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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Os maiores erros da CZB: BRF, VALID, ULTRAPAR - por que desisti | CIELO, COGNA - por que continuo

A grande maioria das pessoas costuma esperar uma história de sucesso de como ficar rico. De como alguém comprou bitcoin por 8K e hoje tem 320K achando que se comprar hoje vai conseguir o mesmo retorno...

Ao invés disso, acho que a gente aprende mais com relatos de erros com o intuito de tentar evitá-los, tais como esse: O que aprendi ao perder 1 milhão de dólares.

Tento sempre registrar o motivo pelo qual investi em um ativo. Lá na frente faço uma análise para entender se errei ou acertei. Se considero que errei, como nos 3 casos que listarei nesse post, vejo qual lição posso tirar.

ERROS COMETIDOS NA ESTRATÉGIA BUY AND HOLD

Muitos dos defensores da estratégia B&H só falam do lado bom e esquecem de mencionar o que fazem quando as coisas não vão tão bem. Até hoje o Canal do Holder não falou mais nada de Cielo desde o último resultado de 2019. Sem desmerecer o seu trabalho, os vídeos dele são ótimos. 

Por ser uma estratégia bem focada no longo prazo, no B&H a gente tenta focar na qualidade dos ativos, para ir compensando os erros, pois uma coisa é certa na vida: vamos fazer besteiras.

Um erro comum a todos os ativos que escolhi: o da pressa, especialmente a pressa em diversificar. Por vezes é a ânsia de aproveitar a "oportunidade de uma vida", como tantos vendem por aí.

Outro erro foi escolher várias empresas com margens de lucro tão baixas. Às vezes é algo inerente ao negócio, que ainda assim pode ser bom se compensar na escala, mas com o tempo vi que não foi o caso dessas 3 empresas.

BRF (BRFS3)

A impressão que tenho é que a BRF nunca conseguiu concluir a fusão Sadia-Perdigão e até hoje sofre com isso. Mesmo sendo uma das maiores empresas do setor de alimentos do mundo, atuando em mais de 140 países.

O mais incrível é que a Sadia era uma ótima empresa que graças a imprudência de gestores que decidiram investir pesado em derivativos foi engolida pela concorrente Perdigão, que não calçava nem a chuteira dela.

A história é contada nessa matéria. Por ser muito longa não li tudo mas destaco esse trecho: "No dia seguinte, às oito e vinte da manhã, o diretor-financeiro Adriano Ferreira entrou chorando na sala de Walter Fontana Filho. A Sadia acabou perdendo 2,5 bilhões de dólares."

Já faz vários anos que só apresenta resultados desanimadores mas eu ainda botava um pouco de fé quando chegou o Pedro Parente pra tentar botar ordem na casa. Foram planos de desinvestimentos desse tipo que ajudaram a tirar a Petrobrás do buraco na época em que ele esteve por lá. 

Mas nem ele resolveu as tretas, então desisti do case. Pode ser uma opção tática para quem quiser ganhar a curto ou médio prazo apostando em uma possível fusão com a Marfrig.

Enfim, quando entrei em BRFS3 em novembro de 2014 eu queria uma empresa do setor de alimentos para a CZB. Poderia ter analisado com mais calma, sem pressa, e optado por M Dias Branco que é bem melhor, algo que fiz anos depois.

VALID

Já faz tempo que perdi a fé nela, apesar do ótimo resultado no último balanço. Em julho de 2015, quando entrei nessa pensei em apostar numa small cap, algo na área de TI. Uma empresa focada em serviços de autenticação que tinha uma percepção que cresceria muito com o tempo.

Em 2015, se esperava uma entrada forte no mercado americano, que sua operação lá seria maior que aqui. Baseando na decisão de migração de cartões magnéticos para chipados desse mercado. Além disso havia: contratos de fornecimento de CNH, SIM cards e por aí vai mundo afora.

Até 2015/2016 dava resultados satisfatórios mas de lá pra cá só piorou e com isso a cotação caiu junto. Em 2015 foram emitidos cerca de 9M de ações a R$44. Se venderam é porque a gestão achou ela bem precificada a esse valor. Diluíram os acionistas existentes. Em 2019 a R$16 houve quem apostasse nela por conta de contrato para impressão de provas do ENEM e pela compra da startup Agrotopus.

A realidade é: PL e receita estacionada faz uns 4 anos; últimos lucros registrados menores que os de 2011; margens caindo ainda mais. Poucas perspectivas. O que explica a cotação beirando os R$7-R$8 para algo que comecei comprando a R$51 em 2015...

Acho que há até algumas empresas mais decentes na área de TI no Brasil para investir, mas nem se comparam com as opções existentes nas bolsas mundo afora.

ULTRAPAR

Quando entrei em setembro de 2016 parecia ser promissora mas parece não ter administrado bem sua diversificação de negócios e então se perdeu no tempo.

Desde a mudança na política de preços da Petrobras em 2017 que ela só apanha. A fim de reduzir as linhas de negócio, vendeu Conectcar e Oxiteno, além de Extrafarma para a sua concorrente Pague Menos. 

Tenta arrumar a casa mantendo apenas Ultracargo, Ultragaz e Ipiranga, procurando focar mais no refino aproveitando o espaço deixado por Petrobrás no segmento.

Dívida líquida aumentando de forma crescente nos últimos 10 anos, EBITDA caindo, lucrando menos. Com a perda de produtividade e essa piora a cotação caiu. 

Eu sinceramente nem lembro porque entrei nessa. Não é uma empresa ruim, acho até superior às outras 2, mas existe melhor.


COMO ELAS FICAM NA CZB?

Batalha Cat pensando na besteira que fez...

Como já falei em posts anteriores, gostaria de enxugar a CZB. Com menos ativos, tentar focar nos de maior qualidade, o que daria até menos trabalho para administrar a carteira.

O que fiz à medida que observei os problemas e vi que não eram negócios tão bons assim com o tempo foi diminuir as alocações até chegar ao ponto de parar de aportar neles.

Agora a ideia é me livrar de todas as 3 em algum momento. Hoje estaria perdendo cerca de 40% do valor aplicado. Gostaria de ao menos recuperar o que investi quando (e se) a cotação bater ou chegar próximo do meu PM, mesmo sabendo que estarei perdendo dinheiro se considerar a inflação, custo de oportunidade e etc mas que se dane. 

Poderia assumir o prejuízo e partir pra outra mas pra investir em que? Pra mim já deu. Faz parte do jogo. E por mais que não sejam empresas tão boas, ainda assim estão longe de falir.

Zé Batalha só esperando a hora de plantar o machado nessas 3


CIELO e COGNA - POR QUE CONTINUO

E ainda continuo em CIELO e COGNA mesmo com perdas até maiores. Por que?

CIELO teve seu modelo de negócio muito afetado com toda a concorrência das maquininhas, chegada do PIX, entre outras coisas. 

Apesar de obviamente ser muito difícil voltar a lucrar os R$4 bi/ano de outrora, ainda é uma empresa que dá lucro, líder de mercado e bem gerida. Não parece ser tão eficiente como Stone mas esta passa pelos mesmos desafios e caiu muito esse ano também.

Não tá fácil pra ninguém, mas tem quem diga que essa que é "a boa"...

Na marcação de mercado as perdas são grandes é claro. Pra você ter uma ideia cheguei a comprar a R$26 algo que vale cerca de R$2,60 hoje... Já fui bem mais otimista como registrado aqui mas ainda continuo nela.

A empresa tinha praticamente um monopólio e então começou a ser afetada por uma forte concorrência. Veio a COVID e então muito menos vendas passando por suas maquininhas. Dívida Líquida / EBITDA aumentando bastante.

Quanto a COGNA a pandemia foi um soco no estômago. Obrigou ela a acelerar de forma emergencial toda o seu projeto de EAD. Ainda assim deu muita sorte em fazer uma emissão bilionária a R$11 pouco tempo antes do início da pandemia.

EBITDA melhorou no 3T21. Dívida Líquida / EBITDA reduziu de 3 em 4T19 para 2 no 3T21. Pra quem acredita eles afirmam que concluíram o turnaround. Tem uma ótima gestão. Ainda boto fé. Há um déficit educacional muito grande ainda no país. 

Mas é óbvio que o momento ainda é péssimo. Sofre muito com a pandemia e evasão. EAD cresce bastante mas tem o ticket mais baixo.


POR FIM

RV é assim: Lembro de ver essas 2 ações batendo R$4 e eu achando que não tinha mais pra onde cair. Pra quem acredita ainda na empresa nessas quedas dá pra acumular muitas ações comprando mais barato.

Mesmo com todas as perdas citadas, a CZB se mantém positiva pois há outras que compensam. Muito do que essas aí me lascaram tenho proventos e uma WEGE que compensa praticamente tudo hoje, e o mais interessante é que este é o ativo de melhor performance na CZB-Ações e nunca foi considerado "barato" pelos analistas...

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

O "terror" da privatização e as incertezas da vida

A maioria dos meus posts levam meses para serem escritos. Não dedico tanto tempo ao blog e também não é todo dia que tenho inspiração, então acabo escrevendo aos poucos, e sempre rola várias revisões até o post chegar no ponto que quero.

Esse mesmo levou vários meses pra sair, até pela dúvida se ainda escreveria sobre o assunto, pois é bem polêmico para quem vive a situação. Mas deu vontade e então pensei: que se dane pois o blog é meu, escrevo o que quiser e ninguém é obrigado a ler se não gostar... rs. Ainda assim sugiro antes ler o o post anterior sobre esse assunto e seu disclaimer no início. 

PRIVATIZAÇÃO OU A "SOMA DE TODOS OS MEDOS"

Admito que, como um funcionário de estatal de TI, no começo das notícias de privatização tive receio do futuro, chegando a avaliar os piores cenários possíveis. Mesmo o cara mais tranquilo tem um mínimo de preocupação quando surge uma notícia que indica algo que possa ameaçar a qualidade/continuidade do seu emprego.

Eu diria que essa é uma classe que no geral tem mais medo disso do que o cão tem da cruz. É uma possibilidade que costuma assustar bastante os funcionários, o que me faz lembrar na hora o nome desse filme aí do subtítulo... rs 

Se eu for falar do que já escutei (nos tempos de presencial, já que evito os grupos de whatsapp) sobre esse assunto, daria um post só pra isso: "vai fechar", "vai ficar só 3 regionais", "vão demitir 70% do quadro", "a empresa X vai comprar esse ano nossa empresa", "vai terceirizar tudo", "vão demitir só os cornos", "vão dar uma surra na gente" e por ai vai...

Nossa cara quando o google manda aquela notificação pro smartphone sobre notícias de privatização

Só que já faz um tempo que decidi que não vou morrer de véspera. Que se dane. Tenho ciência do cenário atual, que há projetos avançando, mas ainda pago pra ver as coisas piorarem do jeito que muitos acreditam onde trabalho. Claro que não aposto 100% nisso. Nem vivo eu sei se vou estar amanhã imagina o resto.

Porque sempre é bom ter um pouco de medo, desde que você faça dele seu aliado. Ele te protege de fazer grandes besteiras, por isso é importante sempre ter uma reserva de emergência para os imprevistos da vida. 

Mas tão importante quanto é não deixar se controlar pelo medo e ter confiança no que você é capaz. Tanto o excesso de medo como o de confiança pode ser bem prejudicial para as nossas vidas.

THE BATALHA WAY - FOCO NO QUE TEMOS CONTROLE

Apesar da minha postura atual, respeito os colegas que estão na mesma situação que eu e não estão tão tranquilos. Quem sou eu pra julgar a condição psicológica ou os motivos de cada um. Essa foi só a minha forma de lidar com a situação.

E por que passei a agir assim? Porque comecei a tentar focar no que tenho controle. Quanto de controle você tem sobre as decisões que serão tomadas em relação a empresa que você trabalha ou o país que vive? Pouco ou nada. E em relação ao trabalho que você faz, as suas atitudes na vida? Muito ou tudo. Só depois vi que isso tem muito a ver com o tal do estoicismo, que passei a conhecer recentemente.
E pergunto sinceramente: quem está pior? A gente com receio de uma privatização, baseado apenas em uma percepção que varia de cada um que as coisas vão piorar, de algo que a gente nem sabe se vai ocorrer? OU o cara da iniciativa privada que foi demitido, teve seu salário reduzido, contrato suspenso? OU o pequeno empresário que passou o tempo fechando seu negócio durante essa pandemia?

AS INCERTEZAS DA VIDA

Estou lendo "A Lógica do Cisne Negro", de Nassim Nicholas Taleb. Essa frase ficou na minha cabeça: "Nossas mentes geralmente são incapazes de aceitar a ideia da imprevisibilidade. Agimos como se fossemos capazes de prever eventos históricos ou ainda pior como se fossemos capazes de mudar o curso da história."

Acrescento mais essa, do livro "O andar do bêbado", de Leonard Mlodinow: "O desenho de nossas vidas, como a chama da vela, é continuamente conduzido em novas direções por diversos eventos aleatórios que, juntamente com nossas reações a eles, determinam nosso destino. Como resultado, a vida é ao mesmo tempo difícil de prever e difícil de interpretar."

Há uma dificuldade muito grande das pessoas lidarem com a incerteza. Faz parte do comportamento humano. Elas querem ter o controle do que vai ocorrer no futuro e isso é impossível. Seja na vida pessoal, profissional, investimentos, etc.

Nos investimentos, querem que você diga qual aquela ação que vai dobrar de valor e te deixar rico em poucos meses. No trabalho, querem saber exatamente quando e se a empresa vai ser privatizada para começar a agir.

Quem me conhece sabe que eu sou um cara super planejado, tenho meus objetivos e metas, mas ainda assim esse grande filósofo abaixo tem um dos maiores ensinamentos que penso que deveríamos guardar para a vida. 

"A vida é dura, filho", como diria um sábio professor da região

Com todo o meu planejamento financeiro veja o que ocorreu em março de 2020 por conta da pandemia. Praticamente todos levaram esse soco, mas o importante é lutar para se manter de pé.

Muitas pessoas fazem concurso pra ter mais sossego em relação essa questão do emprego, como admito que também foi o meu caso. Não temos a garantia de emprego dos estatutários mas ainda assim temos uma estabilidade bem maior que o setor privado.

Dá uma sensação natural de tranquilidade imaginar que você tem um emprego garantido até o final de sua vida. Aí quando surgem esses comentários de privatização é natural que algumas pessoas surtem. Muitas vezes as pessoas passam a vida toda com medo de algo que nunca vai acontecer.

Sobre a minha opinião sobre o assunto falei no post anterior, mas sei que é muito fácil advogar em causa própria. Eu poderia estar aqui gritando contra a privatização mas acho mais válido colocar o dedo na ferida.

Pois eu reconheço que toda essa segurança faz com que algumas pessoas se acomodem (eu mesmo admito que já fui uma dessas pessoas), e daí entendo muitas das críticas da população ao funcionalismo público. Para mim serviu de alerta para tentar me dedicar e perseverar ainda mais. 

E falando de onde trabalho, ao mesmo tempo garanto que existem MUITOS profissionais extremamente qualificados que poderiam trabalhar nas maiores empresas que você imaginar e eles certamente tem feito hoje uma grande diferença para o Brasil funcionar melhor.

POR FIM

É obviamente impossível saber o que vai acontecer no futuro com o mundo, o Brasil, a empresa em que trabalhamos. Quem insistir demais nisso vai enlouquecer.

Como falei, tento não me deixar afetar pelo terrorismo envolvido na questão. A meu ver a odd das coisas piorarem onde trabalho ainda é baixa, mas vai que piora né... rs...

Por isso convém perseverar sempre e mais. Todos nós, independente de onde estivermos, independente do futuro, podemos agir hoje tanto em termos de trabalho, como de capacitação para ser um profissional e uma pessoa mais preparada para o que der e vier.

PERSEVERAR SEMPRE, RENDER-SE JAMAIS

sábado, 9 de outubro de 2021

A teima eterna dos investimentos: Renda Fixa x Renda Variável

Zé Batalha reagindo à teima do dia

Uma teima que sempre costuma ocorrer com frequência nos papos sobre investimento com os considerados é a questão do que é melhor, o que mais vale a pena: Renda Fixa x Renda Variável. Motivado por debates recentes veio a ideia desse post.

Há pessoas que dizem que não faz sentido perder tempo com RV tendo em vista os altos juros (que voltaram com tudo) proporcionados no Brasil pela RF. Há quem ache que vale a pena ter alguma alocação em RV.

Quem quer provar que está certo escolhe um período que se adeque ao que acredita. O "histórico de atleta" do Brasil em RF desde o plano Real em 1994 rebate qualquer argumento ainda mais quando lembramos que a Selic chegou a 45% ao fim da década de 90. Mas no ano passado tivemos juros de 2% e aí a turma da RF se questionou por um tempo. 

Até mesmo eu estou priorizando já faz um bom tempo os aportes em RF, pois penso que a tendência da Selic é de subir ainda mais para conter a inflação que não é hoje apenas um problema local, mas sim mundial.

Voltando ao tema do post, para explicar o que realmente penso mostrarei a rentabilidade da Carteira Zé Batalha em 2, 5 e 7.75 anos pelo StatusInvest. Nos gráficos extraídos de lá comparo o desempenho da CZB com IBOV, IFIX, CDI e IPCA. Dados até setembro de 2021.

2 ANOS: CZB derrota todos! O desgraçado do ZB é um GÊNIO!

5 ANOS: CZB só não bateu o IBOV. Tranquilo, ZB... são poucos que batem o mercado.

7.75 ANOS: esse animal BURRO do ZB só ganhou da inflação e por pouco! Tão fácil ficar só na RF...

Deu pra ver que em um período curto você vai do céu ao inferno. E para quem investe focando no longo prazo como eu 8 anos é pouco ainda. Para mim isso não é uma corrida de 100, 400 ou 1000 metros. É uma maratona.

E o mais louco: o que menos investi, criptomoedas, foi o que me deu disparado o maior retorno: quase 2000%. Olhando pra trás é fácil dizer que deveria ter colocado tudo lá mas não me arrependo de ter colocado apenas 1% do meu patrimônio nisso, pois tenho consciência do altíssimo risco.

Algo que explica meu desempenho mais fraco quando considero o período completo é o fato de que os primeiros anos de investimento foram os que fiz as maiores besteiras: baixa diversificação, quando diversifiquei foi às pressas e de forma errada, entre outras coisas. Perfeitamente normal para quem está começando. 

A gente erra mais no início e adivinha só: ainda vamos errar muito eu e você. Assim é a vida, não só nos investimentos. O segredo é procurar aprender com esses erros.

Até o bom velhinho erra, quem diria pobres mortais como o Zé Batalha

Há quem ache um absurdo minha estratégia. Há pessoas que não aguentam ver cotações caindo. E tudo bem se o cara for assim, porque cada um pensa de uma forma. Uma das coisas mais imprudentes que um investidor pode fazer é querer replicar exatamente a estratégia de outra pessoa, pois no final vai acabar vendendo no prejuízo e perder dinheiro.

E QUEM ESTÁ CERTO ENTÃO? 

Estão certos todos aqueles que investem seguindo o SEU próprio perfil de investidor. O cara que prefere a RF e não gosta muito de RV pode se dar tão bem quanto um que pense completamente diferente. Tem quem gosta de investir somente em imóveis e pode se dar bem da mesma forma. E por aí vai.

O negócio é não fazer grandes besteiras: um all-in numa ação só, baixa diversificação, etc. O mais louco é que até quem age assim pode se dar muito bem num lance de sorte e quando isso ocorre ele ganha as capas dos jornais como se fosse um gênio dos investimentos...

Conheço gente que está 90% alocado em OIBR3 e se sente muito bem fundamentado e tranquilo. Eu NUNCA faria isso, mas o cara trabalha na área e está ciente dos riscos. Quem sou eu pra julgar.

O QUE IMPORTA NO FINAL DAS CONTAS

O que importa é construção de patrimônio. Não adianta ter as melhores rentabilidades se você não aporta constantemente. Quanto maior o aporte mais rápido você chega na sua meta, se não fizer grandes besteiras, é claro.

E como conseguir aportar mais? Ganhando mais, investindo na sua capacitação com um melhor emprego ou melhor negócio, através da PERSEVERANÇA.

Importa mais ainda aportar forte mas sem se privar das coisas que você gosta. Dinheiro é pra gastar (com responsabilidade) e você só tem uma vida.

No meu caso eu peguei gosto por analisar empresas, o que é indispensável para quem quer adotar uma estratégia buy and hold. Mas creio que a enorme maioria das pessoas não quer fazer isso. 

E tudo bem se não quiser. Não perca o tempo da sua vida fazendo algo que não gosta. Procure uma estratégia que se adeque ao que você vai conseguir fazer como investidor ou deixe tudo na renda fixa mesmo e não esquente a cabeça. Faça o que te faz feliz, campeão.

Não há uma estratégia garantida para se dar bem nesse mundo dos investimentos. Se houvesse estariam todos ricos. Todos nós estamos sujeitos às regras desse jogo.