervenções do Banco Central.
Acredito que os impactos da greve dos caminhoneiros já foram quase que totalmente absorvidos, mas isso comprometeu ainda mais a expectativa de crescimento do PIB e com um governo safadis desse não dá pra esperar muito.

Guerra Comercial China x EUA
Vocês mexeram com o cara errado. Comprometeram a carteira do Zé Batalha
Obs: Como podem ter observado o blog mudou de nome. Zé Batalha tem mais a ver com a premissa principal desse blog atualmente.


Black Hawk Down

Um evento inesperado na caminhada do Ze Batalha rumo a independência financeira. Tudo que eu tinha em Tesouro Direto foi pro espaço.

Motivo: venda de tudo para a quitação de dívidas. Faz alguns meses precisei me mudar e entrar num financiamento imobiliário por questões familiares. A batalha pra conseguir o financiamento foi explicada nesse post. Como ainda não vendi o imóvel antigo para amortizar a dívida está alta.

Fato: Esses percalços são comuns na vida de todos nós que somos investidores pobretas e perseverantes.

Com a venda dos títulos, a queda no patrimônio constituído até então foi de mais de 50%. 5 passos pra trás na caminhada em busca da independência financeira. 1 passo pra frente na quitação da dívida.

Mas não errei nessa transação. Sigo a estratégia buy and hold mas não podemos ficar obcecados em nunca vender os ativos. Pra que juntar dinheiro pro futuro se no presente você está comprometendo o orçamento e o bem estar da sua família com o pagamento de juros pesados?

Errei em não me planejar com antecedência para prever que esse endividamento poderia ocorrer.

Perdemos muito mais dinheiro quando mantemos dívida, ainda mais com os juros praticados pelos bancos.

Parafraseando a filosofia Bastter, a ideia é: "aportar sempre ativos de valor para melhorar a qualidade das pessoas". Mas: "Não se deve associar o processo de juros compostos com o de nunca vender um ativo."



DESEMPENHO TRIMESTRAL DA CARTEIRA - 2T 2018


De renda fixa só tenho agora a minha reserva de emergência, que não considero na carteira. Portanto tratarei do resultado acumulado nesses primeiros 2 trimestres de uma carteira composta hoje somente de renda variável.

Em resumo, o foco agora é: Manter a reserva de emergência, amortizar a dívida sempre que possível, e tentar vender o imóvel antigo por um preço justo, o que será muito importante para amortizar o financiamento e reduzir a dívida.

Prosseguirei com a a carteira de ações, sabendo que os aportes serão comprometidos nesse momento, mas ainda assim tentarei fazê-los quando possível, pois o objetivo dela de longo prazo não pode ser esquecido.



AÇÕES: -13,31%


Até o primeiro trimestre foram 2,04% de rendimento. Os meses seguintes foram de forte queda na bolsa, como já citado na análise do cenário. Com isso, a minha carteira também não passou ilesa.

Não houve mudanças de alocação dos papéis.



CRIPTOMOEDAS: -22,85%


Resultado acumulado positivo até o mês passado, mas no fechamento do trimestre houve uma queda grande. Como minha alocação de criptomoedas é apenas de 1% o impacto foi muito baixo (assim como as altas ocorridas também não são tão grandes).

Em abril decidi vender parte dos bitcoins para fazer um pequeno aporte em Stellar (XLM) e Cardano (ADA).

A meta de alocação agora é:
  • BTC: 30%
  • ETH: 32%
  • XRP: 32%
  • XLM: 2%
  • ADA: 2%
Sugiro que compare o momento atual da carteira com o final do ano passado, a título de aprendizado, conforme falei nessa postagem. De lá pra cá ocorreu uma queda acentuada de mais de 60%.


ANÁLISE GERAL DA CARTEIRA ZÉ BATALHA


Nesse próximo trimestre vou repensar toda a estratégia de alocação da carteira, até porque ficou bem desequilibrado sem mais nada de renda fixa no Tesouro Direto.

Agosto vem aí. Em um ano eleitoral muito indefinido, há uma grande chance da bolsa cair ainda mais. O que pode proporcionar leves aportes se o Zé Batalha tiver condições.

Pretendo começar a alugar alguns papéis da carteira de ações. Será minha primeira experiência que pretendo relatar aqui posteriormente.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

VALE - Minha primeira ação. O início da carreira de investidor do Zé Batalha

Sempre há uma dúvida justificável por parte das pessoas ao pensar em entrar no mercado de ações para nós que somos investidores pobretas. Bolsa tem uma cara de ser coisa só para rico, até hoje, infelizmente. Não é a toa que em tantos anos de história a Bolsa brasileira tem apenas 500 mil pessoas físicas.

Neste post falarei sobre o quanto aprendi investindo em VALE, a minha primeira ação. Geralmente todo artigo sobre carteira de ações fala qual é a sua recomendação campeã. Farei diferente pois tenho certeza que você aprende mais ainda com os erros e os aprendizados tirados deles.

VALE


VALE - O começo de tudo

Há 5 anos, mais precisamente em maio de 2013, comecei a investir em ações, mas somente depois de 1 ano de muito estudo sobre investimentos em geral. Comecei meu aprendizado pelo livro "O Mercado de Ações em 25 Episódios", do Paulo Portinho. um livro muito didático que recomendo bastante.

Meu objetivo era entrar no modo "skin in the game", ou seja, colocar a minha pele no jogo. Por conta da história de exemplo do livro citado, me senti inclinado a entrar investindo em VALE, só que entrei  apenas nela. Daí veio o primeiro erro, que aprendi depois de um tempo, principalmente após muitas leituras no Bastter: Diversificar é preciso.

A maior lição

Tenho certeza que o maior aprendizado que obtive com esse papel foi a questão psicológica.

Ate hoje guardo um e-mail de fevereiro de 2016 de quando eu ainda assinava a Empiricus, Um analista questionava se era o momento de comprar VALE, quando praticamente todos analistas diziam o contrário. Ele mencionava que valeria a aposta no longo prazo por conta do trabalho de redução de custos que a VALE vinha fazendo naquele momento.

Isso em nada mudou a minha estratégia, mas essas análises acabam me informando com mais detalhes do que está ocorrendo na empresa, além dos balanços trimestrais que analiso. Não tenho tempo de ler todo o release nem de ver as conferências de todas as ações que invisto.

Nessa época VALE5 estava valendo R$6,57. Eu teria nesse dia um prejuízo de 78,25% caso realizasse a venda. Como de praxe já tinha muita gente pregando o fim da empresa nessa época, recomendando saída, ainda mais com a tragédia de Samarco que ocorreu em novembro de 2015.

Nesse momento a minha carteira de ações teria um prejuízo de 33,68% caso eu realizasse. Mas não me desesperei. Já estava no processo de diversificação da carteira. E só não aportei em VALE exatamente por esse motivo.

No momento que escrevo isso VALE3 está valendo cerca de R$50, sendo a ação de maior rendimento na Carteira Zé Batalha: cerca de 140%. Se for comparar com alguém que tenha entrado somente nesse dia de fevereiro de 2016 o cara teria hoje um rendimento de cerca de 700%.

A empresa passou por alguns prejuízos nessa época, o que colocaria a ação em alerta até para os meus parâmetros, mas se são poucos trimestres que isso ocorre, cabe a você entender os motivos a fim de decidir se vale a pena continuar ou não.

Nesse período de alta houve um momento em que reposicionei toda minha carteira de VALE5 pra VALE3, ações ordinárias, preceito básico do investidor buy and hold. A transição foi feita sem ganhar nem perder um tostão, e daí redistribui para os outros papeis da carteira conforme minha alocação pré estabelecida.

Sobre o segmento 

O diferencial atual da Vale é que ela tem feito um longo trabalho pra reduzir os seus custos de produção, conforme citado, e hoje colhe os frutos, Mas quem investe nessa empresa precisa ter consciência que é um setor cíclico. Quando o minério de ferro tem uma queda o setor sofre é claro.

Ainda assim é a nossa melhor empresa de commodities pois não tem os problemas de governança e de ingerência política que a Petrobrás tem. O que acaba explicando porque saí de Petrobrás pouco tempo depois de ter entrado. Pra quem faz trade até pode valer, mas pro longo prazo, eu pessoalmente não vejo sentido em ser sócio.

Percentual de alocação

Depois de algum tempo vi que não dá pra ter uma exposição tão alta em commodities. Há ciclos de alta e baixa. Minha meta atual é de 5% a 6% da minha carteira de Renda Variável.

Lições aprendidas

Hoje vejo que estou preparado para movimentos de baixa fortes. Mas nem todos suportariam isso. No geral somos imediatistas. Hoje a gente acha que é pouco pois está tudo bem, mas quero ver se manter no papel com uma perda de quase 80%. Esse teste eu passei. Mas não julgo quem não consegue. Isso vai do perfil de cada um.

O mais incrível é que a VALE que já me deixou quase com 80% de prejuízo hoje é o melhor papel da CZB com 140% de lucro em pouco mais de 2 anos. Isso é o que costumo chamar de buy and hold extreme.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

1º Trimestre 2018 - Atualização da Carteira

O primeiro trimestre foi um mês de muitos ajustes para a CZB.

Os aportes estão bem comprometidos este ano por conta de despesas extras, momento de austeridade decorrente de alguns déficits mensais, mas isso faz parte da caminhada do perseverante.

DESEMPENHO TRIMESTRAL DA CARTEIRA - 1T 2018


Rendimento Nominal: 1,97%

Rendimento Real: 0,81%


RENDA FIXA: 3,10 %

Tesouro Direto sem emoções. Conhecendo nosso país, a carteira segue com a sua meta de exposição forte de 64% em TD: 65% em Tesouro IPCA e 35% em Tesouro Selic.


RENDA VARIÁVEL: 2,04%

Com meta de alocação mantida em 35%, o ano começou até bem com um rendimento de 9,86% no primeiro mês, mas os meses seguintes foram de queda considerável.

Mudanças de alocação na carteira de RV:
WEGE: 8% -> 8,5% | Os fundamentos dessa empresa continuam incríveis. A crise dos últimos 3 anos não fez nem cócegas nela.
CVC: 6% -> 6,5% | Conseguiu lucros crescentes nessa mesma recessão citada acima, imagina agora com a retomada.
BBSE: 5,5% -> 5% | Sabe como é: não gosto de governo interferindo nas empresas que invisto, no caso o Banco do Brasil. A empresa tem ótimos fundamentos, mas prefiro destinar esse valor pra quem merece mais.
RAIL: 2,5% -> 2% | A minha única aposta de turnaround da carteira e curiosamente um dos melhores desempenhos. Mas analisando bem preferi destinar esse percentual a empresas com melhores fundamentos.


CRIPTOMOEDAS: -19,88%

Na última postagem sobre a carteira, mencionamos nossa admiração pelo fato de algo que foi aportado inicialmente pra ser 1% da carteira ter rendido tão bem a ponto de ocupar 7% em menos de 6 meses!
Mas o ZB age de forma racional, não se ilude com essas altas. Focamos na estratégia pré-definida com ajustes pontuais mas não baseados no hype. Ninguém aqui vai tentar ficar rico do dia pra amanhã com aposta em bitcoins, nem recomendar isso.
E veja agora como tivemos uma queda tão negativa neste ano de 2018 a ponto de deixar aqueles 7% ocupando agora apenas 2,39% da carteira.

Minha única dúvida hoje é se devo diversificar mais. Penso em apostar numa moeda barata para não gastar muito e ter um grande rendimento, como quem comprou XRP no início de 2017 e teve 35160%  de ganho até o último dia do ano.
Imagina comprar x e ter 352,6x do que você investiu. Para entender melhor: imagine comprar R$100 em 1/1/2017 e ao conferir se investimento em 31/12/2017 perceber que tem o equivalente a R$35.260!!
Só não me pergunte qual criptomoeda a gente pode (se é que vai ainda) ter um ganho parecido. Ainda estou procurando qual será minha aposta :P

Lembrando sempre que a meta de alocação continua apenas 1%, sendo que 33,3% em cada moeda (BTC, ETH e XRP).